COMPLICAÇÕES NA SEGUNDA METADE DA GESTAÇÃO Flashcards

1
Q

QUAL A DEFINIÇÃO DE DESCOLAMENTO PREMATURO DE PLACENTA (DPP)?

A

É definido pelo descolamento parcial ou completo da placenta da parede uterina, antes do parto

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2
Q

QUAL A CAUSA MAIS COMUM DE SNAGRAMENTO GRAVE NA GESTAÇÃO E EM QUANTOS % ELE OCORRE?

A

DDP=1% DA GESTAÇÕES

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3
Q

SE A DPP É A CAUSA MAIS COMUM DE SANGRAMENTO GRAVE NA GESTAÇÃO, QUANDO REPOR FIBRINOGÊNIO, PLQ E PLASMA FRESCO NA DPP?

A
  • INR> 1,5: REPOR PLASMA FRESCO (RICO EM FATOR DE COAGULAÇÃO)
  • PLAQ. < 50.000: REPOR PLAQ.
  • FIBRINOGÊNIO < 150: REPOR CRIOPRECIPTADO (RICO EM FATOR VIII E FIBRINOGÊNIO)
  • CONCENTRADO DE HEMÁCIAS SERÁ FEITO DE ACORDO COM O GRAU DO CHOQUE
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4
Q

QUAL O QUADRO CLÍNICO DE UMA PACIENTE COM DPP?

A

PACIENTE, COM HISTÓRIA DE TRAUMA (INCLUSIVE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA), PRESENÇA DE DOR, CONTRAÇÕES, SANGRAMENTO, CONTRAÇÕES, RUPTURA DE MEMBRANAS, COM HISTÓRIA DE COMORBIDADES (HAS) E/OU USO DE DROGAS

  • Sangramento vaginal com ou sem coágulos, esses coágulo deixam o sangramento escuro – moderado a intenso; Apresenta coloração vermelho-escuro (se for em casos de trauma, pode não ocorrer o sangramento, sendo o sangramento oculto);
  • Dor abdominal; pode começar com cólicas leve e resultar em dores intensas (se for um descolamento posterior, podem ter a dor lombar e não abdominal)
  • Hipertonia uterina
  • Altura uterina (AU) aumentada para IG:
  • Sofrimento fetal (bcf com bradicardia < 120;
  • Hemoâmnio se o sangramento infiltrar o âmnio e apoplexia placentária (útero de couvelaire) se infiltrar o miométrio

Atenção! Sangramento pode estar ausente! E mesmo se presente, não indica a gravidade da DPP

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5
Q

QUAIS SÃO OS FATORES DE RISCO PARA DPP?

A
  • Estados hipertensivos (PRINCIPAL CONDIÇÃO CLÍNICA ASSOCIADA);
  • DPP PRÉVIO (PRINCIPAL FATOR DE RISCO)
  • Idade > 35 anos;
  • Tabagismo (AUMENTA O RISCO EM 2,5X);
  • Uso de cocaína/crack (COCAÍNA É A DROGA MAIS RELACIONADA COM A DPP);
  • LEIOMIOMA;
  • Trauma abdominal;
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6
Q

COMO SE DÁ O DIAGNÓSTICO DA DPP?

A

CLINICAMENTE:

Entretanto, podemos pedir uma USG, geralmente com coágulo retroplacentário (hiperecóico) ou hemorragia. O ruim é que os coágulos são hiperecóicos assim como a placenta e fica ruim a diferenciação

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7
Q

O QUE PODEMOS ENCONTRAR NA USG DE UMA DPP?

A
  • COÁGULOS (ECOLUSCÊNCIA RETROPLACENTÁRIA)
  • HEMORRAGIA
  • ESPESSAMENTO ANORMAL DA PLACENTA
  • IMAGEM DE ´´BORDA RASGADA´´ DA PLACENTA
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8
Q

QUAL O TTO PARA UMA PACIENTE COM DPP?

A

1° passo - Manter a estabilidade hemodinâmica, e avaliações, como hematócrito (pelo menos >30%) e coagulogramas seriados, monitorização de sinais vitais e débito urinário; pelo menos > 30mL/h;

2° passo - Amniotomia

Por quê? Favorece a redução do hematoma retroplacentárioe de CIVD;

3° passo:

  • Paciente instável OU SOFRIMENTO FETAL?= Cesárea
  • Paciente estável? Óbito fetal? Preferir parto por via vaginal nas próximas 06 horas com avaliação a cada 01 hora
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9
Q

QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES DO DPP?

A
  • Choque hipovolêmico, que gera sofrimento fetal (bradicardia);
  • Útero de Couvelaire; ele gera atonia uterina e favorece a hemorragia pós-parto
  • CIVD (principal causa de CIVD é a DPP, sendo responsável por 37% dos casos de CIVD)
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10
Q

PACIENTE COM DPP QUE EVOLUIU COM ÚTERO DE COUVELAIRE, QUAL A CONDUTA?

A

1°: MASSAGEM UTERINA

2°: COMPRESSÃO UTERINA DE HAMILTON:
-OCITOCINA EV + TRANSAMIN 1G EV (PACIENTE COM ATONIA VAI TER HEMORRAGIA PÓS-PARTO) + MISOPROSTOL RETAL + METILERGOMETRINA IM (CONTRAINDICADO SE HIPERTENSÃO)

SE REFRATÁRIO A ISSO:

BALÃO DE BAKRI POR NO MÁXIMO 24H

SE AUSÊNCIA DO BALÃO:

SUTURAS HEMOSTÁTICAS/COMPRESSIVA: B-LYNCH

SE REFRATÁRIO A B-LYNCH= LIGADURA DE ART. HIPOGÁSTRICAS

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11
Q

QUAL A DEFINIÇÃO DE PLACENTA PRÉVIA?

A

É dada pela placenta que se encontra no segmento inferior do útero após o período de 28 semanas de gestação.

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12
Q

COMO PODEMOS CLASSIFICAR A PLACENTA PRÉVIA?

A
  • Placenta prévia completa: recobre totalmente o orifício interno do colo (OIC);
  • Placenta prévia marginal: borda da placenta atinge até 2cm do OIC
  • Placenta prévia de inserção baixa: borda da placenta está entre 2-3,5cm do OIC
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13
Q

QUAL O TIPO DE PLACENTA PRÉVIA QUE MAIS TEM MORTALIDADE?

A

PLACENTA PRÉVIA COMPLETA

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14
Q

POR QUE OCORRE MORTALIDADE NA PLACENTA PRÉVIA?

A

MATERNAS:
* HEMORRAGIA MATERNA
* PARTO CESÁREO
* PLACENTA ACRETA

RN:
* PREMATURIDADE

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15
Q

A HEMORRAGIA MATERNA APÓS PLACENTA PRÉVIA É DE GRANDE INTENSIDADE?

A

GERALMENTE NÃO, OCORRENDO APENAS EM CASOS DE TOQUE VAGINAL OU MANIPULAÇÃO VAGINAL

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16
Q

QUAL O QUADRO CLÍNICO DE UMA PACIENTE COM PLACENTA PRÉVIA?

A
  • Sangramento vaginal progressivo, recorrente, de aspecto vermelho-vivo: (Tende a ser indolor; Podem haver contrações associadas.) e é frequentemente associado ao pós-coito;
  • Ausência de sofrimento fetal; no geral;
  • Tônus uterino normal.

OBS.: O sangramento pode ser intenso e provocar instabilidade materna se houver manipulação vaginal. Ainda, nesses casos, é possível observar sofrimento fetal associado.

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17
Q

O QUE É O SANGRAMENTO SENTINELA?

A

PLACENTA PRÉVIA EM QUE OCORRE SANGRAMENTO ENTRE 26-28 SEMANAS, MAS GERALMENTE É UM SANGRAMENTO INDOLOR E INCAPAZ DE GERAR CHOQUE

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18
Q

QUAIS SÃO OS FATORES DE RISCO PARA PLACENTA PRÉVIA?

A
  • Multiparidade;
  • Número de cesáreas prévias;
  • Curetagens uterinas prévias;
  • Idade > 35 anos;
  • Antecedente de placenta prévia; * Gemelaridade;
  • Malformações uterinas;
  • Tabagismo.

OBS.: As pacientes com diagnóstico de placenta prévia demonstram alto risco de hemorragia ante, intra e pós-parto.

ATENÇÃO! Dentro da sala de parto, diante da suspeita ou do diagnóstico de placenta prévia, não proceder com toque vaginal! Há risco associado para desencadear sangramentos!

19
Q

COMO REALIZAR O DIAGNÓSTICO DE PLACENTA PRÉVIA?

A

Clínica + Ultrassonografia (DE 2° TRIMESTRES): Realizada no intuito de observar a migração placentária.

20
Q

PLACENTA PRÉVIA DIAGNOSTICADA, O QUE FAZER?

A

Orientações:

  • Em caso de sangramento, procurar atendimento médico imediatamente;
  • Evitar atividades físicas intensas;
  • Manter abstinência sexual e não usar absorventes internos

Se houver aparição de sangramento, internar a paciente

21
Q

COMO REALIZAR O MANEJO DA PACIENTE COM PLACENTA PRÉVIA E SANGRANDO?

A

Internação hospitalar, pois a presença de sangramento é indicação para internação;

  • Conduta: Acesso vascular periférico; Monitorização contínua; Tipagem sanguínea;
  • Solicitar exames laboratoriais
  • Programar uso do corticóide, se possível – útil para favorecer a maturação pulmonar (deve ser feito em toda gestante com placenta prévia e sangramento entre 24-33 SEMANAS E 6 DIAS semanas)
  • Realizar planejamento da cesárea

ATENÇÃO! Na presença de sangramento, caso a mãe seja Rh – e o pai seja Rh +, administrar Imunoglobulina anti-D.

22
Q

COMO REALIZAR O PLANEJAMENTO DO PARTO APÓS PLACENTA PRÉVIA + SANGRAMENTO?

A
  • Programação da cesárea;
  • Caso haja placenta prévia de inserção baixa, pode-se tentar o parto por via vaginal; entretanto, se ocorre sangramento intenso= cesárea
  • Se a paciente tiver placenta prévia sem sangramento, podemos realizar amniocentese entre 36-37 semanas para documentar maturidade pulmonar fetal antes da cesariana

ATENÇÃO! Se a placenta for marginal, n]ao deve-se tomar nenhuma conduta antes da USG de 36 semanas (3° trimestre)

23
Q

PODEMOS REALIZAR ANESTESIA GERAL EM UMA PACIENTE COM PLACENTA PRÉVIA?

A

NÃO, ESTÁ ASSOCIADA COM MAIORES SANGRAMENTOS, REALIZAR ANESTESIAS REGIONAIS.

DEIXANDO A GERAL RESERVADA APENAS PARA CIRURGIAS PROLONGADAS

24
Q

O QUE SÃO ACRETISMOS PLACENTÁRIOS?

A

Dá-se pela aderência anormal da placenta ao miométrio. parede uterina, com ausência parcial ou total da decídua basal e desenvolvimento imperfeito da camada fibrinoide.

25
Q

QUAL A INCIDÊNCIA DE ACRETISMOS PLACENTÁRIOS?

A
  • 1/500-600 partos;
  • A taxa tem aumentado com o aumento do número de cesarianas.
26
Q

QUAIS SÃO OS FATORES DE RISCO PARA ACRETISMO PLACENTÁRIO?

A
  • Cesárea anterior;
  • Curetagem uterina;
  • Miomectomia;
  • Vídeo-histerectomia;
  • Idade > 35 anos;
  • Multiparidade.
27
Q

QUAIS SÃO AS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DOS ACRETISMOS PLACENTÁRIOS?

A

EM GERAL, É UMA PLACENTA PRÉVIA QUE NÃO SANGRA

28
Q

COMO REALIZAR O DIAGNÓSTICO DE ACRETISMO PLACENTÁRIO?

A
  • Ultrassonografia transvaginal;
  • Ressonância magnética – especialmente nos casos de placenta posterior; (Pela dificuldade na realização do ultrassom.).
29
Q

COMO REALIZAR O MANEJO DE ACRETISMO PLACENTÁRIO?

A
  • Planejamento do parto: 36° semana;
  • Demais condutas: Estimar o risco de infiltração de
    outras estruturas; Reserva de sangue; Preparar equipe para protocolo de transfusão maciça; Diálogo com o paciente e familiares;
  • Ainda, não é infrequente que tais casos requeiram a realização de: histerectomia; bem como cursem com lesão de bexiga e/ou ureter.
30
Q

QUAL A DEFINIÇÃO DE ROTURA UTERINA?

A

É dada pela abrupta quebra de continuidade de todas as camadas da parede uterina

31
Q

QUAIS SÃO OS FATORES DE RISCO PARA ROTURA UTERINA?

A
  • Rotura em gestação anterior;
  • Incisão miometrial prévia; (Especialmente nos
    casos com miomectomia.);
  • Uso de ocitocina, com fase ativo prolongada;
  • Trauma abdominal (automobilístico, versão cefálica
    externa);
  • Fraqueza intrínseca -> Ehlers-Danlos tipo IV;
    Malformação mulleriana;
  • Parto obstruído (desproporção céfalo-pélvica),
    taquissistolia;
  • Iatrogenia (Kristeller).
32
Q

QUAIS SINAIS PODEMOS ENCONTRAR AO EXAME FÍSICO ANTES DE UMA ROTURA UTERINA?

A

PACIENTE COM SANGRAMENTO ABD + DOR +PARADA DAS CONTRAÇÕES + AUSÊNCIA DE BCF + PARTES FETAIS FACILMENTE PALPÁVEIS AO EXAME ABD + TAQUICARDIA + HIPOTENSÃO

  • Sinal de Bandl: refere a presença de anel de constrição patológico -> Gera o “sinal da ampulheta”
  • Sinal de Frommel: observado pela palpação do ligamento redondo retesado.

OBS.: Síndrome de Bandl-Frommel – caracteriza a iminência de rotura, manifestada através de dor intensa em segmento inferior.

33
Q

QUAL O ACHADO MAIS COMUM DA ROTURA UTERINA?

A

DETERIORAÇÃO DO BCF

GERA O SINAL DE ´´DEGRAUS DE ESCADAS´´ AO DIMINUIR GRADUALMENTE A AMPLITUDE AO TOCODINAMÔMETRO

34
Q

APÓS A ROTURA UTERINA, O QUE PODEMOS ENCONTRAR AO EXAME FÍSICO DA PACIENTE?

A

Desaparecimento da apresentação fetal ao toque vaginal;
* Alívio da dor por interrupção das contrações 🡪 choque hemorrágico;
* Ausência de batimento cardiofetais (BCF);
* Sinal de Laffont: dor escapular, por irritação do nervo frênico;
* Sinal de Cullen: hematoma periumbilical.

35
Q

QUAL A CONDUTA DIANTE DE UMA ROTURA UTERINA?

A
  • MUDANÇA DE POSIÇÃO MATERNA
  • HIDRATAÇÃO VENOSA
  • SUSPENDER OCITOCINA SE PRESENTE
  • CONSIDERAR TERBUTALINA SN

SE NÃO FOREM SUFICIENTES: proceder com parto pela via mais rápida! Há grande necessidade de histerectomia;

36
Q

QUAL A DEFINIÇÃO DE ROTURA DE VASA PRÉVIA?

A

Vasa prévia é a inserção velamentosa do cordão umbilical nas membranas no segmento uterino inferior, resultando na presença de vasos fetais entre o colo e a apresentação fetal.

37
Q

QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO PARA ROTURA DE VASA PRÉVIA?

A
  • Inserção marginal de cordão;
  • Placenta bilobada ou suscenturiada; * Inserção velamentosa de cordão.
38
Q

QUAIS O QUADRO CLÍNICO DE UMA ROTURA DE VASA PRÉVIA?

A

Sangramento de início súbito; Em geral, é indolor; Normalmente, pode ocorrer após a amniotomia. Sofrimento fetal sustentado e grave.

OBS.: A origem do sangramento é fetal!

39
Q

COMO SE DÁ O DIAGNÓSTICO DA ROTURA DE VASA PRÉVIA?

A
  • Ultrassom com dopplerfluxometria + Clínica
40
Q

QUAL A CONDUTA DIANTE DE UMA PACIENTE COM ROTURA DE VASA PRÉVIA?

A

Cesárea eletiva com 34-36 semanas quando houver diagnóstico precoce com estabilidade materna e fetal.

OU

Cesárea de emergência;

  • Caso tenha sofrimento fetal (hemorragia fetal ou bcf não tranquilizador)
41
Q

QUAL A DEFINIÇÃO DE ROTURA DO SEIO MARGINAL?

A

É a rotura da periferia do espaço interviloso; É denominado seio marginal.

42
Q

QUAL O QUADRO CLÍNICO DA ROTURA DE SEIO MARGINAL?

A

Manifesta-se por meio de: Sangramento súbito periparto; Não há presença de demais sintomas associados.

OBS.: A origem do sangramento é materna!

43
Q

COMO REALIZAR O DIAGNÓSTICO DA ROTURA DE SEIO MARGINAL?

A

Dado através da histopatologia.

44
Q

COMO MANEJAR UMA PACIENTE COM ROTURA DE SEIO MARGINAL?

A
  • Vigilância clínica;
  • Monitorização materno-fetal.