Civilização Industrial Flashcards
(58 cards)
O que defendia o liberalismo económico no século XIX?
Defendia a livre iniciativa e concorrência, a propriedade privada, e que o Estado devia apenas garantir as condições básicas para o mercado funcionar (redução de taxas alfandegárias, liberdade de comércio), acreditando que o mercado se autorregulava pela lei da oferta e da procura.
Qual a relação entre capitalismo, liberalismo e industrialização?
Capitalismo, liberalismo e industrialização caminharam juntos no século XIX, criando um grande crescimento económico, mas também crises de superprodução, devido à livre concorrência e à busca de lucro
O que eram as crises de superprodução no capitalismo liberal?
Eram crises causadas pelo excesso de produção (mais do que a procura), levando à queda de preços e lucros, falências e desemprego.
Quais as consequências das crises de superprodução para a economia e sociedade?
Levavam à queda dos preços, falências, desemprego, redução de salários, aumento das desigualdades e instabilidade social e política.
Quais as principais características das crises do capitalismo liberal?
• Excesso de produção → queda das vendas e preços, destruição de stocks, queda dos lucros.
• Cortes nas despesas (despedimentos, redução de salários e horários de trabalho).
• Empresas recorriam a crédito, endividando-se.
• Se a crise durasse, havia falências e encerramento de fábricas.
• A crise alastrava para outros setores, com desemprego e pobreza.
• Depois vinha a recuperação e uma nova fase expansiva.
• As crises eram cíclicas, repetindo-se regularmente.
Como se chamavam as flutuações regulares entre crescimento e crise no século XIX?
Ciclos económicos.
Quem estudou estas flutuações económicas e o que concluiu?
Juglar, que concluiu que ocorriam em ciclos de 6 a 10 anos, com fases de crescimento (expansão), recessão (crise) e recuperação.
Porque as crises de superprodução no capitalismo liberal abalavam toda a economia?
Porque provocavam falências, desemprego, redução de salários e cortes nos gastos, afetando todos os setores económicos e criando instabilidade social e política.
Quem eram os mais prejudicados nas crises cíclicas?
As empresas mais fracas e as economias menos desenvolvidas, que se tornavam mais dependentes das potências industriais.
Qual era o papel do Estado na economia segundo o liberalismo económico?
O Estado só devia assegurar as condições básicas para o mercado funcionar (por exemplo, reduzir impostos sobre comércio), mas não intervir diretamente na economia.
O que caracteriza a divisão internacional do trabalho no século XIX?
As regiões do mundo especializaram-se em tipos específicos de produção – potências industriais produziam bens industriais e serviços, enquanto colónias e países periféricos forneciam matérias-primas.
Quais eram as principais potências industriais que estavam no centro da divisão internacional do trabalho?
Inglaterra, Alemanha, Estados Unidos e Japão.
Qual a posição de países como Portugal e Espanha nessa divisão internacional do trabalho?
Ficavam num segundo nível: tinham alguma indústria, exploravam colónias e exportavam matérias-primas e alguns produtos industriais.
Quem ficava no último nível de desenvolvimento?
As colónias e os países da América Latina, essencialmente fornecedores de matérias-primas e consumidores de produtos industriais.
Porque é que as potências industriais regulavam o comércio mundial?
Porque controlavam a produção de matérias-primas nas colónias e adaptavam-na às necessidades das suas indústrias.
O que acontecia aos países periféricos durante uma crise de superprodução?
Eram os mais prejudicados, pois dependiam de poucos produtos para exportar e viam o seu valor cair drasticamente quando a procura diminuía.
O que faziam as empresas das potências industriais se encontrassem melhores condições noutras regiões?
Deslocalizavam a produção para regiões onde pudessem obter maiores lucros, como mão de obra mais barata.
Porque esta divisão internacional do trabalho beneficiava principalmente as potências industriais?
Porque conseguiam regular o comércio e explorar matérias-primas e mercados, mantendo a dependência e desigualdade com as regiões periféricas.
Qual a consequência para os países periféricos desta divisão de trabalho?
Ficavam muito dependentes economicamente e vulneráveis a crises, pois a sua economia girava à volta de poucos produtos.
Como a expansão da indústria, comércio e banca fortaleceu a burguesia?
A burguesia passou a dominar a economia e a controlar os principais meios de produção (minas, fábricas, transportes, bancos), consolidando o seu poder e impondo os seus valores na sociedade.
Como a alta burguesia detinha o poder económico?
Controlava os meios de produção e as grandes fontes de riqueza – minas, fábricas, transportes, bancos – e os seus membros desempenhavam funções e cargos de grande relevância, como empresários industriais, banqueiros, diretores de companhias e grandes proprietários.d
Como a alta burguesia detinha o poder político?
Alcançava lugares cimeiros da administração pública (deputados, ministros, presidentes da república), influenciava as políticas aduaneiras, tentava atenuar as reformas fiscais e reprimia o socialismo e greves.
Como a alta burguesia detinha o poder social?
-Exercia influência através do ensino, da imprensa, do lançamento de modas;
-impunha valores e comportamentos sociais;
-imitava a aristocracia nobre, comprando propriedades, edificando luxuosas moradias, gozando férias e ostentação;
-misturava-se com a nobreza por casamentos para obter títulos nobiliárquicos;
-evidenciava uma consciência de classe.
De que forma a alta burguesia imitava a aristocracia nobre?
Comprava propriedades, edificava luxuosas moradias, gozava de férias, ostentava riqueza e, muitas vezes, misturava-se com a nobreza através de casamentos para obter títulos nobiliárquicos.