CONTEÚDO ORBITÁRIO. NERVOS OCULOMOTOR, TROCLEAR E ABDUCENTE. Flashcards
(44 cards)
Com que estruturas ósseas é que a cavidade orbitária se relaciona, e através de que buracos/canais?
- os seios maxilar, etmoidal, frontal e esfenoide
- as fossas cranianas anterior (através dos canais etmoidais)
e média (através da fissura orbitária superior) - as fossas temporal (através dos canais zigomático-orbitário e zigomático-temporal) e infratemporal
(através da fissura orbitária inferior)
Limites da cavidade orbitária
Teto: parte orbitária do frontal, asa menor do esfenóide
Pavimento: lâmina orbitária da maxila, zigomático, apófise orbitária do osso palatino
Parede medial: lacrimal, lâmina orbitária do etmóide, corpo do esfenóide, frontal
Parede lateral: asa maior do esfenóide, apófise frontal do zigomático e pequena parte do osso frontal
que ângulo formam as paredes laterais da órbita, que ângulo formam as paredes medial e lateral entre si e que ângulo o eixo da órbita faz com o eixo visual?
- As duas paredes laterais formam um ângulo de 90°, enquanto as paredes
lateral e medial formam um ângulo de 45°. - O eixo da órbita divide este ângulo de 45° em dois, fazendo um ângulo de 23° com o eixo visual.
Que estruturas emergem pelo canal ótico, fissura orbitária superior e fissura orbitária inferior?
- pelo canal ótico: nervo óptico (II) e artéria oftálmica
- pela fissura orbitária superior: nervo oculomotor (III), nervos frontal, lacrimal e nasociliar, isto é, a divisão oftálmica do nervo trigémio (V), nervo abducente (VI) e veias oftálmicas superior e inferior
- pela fissura orbitária inferior: nervo maxilar (divisão do trigémio), nervo zigomático e artéria infraorbitária
Que estruturas se encontram internamente e externamente ao anel tendinoso comum?
Internamente ao anel tendinoso comum: as duas divisões do nervo oculomotor (III), o nervo nasociliar, o nervo abducente (VI), o nervo ótico, e a artéria oftálmica. Externamente ao anel tendinoso comum: o nervo troclear (IV), o nervo lacrimal e o nervo frontal (ramos da divisão oftálmica do trigémio, V) e a veias oftálmica superior.
Que nervo inerva o reto superior e qual a função deste músculo.
é inervado na sua face inferior pela divisão superior do nervo oculomotor; tem função de elevação e adução do olho
Que nervo inerva o reto inferior e qual a função deste músculo.
é inervado na sua face superior pela divisão inferior do nervo oculomotor; tem função de depressão e adução do olho
Qual a posição do olho para a qual os retos superior e inferior têm ação máxima? A contração simultânea destes dois músculos permite o quê?
Os retos superior e inferior têm ação máxima quando o olho está em semi-abdução, pois é quando os seus
eixos de ação se alinham com o eixo visual;
A contração simultânea dos retos superior e inferior permite a adução do olho.
Que nervo inerva o reto medial e qual a função deste músculo. A que leva a contração simultânea dos dois retos mediais?
: é inervado na sua face lateral pela divisão inferior do nervo oculomotor (III); tem função adução do olho; a ação simultânea dos dois retos mediais promove a convergência visual.
Que nervo inerva o reto lateral e qual a função deste músculo. A que leva a contração simultânea dos dois retos laterais?
é inervado na sua face medial pelo nervo abducente (VI); tem função de abdução do olho;
a ação simultânea dos dois retos laterais promove a divergência visual.
Que nervo inerva o oblíquo superior e qual a função deste músculo.
é inervado na sua face superior pelo nervo troclear (IV); a sua função é a depressão do olho, por elevação da sua porção posterior, sendo esta otimizada quando o olho está em adução; também promove a abdução do olho e a sua intorção.
Que nervo inerva o oblíquo inferior e qual a função deste músculo.
é inervado na sua face orbital pela divisão inferior do nervo oculomotor; a sua função é a elevação do
olho, por depressão da sua porção posterior, sendo esta otimizada em adução; também promove a abdução do olho e a sua intorção.
Que nervo inerva o elevador da pálpebra superior e qual a função deste músculo.
- É inervado pela divisão superior do nervo oculomotor (III).
- A sua função é elevar a pálpebra, sendo antagonista da porção palpebral do músculo orbicular dos olhos. Salienta-se a sua ligação ao reto superior através de um ligamento, que promove a elevação da pálpebra aquando da elevação do olho.
Os músculos orbitário, tarsal inferior e tarsal inferior (músculo de Muller) são inervados por qual componente do sistema nervoso autónomo? Em que consiste a síndrome de Horner?
Simpático.Lesões na inervação simpática ao nível da cabeça, por exemplo no
Síndrome de Horner, comprometem a ação do músculo de Muller, originando uma ptose ligeira da pálpebra superior.
O que é que cada musculo do olho faz na posição primária do globo ocular
Na posição primária do globo ocular: - oblíquo superior faz depressão, abdução e intorsão - oblíquo inferior faz elevação, abdução e extorsão - reto superior faz elevação, adução e intorsão - reto inferior faz depressão, adução e extorsão - reto lateral é somente abdutor - reto medial é somente adutor (VER IMAGEM DA SEBENTA!!!!)
Origem aparente e real do oculomotor; quais os subnúcleos do oculomotor; que músculos do olho é que este nervo inerva.
• Origem aparente: na fossa interpeduncular, ao nível do sulco medial.
• Origem real: no núcleo oculomotor, que se localiza ao nível do bordo ventral da substância cinzenta
periaquedutal, no mesencéfalo rostral; é visível num corte em secção horizontal ao nível do colículo superior
-o núcleo que inerva o elevador da pálpebra superior é único e encontra-se na linha média,
inervando os músculos direito e esquerdo; o núcleo que inerva o reto superior envia as suas fibras para o
músculo contralateral; os núcleos que inervam o reto medial, oblíquo inferior e reto inferior projetam para
os músculos ipsilaterais;
- está também associado posteriormente ao núcleo de Edinger-Westphal ou núcleo oculomotor
acessório, que projeta para o gânglio ciliar ipsilateral fibras eferentes viscerais gerais, controladas pelo
sistema nervoso autónomo; as fibras pós-ganglionares correspondentes são os ramos ciliares curtos que
inervam o esfíncter da pupila (miose) e o músculo ciliar;
quais as divisões do nervo oculomotor?
Aí (seio cavernoso), divide-se nas suas divisões superior e inferior, que entram na órbita através da fissura
orbitária superior, ao nível do anel tendinoso comum, encontrando-se separadas pelo ramo nasociliar do
nervo oftálmico:
- a divisão superior desloca-se sobre o nervo ótico para entrar na face inferior (ocular) do reto
superior, inervando este músculo; dá também um ramo que se desloca para inervar o elevador da pálpebra
superior.
- a divisão inferior do nervo oculomotor divide-se em ramos medial, central e lateral:
- ramo medial para o reto medial: desloca-se sob o nervo ótico para entrar da face lateral
(ocular) do músculo;
- ramo cetral para o reto inferior: desloca-se inferiormente e anteriormente, para entrar na
face superior (ocular) deste músculo;
- ramo lateral para o oblíquo inferior: desloca-se anteriormente, ao nível do lado lateral do
reto inferior, para entrar na face orbital do oblíquo inferior.
Quais os tipos de lesões no nervo oculomotor, e quais as consequências?
• Lesões no nervo oculomotor: podem relacionar-se com lesões a nível central ou *
apenas uma lesão no
parassimpático que só afeta as eferências do núcleo oculomotor secundário*:
- origina estrabismo lateral (desvio lateral de um dos olhos em relação à posição média), uma vez que
o reto lateral (inervado pelo nervo abducente) atua sem ter o antagonismo do reto medial (paralisado); em
consequência surge diplopia (visão dupla) e incapacidade de movimentação medial do olho;
- os movimentos verticais também são afetados devido à paralisia dos retos superior e inferior;
- a paralisia do elevador da pálpebra superior leva a ptose (queda da pálpebra superior) bilateral,
uma vez que só há um núcleo relacionado com essas fibras;
* - no caso da lesão do parassimpático, apenas os músculos esfíncter da pupila e ciliar deixam de
estar funcionais, o que provoca midríase ipsilateral: a pupila do lado afetado está dilatada devido à ação do
músculo dilatador da pupila não antagonizada (inervado pelo simpático);
Quais as fibras do oculomotor mais suscetiveis a pressões externas?
Notar que as fibras parassimpáticas pré-ganglionares provenientes do núcleo de Edinger-Westphal deslocam-se superficialmente, sendo as mais suscetíveis a pressões externas. Assim, a presença de uma pupila dilatada que não responde à luz é, normalmente, o primeiro sintoma de pressão no nervo oculomotor.
Origem real e aparente do nervo troclear. que músculos é que este nervo inerva, e por qual face.
• Origem aparente: destaca-se por ser o único a emergir na superfície dorsal do tronco cerebral,
inferiormente aos colículos inferiores e lateralmente ao freio do véu medular superior.
• Origem real: no núcleo troclear, que se localiza ao nível do colículo inferior; os axónios dos corpos
celulares deste núcleo têm uma particularidade – dirigem-se primeiro postero-lateralmente,
contornando a substância cinzenta periaquedutal, arqueando-se para decussar e emergir então na
superfície posterior do tronco cerebral como nervo troclear contralateral. As suas fibras vão inervar o
músculo oblíquo superior, pela face orbitária.
Consequências de lesões no nervo troclear
• Lesões no nervo troclear: o oblíquo superior ajuda
ao movimento do olho inferiormente e
lateralmente e, como tal, aquando de lesões no
nervo troclear, as tentativas de movimentos nessas
direções (tipicamente aquando da leitura de um
livro ou da descida de escadas) podem causar
diplopia (visão dupla).
Origem aparente e real do nervo abducente. que músculo é que este nervo inerva. Qual a relação deste nervo com o ligamento petro-esfenoidal. qual a consequência desta relação.
• Origem aparente: entre a ponte e o bolbo raquidiano.
• Origem real: no núcleo abducente, que se localiza ao nível do colículo facial, na ponte caudal, sobre
o pavimento do quarto ventrículo; as suas fibras vão inervar o músculo reto lateral ipsilateralmente;
note-se que o colículo se chama facial devido ao trajeto das fibras com origem no núcleo facial, que se
encontra anteriormente, mas cujas fibras contornam externamente o núcleo do abducente antes de
se dirigirem anteriormente. Passa inferiormente a este ligamento. a entrada do nervo no seio cavernoso é bastante afiada, o que faz com que o nervo seja facilmente lesionado em condições de aumento da pressão intracraniana.
Consequências de lesão no nervo abducente.
relacionam-se com o estrabismo medial, pois o reto medial (inervado
pelo oculomotor) atua sem ter o antagonismo do reto lateral (paralisado); lesões no núcleo do
abducente vão relacionar-se com a incapacidade do olho ipsilateral realizar abdução e do olho
contralateral realizar a adução no movimento conjugado horizontal dos dois olhos.
Nos movimentos horizontais, que músculos são necessários? Qual a consequência de terem de ser usados estes músculos?
Ação de um reto medial e de um reto lateral do lado oposto. Músculos inervados
por nervos diferentes - assim, as fibras de
interligação do fascículo longitudinal medial são
essenciais para coordenar a ação destes músculos.