Ciclo Menstrual, Incontinência Urinaria E Distopia Genital Flashcards Preview

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Flashcards in Ciclo Menstrual, Incontinência Urinaria E Distopia Genital Deck (54)
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1
Q

Incontinência urinária

A

Qualquer perda involuntária de urina, objetivamente demonstrável, causando problemas sociais ou higiênicos.

2
Q

Anatomia do sistema genitourinario feminino

A
  • Bexiga: órgão oco, complacente, inervado pelo SNA (simpático - controla o enchimento e parassimpatico - controla o esvaziamento). O principal músculo é o dextrusor da bexiga
  • Uretra: estrutura com luz virtual
3
Q

Ação dos sistema nervoso simpático na via urinária

A
  • Receptores do colo vesical e uretra: alfa adrenergicos = contração esfincteriana
  • Receptores do corpo vesical: beta adrenergico = relaxamento do destrusor

Servem para promover o enchimento vesical

4
Q

Sistema parassimpatico na fisiologia da micção

A

O sistema parassimpatico promove o esvaziamento urinário através da acetilcolina

5
Q

Sistema nervoso somático na fisiologia da micção,

A

O sistema somático controla a musculatura do assoalho pélvico e esfíncter externo da uretra.

6
Q

Formas de perda de urina

A
  • Incontinência de Esforço: perda involuntária de urina ao realizar esforços, tossir ou espirrar
  • Bexiga Hiperativa: sintomas como urgeincontinencia, polaciuria, nocturia (descartavas infecções do TGU)
  • Transbordamento: ocorre em lesões neurológicas, diabetes
  • Fistula: pode ser vesico ou ureterovaginal
7
Q

O que investigar na anamnese da investigação da incontinência urinária

A

Idade, comorbidade, história de infecção de repetição, história obstétrica, história ginecológica, uso de medicações

8
Q

Importância do sumário de urina e urocultura na investigação da incontinência urinária

A

Rastrear possiveis doenças associadas à incontinência urinária (ex.: infecções, cálculos, neoplasias)
Solicitar urocultura antes de qualquer procedimento urológico invasivo

9
Q

Importância da Cistoscopia na investigação da incontinência urinária

A

Não é utilizada rotineiramente, mas serve para descartar outras patologias, principalmente o câncer de bexiga -> >50a, hematuria, irritação subita, tabagista

10
Q

Avaliação da mobilidade vesical na investigação da incontinência urinária

A
  • Teste do cotonete: introdução de cotonete na junção Vesicoureteral e avaliação de sua mobilidade -> hipermobilidade é uma das causas de IU, pelo defeito no suporte anatomico uretral.
  • USG: o estudo da mobilidade do colo via vaginal é mais objetivo é preciso.
11
Q

Papel da urodinâmico na avaliação da incontinência urinária

A

É o principal recurso na avaliação da incontinência urinária. Estudo dos fatores fisiológicos e patológicos envolvidos no armazenamento, transporte e esvaziamento do trato urinário inferior

12
Q

O que a urodinâmica avalia?

A

Avalia fluxometria (fluxo livre), cistometria (fase de enchimento. Avalia complacência da bexiga, volume residual, atividade do destrusor - não pode haver: atividade involuntária do destrusor, incontinência, urgência, dor), estudo miccional (fase de esvaziamento)

Pressão de perda = mensuração do valor pressórico que a uretra aguenta -> visto através de medidas na ciatometria, com soma vesical, retal, etc…

13
Q

Quando solicitar estudo urodinamico

A

Em geral não é necessário, pois após a avaliação inicial já pode ser instituído o tratamento.
Solicitar em: IU de esforço que não é visualizado no exame físico, IU mista (esforço + urgência), falha no tratamento clínico, antes da cirurgia

14
Q

Incontinência urinária de esforço

A

Ocorre perda involuntária de urina nos esforços. Quando a pressãoressaa intravenosas excede a pressão máxima de fechamento uretral, na ausência de contração do músculo destrusor.

15
Q

Mecanismos fisiopatologicos da incontinência urinária de esforço

A
  • Hipermobilidade da uretra e do colo vesical: ocorre por enfraquecimento do suporte anatomico da uretra e colo vesical. PPE (pressão de perda) > 90cmH2O
  • Defeito esfincteriano: PPE < 60cmH2O
16
Q

Tratamento clínico da Incontinência Urinária de Esforço

A

Perda de peso, fisioterapia (com reforço da musculatura pélvica), duloxetina (inibidor da recaptacao de serotonina, apresentou aumento no risco de suicidio), alfa Agonistas adrenergicos (contraem o esfíncter, aumentou risco de ave) - a orientação é não utilizar os medicamentos pelo risco ser maior que o benefício
O tratamento farmacológico tem papel secundário!

17
Q

Papel da cirurgia no tratamento da incontinência urinária de esforço

A

Visa o reposicionamento do colo vesical e uretra, para melhorar sua sustentação, e normalmente curam ou reduzem a IUE. O objetivo da cirugia, em geral, é trazer as porções proximais da uretra para uma posição mais intra abdominal.

18
Q

Definição de bexiga Hiperativa

A

Síndrome clínica com presença de sinais e sintomas relacionados com urgência (como aumento de frequência e nocturia), na ausência de infecção ou outra doença do trato urinário.
Pode ser chamada de síndrome de urgência ou urgeincontinencia.

19
Q

Hiperatividade do destrusor

A

É um diagnóstico urodinamico

20
Q

Causa de bexiga Hiperativa

A

Ocorre por uma contração não inibida do destrusor durante o enchimento vesical. Pode ser de origem idiopática (mais comum - contração não inibida) ou neurogenica.

21
Q

Diagnóstico de bexiga Hiperativa

A

O diagnóstico é clínico e urodinamico (hiperatividade do destrusor)

22
Q

Incontinência urinária mista

A

Presença de incontinência urinária de esforço e hiperatividade do destrusor na mesma paciente

23
Q

Tratamento da bexiga Hiperativa

A

É sempre clínico!!

Está a autorizado a ser iniciado na suspeita de síndrome de urgência, não necessitando de comprovação urodinâmica.

24
Q

Medidas gerais no tratamento da bexiga hiperativa

A

Perda de peso, redução da ingesta de cafeína, cinesioterapia

L

25
Q

Tratamento medicamento da bexiga hiperativa

A

Drogas anticolinergicas (inibem o esvaziamento vesical). Ex.: oxibutinina, tolterodina, darifenacina, imipramina. Inibem os receptores muscsrinicos da bexiga.

Atenção a contraindicação aos usos de anticolinergicos, como presença de glaucoma.

26
Q

Tratamento da incontinência urinária mista

A

O tratamento da incontinência urinária mista deve ser iniciado com o tratamento da hiperatividade do destrusor

27
Q

Cistite intersticial

A

Síndrome da bexiga dolorosa. Dor (Suprapubica, perineal, vesical) ao enchimento vesical, que alivia ao esvaziar + urgência, polaciuria, hematuria. Na cistoscopia pode apresentar petequias e/ou úlceras ao reenchimenro vesical.
É um diagnóstico de exclusão.

28
Q

Conceito de distopia genital

A

Corresponde ao deslocamento de um órgão de seu posicionamento e ou localização habitual. Um dos tipos é o prolapso genital.

29
Q

Estática pélvica

A

Aparelho muscular do assoalho pélvico, associado às fixações fasciais funciona como um sistema que evita o deslocamento de estruturas pélvicas.

30
Q

Aparelho de suspensão pélvica

A

Formado por ligamentos!!

  • Anterior: Pubovesicouterino
  • Laterais: cardinais ou paramétrios
  • Posterior: Uterossacro
31
Q

Aparelho de sustentação pélvica

A

Formado por músculos. Conjunto de estruturas que ficam entre o peritoneo pélvico e a pele da vulva.

  • Diafragma Pélvico: elevador do anus (iliococcigea e pubococcigea) e coccígea (isquioccigea)
  • Diafragma Urogenital: músculos transversos superficiais e profundos do períneo, esfíncter uretral e anal, músculos isquio/bulbocavernosos
32
Q

Quais são os músculos mais lesados na episiotomia?

A

O bulbocavernoso e o transverso superficial do períneo.

33
Q

O que são prolapsos genitais?

A

Rompimento do equilíbrio de sustentação e suspensão do assoalho pélvico. Pode ser originário de alterações congênitas que acarretam o enfraquecimento dos aparelhos de sustentação como o aumento da pressão intra abdominal.
O fator mais associado com a quebra do equilíbrio é a multiparidade.

34
Q

Prolapso Uterino

A

É um tipo de prolapso apical, relacionado, principalmente, com lesão dos paramétrios.
Tem de ser diferenciado entre:
- Alongamento hipertrófico do colo: colo longo sem prolapso do fundo de saco. Ocorre por congestão venosa do colo, levando a edema e fibrose do colo.
- Prolapso Uterino: colo normal com prolapso do fundo de saco.
A diferenciação é realizada através da medida do colo uterino.

35
Q

Quadro clínico do prolapso uterino

A

Sensação de peso em vagina, sensação de bola… Sangramento por atrito, incontinência urinária por hipermobilidade de colo vesical…

36
Q

Tratamento do prolapso uterino

A
  • Assintomatico: não precisa operar
  • Sintomático:
    - Histerectomia por via vaginal com reconstrução do assoalho pélvico
    - Cirurgia de Manchester. (Para nuligestas, desejo de gestar, risco cirúrgico elevado, hipertrofia de colo)
    Obs.: MANchester MANtem o utero
37
Q

Prolapso de cúpula vaginal

A

Ocorre após histerectomia. Pode ser por adelgaçamento das estruturas de suporte ou pela lesão durante a histerectomia.

38
Q

Tratamento do prolapso de cúpula vaginal

A
  • Fixação da cúpula vaginal ao promontório
    Ou
  • Colpocleise (cirurgia de LeFort): fechamento da vagina. Deve ser restrita a casos em que não há mais atividade sexual, é o fechamento da vagina.
39
Q

Prolapso genital de parede anterior

A
  • Cistocele, uretrocele ou uretrocistocele
  • tratamento: colporrafia anterior (cirurgia de Kelly-Kennedy -> correção da fáscia Pubovesicouterino) -> colpoperineoplastia anterior

Pode haver sintomas de incontinência urinária, sendo recomendável o estudo urodinamico antes da cirurgia.

40
Q

Prolapso genital de parede posterior

A

Retocele: colporrafia posterior (sutura da fáscia retovaginal)

41
Q

Classificação POP-Q

A

Aa e Ba -> parede anterior
Ap e Bp -> parede posterior
C -> colo ou cúpula
D -> fundo de saco de Douglas (não vai existir na histerectomia)

    Negativo = dentro da vagina
    Positivo = além do hímen 
    Zero = Hímen
42
Q

Estadiamento do prolapso (ICS)

A
0 = sem prolapso 
1 = = +2, mas não total
4 = Total!
43
Q

Ciclo Menstrual

A

Período em que ocorre preparo para a gestação.

Controlado pelo eixo hipotálamo-hipófise-ovário

44
Q

Como se organiza o eixo hipotálamo hipófise ovário no ciclo menstrual

A

O hipotálamo produz GNRh, que atua em forma de pulsos, estimulando a hipófise a produzir LH e FSH, que por sua vez estimulam a produção ovariana de estrógeno e progesterona, que atuam no útero, levando a Proliferacao, secreção e menstruação.

45
Q

Como se organizam os pulsos de GNRh

A

Variam em frequência e amplitude de acordo com a fase do ciclo menstrual.
Folicular: alta frequência e baixa amplitude
Lutea: baixa frequência e alta amplitude

46
Q

Como funcionam as gonadotrofinas?

A

O hipotálamo estimula a hipófise a produzir gonadotrofinas: FSH e LH

  • FSH: começa a se elevar no final do ciclo anterior e é responsável pelo crescimento folicular. Atua aumentando o número de receptores ao FSH e LH nas células da granulosa. O foliculo que tiver mais sensibilidade ao FSH será o que vai maturar primeiro e será conduzido a ovulação.
  • LH: tem ação sobre as células da teca, sintetizando androgênios. Na fase folicular sua concentração é baixa,mas com a elevação do estradiol no meio do ciclo há aumento do LH, responsável pela ovulação.
47
Q

Participação dos ovários no ciclo menstrual

A
  • Teca (estroma): produção de androgênios (que serão a base da produção estrogênica)
  • Granulosa:
    Folicular: produção de estrógeno e inibina B (inibe o próprio FSH)
    Lutea: produção de progesterona
48
Q

Teoria das 2 células 2 gonadotrofinas

A
  • Na teca: ocorre produção de androgênios (androstenediona e testosterona) a partir do colesterol, estimuladas pelo LH.
  • Na granulosa: os androgênios produzidos na teca são aromatizados em estrona e estradiol, sob estímulo do FSH.
49
Q

Como pode ser dividido o ciclo menstrual?

A

Em ciclo ovariano e ciclo uterino

50
Q

Fase folicular do ciclo ovariano

A

Ocorre recrutamento a ovulação dos foliculos mediado por FSH. Começa no primeiro dia de menstruação e acaba no pico de LH. O FSH estimula o foliculo dominante a se desenvolver.
Obs.: atresia folicular é um processo contínuo, que ocorre mesmo durante a infância, gestação, uso de ACO.

51
Q

Fase ovulatoria do Ciclo ovariano

A

O pico de estradiol leva ao pico de LH, culminando com ovulação.
A ovulação ocorre 32-36 após o início do aumento do LH e 10-12h após o seu pico máximo.

52
Q

Fase lutea do ciclo ovariano

A

Ocorre rompimento do foliculo, com formação do corpo luteo, que promove aumento da progesterona (endométrio vascularizado, edemaciado - preparar para gestação). Nessa fase ocorre aumento de progesterona e duração fixa de aproximadamente 14 dias.
Se não tiver HCG ocorre regressão do corpo luteo, com diminuição dos níveis sericos de estrogenio, progesterona e inibina, levando a aumento dos pulsos de GNRh e aumento de FSH, que é considerado sinal para novo recrutamento e começa tudo de novo.

53
Q

Ciclo uterino do ciclo menstrual

A
  • Fase Proliferativa: mitoses na glândulas e estroma endometrial
  • Fase Secretora: secreção glandular e edema de estroma (endométrio preparado para a gravidez)
  • Fase menstrual: descolamento da parede endometrial.
54
Q

Efeito do ciclo menstrual no colo uterino (muco cervical)

A
  • Fase Folicular: predomínio de ação estrogênica -> muco com filancia + cristalização
  • Fase Lutea: predomínio de progesterona -> muco espesso + sem filancia + sem cristalização. O objetivo é fechar o colo.