Doença do Refluxo Gastroesofágico Flashcards

(65 cards)

1
Q

Definição?

A
  • Refluxo do conteúdo gástrico causando sintomas que afetam o bem estar ou que causa complicações
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2
Q

Epidemiologia?

A
  • 10-20% pop ocidental (< 10% asiáticos)
  • Risco ↑ com ↑ IMC
  • Todas as faixas etárias
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3
Q

Etiologia?

A

Incompetência EEI

  • ↑ frequência de relaxamento transitória do EEI (fenômeno normal, pp quando a chegada da gordura no esôfago) não relacionado a deglutição
  • Mais comum a disfunção EEI se presença de saco herniário diafragmático
  • Variação da pressão do EEI (pode ser hipotônico): baixa na DRGE grave
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4
Q

Fisiopatologia. Do que depende a gravidade do dano à mucosa? (3)

A
  • Duração contato com o conteúdo do refluxo
  • Características do conteúdo gástrico (ácido, pepsina, bile)
  • Resistência do epitélio ao dano
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5
Q

Quais são os fatores envolvidos no aumento ou diminuição da duração do contato com o conteúdo estomacal? (3)

A
  • Número episódios
  • Eficiência da peristalse esofágica
  • Neutralização ácido pela saliva

no refluxo grave pode existir contrações de baixa amplitude: ↓ possibilidade eliminar o conteúdo do refluxo

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6
Q

Qual o período que mais ocorre os sintomas laringofaríngeos?

A
  • À noite > ↓ pressão de repouso do EES
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7
Q

Motivos pelo qual DRGE pode causar tosse crônica?

A
  • Conteúdo acordo no terço inferior esôfago > estimulação vagal > tosse e pigarro
  • Aspiração crônica conteúdo + bronconstrição vagal: asma
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8
Q

Classificação da DRGE? (Definição de Montreal)

A
# Síndromes esofágicas 
1 - C/ sintomas e S/ lesão: Sd refluxo típica e Sd da dor torácica por refluxo 
2 - C/ lesão esôfago: esofagite de refluxo, estenose, Barret, adenocarcinoma

Síndromes extraesofágicas
1 - Associações estabelecidas: tosse, laringite, asma, erosão dentária
2 - Associações propostas: faringite, sinusite, fibrose pulmonar idiopática, otite média recorrente

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9
Q

Quais são os sintomas típicos? (2)

A
  • Pirose e regurgitação
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10
Q

Quando costuma ocorrer/piorar os sintomas típicos?

A
  • Após refeições
  • Principalmente grandes refeições ou gordurosas
  • Deitar ou curvar-se

Alívio com antiácidos

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11
Q

Quais são os sintomas atípicos? (5)

A
  • Tosse
  • Laringite (ou nó na garganta > globus)
  • Asma
  • Erosão dental
  • Halitose
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12
Q

Quais são os sintomas de alarme? (7)

A
  • Anemia
  • Perda de peso
  • Disfagia ou odinofagia
  • Distensão abdominal/saciedade precoce
  • Hematêmese
  • Melena
  • Vômitos persistentes

Levantam suspeitas de esofagite, estenose, Barret, Adenocarcinoma

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13
Q

Abordagem diagnóstica nos pacientes com sintomas típicos?

A
  • Prova terapêutica com IBP por 8 semanas + mudanças estilo de vida
  • Melhora sintomas: confirma diagnóstico
  • Piora/sem resposta: não descarta
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14
Q

Conduta no caso de sintomas atípicos, persistentes ou que não respondem?

A
  • EDA
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15
Q

Em relação ao uso de IBP e EDA, em qual momento realizar a mesma para diag Barret ou esofagite?

A
  • Esofagite pode mascarar esôfago de Barret
  • IBP: cicatrização esofagite > visualização EB
  • Esofagite: sem terapia com IBP
  • EB: com IBP
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16
Q

Se EDA não satisfatória, qual exame realizar?

A
  • pH metria 24h (ou impedância pH metria)

- Opção: manometria esofágica

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17
Q

Principais fatores de risco? (FORTES) (4)

A
  • HF +: 3x mais comum
  • Idade avançada
  • Hérnia de hiato: reduz competência da JEG
  • Obesidade
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18
Q

Fatores de risco FRACOS?

A
  • Medicamentos que ↓ tônus EEI
  • Estresse psicológico
  • Asma
  • AINEs: pode contribuir esofagite e estenose
  • Tabagismo
  • Álcool
  • Alimentação
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19
Q

Quais são os medicamentos que podem ↓ tônus EEI?

A
- Anticolinérgicos ou relaxantes músculo liso 
# Nitratos
# Bloq canais de cálcio
# Agonista Alfa ou Beta adrenérgicos
# Teofilina
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20
Q

Quais são os alimentos associados ao risco de DRGE? (Evidências limitadas)

A
  • Cafeína
  • Bebidas gaseificadas
  • Chocolate
  • Frutas cítricas
  • Alimentos condimentados
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21
Q

Principais fatores de diagnóstico? (3)

A
  • Presença de fatores de risco: HF, obesidade, idade avançada, hérnia de hiato
  • Pirose: queimação no peito após refeições, piora ao deitar, melhora com antiácidos
  • Regurgitação ácida: sabor azedo ou amargo
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22
Q

Quais as indicações de EDA? (4)

A
  • Sintomas de alarme
  • Sintomas atípicos
  • Sintomas persistentes
  • Sintomas recidivantes
# DRGE não erosiva: EDA pode ser normal 
# Não recomendado biópsia de rotina
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23
Q

Quando realizar pH metria? (Monitoramento ambulatorial do pH)

A
  • Sintomas persistentes com IBP 2x/dia + EDA não satisfatória

realizar após 7 dias sem IBP

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24
Q

Quando uma uma pH metria de 24h é anormal?

A

pH < 4 por > 4% do tempo

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25
O que a manometria esofágica avalia? (2)
- contrações esofágicas - função EEI pode detectar acalasia, eed, outros distúrbios motores
26
O que o teste combinado de pH metria com impedância pode detectar?
- Refluxo ácido e não ácido Impedância: detectar movimentação anterógrada e retrógrada de líquidos ou gás
27
Qual o melhor uso da esofagografia baritada na DRGE?
Descartar outras causas de disfagia
28
Diagnósticos diferenciais?
- DAC: sempre descartar em caso de dor torácica (esternal inferior, piora com esforço > n ocorre na DRGE) - Pirose funcional: EDA e pH metria negativos - Acalasia: disfagia é proeminente - Dispepsia não ulcerosa: ≥ 3 meses dor abd, distensão, náuseas - Úlcera péptica: EDA +, H. pylori + - Esofagite eosinofílica: + jovens, disfagia, alergia alimentar, ↑ eosinófilos - Neoplasias: pp se sinais de alarme - Refluxo laringofaríngeo: ≥ 4 episódios refluxo gastroesofágico para a laringofaringe (disfunção EES)
29
Qual a classificação endoscópica para esofagite péptica? (2)
Los Angeles | Savary-Miller
30
Grau A da classificação de Los Angeles?
- Grau A: uma ou + solução continuidade mucosa confinada às pregas mucosas, não maiores que 5mm cada
31
Grau B?
Uma ou + solução de continuidade da mucosa com mais de 5mm, confinada às pregas mucosas e não contíguas entre o topo de suas pregas
32
Grau C?
Interrupções que se estendem entre os picos ≥ 2 pregas de mucosa, mas com < 75% da circunferência
33
Grau D?
Interrupções circunferenciais (> 75% esôfago)
34
Quais as metas do tratamento?
Controlar sintomas e evitar complicações
35
Tratamento DRGE típica e leve?
1) IBP, antiácidos ou Inibidores H2 2) Mudanças estilo de vida (fracionar refeições, ↓ peso, n deitar após comer, elevar cabeceira, ↓ álcool e tabagismo e alimentos que podem piorar sintomas) - Inib H2 se IBP não eficaz nos sintomas noturnos (risco taquifilaxia) ``` # < 40 anos: iniciar IBP por 8 semanas, dose padrão. Refratário? Aumento IBP ± EDA ± encaminhamento gastro # > 40 anos ou sintomas há mais 5 anos: EDA ```
36
Motivos a se pesquisar para refratariedade aos IBP?
- DRGE funcional - Refluxo não ácido - Hérnia hiatal - Não adesão - Dose baixa - Sd Zollinger-Ellison - Polimorfismo CYP4502C19: metabolismo rápido dos IBP
37
Tratamento DRGE atípica e/ou complicada?
- EDA imediata | - IBP (não empírico, ou seja: > 8 semanas) + mudanças estilo de vida
38
Quando se recomenda agentes de motilidade associados?
Não se recomenda | Metoclopramida, Domperidona...
39
Quando se recomenda terapia de manutenção do IBP? Como é o manejo posterior?
- Sintomas quando se suspende IBP, esofagite, esôfago de Barret - Sempre tentar interromper/reduzir as doses de IBP opção: se DRGE não erosiva > pode se tentar IBP sob demanda ou intermitente
40
Quais são os pacientes que melhor respondem a terapia cirúrgica? (Fundoplicatura)
- Que tiveram boa resposta ao IBP ``` # Não responde aos IBP provavelmente n responderá a cirurgia # Recorrência refluxo: 15-20% ```
41
Indicações da terapia cirúrgica?
Boa resposta aos IBP + - Não desejam tto clínico - Adesão precária - Efeitos colaterais significativos ``` # complicações # casos graves ```
42
Qual a fundoplicatura 360°?
Nissen
43
Qual a fundoplicatura 270°?
Toupet (90° anterior sem)
44
Qual a fundoplicatura 180°?
Dor ou anterior
45
Exames pré operatórios a se realizar?
- pH metria se não erosiva | - Manometria
46
Problemas relacionados ao uso prolongado IBP?
- Osteoporose: ↑ risco fraturas - PNM - Interação clopidogrel (não utilizar os dois juntos) - ↑ risco diarréia por C. difficile - Ca estômago (gastrite atrófica) - ↑ risco de demência - Cuidado em casos de DRC e InsHep
47
Como é o tto com omeprazol dose otimizada?
20mg duas vzs ao dia (antes café e antes jantar)
48
O que é taquifilaxia?
Efeito decrescente de um medicamento em doses consecutivas (essa diminuição é rápida)
49
Quais são as duas limitação dos Inib H2 no uso em caso de sintomas noturnos mesmo com IBP otimizados?
- Taquifilaxia e poucos dados em relação às doses ranitidina, cimetidina
50
Novidades do tto da DRGE?
- Terapia endoscópica: fundoplicatura transoral, ablação por radiofrequência > seleção e discussão cuidadosa sobre EA, benefícios e outras opções terapêuticas - Cirurgia bariátrica pessoas com obesidade e DRGE: até 70 % controle dos sintomas
51
Monitoramento?
- EDA de rotina tanto na doença não erosiva quanto erosiva não é recomendada - Vigilância endoscópica p/ esôfago de Barret - EDA de vigilância enquanto sintomas são controlados > cicatrizar esofagite e evitar interferência da inflamação na interpretação dos resultados
52
Como é o seguimento com EDA no esôfago de Barret?
- SEM DISPLASIA: após 2 EDA em 1 ano sem mostrar progressão da doença > EDA a cada 3-5 anos - DISPLASIA BAIXO GRAU: terapia endoscópica (ablação ou crioterapia ± fundoplicatura) ou EDA 6-12 meses - DISPLASIA ALTO GRAU: terapia endoscópica (ablação, ressecção, crio) se alto risco cirúrgico ou baixo risco progressão ou recusa cirurgia; baixo risco: esofagectomia - ADENOCARCINOMA INTRAMUCOSO: terapia endoscópica ou esofagectomia (semelhante alto grau) - ADENOCARCINOMA SUBMUCOSO: cirurgia ± avaliação multidisciplinar
53
Qual a coloração típica do esôfago de Barret?
Rosa salmão Metaplasia intestinal
54
Quantos % pacientes com Adenocarcinoma esôfago faziam acompanhamento com EDA ou n sabiam ser portadores esôfago de Barret?
95%
55
Complicações da DRGE?
- Úlcera, hemorragia, perfuração esofagica - Estenose de esôfago: cicatrização envolve deposição colágeno e contração esôfago distal > leva a disfagia para sólidos - esôfago de Barret (risco 0,1% em 7 anos se sem complicações) - Adenocarcinoma esôfago (risco 0,1% em 7 anos em pcts sem complicações. Risco > 0,5%/ano se presença esôfago de Barret)
56
Quais são os pacientes com maior risco para esôfago de Barret?
- Exposição grave ao refluxo ácido - Esofagite extensa (6% pacientes Los Angeles C ou D) - Brancos > 50 anos - Tabagismo - Hérnia hiatal
57
Prognóstico?
- Maioria responde ao IBP - Maioria terá recidiva sem IBP - Educação sobre possíveis complicações
58
Fatores que contribuem para a competência da junção esôfago gástrica?
- Ângulo da JEG - Diafragma - Gravidade
59
Qual a transformação que o epitélio esofágico sofre para a Metaplasia de Barret?
Escamoso > colunar
60
Tipo de anemia relacionada ao uso de cimetidina?
Anemia aplásica
61
Savary Miller Grau l?
- Erosão única - Ovalada ou linear - Com ou sem exsudato fibrinoso - Localizada em uma única prega longitudinal
62
SM. Grau ll?
- Erosões lineares - C/ ou s/ exsudato - Mais de uma prega longitudinal - com ou sem confluência
63
SM. Grau lll?
- Erosões confluentes > aspecto circular - Toda a Circunferência - Com exsudato
64
SM. Grau lV?
- Lesões de caráter crônico: Úlceras, estenose, esôfago curto - Com ou sem lesões grau l, ll e lll
65
SM. Grau V?
- Esôfago de Barret | - Com ou sem as lesões l, ll, lll, lV