Colecistite aguda Flashcards
(30 cards)
O que significa o Sinal de Murphy?
É a pausa álgica à palpação do ponto cístico na respiração profunda.
Qual o quadro clínico da colecistite aguda?
- dor biliar >6h
- náuseas
- febre
- Murphy positivo
- leucocitose
O que significa o Sinal de Curvoisier?
(Ou Courvoisier-Terrier?)
- É caracterizado pela palpação indolor da vesícula biliar em paciente ictérico.
- Sinal sugestivo de neoplasias periampolares (tumor da cabeça do pâncreas, tumor de papila, tumor distal de vias biliares, tumor de delgado).
O que significa o Sinal de Rovsing?
- Descrito como dor referida em fossa ilíaca direita após compressão e mobilização dos gases em fossa ilíaca esquerda (a progressão dos gases e distensão do ceco irão causar essa dor referida).
- É característico de apendicite aguda.
O que significa o Sinal de Lenander?
- É descrito como temperatura retal maior que a axilar em mais de 1ºC.
- característico de processos inflamatórios intestinais baixos.
O que é a Tríade de Beck?
- Funciona como um mecanismo para identificar os principais sinais e sintomas do tamponamento cardíaco, que possui diagnóstico clínico.
- Abafamento das bulhas cardíacas
- Estase de jugular
- Hipotensão
Ultrassonografia na colecistite aguda: achados
- demonstração de cálculos no colo da vesícula
- espessamento da parede da vesícula
- líquido perivesicular
- aumento da interface entre o fígado e a vesícula
- Sinal de Murphy ultrassonográfico (dor quando o transdutor está sobre a vesícula)
- aumento significativo do diâmetro transversal do fundo da vesícula
O que é a Síndrome de Mirizzi?
Ocorre quando o cálculo impactado no ducto cístico é grande o suficiente para causar uma compressão extrínseca na via biliar.
Quais os conceitos de:
- Colelitíase ou colecistopatia crônica calculosa (CCC)
- Colecistite aguda
- Coledocolitíase
- Colangite
- Colelitíase ou colecistopatia crônica calculosa (CCC): presença de cálculos na vesícula, sintomáticos ou não;
- Colecistite aguda: doença inflamatória aguda da vesícula biliar, secundária a obstrução da vesícula biliar por algum cálculo. Dor abdominal em quadrante superior direito, com febre, elevação de PCR e leucocitose;
- Coledocolitíase: migração de cálculos da vesícula para a via biliar principal, cursa com icterícia as custas de bilirrubinna direta, elevação de FA e GGT;
- Colangite: infecção ascendente das vias biliares, geralmente secundária a coledocolitiase ou tumor periampular obstrutivo: dor abdominal, icterícia e febre (tríade de Charcot).
O que é o DISIDA?
- Outros nomes para o exame:
DISIDA, cintilografia hepatobiliar, cintilografia hepática com HIDA - Exame de imagem sensível e não invasivo para avaliação de distúrbios da função hepatocítica e da integridade do sistema biliar
- Utiliza radiofármacos derivados do ácido iminodiacético marcados com 99mTecnécio (HIDA), que são captados pelos hepatócitos e excretados para o sistema biliar seguindo o fluxo habitual da bilirrubina.
- Achados cintilográficos nem sempre são específicos. Porém é o padrão-ouro para o diagnóstico de colecistite aguda.
Diretrizes de Tokyo
Classificam a colecistite aguda segundo seu grau de gravidade em três níveis:
I - colecisite leve
II - colecistite moderada
III - colecistite grave
Colecistite leve (Tokyo I)
Colecistite em paciente saudável, sem disfunção orgânica, com resposta inflamatória moderada.
Baixo risco cirúrgico.
Colecistite moderada (Tokyo II)
Colecistite moderada, apresenta algum dos seguintes critérios:
- leucocitose (>18.000)
- massa palpável em hipocôndrio direito
- sintomas com duração > 72h
- sinais de irritação peritoneal, abscesso, colecistite enfisematosa ou gangrenosa
Colecistite grave (Tokyo III)
Colecistite com disfunção orgânica marcada por um dos seguintes sinais:
- hipotensão
- redução do nível de consciência
- insuficiência respiratória
- oligúria ou aumento da creatinina > 2mg/dL
- RNI > 1,5
- plaquetopenia < 100.000
O que é CPRE?
ColangioPancreatografia Retrógrada Endoscópica
Procedimento invasivo realizado para o diagnóstico e tratamento das doenças das vias biliares e pancreáticas, como cálculos biliares, cistos de colédoco, entre outros problemas.
Esta técnica tem a vantagem de permitir, numa mesma sessão, extrair cálculos, executar dilatações do canal com balão ou colocar uma prótese.
Síndrome de Bouveret
Conjunto de sinais e sintomas decorrentes da obstrução do estômago distal ou duodeno causada por grandes cálculos biliares impactados.
É uma condição rara, precedida pela formação de uma fístula que permite a passagem do cálculo para o trato gastrointestinal.
Síndrome de Budd-Chiari
Hipertensão portal com hepatomegalia causada pela obstrução venosa do sistema de drenagem do fígado, frequentemente evoluindo com varizes esofágicas, encefalopatia hepática e coagulopatia por insuficiência hepática.
Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis
Afecção caracterizada por processo inflamatório intra-abdominal adjacente ao fígado (peri-hepatite), secundário à ascensão pela cavidade abdominal, através do trato genital (vagina, útero e trompas), da bactéria Neisseria gonorrhoeae, diplococo Gram-negativo intracelular.
Síndrome de Zollinger-Ellison
Distúrbio endócrino caracterizado por níveis aumentados do hormônio gastrina, fazendo com que o estômago produza ácido gástrico em excesso.
Tríade de Riegler
Conjunto de três sinais que compõem o quadro radiológico patognomônico de íleo biliar:
- Dilatação do delgado
- Cálculo na FID
- Aerobilia
Síndrome de Mirizzi: classificação
I) compressão extrínseca do ducto hepático comum/ colédoco por cálculo no colo vesicular ou ducto cístico;
II) presença de fístula colecistobiliar com erosão de diâmetro inferior a 1/3 da circunferência do ducto hepático comum/ colédoco;
III) presença de fístula colecistobiliar com diâmetro superior a 2/3 da circunferência do ducto hepático comum/ colédoco;
IV) presença de fístula colecistobiliar que envolve toda a circunferência do ducto hepático comum/colédoco;
V) qualquer tipo, mais fístula colecistoentérica
Va: sem íleo biliar
Vb: com íleo biliar).
Síndrome de Mirizzi
Obstrução seja do ducto hepático comum ou do colédoco, secundária à compressão extrínseca devido à impactação de cálculos no ducto cístico ou no infundíbulo da vesícula.
Pólipos de vesícula biliar: quando operar?
- associado a cálculos
- grandes > 1cm
- sintomáticos
Colangite esclerosante primária
A colangite esclerosante primária (CEP) é uma doença inflamatória crônica dos ductos biliares intra e extra-hepáticos.
O termo “primária” indica que a doença ocorre sem uma causa conhecida específica. Com o tempo, essa inflamação resulta na formação de cicatrizes (fibrose) nos ductos biliares, o que pode levar à obstrução e a complicações como a cirrose hepática e o colangiocarcinoma.