DERRAME PLEURAL COMPLETO Flashcards
(33 cards)
DERRAME PLEURAL
A pleura é constituída pela pleura parietal e pela pleura visceral e entre as pleuras há uma mínima quantidade de líquido entre elas , garantindo deslizamento . Esse líquido é produzido por qual pleura ?
Produzido e drenado pela pleura parietal .
DERRAME PLEURAL
Mecanismos fisiopatológicos que contribuem para o acúmulo de líquido no espaço pleural
- Aumento da pressão hidrostática na microcirculação microvasos que circundam a pleura → extravasamento de líquido para o espaço pleural
- Diminuição da pressão oncótica vascular → níveis de albumina baixo → facilita que o líquido saia dos vasos
- Aumento da permeabilidade vascular
- Bloqueio da drenagem linfática
- Passagem de líquido a partir do espaço peritoneal
DERRAME PLEURAL
Qual é a tríade clássica do derrame pleural ?
- Tosse seca
- Dispneia progressiva
- Dor torácica
DERRAME PLEURAL
Não existe relação direta entre a dor torácica e o tamanho do derrame , pois :
Líquido vai aumentando e ele afasta as duas pleuras → menos fricção das pleuras → menos dor ( pode começar com dor e essa dor pode até melhore apesar do derrame ter piorado ) – dispneia piora e a dor melhora .
DERRAME PLEURAL
Semiologia clássica do derrame pleural :
✔ MACICEZ À PERCUSSÃO ( líquido )
✔ MV ABOLIDO ( pulmão colaba – não tem troca gasosa , não tem ventilação )
✔ FTV ABOLIDO ( líquido está em volta do pulmão , serve como barreira acústica )
DERRAME PLEURAL
Semiologia do derrame pelural :
Inspeção: hemitórax abaulado, expansibilidade diminuída ( não entra ar )
Palpação: expansibilidade reduzida, FTV abolido.
Percussão: macicez, presença do sinal de Signorelli
Ausculta : murmúrio vesicular abolido ( não chega ar ) . Na zona de transição pode ocorrer broncofonia, egofonia ( som metálico ) e pectoriloquia .
DERRAME PLEURAL
O que é o sinal de Signorelli ?
Percutir a vértebra — macicez na percussão da coluna vertebral – líquido escorrendo – sinal de derrame pleural
DERRAME PLEURAL
Radiografia de tórax no derrame pleura :
velamento do seio costofrênico , parábola de daimoiseau ( líquido se acumula e vai para a periferia ) , velamento do seio costofrênico posterior
Incidência de laurell: radiografia lateral com raios horizontais — mais sensível que os outros métodos radiológicos e indica se o derrame é puncionável ( maior do que 1 cm – puncionável)
DERRAME PLEURAL
Tórax opaco
Estruturas sendo tracionadas – atelectasia
Empurrando as estruturas —– derrame pelural
DERRAME PLEURAL
Ultrassonografia com aspecto de barbatana ou água viva – pulmão colapsado – derrame pleural
Correto
DERRAME PLEURAL
Toracocentese é na borda superior da costela inferior ,5 ºeic . Nunca pode-se tirar mais do que 1500 ml de uma toracocentese , pois há risco de :
Síndrome da reexpansão
DERRAME PLEURAL
Conceito de trasudato e exsudato :
Transudatos ——Transbordamento ( sempre amarelo citrino , claro , não é rico em proteína e não é rico em LDH) – pobre em proteína e pobre em LDH
Exsudatos ——- Pleura inflamada ( proteínas , citocinas inflamatórias , LDH aumentado)
DERRAME PLEURAL
CRITÉRIOS DE LIGHT :
TRANSUDATO:
RELAÇÃO PROTEÍNA NO LÍQUIDO PLEURAL / PROTEÍNA NO SORO ≤ 0,5
RELAÇÃO LDH NO LÍQUIDO PLEURAL / LDH NO SORO ≤ 0,6
LDH LÍQUIDO PLEURAL MAIOR QUE 2/3 DO LIMITE SUPERIOR DA NORMALIDADE SÉRICA NÃO
EXSUDATO ( MEIA PROTEÍNA , 0,6 LDH!!) :
RELAÇÃO PROTEÍNA NO LÍQUIDO PLEURAL / PROTEÍNA NO SORO ≥ 0,5
RELAÇÃO LDH NO LÍQUIDO PLEURAL / LDH NO SORO ≥ 0,6
LDH LÍQUIDO PLEURAL MAIOR QUE 2/3 DO LIMITE SUPERIOR DA NORMALIDADE SÉRICA SIM
DERRAME PLEURAL
OUTROS CRITÉRIOS PARA A ABORDAGEM DO DERRAME PLEURAL :
Proteína do líquido pleural > 3,0 g/dl – sugestivo de ser exsudato
LDH do líquido pleural > 200 UI/L – sugestivo de ser exsudato
Colesterol do líquido pleural > 50 mg/dL —– sugestivo de ser exsudato
Gradiente de albumina soro-líquido pleural ( menor ou igual do que 1,2 – exsudato / maior do que 1,2 – transudato ) . Usa esse gradiente quando houver situações capazes de falsear o resultado , como o uso de furosemida .
DERRAME PLEURAL
Análise do líquido pleural :
Aspecto e coloração do líquido pleural , glicose ( consumida nos processos infecciosos) , pH ( pode estar baixo nos processos infecciosos) ,ADA ( enzima que degrada as purinas , aumentada nos infiltrados linfocíticos – tbc) , Lipideos / lípides (quilotórax), amilase ( derrame pleural por pancreatite) , hematócrito ( hemotórax) , citologia ( linfocíticos – tuberculose , linfoma , colagenose , febre reumática / neutrofílico : parapneumônico ) , microbiologia ( bactéria no líquido pleural – empiema , micobactéria – tuberculose )
Líquido hemático : tuberculose , neoplasia
Líquido leitoso : quilotórax
Líquido purulento : empiema
Líquido amarelo citrino : qualquer coisa ( transudato é sempre amarelo citrino)
DERRAME PLEURAL
Qual é o derrame pleural mais comum?
Insuficiência cardíaca
DERRAME PLEURAL
Quais são as complicações do derrame pleural ?
Pneumotórax ( fura a pelura ) , hemotórax ( pegou algum vasinho), tosse , dor torácica , reflexo vasovagal , edema de reexpansão ( tirando líquido muito rápido , em grandes volumes , maiores do que 1500 ml – álvéolo colabado – abri rápido e faz pressão negativa intraalveolar – puxa líquido para dentro do alvéolo – edema agudo de pulmão )
DERRAME PLEURAL
Cuidado primordial em relação ao edema de reexpansão:
Retirar no máximo 1500 ml ( paciente eutrófico)
DERRAME PLEURAL
Os princípios do tratamento do derrame pleural é a abordagem local (controle dos sintomas—tosse , dispneia) e tratamento da doença de base
CORRETO
DERRAME PLEURAL
São causas de transudato:
- ICC ( direita ou bilateral )
- Cirrose hepática ( hipoalbuminemia , congestão )
- Síndrome nefrótica
- Hipoalbuminemia ( diminui pressão coloidosmótica)
- Diálise peritoneal
- Mixedema
- Obstrução da Veia Cava Superior ( dificuldade da drenagem do líquido )
- Embolia pulmonar ( pode dar transudato e exsudato )
- Atelectasia ( aguda . pulmão fecha →pressão negativa no espaço pleural → cai líquido lá dentro)
DERRAME PLEURAL
Exsudato :
- Infecciosas ( tuberculose , pneumonia )
- Neoplásico
- Induzido por drogas
- Hemotórax
- Quilotórax
- Colagenoses
- Embolia pulmonar ( disfunção de vd – insuficiência cardíaca direita – derrame pleural – inflama a pleura por isquemia )
- Pancreatite ( cistos pancreáticos – migração do conteúdo para o espaço pleural)
- Pós IAM ( reação autoimune – necrose na pleura )
DERRAME PLEURAL
Paciente com sintomas de pneumonia (Tosse , expectoração , febre , radiografia com consolidação) que não melhora com antibiótico pode evoluir com derrame pleural .
CORRETO
DERRAME PLEURAL
Pneumonia com derrame pleural puncionável – deve puncionar ( maior que 1 cm) , pois há 3 fases do derrame parapneumônico .
FASES DO EMPIEMA :
FASE EXSUDATIVA ( INÍCIO DERRAME NÃO COMPLICADO , TRATADO COM ANTIBIÓTICO ) —- FASE FIBRINOPURULENTA ( CRITÉRIOS DO EMPIEMA , DERRAME COMPLICADO COM PH MENOR QUE 7,2 , DHL MAIOE QUE 1000 , GLICOSE MENOR QUE 40 , DEPOSIÇÃO DE FIBRINA ) — FASE DE ORGANIZAÇÃO ( TEM FIBROTÓRAX , UMA CARAPAÇA COM EXPANSIBILIDADE REDUZIDA , PRECISA IR PARA A CIRURGIA DE DECORTICAÇÃO – TIRAR A CAPA DE FIBRINA E FAZER PLEUROSTOMIA / PODE INJETAR FIBRINOLÍTICO )
DERRAME PLEURAL
Como diferenciar o derrame parapneumônico?
Derrame não complicado ( aspecto citrino , ph maior que 7,2 , dhl menor que 1000 , glicose maior que 40 ) . Conduta : antibiótico e toracocentese .
Derrame complicado ( aspecto citrino ou turvo , ph menor que 7,2 , DHL maior que 1000 , glicose menor que 40 ) . Conduta : antibiótico , drenagem torácica , intervenção cirúrgica .
Empiema ( presença de pus , gram e culturas podem ser positivas ) . Conduta : Drenagem e intervenção cirúrgica .