Cirurgia de Cabeça e Pescoço Flashcards

1
Q

Qual o conceito de cirurgia ambulatorial?

A

Pacientes não necessitam de internação, de forma que os pacientes são liberados no mesmo dia

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2
Q

O que deve estar presente na anamnese de pacientes com linfadenomegalia?

7

A
  1. Idade
  2. Evolução
  3. Dor (disfagia, disfonia e etc)
  4. Queda ou não do estado geral
  5. Fatores desencadeantes (tabado, etilismo, medicamentos, radiação, traumas)
  6. HP (TBC, HIV, linfoma, blastomicose)
  7. HF (neoplasias)
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3
Q

O que deve estar presente no exame físico do paciente com queixa de linfadenomegalia?

2

A

Avaliar face, boca, nariz, faringe e laringe
1. Ectoscopia (sinais flogísticos, massas, fístulas, alterações posturais)
2. Palpação: Características do linfonodo aumentado (localização, consistência, mobilidade, tamanho, dor à palpação)

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4
Q

A região de cabeça e pescoço possui …..% dos linfonodos do corpo humano.

A

A região de cabeça e pescoço possui 30% dos linfonodos do corpo humano.

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5
Q

Qual a importância da idade em quadros de linfadenomegalia?

A

Linfadenomegalia < 40 anos:
* reacional / infeccioso

40 anos ou +:
* neoplásica

Com o tempo: involução do sistema linfoide/↓ estímulos antigênicos

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6
Q

Qual a importância do tempo de evolução em quadros de linfadenomegalia?

A

Linfadenomegalia afuda:
* reacional/infeccioso

crônica:
* neoplásica

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7
Q

Quais as características normais dos linfonodos? Eles são palpáveis fisiologicamente?

A
  • Elásticos
  • lisos
  • indolores
  • ovais
  • < 1cm

Dificil palpação quando fisiológicos, porém podem ser palpados em:
* crianças
* adultos jovens (magros, principalmente)

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8
Q

Para onde drenam os linfonodos cervicais?

A

À direita: vasos independentes (+ comum) ou ducto linfático direito afluindo para v. subclávia D
À esquerda: ducto torácicoangulo jugulossubclávio E

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9
Q

Em quantos níveis dividimos o pescoço? Qual o critério usado?

A

6 (níveis I a VI)
de acordo com a localização anatômica

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10
Q

Explique qual a área correspondente ao Nível I do pescoço?

A

Nível I: submento-mandibular
Ia: submentoniano (único) - limites: mandíbula, hioide e ventres anteriores no digástrico
* drenam: lábio inferior, assoalho anterior da boca, língua anterior

Ib: submandibular (D e E): ventres anteriores e posteriores do digástrico e mandíbula
* drenam: g. submandibulares
* estruturas importantes: ramo marginal do n. facial, vasos faciais, n. hipoglosso e n. lingual

ANTERIOR AO ESTERNOCLEIDOMASTOIDEO (ENGLOBANDO-O)

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11
Q

Explique qual a área correspondente ao Nível II do pescoço?

A

Nível II: jugular-alto (D e E)
IIa: anteriores ao n. acessório

IIb: posteriores ao n. acessório

ANTERIOR AO ESTERNOCLEIDOMASTOIDEO (ENGLOBANDO-O)

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12
Q

Explique qual a área correspondente ao Nível III do pescoço?

A

Nível III: jugular-médio (D e E)
* hioide até inserção do omo-hioide
ANTERIOR AO ESTERNOCLEIDOMASTOIDEO (ENGLOBANDO-O)

inserção não palpável (~ margem inferior da cricoide)

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13
Q

Explique qual a área correspondente ao Nível IV do pescoço?

A

Nível IV: jugular-baixo (D e E)
* inserção do omo-hioide até clavícula
ANTERIOR AO ESTERNOCLEIDOMASTOIDEO (ENGLOBANDO-O)

inserção não palpável (~ margem inferior da cricoide)

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14
Q

Explique qual a área correspondente ao Nível V do pescoço?

A

Nível V: trigono posterior (D e E)

POSTERIOR AO ESTERNOCLEIDOMASTOIDEO

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15
Q

Explique qual a área correspondente ao Nível VI do pescoço?

A

Nível VI: espaço visceral (D e E)
* limites: linha mediana e a. carótida comum
* estruturas importantes: traqueia, tireoide, esôfago

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16
Q

Quais são as causas gerais de linfadenomegalia?

3

A
  • processo infeccioso (dentro do linfono/ reacional: ↑ estímulo produção linfócitos para agir no local)
  • metástase de tumores por via linfática
  • linfoma (neoplasia primária do linfonodo)
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17
Q

Quais cadeias apresentariam linfonodomegalia em caso de metástase de câncer em:
* CEC:
* Mama:
* Útero:
* Vulva/penis:
* MMII:

A
  • CEC: cadeias cervicais
  • Mama: cadeia axilar
  • Útero: cadeia obturatória e ilíaca
  • Vulva/penis: cadeia inguinal
  • MMII: inguinal
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18
Q

Qual o objetivo inicial do exame físico em pacientes com queixa de linfadenomegalia cervical?

Estruturas confundidoras (5)

A

Certificar-se de que é mesmo uma linfadenomegalia pois outras estruturas anatômicas podem mimetizar esse quadro:
* bulbo carotídeo (sente pulsação)
* ventre posterior do omo-hoideo (nível V - rotação deixa mais evidente)
* cornos da cartilagem tireoide e hioide
* glândula submandibular (idosos: cai com a gravidade/ pode ser assimétrico)
* tumor de parótida (parte inferior próxima ao final do digástrico - tumores nesse local podem ser confundidos)

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19
Q

Quais as duas principais perguntas a serem respondidas nos casos de linfadenomegalia?

A
  • Definir se é reacional/inflamatório x neoplásicos
  • Necessidade ou não de biópsia
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20
Q

Quais as diferenças entre os linfonodos reacionais/inflamatórios e os neoplásicos?

8 de cada

A

Reacionais:
* súbitos: agudos/ subagudos (< 21 dias)
* associado a inflamação/infecção local ou sistêmica
* ovais/ fusiformes
* < 2-3 cm
* múltiplos e bilaterais desde o início (geralmente mais de uma cadeia acometida)
* macios, elásticos, móveis
* dolorosos ou não
* sinais flogísticos (depois: flutuação)

Neoplásicos
* tempo de evolução maior
* sem associação com inflamação/infecção
* esféricos ou irregulares
* + 3 cm
* (podem ou não acometer mais de uma cadeia)
* endurecidos
* indolores
* sem sinais flogísticos

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21
Q

Qual o principal parâmetro (além do exame físico) usado para definir qualo tipo de linfadenomegalia e qual a conduta?

A

Idade: > ou < 40 anos

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22
Q

Qual a conduta mais comum em casos de linfadenomegalia cervical em < 40 anos?

A

Concervadora se exame físico e história indicarem ser reacional

pedir exames para tentar identificar causas:
* Hemograma, VHS e PCR
* Sorologia: sífilis, toxo, citomega e vírus Epstein-Barr

se achar causa (ex: infecção via aerogigestivas superiores): tratar a lesão primária (ex: ATB)

reavaliar em 30 dias:
* se reduziu: confirmada hipótese de hiperplasia reacional
* se persistiu ou progrediu: pensar em doenças inflamatórias crônicas (HIV, toxo, tbc e blastomicose) e PAAF (linfoma? metastático?)

se suspeitar de malignidade (linfoma ou metástase) = biópsia/PAAF já na primeira consulta

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23
Q

Qual a conduta mais comum em casos de linfadenomegalia cervical em > 40 anos?

A
  1. Bucar sítio primário (neoplásico): (exame físico, broncoscopia, endoscopia, Raio X de tórax) e biopsiá-lo - buscar: neoplasia oral, nasal, na faringe ou laringe, glângulas salivares e tireoide
  2. Se não encontrar, fazer PAAF no linfonodo metastático
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24
Q

Por que damos preferência em procurar a lesão primária para biópsia ao invés de biopsiar o linfonodo metastático?

A

Evitar violação do linfonodo e da cápsula metastática (↑ risco de recidiva cervical)
Se necessário, usar PAAF (não há risco de rompimento)

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25
Q

Podemos realizar biópsia tradicional (“a céu aberto”) em linfonodos metastáticos em alguns casos.
Cite dois exemplos.
Essa biopsia deve ser incisional ou excisional?

A

Linfonodo já ulcerado ou suspeita de linfoma
* Incisional: linfonodos muito volumosos e infiltrados em tecidos adjacentes (CUIDADO: não retirar somente parte necrótica - coletar cápsula e conteúdo)
* Excisional: linfonodos menores com facilidade de remoção integral

melhor: excisional

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26
Q

O que é a PAAF? Quais suas indicações e contraindicações nos achados cervicais?

A

PAAF: punção aspirativa por agulha fina
* pode ser realizada em todas massas cervicais (exceto suspeitas de tumor carotídeo)
* útil em neoplasias metástáticas de tumor primário de origem desconhecida e doenças infeccioas (princip. linfonodos abcedados)

não rompe cápsula metastática

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27
Q

Como escolher o linfonodo a ser biopsiado caso exista mais de um aumentado e suspeito?

A
  • Maior volume
  • Aparecimento mais entigo
  • coalescentes e aderidos a outras estruturas
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28
Q

Cite as estruturas anatômicas que podem ser lesadas em biósias de linfonododos em cada um dos níveis cervicais.

cuidado!

A
  • Ia: nenhum
  • Ib: ramo marginal do n. facial, n. hipoglosso, n. lingual, a faciais e g. submandibular
  • II: a. carótida, v. jugular, n. vago e n. hipoglosso
  • III: a. carótida, v. jugular, n. vago
  • IV: a. carótida, v. jugular, n. vago e ducto torácico
  • V: n. acessório
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29
Q

Quais níveis cervicais podem levar a alterações nervosas importantes quando lesados na cir ou infiltrados? (cite os nervos acometidos)

A

IA: nenhum

Ib:
* ramo marginal do n. facial (mov. face inferior)
* n. hipoglosso (distúrbio mov. lingua - desvio para lado lesado)
* n. lingual (perda de parte da gustação - nervo facial (ramo corda do tímpano), nervo glossofaríngeo e nervo vago participam)

II:
* n. vago (iniverva pelo laringeo superior e recorrente: paralisia de laringe e perda da função prega unilateral = disfonia)
* n. hipoglosso

III:
* n. vago

IV:
* n. vago

V:
* n. acessório (disfunção da deglutição e movimentos da cabeça e pescoço)

tumores benignos e linfoma não infiltram
CEC infiltra
não existe compressão de nervos por linfadenomegalia

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30
Q

Quais são os 5 grupos de afecções congênitas cervicais mais comuns?

A
  1. Patologias do aparelho branquial
  2. Patologias relacionadas à tireoide
  3. Cistos dermoides
  4. Linfangiomas
  5. Hemangiomas

intra-uterino (má formação embriolog. ou prolif. excessiva)

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31
Q

Quando se formam os arcos branquiais (semana gestacional)? Quantos são e como são enumerados?

A

4ª semana = cinco arcos branquiais (enumerados no sentido crânio-caudal)

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32
Q

Qual a diferença entre arco, fenda e bolsa branquial?

A

Arcos: elevações sólidas
Fendas: entre os arcos
Bolsas: correspondentes aos arcos

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33
Q

Quais são duas principais patologias do aparelho branquial? Por que elas ocorrem?

A

Fístulas e cístos de arcos branquiais:
* 1ª fenda se fecha só parcialmente para originar o CAE
* outras desaparecem
* com o crescimento caudal do embrião, o 1º e 2º arcos crescem caudalmente e o 3º e 4º arcos se aprofundam, formando um recesso denominado seio cervical (forma o ducto cervical e depois some)

  • persitencia completa da 1ª fenda (TIPO I) ou duplicação do ouvido externo (TIPO II) = fístuda/cisto de 1º arco
  • Demais fístulas e cistos se devem a persistência do seio cervical
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34
Q

Qual a fístula de arco branquial mais comum? Qual o cisto mais comum?

A

Fístula: 1º arco
Cisto: 2º arco

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35
Q

Qual o provável diagnóstico? Justifique.

explique sua apresentação clínica

A

Fístula de 1º arco branqueal: pequeno orifício junto ao pavilhão auricular (região parotídea)
* saída esporádica de secreção serosa
* pode ser purulenta se IVAS

36
Q

Qual o provável diagnóstico? Justifique.

explique sua apresentação clínica

A

Fístula de 2º arco branqueal: pequeno orifício na região cervical alta

37
Q

Qual o provável diagnóstico? Justifique.

explique sua apresentação clínica

A

Fístula de 3/4º arco branqueal: pequeno orifício na região cervical baixa

38
Q

Como confirmamos o diagnóstico de fístula de arcos branquiais?

A

Diagnóstico clínico (fistulografia normalmente não funciona pois a fistulação é muito pequena)

39
Q

Qual o tratamento das fendas branquiais? Ele é sempre necessário?

A

Ressecção cirúrgica
1. Incisão em elipse (sentido transversal) englobando o orifício externo da fístula
2. Dissecção de todo o trajeto fistuloso
Indicação:
* infecção e drenagem recorrentes
* desconforto ao paciente

40
Q

Quais as estruturas anotômicas importantes que podem ser lesadas na ressecção de fístulas de 1º e 2º arcos branquiais?

A

1º: n. facial
2º: vasos cervicais e n.hipoglosso

41
Q

Qual a história clínica mais associada aos cistos de arcos branquiais?

A
  1. IVAS
  2. surgimento súbito de massa cervical elástica (epitélio do cisto é o respiratório = secretor = infecção estimula secreção, o que aumenta o cisto)
42
Q

Qual o provável diagnóstico? Justifique.

Explique sua apresentação clínica

A

Cisto branquial de 1º arco: massa elástica em região de parótida
* cisto: estrutra capsulada com líquido em seu interior
* pode simular parotidite de repetição
* se comunicar com orelha externa - pode observar otorreia e otalgia

43
Q

Qual o provável diagnóstico? Justifique.

Explique sua apresentação clínica

A

Cisto branquial de 2º arco: massa elástica em região cervical jugulo-carotídeia alta (anterior ao esternocleidomastoideo)

mais comum entre os cistos de arcos branquiais

44
Q

Como realizamos o diagnóstico dos cistos de fendas branquiais?

A
  1. Clínico - se restar dúvida:
  2. Punção do cisto (secreção com aspecto de leite condensado)
  3. USG (lesão cística com presença de restos ou debris)

se infectado pode ficar mais endurecido = dúvida

45
Q

Qual o tratamento dos cistos branquiais? Ele é sempre indicado?

A

Ressecção completa do cisto:
1. incisão transversa até exposição da cápsula
2. Dissecar todo o cisto sem romper a cápsula

Indicação:
* infecções de repetição com formação de abcesso
* desconforto estético e funcional
* ressecção mais indicada que nas fístulas pois há rara possibilidade de associação com CEC

46
Q

Como ocorre a formação embiológica da tireoide, como isso se relaciona ao cisto tireoglosso?

A
  1. ducto tireoglosso = invaginação do endoderma no mesoderma do tubo intestinal primitivo (até 2º e 3º aneis traqueais
  2. Da extremidade cranial do ducto (próx. à base da língua - linha mediana das papilas aladas), surgem dois brotos laterias que darão origem a tireoide
  3. Essas estruturas vão descendo pelo trajeto fibroso e, na medida q isso ocorre, a porção proximal do ducto vai sendo reabsorvida
  4. O forame cego é o resquício do ducto tireoglosso.

Se há persistência do ducto tireoglosso, ocorre a formação do cisto tireoglosso

anomialia cirúrgica mais comum do desenvolvimento da tireoide

47
Q

Qual o possível diagnóstico?

Exlique sua apresentação clínica

A

Cisto tireoglosso: lesão cística na linha média cervical
80%: infra-hioideos

48
Q

Qual a história clínica do cisto tireoglosso?

A

Surgimento súbito (NÃO associado a infecções de trato superior)

qualquer idade (maior parte: criança e adolescente)

49
Q

Como diferenciar um cisto tireoglosso de uma linfadenomegalia mediana ou cisto dermoide?

A

cisto tireoglosso é móvel à deglutição ou protusão da língua

se necessário, pedir:
* USG: cisto anecoico, homo ou heterogeneamente hipoecoico
* TC: capta constraste

50
Q

Explique a formação da fístula de tireoglosso.

A

Fistula aparece quando há infecção e drenagem expontânea ou cirúrgica do cisto = fistulização do cisto para a pele

≠ fístula e cisto branquiais (entidades distintas)

51
Q

Qual o tratamento do cisto tireoglosso? Ele é sempre indicado?

A

Ressecção completa do cisto ou fístula até a base da língua
1. Incisão cervical transversa sobre a protusão do cisto
2. Dissecar o cisto (incluindo o terço médio do osso hioide - parte do trajeto está no interior do osso)

Indicado por motivos estéticos

52
Q

Qual o possível diagnóstico?

explique essa apresentação clínica

A

Tireoide ectópica (não ocorre migração completa da tireoide, a qual permanece na base da língua)

mais comum em crianças

53
Q

Tireoide ectópica pressupõe disfunção tireoideana?

A

NÃO - pode funcionar normalmente

54
Q

Como diagnosticamos a tireoide ectópica?

A
  1. TC: capta contraste (fica branca)
  2. USG (verirficar se está no lugar certo - excluir octopia)
  3. Cintilografia
55
Q

Qual o tratamento da tireoide ectópica? Ele é sempre indicado?

A

Se sintomas obstrutivos (ex: dispineia) por realizar ressecção.

maioria assintomática: não operar pois ficara com hipotireoidismo

56
Q

O que são os cistos dermoides?

A

Tumores congênitos, formados por células embrionárias totipotentes comuns na linha média em áreas de fusão:
* região supra-hioidea
* frontal
* glabela
* região supraesternal

Conteúdo pode ser cístico e ter os mais diversos tecidos e formações.

Características:
* Idolores (dolorosos em casos de infecção secundária)
* crescimento lento

a partir dos 20 anos

57
Q

Qual o tratamento dos cistos dermoides? Ele é sempre indicado?

A

Ressecção completa (sempre indicado)

58
Q

Qual o possível diagnóstico?

explique sua apresentação clínica

A

Lesões derivadas do saco linfático jugular:
* macias
* elásticas
* “bexiga de água” (pouco compressível)
* indolores

até 2 anos (maioria presente desde o nascimento)

59
Q

Quais as 3 classificações dos linfangiomas?

A

Simples
* Pequeno volume
* Capilares delgados entrelaçados no interior de sua cápsula.

Higromas císticos
* volumosos
* subdivididos por septos finos
* mais comum: trígono posterior do pescoço, na face e na região supraclavicular

Linfangiomas cavernosos
* plexiformes
* envolvem estruturas anatômicas vizinhas
podem apresentar componente hemangiomatoso associado
* tendência a infiltração de tecidos
* maior chance de recidivas
* comum ocorrer linfangite/hemorragia dentro dele

60
Q

Como fechamos o diagnóstico dos linfangiomas?

A

Clínico: trasiluminação
(imagem se necessário - princip. cavernosos)

61
Q

Qual o tratamento dos linfangiomas? Ele é sempre indicado?

A

Ressecção completa sempre que possível (não involuem e são muito suceptives a infecções) até 3-4 anos de idade

recidiva frequente

62
Q

Qual o provável diagnóstico?

Explique sua apresentação clínica

A

Hemangioma: tumore vascular congênito
* 95% manifesta-se até o 6º mês de vida (80% =cabeça e pescoço)
* Grande espectro de apresentação (lesão sem repercussões até volumosa com deformidade e limitação funcional)

tumor mais frequente na infância

63
Q

Quais as 3 classificações dos hemangiomas?

A
  • Capilares em morango: manchas planas avermelhadas ou áreas de capilares evidentes, sem constituírem uma mancha regular e bem definida.
  • Hemangiomas cavernosos: massa vermelho vinhoso de consistência elástica, depressível ao toque, e
    com graus variados de deformidade
  • Hemangiomas mistos: característica mistas dos capilares e cavernosos.
64
Q

Qual o tratamento dos hemangiomas? Ele é sempre indicado?

A

Maioria - expectante (grande tendência a involução)

Tratamentos:
* Acelerar involução: Prednisona, interferon alfa 2b ou propranolol
* Injeção intralesional de triancinolona ou de substâncias esclerosantes.

Cirurgia somente em casos com risco de desfuncionalização do órgão comprometido ou com repercussões sistêmicas

  • IC de alto débito
  • Plaquetas ↓
  • Sangramento constante
  • Limitação importante
65
Q

Quais são as principais afecções virais e bacterianas das glângulas salivares? Como diferencia-las?

cite seus tratamentos

A

Viral: parotidite epidêmica - caxumba
* população infantil
* Manifestações: aumento da glândula, dor (5-10 dias)
* geralmente bilateral
* acompanhada de sinais prodrômicos da virose e fenômenos gripais
* autolimitada
* tratamento: sintomáticos
* complicações: surdez, sialectasia, orquite/ooforite, meningoencefalite
* Outras: citomegalovirose

Bacteriana (sialodenite aguda)
* Estase e redução do fluxo salivar = predispoe à invasão pelos ductos excretores
* Idosas em pós-operatório, desidratados/desnutridos, intubados, anticolinérgicos
* parótida é a mais acometida, seguida pela submandibular
* S. aureus > Gram-negativas
* aumento de volume súbito, dor e hiperemia da pele
* glândula endurecida
* pode evoluir com trismo e disfagia
* febre alta e prostração
* Imagem: diferenciar de abscesso ou tumor
* * tratamento: abt por 10-14 dias; AINEs; Hidratação
* cirurgia: drenar abcesso, extração de cálculo e etc

66
Q

Qual o provável diagnóstico?

Qual a glângula mais acometida e qual o tratamento?

A

Litíase: cálculo no interior ou no ducto da glândula
* + comum: submandibular
* dor, aumento de volume (piora com alimentação)
* tratamento: AINEs, hidratação, massagem, sialogogos se tolerar (ATB se infecção)
* cirurgia: recorrência (via transoral ou por excisão da glângula)

67
Q

Qual o provável diagnóstico?

Qual a glângula mais acometida e qual o tratamento?

A

Mucocele: cisto de retenção das glângulas mucosas:
* glângulas salivares menores
* traumatismos (ex: morder a boca)
* pequena lesão esférica e cística (mais profunda = tumefação com mucosa normal)
* tratamento: ressecção total sob anestesia local

68
Q

Qual o provável diagnóstico?

Qual a glângula mais acometida e qual o tratamento?

A

Rânula: cisto de retenção do assoalho da boca
* obstrução das submandibulares e sublinguais
* unilateral
* sem sinais flogísticos
* tratamento: marsupialização

69
Q

Quais as três causas obstrutivas de afecções das glândulas salivares?

Qual a glângula mais acometida em cada uma delas e qual o tratamento?

A

Litíase:
* + comum: submandibular
* dor, aumento de volume (piora com alimentação)
* tratamento: AINEs, hidratação, massagem, sialogogos se tolerar (ATB se infecção)
* cirurgia: recorrência (via transoral ou por excisão da glângula)

Mucocele: cisto de retenção das glângulas mucosas:
* glângulas salivares menores
* traumatismos (ex: morder a boca)
* pequena lesão esférica e cística (mais profunda = tumefação com mucosa normal)
* tratamento: ressecção total sob anestesia local

Rânula: cisto de retenção do assoalho da boca
* obstrução das submandibulares e sublinguais
* unilateral
* sem sinais flogísticos
* tratamento: marsupialização

70
Q

Quais são as neoplasias de glândulas salivares mais comuns? Elas são, em sua maioria, malignas?

A

Mais comum: tumor de parótida (maioria benigno)

obs: quanto menor a glândula, maior o risco de malignidade (risco malignidade: parótida < submandibular < sublingual < pequenas glândulas)

71
Q

Qual a apresentação típica dos tumores de glândulas salivares?

A

massas, geralmente assintomáticas, localizadas na topografia habitual das glândulas

72
Q

Qual o tumor de parótida mais comum?

A

Adenoma pleomórfico (tumor benigno que une várias formas histológicas e possui potencial de transformação maligna)

73
Q

Como realizamos o diagnóstico e o tratamento do tumor de parótida?

A

Diagnóstico:
* Clinico: nódulo assintomático, topografia (pré-auricular, junto ao angulo da mandíbula)
* exame de imagem (se dúvida com linfonodomegalia)
* PAAF

Tratamento:
* sempre CIRURGICO (ressecção com margem) pelo potencial de malignização

74
Q

Podemos realizar biósia incisional em parótida?

A

Não!
risco de lesão de nervo facial

75
Q

Qual o tumor de submandibular mais comum? Qual seu diagnóstico e tratamento?

A

Adenoma pleomórfico

Diagnóstico:
* Clinico: nódulo assintomático, topografia (submandibular)
* exame de imagem (se dúvida com linfonodomegalia)
* PAAF

Tratamento:
* sempre CIRURGICO (ressecção com margem) pelo potencial de malignização e 50% é maligno

76
Q

Qual o tipo de tumor mais comum, diagnóstico e tratamento dos tumores de pequenas glândulas?

A

Carcinoma Adenoide Cístico

Diagnóstico:
* Clinico: nódulo assintomático, topografia (nódulo submucoso na junção do palato mole com palto duro)
* exame de imagem (se dúvida com linfonodomegalia)
* PAAF

Tratamento:
* sempre CIRURGICO (ressecção com margem) - 70% maligno

diferencial com tórus (duro / mais medial)

77
Q

Qual o provável diagnóstico?

A

Tumor de pequena glândula salivar

curúrgico

78
Q

Quais são os tumores benignos (6), as lesões pré-malignas (3) e malignas (1) comuns na prática da CCP?

A

Benignos:
* 1- Fibromas
* 2- Papilomas
* 3- Hemangiomas de língua
* 4- Tórus
* 5- Lipoma
* 6- Linfangioma

Pré-malignos:
* 1- Leucoplasia
* 2- Eritroplaisa
* 3- Queilite actínica

Malignas:
* 1- Carcinoma

79
Q

Qual o provável diagnóstico? É benigno ou maligno?

Explique sua apresentação clínica e seu tratamento

A

Fibroma: resposta da mucosa à irritação crônica (prótese dentária mal adaptada - ex: dentaduta por pressão - ventosa)
* lesão sessil ou pediculada
* de elástica a fibrosa
* bem delimitada
* mucosa normal (≠ tumor peq. glândulas)
* TT: afastar causa + ressecção com margem (anestesia local)

BENIGNO

80
Q

Qual o provável diagnóstico? É benigno ou maligno?

Explique sua apresentação clínica e seu tratamento

A

Papiloma: papila hipertrófica - proliferação de epitelio escamoso com hiperqueratose (origem desconhecida - prov. viral)
* lesão achatada ou pedunculada
* única ou múltipla
* alguns milímetros
* TT: ressecção e sutura (anestesia local) - estética

BENIGNO

81
Q

Qual o provável diagnóstico? É benigno ou maligno?

Explique sua apresentação clínica e seu tratamento

A

Tórus palatino (pode ser mandibular): exostose (crescimento ósseo benigno)
* linha média - fusão dos dimídios
* duro (osso)
* TT: espectante (se crescer ou atrapalhar = ressecção)

BENIGNO

82
Q

Qual o provável diagnóstico? É benigno ou maligno?

Explique sua apresentação clínica e seu tratamento

A

Hemangioma de língua: lesão vascular
* massa avermelhada e elástica
* indolor
* TT: espectante (tente a regredir) - ressecção se repercussões sistêmicas ou prejuízo funcional

BENIGNO

83
Q

Qual o provável diagnóstico? É benigno ou maligno?

Explique sua apresentação clínica e seu tratamento

A

Lipoma:
* lesão amolecida, bem delimitada e indolor
* TT: ressecção completa

BENIGNO

84
Q

Qual o provável diagnóstico? É benigno ou maligno?

Explique sua apresentação clínica e seu tratamento

A

Leucoplasia: zona de deposição córnea por alteração no epitélio escamoso - 90% é benigna porém 3% já é displasia e 1% é carcinoma invasor
* mancha (isoladas ou placas) branca que** não desaparece com raspagem**

TT:
* biópsia
* hiperceratose, paraceratose e acantose: eliminar fatores causais identificáveis (ex: tabagismo): ver se regride
* displasia: ressecção completa

PRÉ-MALIGNA

85
Q

Qual o provável diagnóstico? É benigno ou maligno?

Explique sua apresentação clínica e seu tratamento

A

Eritoplasia: zona de deposição córnea por alteração no epitélio escamoso - 90% é benigna porém 3% já é displasia e 1% é carcinoma invasor
* placa avermelhada sem relação com trauma ou inflamação (ausência de queratina)
* maioria já tem displasia

TT:
* eliminar fatores causais
* displasia: ressecção completa

PRÉ-MALIGNA

86
Q

Qual o provável diagnóstico? É benigno ou maligno?

Explique sua apresentação clínica e seu tratamento

A

Carcinoma:
* feridas de crescimento contínuo e muitas vezes dolorosas
* ulceroinfiltrativas, ulcerovegetante ou submucoso
* podem apresentar emagrecimento, disfagia, presença de massa cervical (corresponde à metástase regional - cadeias submentonianas, submandibulares e jugulares altas → Ia, Ib e II)
* mais comum: CEC

TT:
* biópsia incisional na primeira consulta (anestesia local -xilocaína spray 10%) → raspagem com lâmina de bisturi ou duas amostras com pinça saca-bocado→compressão para hemostasia
● Estádios clínicos I e II: operação ou radioterapia.
● Estádios clínicos III e IV: combinação e, eventualmente, quimioterapia. Seguimento rigoroso após o tratamento, para detectar possíveis recidivas e o aparecimento de outros tumores primários.

MALIGNO