Doenças do Intestino Flashcards

(73 cards)

1
Q

Qual conceito de diarreia?

A

Definição:
• Aumento do conteúdo liquido das fezes
• >= 3 evacuações/dia
• Peso fecal > 200g/dia

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2
Q

Qual diferença de diarreia alta e baixa?

A
ALTA X BAIXA 
•	ALTA: delgado 
o	Alto volume 
o	3-5 evacuações/24h 
o	Restos alimentares 

• BAIXA: cólon
o Baixo volume
o 8-10 evacuações/24h
o Reto: tenesmo, urgência

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3
Q

Para ter doença disabsortiva temos que ter doença em que região?

A

Intestino delgado

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4
Q

Qual diferença da diarreia invasiva da não invasiva?

A

NÃO INVASIVA X INVASIVA
• NÃO invasiva
o SEM muco/pus/sangue

• Invasiva
o Muco/pus/sangue
o Infecciosa ou inflamatória

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5
Q

Qual a diferença da diarreia aguda da crônica?

A
AGUDA X CRÔNICA 
•	Aguda 
o	<= 2 semanas 
o	Principal causa: infecção (o tipo secretória é o mais comum)
Persistente: 2-4 semanas 

• Crônica
o > 4 semanas
o Principal causa: deficiência de uma disacaridase (principalmente lactase)

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6
Q

Qual definição de sindromes disabsortivas?

A

• Não absorve o que foi digerido E/OU não consegue digerir para absorver  logo o problema pode não ser na absorção e sim na digestão – pode ser problema na mucosa do delgado ou na digestão
• Onde é feita a absorção?
o Para ter síndrome disabsortiva eu tenho que ter lesão no delgado, se o problema é de absorção
o INTESTINO DELGADO  ABSORÇÃO DE NUTRIENTES
o INTESTINO GROSSO  ABSORÇÃO DO “RESTO”DOS LIQUIDOS

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7
Q

Qual DII tende a dar sindrome disabsortiva?

A

OBS: CHRON pega normalmente o íleo distal, então tende a dar síndrome disabsortiva. O paciente com retocolite pega mais colon, então não tende a dar síndrome disabsortiva

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8
Q

Qual teste padrão ouro para investigar disabsorção? E quais outros podem ser feitos?

A

o Teste QUANTITATIVO de gordura fecal (PADRÃO OURO): > 7g/dia  durante três dias a paciente vai defecar nesse balde e mexer até deixar as fezes homogêneas, tem que fazer isso na vigência de fezes hiperlipidica. No final de três dias você vai pesar, se tiver > 7g/dia é esteatorreia  não é feito na pratica
o Teste QUALITATIVO de gordura fecal: SUDAN III  O mais feito
o Teste SEMIQUANTITATIVO: Esteatócito  segundo melhor depois do quantitativo

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9
Q

Caso se confirme disabsorção qual teste devemos fazer para saber se é problema de absorção ou de digestão?

A

o D-XILOSE URINÁRIA  o paciente digere xilose e começa excretar na urina, essa xilose não precisa ser digerida para ser absorvida, basta uma mucosa intestinal boa para ela ser absorvida sem precisar ser digerida, ou seja, mostra se a mucosa do intestino está normal ou não
 Normal: > 5g  ABSORVEU/MUCOSA NORMAL – PROBLEMA NA DIGESTÃO  significa que a mucosa estar normal, então a disabsorção é problema de digestão

 Anormal: < 5g  NÃO ABSORVEU - ???? – PODE SER LESÃO DE MUCOSA ou AUMENTO DO CRESCIMENTO BACTERIANO - pode ter mucosa normal, mas devido ao supercrescimento bacteriano ela não está sendo absorvida (ex: esclerodermia)

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10
Q

Qual agente da doença de Whipple e qual quadro clinico?

A

Agente: Thopheryma Whipplei (actino bacteria gram positive)

Quadro clássico
• Infiltrado de macrófagos no delgado do meu paciente que espalha para o corpo inteiro
• Síndrome disabsortiva
• Artralgia/Artrite
• Mioarritmia Oculomastigatória  durante a mastigação o olho fica fazendo nistagmo
Obs: diagnóstico diferencial de chron, mas aqui tem mioarrtimia oculomastigatória (única doença que faz isso)

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11
Q

Como é feito o diagnóstico de doença de Whipple e qual tratamento?

A

Diagnóstico
• Biópsia de delgado: Macrófagos PAS +

Tratamento
• Ceftriaxone IV (2 semana)
• SMZ/TMP- bactrim (1 ano)

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12
Q

Qual fisiopatologia da doença celíaca?

A

Fisiopatologia:
• Doença imune
• Inflamação IMUNE da mucosa do DELGADO
• Pacientes predispostos: HLA -DQ2/DQ8 (40% da população é) – para desenvolver elas tem que ser expostas precocemente ao gatilho e ter a predisposição
• Ingestão de “gatilho: GLIADINA do gluten (trigo, centeia, cevada)

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13
Q

Qual quadro clinico classico da doença celiaca e como é o oligoassintomático?

A

Quadro clínico
• DISABSORÇÃO
1) Clássico: ALEITAMENTO MATERNO PROTEGE (já que evita o contato com o gatilho)
o Diarreia alta, esteatorreia

2) Oligoassintomático:
o Osteopenia + emagrecimento
o Anemia ferropriva REFRATÁRIA

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14
Q

Quais duas causas que temos de anemia ferropriva refratária?

A

CÉLIACA e SÍNDROME NEFRÓTICA

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15
Q

Quais doença autoimunes associadas?

A

• DOENÇAS IMUNES ASSOCIADAS
o DM tipo 1
o Hashimoto, hepatite auto imune
o Deficiência de IgA  se a pessoa tiver deficiência o antitransglutaminase pode dar negativo, por isso o antitransglutaminase negativo não afasta a doença, por isso em caso de duvida dose IgA sérica (mais elegante) ou dose todos os outros antitransglutaminases (principalmente o IgG)
o DERMATITE HEPERTIFORME – vesículas iguais de herpes (tratamento: daxona) – patognomônico

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16
Q

Como é feito o diagnóstico de doença celiaca? Qual seu autoanticorpo positivo?

A

Diagnóstico
• Autoanticorpo positivo – Antitransglutaminase IgA
• Biopsia duodenal positiva – “Atrofia de vilosidades e hiperplasia de criptas” (não é patognomônico) – diagnóstico provável, mas outras condições pode dar esse resultado, como giardíase
• Iniciar dieta sem glúten
o Após algumas semanas sem glúten: MELHORA CLINICA + ANTICORPO NEGATIVO = DOENÇA CELIACA

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17
Q

Qual principal complicação da doença celiaca?

A

linfoma intestinal

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18
Q

Qual tratamento da doença celiaca?

A

Tratamento:
• Dieta sem glúten
• Conscientizar o paciente a não burlar a dieta
• De vez em quando deve dosar o antitransglutaminase IgA para ver se a dieta está sendo feita de forma adequada, se ele estiver burlando um pouquinho a dieta ele vai dar positivo

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19
Q

Qual impacto do cigarro na DC e na RCU?

A

o E o cigarro?
 FAVORECE DC (doença de crohn – doença do cigarro)
 PROTEGE CONTRA A RCU

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20
Q

Quais as 3 características principais da RCU? E qual sua localização?

A

RETOCOLITE ULCERATIVA
• Limitada ao RETOCÓLON (polpa o anus)
• Limitada a MUCOSA
• Progressão ASCENDENTE E CONTÍNUA

  • “Poupa” anus (“0%)
  • Retossigmoidite (50%)
  • Colite esquerda (30%)
  • Pancolite (20%)
  • Ileite de refluxo  lesa a válvula íleo cecal e consegue invadir o íleo, e ai sim pode dar uma síndrome disabsortiva – muito raro de acontecer
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21
Q

Qual alterações clinico-patológicas encontradas na RCU?

A
  • Erosões (sangramento)
  • Perda de haustrações (cano de chumbo)
  • Pseudopólipos (pós-inflamatórios)
  • Criptite, microabcessos (biópsia)
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22
Q

Quais as 3 características principais da DC? E qual sua localização?

A

DOENÇA DE CROHN
• “Doença de crohn vem com tudo, vai da boca até o anus e adora o anus”
• Acomete TODO TGI (boca ao anus) – poupa o reto
• Padrão TRANSMURAL
• Acometimento SALTEADO/DESCONTÍNUO

Localização
• Ileocolite – dor e/ou massa em QID (>50%)
• “Poupa” o reto (0%)
• Doença anal (33%)

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23
Q

Qual alterações clinico-patológicas encontradas na DC?

A

Alterações clinico patológicas
• Ulceras aftoides  + PRECOCE - manifestações inicias
Obs: paciente reclama de ulceras na boca
• Estenoses - complicação cirúrgica mais comum
• Pedras de calçamento
• Fístulas - o intestino lesado pode grudar em outras vísceras
• Fissuras perianais
• Granuloma não caseoso (30% das biópsias)

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24
Q

Quais manifestações extraintestinais mais comuns das DII?

A

MANIFESTAÇÕES EXTRAINTESTINAIS das DII – “RCU e DC”

RESPOSTA IMUNE (FEBRE, LEUCOCITOSE, AUMENTO DE PCR)
COLANGITE ESCLEROSANTE (MAIS COMUM EM RCU)
UVEÍTE
ERITEMA NODOSO (DC) e PIODERMA GANGRENOSO (RCU)
DOR ARTICULAR/ESPONDILITE ANQUILOSANTE (DC)
CÁLCULO RENAL E BILIAR (DC)

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25
Quais manifestações extra não se relacionam com a atividade da doença?
UVEÍTE PIODERMA GANGRENOSO ESPONDILITE ANQUILOSANTE
26
Como é feito o diagnóstico das DII?
``` DIAGNÓSTICO DAS DII • Exame endoscópico + biopsia 1) RCU: retossigmoidoscopia 2) DC: ileocolonoscopia ou capsula endoscópica • Autoanticorpos: o ASCA – Chron (60%) “é o Anticorpo que Sugere Chron” o P-anca – RCU (70%) • Calprotectina fecal: o Marcador da inflamação intestinal ```
27
Quais as complicações principais das DII?
• Megacólon tóxico o Mais comum: retocolite, + no transverso o Diagnóstico: distensão + dor + febre + leucocitose + diminuição da PA + Rx com colon transverso > 6 cm o Tratamento: ATB + corticoide IV +/- ciclosporina +/- infliximab por 72h  se não melhorar em 72 h vai ter que tirar tudo  Refratário: colectomia + ileostomia • Câncer de colorretal o Mais comum: retocolite o Fatores de risco: extensão e duração o Diagnóstico/vigilância: 8-10 anos de doença = colono + biópsia anual o Tratamento: displasia de alto grau ou câncer = ProctoColectomia (tira todo colo e o reto)
28
Qual tratamento clinico das DII?
1) Aminossalicilatos - Mesalazina, Sulfassalazina (+folato): VO, retal 2) Corticoide: vias retal, oral ou IV  Usar apenas no ataque, não na manutenção 3) Imunossupressores: MTX, Azatioprina, Ciclosporina IV  podem ser droga de manutenção 4) Inibidor TNF-alfa: Infliximab, adalimumab (não é tão usado em RC)
29
Quais indicações de tratamento cirúrgico para as DII?
``` • Indicações: o Displasia alto grau/Câncer o Sangramento refratário ao tratamento clínico/Megacolon toxico refratário ao tratamento clinico (RCU) o Fistulas/Fissuras refratárias (DC) o Obstrução intestinal (DC) ```
30
Quais cirurgias podem ser feitas na RCU?
o Retocolite ulcerativa: 1) Proctocolectomia + Ileostomia DEFINITIVA  idosos, comorbidades, Ca de reto 2) Colectomia ou proctocolectomia  anastomose entre bolsa ileal + reto ou ânus  Ânus: + usada  cirurgia curativa  Reto: mulheres férteis  para evitar aderências que poderiam surgir no sistema reprodutivo caso a anastomose fosse no ânus
31
Quais cirurgias podem ser feitas na DC?
o Doença de Crohn 1) Ressecção do segmento doente  faz muita recidiva então não adianta fazer isso – síndrome do intestino curto 2) Estricturoplastia (estenoplastia): + USADA  faz incisão, abre e faz anastomose lado a lado
32
Qual a causa mais comum de diarreia aguda?
Virus
33
Bacteria envolvida com SHU
EHEC O157 H7
34
Agente da colite membranosa | Trata com:
C.difficile | Metro ou Vanco
35
Diarreia crônica, flutuante e mais nada
Síndrome do intestino irritável
36
Como é o nome do ponto de encontro do apêndice??
Ponto de Mcburney
37
Quais são as bactérias mais isolada em apendicite?
B.Fragilies e E.coli
38
Qual a complicação mais comum de apendicite?
Abcesso
39
Qual clinica de apendicite e quais sinais clássicos?
CLÍNICA • DOR (Mesogastro  FID) • ANOREXIA – Náuseas – Vômito (em pouca quantidade) – Febre Baixa... • Quando complica: o Plastrão/Abcesso o Peritonite difusa • Sinais clássicos: o Sinal de Blumberg – Descompressão dolorosa no ponto de McBurney (afunda a mão nesse ponto, e tira a mão subitamente, a ideia é a movimentação súbita de um peritônio inflamado) o Sinal de Rovsing (“sinal do ro vizinho, porque aperta a fossa vizinha) – Dor na FID após compressão da FIE o Sinal de Dunphy – Dor em FID que piora com a tosse o Sinal do Obturador – Dor hipogástrica com a rotação interna da coxa direita flexionada o Sinal do Psoas – Dor à extensão da coxa direita com paciente em decúbito esquerdo (joga a coxa para trás) o Sinal de Lenander – Tretal > Taxilar em pelo menos 1ºC
40
Como é feito o diagnóstico de apendicite e qual padrão ouro?
DIAGNÓSTICO • CLÍNICO (História clássica, Homem) • Na dúvida ...  IMAGEM (Idosos; Crianças; Mulheres; Obesos; Gestantes) o TC (padrão ouro) ou USG/RM (para crianças e gestantes)
41
Qual tratamento de apendicite? Simples e com complicação
TRATAMENTO • Simples: < 48 horas e sem complicações o ATB profilático + Apendicectomia (aberta ou vídeo) • Suspeita de complicação: > 48 horas ou massa - TC o SEM MASSA (não perfurou) = Apendicite simples o FLEIMÃO (< 4 cm): ATB (cerca de 10 dias) + Colono (4-6 sem) + Cirurgia 6 a 8 sem (pode ser aberta ou vídeo) o ABCESSO (> 4 cm): ATB + Drenagem percutânea + Colono (4-6 sem) + Cirurgia 6 a 8 sem (pode ser aberta ou vídeo)
42
Qual local mais comum de doença diverticular do cólon?
• Mais comum no sigmoide
43
Como é feito o diagnóstico doença diverticular do cólon?
DIAGNÓSTICO • Colono • Clister opaco
44
Qual complicação da doença diverticular do cólon?
COMPLICAÇÕES • Inflamação - MAIS COMUM o Cólon esquerdo (sigmoide) o Causa: obstrução (fecalito) • Sangramento o Colón direito o Causa: trauma de arteríola tracionada Obs: ou ele sangra ou inflama, não faz os dois
45
Qual clinica diverticulite aguda?
``` • Clinica: o DOR – localizada na FIE (insidiosa), piora com a defecação o Diarreia/ Constipação o Febre o “Apendicite à esquerda no idoso” ```
46
Como é o diagnóstico diverticulite aguda?
• Diagnóstico o CLÍNICO o Na dúvida --> TC o EVITAR COLONOSCOPIA E CLISTER o Colonoscopia após 4-6 semanas (Excluir neoplasia) - quando o processo esfriar o É importante fazer a TC para ver se tem complicação
47
Quais complicações de diverticulite aguda?
• Complicações o Abcesso  Mais comum o Peritonite  Mais grave o Fístula  Mais comum é a colovesical  Começa urinar ar, fezes  Principal causa de fistula em idoso é diverticulite
48
Como é a classificação de Hinchey na diverticulite aguda?
``` • Classificação (Hinchey) - o que mais cai o ESTÁGIO I: abcesso pericólico o ESTÁGIO II: abcesso pélvico o ESTÁGIO III: peritonite purulenta o ESTÁGIO IV: peritonite fecal ```
49
Qual tratamento de diverticulite aguda?
• Tratamento o Complicação (abcesso > 4 cm ou peritonite)? ``` Não  Suporte + ATB  Lembra de fazer colono depois para confirmar  Orientar dieta rica em fibra  Cirurgia eletiva se: grande chance de recidivar  Imunodeprimido  Fístula  Abcesso pequeno ``` Sim  Abcesso > 4 cm  Drenagem + ATB + Cirurgia eletiva (fazer colono antes para confirmar)  Estágio I ou II  Peritonite  Cirurgia de Urgência (Colectomia a Hartman)  Opção para estágio III: lavagem laparoscópica (depois transforma em uma cirurgia eletiva)  Estágio III ou IV o Cirurgia eletiva  Sigmoidectomia com anatomose primária terminoterminal o Cirurgia de urgência  Sigmoidectomia com colostomia terminal e fechamento do coto retal (Cirurgia à Hartman) – depois programo a reconstrução do trânsito
50
Qual conduta com HDA e HDB?
o 1¬º estabilização hemodinâmica o 2º EDA (Terapia endoscópica) o Afastar: HD alta (SNG, EDA)/Hemorroida  Colonoscopia (Terapia endoscópica)
51
Qual o pólipo que tem mais chance de virar adenocarcinoma?
Adenoma (viloso - > 2 cm: displasia grave)
52
Todo pólipo deve ser removido?
SIM - polimectomia
53
O que é a polipose adenomatosa familiar?
• Polipose Adenomatosa Familiar (PAF) o Presença do gene APC mutante o Pólipos adenomatosos em todo TGI (>100) o Tende a ter câncer colorretal precoce o Tratamento: Protocolectomia profilática o Variantes  Gardner: dentes extras-numerários, osteoma, lipoma  Turcot: tumores do SNC (meduloblastoma) o Existiria uma tendência natural para formação de pólipos intestinais devido a multiplicação celular, contudo as pessoas normais tem um gene que impede essa formação de pólipo. A PAF acontece com as pessoas que não tem esse gene, produzindo diversos pólipos em todo TGI
54
O que é a Peutz-Jeghers ?
o Pólipos hamartomatosos (o de defeito da arquitetura) o Manchas melanóticas em pele e mucosa o Mais delgado (intussuscepção/melena/anemia) o Risco baixo de Ca de cólon
55
Quais os tipos de câncer colorretal?
• Esporádico (mais comum) o Não é hereditário o Fator de risco: tumor de idoso  IDADE/História Familiar/DII (lesa e regenera)/Dieta (comer muita gordura, defumado, fumar...)/Hábitos de vida... Obs: O perfil epidemiológico é muito semelhante ao de quem infarta • Hereditário associado a pólipos o Polipose adenomatosa familiar (PAF) e suas variantes • Hereditário não-polipose o Síndrome de Lynch: Historia genética de câncer precoce, mas não tem múltiplos pólipos, tem poucos
56
Qual clinica do câncer colorretal?
* Cólon direito : Anemia ferropriva, Massa palpável (causa sangramento crônico – idoso com anemia ferropiva sempre suspeito de colorretal) * Cólon Esquerdo: Alteração do habito intestinal * Reto : Hematoquezia (mais comum), Tenesmo (o colon já recebe fezes com consistência, quando passa por ali machuca o tumor. Além disso o reto machucado não consegue segurar as fezes ai tem tenesmo)
57
Como é feito o diagnóstico de câncer colorretal?
DIAGNÓSTICO • Colonoscopia (tumor sincrônico) + biopsia (padrão ouro) • CEA = Acompanhamento  não é especifico do colón, mas é um marcado de acompanhamento • Rastreamento o Segundo o MS é o único câncer que deveria ser rastreado para o homem (para mulher além do colorretal tem o de mama e o de útero)
58
Como é feito o rastreamento de câncer colorretal?
``` Colonoscopia (padrão ouro) • Esporádico  >= 50 anos • Historia familiar  >= 40 anos • Lynch  >= 20 anos • PAF  >= 10 anos ```
59
Como é feito o tratamento?
TRATAMENTO • CÓLON o Colectomia + Linfadenectomia (se alguma apresentar célula neoplásica vai ser N+ então precisa completar tratamento com quimioterapia) o QT adjuvante (se N positivo) • RETO o Até T1 (submucosa) e N0  Excisão local o Padrão:  QT + RT neoadjuvante +  Cirurgia +  Retossigmoidostomia  > 5 cm da margem anal (FORA DO ESFINCTER – pode manter o esfíncter) – ANASTOMOSE COLORRETAL  RAB – Ressecção Abdominal Baixa + excisão total do mesorreto (mesentério do reto)  <= 5 cm da margem anal (NÃO TEM MAIS COMO PRESERVAR O RETO) – COLOSTOMIA DEFINITIVA  Miles – Ressecção abdomino perineal + excisão total do mesorreto  QT adjuvante
60
Qual clinica da obstrução intestinal?
• Parada de eliminação de GASES e FEZES – o paciente que informa isso (não tem como ver isso no exame físico) o Peristalse aumentada (de luta – timbre metálico) • Dor em cólica • Distensão o ESTRANGULAMENTO (isquemia)
61
Qual classificação da obstrução intestinal?
* Funcional: comprometimento da função motora do intestino  perde capacidade de fazer a peristalse, não eliminando o conteúdo * Mecânica : barreia física (mais comum)
62
Qual a principal causa de obstrução funcional?
ÍLEO PARALÍTICO Local: Todo intestino Causas: Pós-op (fisiológico), drogas, DHE, processos inflamatórios Clinica: Distensão, dor, vômitos Tratamento: Excluir causa mecânica Dieta zero, SNG, HV,DHE, suspender drogas (opioide) – suporte SD.OGILVIE / Pseudoobstrução colônica aguda Local: Somente o cólon Causas:Pacientes graves, trauma, sepse, processos inflamatórios, grande queimado Clinica: Distensão, peristalse + Tratamento: Suporte + NEOSTIGMINA (2,5 mg IV) Colonoscopia (> 11-13 cm)
63
Quais causas de obstrução mecânica e qual sitio mais comum?
O sitio mais comum é o delgado CAUSAS Delgado Aderência/Hérnia/Câncer/Íleo Biliar Cólon Câncer/volvo Infância Intussuscepção/Ascaris/Bezoar/Hérnia
64
O que é ileo biliar e qual a triade de Rigler?
 ÍLEO BILIAR: íleo distal - Tem que ter colelitíase e tem que evoluir com colecistite aguda – gera um fistula entre a vesícula e o duodeno, levando o calculo sair da vesícula e ir pro duodeno. Contudo a peristalse do próprio duodeno empurra ele para região mais estreita do intestino que é o íleo terminal, ficando impactato nesse região e podendo levar a obstrução  TRÍADE DE RIGLER: Cálculo ectópico + pneumobilia (gas na via biliar) + distensão do delgado
65
O que é a sindrome de bouveret?
 SÍNDROME DE BOUVERET: duodeno/piloro – o calculo fica impactado mais em cima, a fisiopatologia é igual do íleo biliar só muda que ocorre mais em cima
66
O que é o volvo? Qual mais comum?
]VOLVO DE SIGMOIDE  Pode ser gástrico e ceco, mas via de regra é de sigmoide  Ocorre uma torção sobre o próprio eixo (“nó nas tripas”)  Obstrução em alça fechada: oclusão em 2 pontos simultaneamente
67
Como fazer investigação de obstrução intestinal?
• Investigação o Toque retal: fezes, massa e FECALOMA (extração manual com o próprio toque retal) o Rx: rotina de abdômen agudo – não tem intuito de saber qual a causa e sim de saber a localização  Tórax + abdômen (ortostase e decúbito)  Delgado: distensão central + pregas coniventes (empilhamento de moedas)  Cólon: Haustrações + distensão periférica  Sinal do grão de café ou U invertido  Volvo de sigmoide
68
Qual tratamento da obstrução intestinal? E o de volvo do sigmoide?
``` • Tratamento o Todos: suporte clinico  SNG, Dist. eletrolítico... o Suboclusão/ Brida/ Simples  Observação 24-48 horas o Estrangulamento/Obstrução total (é aquela que você sabe que não vai melhorar – ex: tumor)  Cirurgia de urgência ``` o Caso especial: VOLVO DE SIGMOIDE  Não complicado:  Descompressão endoscópica  para evitar que o paciente evolua com estrangulamento para marcar a cirurgia de forma eletiva  Evitar recidiva: sigmoidectomia eletiva  Complicado – estrangulamento...  Cirurgia imediata
69
Quais tipos de doença vascular intestinal?
Macrovascular: • Isquemia mesentérica crônica • Isquemia mesentérica aguda Microvascular: • Isquemia colônica (Colite isquêmica)
70
Qual a causa, clinica, diagnóstico e tratamento da isquemia mesentérica crônica?
• Isquemia mesentérica crônica o Causa: aterosclerose o Clínica: angina mesentérica aos esforços (quando você usa o seu intestino, quando você se alimenta)  comeu e doeu  Dor com alimentação  Emagrecimento  Sinais sistêmicos de aterosclerose associados o Diagnóstico: angiografia mesentérica o Tratamento: revascularização (Cirurgia/STENT)
71
Qual a causa, clinica, diagnóstico e tratamento da isquemia mesentérica aguda?
• Isquemia mesentérica aguda o É como se fosse um IAM no intestino o Causas Embolia (50%) FA, IAM recente Vasoconstricção (20%) Isquemia não oclusiva (paciente grave ou usuário de cocaína) Trombose arterial (15%) Aterosclerose Trombose venosa (5%) Hipercoagulabilidade o Clínica:  Dor abdominal intensa, desproporcional ao exame físico  T retal < T axilar  Sinal de Lenander reverso  Metabolismo anaeróbico  Acidose metabólica (lactato elevado)  Irritação peritoneal = achado tardio o Diagnóstico:  TC/Angio TC: mais utilizado  Angiografia mesentérica: padrão ouro, confirma o diagnóstico o Tratamento Embolia / Trombose A.Mesentérica  Embolectomia / Trombectomia + avaliar alça + REMOÇÃO DO SEGMENTO INFARTADO (SN) + papaverina Isquemia não oclusiva  Papaverina intra-arterial Trombose de veia mesentérica  Heparinização  Se sinais de complicação = cirurgia
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Qual a causa, clinica, diagnóstico e tratamento da isquemia Isquemia colônica (Colite isquêmica) ?
o Não é doença de grande vaso; quem sofre é a mucosa o Isquemia intestinal mais comum o Geralmente é um paciente mais idoso o Idoso + Hipoperfusão + Colite o Dor em cólica, diarreia mucossanguinolenta, febre o Diagnóstico  Clister opaco: IMPRESSÕES DIGITAIS (“trumbprinting”) - não é feito de rotina  Retossigmoidoscopia ou colono: edema, ulceras o Tratamento  Clínico (suporte)
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Qual a causa mais comum de apendicite?
Obstrução com fecalito