Cirurgia Geral Flashcards

(46 cards)

1
Q

Tempos de jejum no pré-operatório

A

1 Líquidos claros (2h)
2 Leite materno (4h)
3 Dieta leve/fórmulas/leite não humano (6h)
4 Comida sólida (8h)

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2
Q

Fatores de risco de insuficiência adrenal no perioperatório

A

1Uso atual de > 20 mg/dia de prednisona por > 3 semanas
2 Fáscies Cushingoide
3 Uso de prednisona > 7,5 mg/dia por 30 dias nos últimos 12 meses
4 Lesões ou cirurgias hipofisárias/adrenais prévias

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3
Q

Tratamento para pacientes com risco de insuficiência adrenal pré-operatória

A

1 Estresse cirúrgico baixo (25 mg de hidrocortisona no intraop)
2 Estresse cirúrgico moderado (50 mg/dia por 2 dias)
3 Estresse cirúrgico alto (100 mg/dia por 3 dias)

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4
Q

Definição de síndrome compartimental abdominal

A

PIA > 20 mmHg (graus 3 e 4) sustentada associada a sinais de disfunção orgânica

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5
Q

Medidas para síndrome compartimental abdominal

A

1 Sedoanalgesia optimizadas
2 Descompressão intra-abdominal (SNG, SVC, drenar líquidos e coleções, sonda retal, pró-cinéticos)
3 Bloqueio neuromuscular
4 Evitar balanço hídrico positivo
5 Evitar cabeceira elevada
6 Suporte clínico intensivo com PAM em faixa normal
7 Refratariedade: peritoneostomia

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6
Q

Definição de hérnias gigantes/perda de domicílio

A

1 Anel herniário > 10 cm de largura (W3)

2 Relação volume herniário/volume abdominal > 20%

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7
Q

Manejo pré-operatório das hérnias gigantes/perda de domicílio

A

a.) Controle de comorbidades (cirurgia bariátrica) e screening de doenças abdominais (colelitíase, neoplasia colônica)

b.) Injecção de toxina botulínica

c.) Pneumoperitôneo progressivo com cateter de Tenckhoff (500 ml/dia até atingir volume do saco herniário)

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8
Q

Manejo intraoperatório das hérnias gigantes/perda de domicílio

A

a.) Dissecção de aponeurose + colocação de tela (onlay ou pré-aponeurótica)

b.) Incisão relaxadora de Gibbson SN

c.) Rebatimento anterior da aponeurose (técnica de Chevrel) SN

d.) Técnica de separação de componentes anterior (Ramirez) e posterior (TAR) SN

e.) Cirurgia de Alcino-Lázaro (uso do saco herniário)

f.) Viscerorredução (colectomia direita) SN

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9
Q

Definição de hipertensão abdominal

A

PIA > 12 mmHg

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10
Q

Manejo das infecções de sítio cirúrgico

A

Infecções superficiais: abertura e exploração de FO. ATBterapia se celulite associada. Cicatrização por 2ª intenção.

Infecções profundas: exame de imagem + ATBterapia + exploração e desbridamento da ferida. Cicatrização por 2ª intenção.

Infecções intra-abdominais (coleções): drenagem guiada ou aberta + ATBterapia.

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11
Q

Indicações de explante de tela

A

1 Instabilidade ou sinais de infecções sistêmicas

2 Sintomas persistente após 7 dias de terapia

3 Enxerto vascular + revascularização tunelizada por outra região.

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12
Q

Indicações cirúrgica e abordagem das hérnias umbilicais

A

Indicações cirúrgicas: hérnias grandes ou sintomáticas

Abordagem com fechamento primário se hérnia < 1 cm. Acima de 1 cm sempre preferir tela.

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13
Q

Limites anatômicos do canal femoral

A

Medial: ligamento lacunar
Lateral: veia femoral
Teto (superior): ligamento inguinal
Assoalho (inferior): ligamento pectíneo (Cooper)

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14
Q

Classificação de Nyhus

A

1 - hérnia inguinal indireta com anel inguinal interno normal

2 - hérnia inguinal indireta com anel inguinal interno DILATADO

3A - hérnia direta
3B - hérnia indireta com fraqueza de parede posterior
3C - hérnia femoral

4A - hérnia recidivada direta
4B - hérnia recidivada indireta
4C - hérnia recidivada femoral
4D - hérnia recidivada combinada

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15
Q

Técnicas de correção de hérnia femoral

A

McVay: aberta, reparo anterior sem tela

Trabucco: aberta, reparo posterior, tela pré-peritoneal (sem fixação), acesso pos via anterior

Kugel: aberta, reparo posterior, tela pré-peritoneal, acesso por via posterior

TEP/TAPP: laparoscópica, reparo posterior, tela pré-peritoneal

Plug femoral

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16
Q

Principais complicações de hernioplastias

A

Precoces:

Seroma/hematoma de ferida, retenção urinária, lesão de bexiga, infecção superficial de ferida, orquite isquêmica (trombose do plexo pampiniforme)

Tardias:

Dor crônica/neuralgia: lesão do ramo genital do nervo genitofemoral (hiperestesia genital e dor em face interna de coxa e bolsa escrotal
Atrofia testicular, infecção profunda da tela, recidiva da hérnia, migração da tela e erosão

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17
Q

Local mais comum de recidiva pela técnica de Lichtenstein

A

Púbis, seguido do anel inguinal interno

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18
Q

Técnica de Stoppa

A

Colocação de tela de grande dimensão bilateralmente no espaço pré-peritoneal

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19
Q

Técnica de Lichtenstein

A

Tela suturada no ligamento inguinal e tubérculo púbico, criando uma neo anel inguinal interno

20
Q

Indicação de laparotomia em hérnia estrangulada

A

Sinais de comprometimento visceral (peritonite, sepse). De resto, pode ser laparoscópico.

21
Q

Hérnia encarcerada versus hérnia estrangulada

A

Hérnia encarcerada: hérnia irradutível com duração < 6 horas sem sinais flogísticos, com dor aguda. Melhor conduta é operar paciente na urgência após redução manual se possível.

Hérnia estrangulada: sinais flogísticos lcoais com febre, taquicardia ou obstrução com duração da dor > 6 horas. Cirurgia na urgência.

22
Q

Indicação de conduta conservadora em hérnia inguinocrural

A

Hérnias pequenas e assintomáticas em gestantes

22
Q

Diagnóstico mais comum de tumor em região inguinocrural em gestantes

A

Granuloma gravidarum

23
Q

Hérnia de Amyand

A

Hérnia inguinal com apendicite aguda

24
Hérnia de Richter
Hérnia inguinal que contém a borda antimesentérica da alça
25
Hérnia de Littré
Hérnia inguinal com o divertículo de Meckel
26
Hérnia de Garangeot
Hérnia femoral que contém o apêndice
27
Hérnia de Spiegel
Hérnia da linha semilunar na borda do reto abdominal
28
Hérnia de Petit
Hérnia do trígono lombar inferior
29
Hérnia de Grynfelt
Hérnia do trígono lombar superior
30
Hérnia de Pantalona
Hérnia inguinal direta e indireta
31
Indicações de laparotomia na hérnia inguinal estrangulada
Peritonite difusa e sepse
32
Recomendações para o pós-operatório de hérnias inguinais pela Sociedade Brasileira de Hérnias
1 Retorno às atividades conforme dor 2 Evitar exercício excessivo ou carregar > 10 kg por 4-6 semanas de pós-op 3 Infiltração anestésica da ferida
33
Qual músculo da parede abdominal forma o músculo cremaster?
Músculo oblíquo interno
34
Limites do orifício miopectíneo de Frouchard
Superior - obliquo interno e transverso Inferior - ligamento pectíneo Lateral - músculo ileopsoas Medial - reto abdominal e púbis
35
Alteração anatômica associada a hérnia inguinal direta e indireta
Direta: inserção alta do músculo oblíquo interno Indireta: persistência do conduta peritônio vaginal
36
Manejo de infecção de sítio cirúrgico
Superficial: sinais flogísticos locais sem sinais sistêmicos. Drenagem por abertura parcial de pontos sem ATBterapia. Profunda: sinais sistêmicos. Drenagem local + ATBterapia Intracavitária: sinais sistêmicos. Confirmação com exame de imagem. Drenagem ou cirurgia + ATBterapia
37
Manejo do íleo paralítico
1 Realização de imagem para diagnóstico diferencial com obstrução 2 Jejum, hidratação, SNG em sifonagem para descompressão abdominal 3 Optimizar analgesia diminuindo opioides 4 Buscar e corrigir causas secundárias, como sepse e distúrbios hidroeletrolíticos (hipocalemia) 5 Se íleo paralítico prolongado (> 5 dias) iniciar nutrição parenteral
38
Diferença de eventração e evisceração
Eventração: deiscência dos pontos da aponeurose sem abertura dos pontos da pele e subcutâneo, gerando saída de líquido pela FO com aspecto de "água de carne". Evisceração: abertura dos pontos da aponeurose e da pele, com saída de vísceras para fora da ferida. Tratamento de ambas é cirúrgico com reoperação com fechamento por planos e colocação de tela de reforço. Considerar colocação de dreno pelo descolamento de tecido cutâneo para colocação de tela.
39
Fases e características do REMIT
1 Fase de refluxo hipodinâmico (24-72h): gliconeogênse + lipólise com diminuição de taxa metabólica basal e débito cardíaco 2 Fase de fluxo hiperdinâmico (até 8 semanas): mantém gliconeogênese + lipólise, balanço nitrogenado negativo por baixa síntese e alta perda, no entanto, com aumento de fluxo sanguíneo permitindo chegada de nutrientes aos tecidos e aumento da taxa metabólica basal. 3 Fase de recuperação (meses): anabolismo
40
Tempo para suspensão dos anticoagulantes no pré-operatório
1 Varfarina: 5 dias 2 Dabigatrana: 1 a 2 dias. 3 Rivaroxabana: 24 horas
41
Profilaxia pós-operatória para TEV
Rivaroxabana 10 mg/dia (profilático) por 28 a 35 dias ou Apixabana 5 mg/dia (profilático) por 25 a 35 dias
42
Classificação da cirurgia quanto ao grau de contaminação
Limpa: não penetrou no trato digestivo, respiratório ou urinário. Ex: mamoplastia, hernioplastia, artroplastia de quadril. ATBprofilaxia: cefalosporina de 1ª geração (cefazolina) Cirurgia potencialmente contaminada: penetração em trato digestivo, genital respiratório ou urinário sem contaminação significativa. Ex: colecistectomia eletiva, gastrectomia eleviva. ATBprofilaxia: cefalosporina de 1ª geração (cefazolina), amoxicilina + clavulanato (TGI alto e vias aéreas) e ciprofloxacino (uro) Cirurgia contaminada: penetração em trato digestivo com contaminação local sem processo infeccioso instaurado. Ex: hemicolectomia, apendicite, colecistite. ATBterapia: Cef + metro, genta + clinda, clavulin. Cirurgia infectada. Ex: cirurgia de reto e ânus com secreção purulenta
43
Qual procedimento endoscópico tem indicação de ATBprofilaxia de rotina?
Gastro/jejunostomia. O resto não precisa.
44
Indicações de antibioticoprofilaxia cirúrgica
1 Pacientes em extremos de idade, imunossuprimidos, DM, colonização por bactérias resistentes. 2 ASA II, IV e V 3 Cirurgias potencialmente contaminas, contaminas e de longa duração. 4 Uso de próteses e telas em cirurgias limpas
45
Quando repicar a cefazolina no intraop?
A cada 4 horas e se perda sanguínea > 1500 ml.