Controle do ciclo celular e a progressão tumoral Flashcards
(11 cards)
Que tipo de enzimas comandam o ciclo celular?
Quinases relacionadas a ciclinas.
Descreva a ativação completa da ciclina.
Primeiro, deve haver a ligação entre ciclina e CDK (kinase dependente de ciclina). Porém, ainda não está totalmente ativada; para ativar totalmente, deve haver uma fosforilação pela enzima kinase ativadora de CDK (CAK).
Descreva os mecanismos de inativação da ciclina.
Há três caminhos para haver a inativação da ciclina:
1) Deve haver degradação da ciclina ligada. Isto ocorre por meio de complexos de APC e SCP (por proteossomos após a proteína receber uma ubiquitina, que sinalizará a necessidade de degradação)
2) Outra maneira, é haver fosforilação pela enzima Wee1 para bloquear o sítio ativo, porém, isso pode ser
facilmente revertido pelas CDC25, fosfatases que removem este fosfato inibitório.
3) Por fim, pode haver uma associação à proteína inibidora de CDK (CDKI).
Qual o primeiro evento para a saída de G0 para G1?
Chegada de mitógenos para haver o estímulo.
O que caracteriza G0?
Metabolismo ativo: manutenção, CDKs inibidas, ciclo celular interrompido.
Descreva desde o início, a transcrição de G1-CDK e sua ativação.
Mitógenos se associam a receptores de tirosina quinase para fazer a cascata de Map kinase, o que gera um aumento da expressão de MIC um fator de transcrição para ciclina G1 que liga-se à CDK para formar o complexo G1 CDK. Este complexo é ativado pelo fosfato ativador da CAK.
Descreva a relação da G1-CDK com o retinoblastoma.
Após ativada, a G1-CDK pode pode fosforilar várias proteínas de ciclagem, como por exemplo a retinoblastoma, que antes estava inibindo a E2F e agora muda de conformação liberando a E2F. A E2F então estimula a ciclagem na transcrição de outras proteínas relacionadas.
Após a liberação da E2F pela G1-CDK, descreva quais as etapas até a síntese de DNA.
Após a liberação da E2F, se transcreve a G1/S que se liga à ciclina para ativar-se em G1/S ciclina. Esta última se liga a uma CDK para gerar G1/S CDK, que ativa a S ciclina que posteriormente se liga a uma CDK para formar a S-CDK para enfim haver a síntese de DNA.
No segundo ponto de checagem, no decorrer da fase S, descreva os tres mecanismos de proteção do DNA quando ocorre sua desestruturação?
Normalmente, há a presença de enzimas do tipo p53 inativas na célula. Porém, ao haver desestruturação do DNA, há ativação por kinases destas enzimas p53 e, por feedback positivo, gera-se cada vez mais p53, que se acumula, para que a p53 estimule a transcrição de proteínas como a CDKI, para, assim, evitar que haja a ciclagem de uma célula defeituosa e a célula morre com o tempo
Há também a síntese de proteínas de reparo de DNA para agirem para estruturar ele, o que cessa o feedback positivo de produção de p53 e assim há a inativação da transcrição de CDKI.
Caso a lesão de DNA seja tão profunda, há o estímulo mais intenso da p53 para fatores pró apoptóticos.
Explique a fase S até o ponto em que se inicia a fase M.
Começa na presença das S-CDKs e se inicia com o ponto de checagem por p53. Enquanto isso, há a montagem do complexo pré-replicacional que ainda está inativo, Para ativá-lo, a S-CDK fosforila este complexo, o que atrai a DNA polimerase. Após haver uma única replicação de DNA, a S-CDK se encarrega de degradar o complexo com fito de impedir uma segunda replicação pela DNA polimerase.
Até este ponto, havia um excesso de M-CDK inativo pela Wee1, pois a checagem de p53 ainda está em curso. Quando o DNA replicado é aprovado pelo ponto de checagem, a CDC25 é reativada por uma fosfatase, pois havia sido inibida por uma kinase, e, assim, retira o fosfato inibitório que inativava o M-CDK; esta última reação ocorre de maneira muito rápida, pois, como foi dito no início, há um excesso de M-CDK.
fosfato inibitório da M CDK ativo rapidamente. Ao haver esta ativação, inicia-se a mitose.
Explique a passagem da metáfase para a anáfase.
Após a replicação do DNA na fase S, as cromátides irmãs mantêm-se unidas por uma enzima chamada coesina, porém, no fim da metáfase para a anáfase faz-se necessária a degradação desta por uma protease chamada separase, que geralmente está inativa por uma proteína inibitória chamada securina. A securina precisa ser degradada, então a ubiquitina ligase do tipo APC (complexo promotor de anáfase) é fosforilada pela M-CDK marca a securina para encaminhá-la ao proteossomo. Feito isso, a separase se torna ativa, degrada a coesina e as cromátides podem ir aos pólos.