Doenças Exantemáticas Flashcards
(105 cards)
Exantemas maculopapulares:
Morbiliforme:
- Maculopapular: Sarampo
- Urticariforme: pode se apresentar em placas. Reações medicamentosas
- Escarlatiniforme: áspero, em lixa, desaparece à digitopressão
- Rubeoliforme: semelhante ao morbiliforme, porém com coloração rósea e pápulas menores. Rubéola e enteroviroses
Exantema papulovesicular?
Sucessão de máculo-pápulas em vesículas, vesicopústulas e crostas, como na varicela
Formatos possíveis dos exantemas?
- Pápula: sólida, circunscrita, elevada, <1cm
- Mácula: alterações da cor da pele sem relevo ou depressão
- Vesícula: elevação circunscrita da epiderme contendo líquido claro, seroso, que pode se tornar amarelo, pustuloso ou hemorrágico
- Bolhas: vesículas maiores
- Petéquia: mancha vermelha que não desaparece à vitropressão, com até 1cm. Na sua evolução torna-se arroxeada e verde-amarelada
PETÉQUIAS (infecciosas tratáveis, não tratáveis e não infecciosas):
INFECCIOSAS TRATÁVEIS: meningococcemia, gonococcemia, toxoplasmose congênita
INFECCIOSAS NÃO TRATÁVEIS: rubéola, dengue, hepatite B, enterovírus, vírus Epstein Barr
NÃO INFECCIOSAS: alergia, trombocitopenia, coagulopatias, púrpura de Henoch-Schonlein, vasculites por hipersensibilidade, febre reumática aguda
EXANTEMAS MACULOPAPULARES:
INFECCIOSOS: sífilis secundária, meningococcemia, doença de Lyme
INFECCIOSAS NÃO TRATÁVEIS: rubéola, parvovírus B19, sarampo, adenovírus, Epstein Barr
NÃO INFECCIOSAS: alergia, LES, eritema marginado, eritema multiforme
EXANTEMAS VESICOBOLHOSOS:
INFECCIOSOS TRATÁVEIS: varicela zóster, gonococcemia, estafilococcemia, foliculites
INFECCIOSAS NÃO TRATÁVEIS: enterovírus, parvovírus B19
NÃO INFECCIOSAS: alergia, eritema multiforme bolhoso
Contágio do Sarampo:
Gotículas contaminadas que entram em contato com as vias aéreas desde dois dias antes do início dos pródromos até quatro dias após o aparecimento do exantema
Achado patológico característico do Sarampo?
Células gigantes disseminadas
Quadro clínico do Sarampo:
- Mais exuberante nos dois dias após o aparecimento do exantema: febre elevada, exantema difuso, manchas de Koplik, conjuntiva congesta, fotofobia, lacrimejamento, coriza abundante e tosse produtiva -> Fácies sarampenta
Febre persistente após 4º dia do exantema no Sarampo:
Fazer minucioso exame clínico à procura de infecção bacteriana secundária
Exantema do Sarampo:
- Eritematoso, maculopapular e morbiliforme
- Progressão craniocaudal, iniciando-se na região retroauricular e no pescoço, evoluindo para região torácica e dorso e depois para os membros
- Começa a esmaecer no 3º ou 4º dia na mesma sequência que apareceu, deixando manchas acastanhadas
- As lesões exantemáticas evoluem para descamação furfurácea
É necessário fazer isolamento do paciente com Sarampo?
Sim. Isolamento respiratório para pacientes internados até 4 dias após o início do exantema
Sarampo em crianças imunossuprimidas: exantema e possíveis complicações não associadas à erupção?
Exantema: pode ser petequial ou purpúrico
Complicações: hepatite, pneumonia e encefalite
Sarampo vacinal?
- Reação vacinal à vacina do Sarampo com aparecimento de febre e rash discreto entre o 6º e o 12º dia após vacinação.
- Pode ser acompanhado de sintomas respiratórios
- Diferenciação do sarampo selvagem é possível
apenas com proteina C reativa (PCR) - Não é transmissível
É necessário notificar suspeita de Sarampo?
Sim. A simples suspeita de sarampo é importante para notificação obrigatória imediata, dentro das primeiras 24h
Início da proteção e bloqueio de surto de sarampo
Com dois ou mais casos da doença e isolamento do caso índice
Diagnóstico de Sarampo:
- Clínico: febre e exantema maculopapular + tosse e/ou coriza, conjuntivite com ou sem fotofobia
- Exame sorológico e isolamento viral em duas amostras de sangue coletadas com intervalo de 28 dias (confirmação do caso)
- IgM (positivo 3 dias após o aparecimento do rash e negativo após 30 dias)
Ig G (positivo ao redor do 7º dia após aparecimento do rash) - PCR detectável entre o 3º e 7º-10º dia da doença
Dx diferencial (Sarampo)?
- Rubéola
- Exantema súbito
- Infecções enterovirais ou adenovirais
- Mononucleose infecciosa
- Toxoplasmose
Tratamento do Sarampo
Suporte clínico, antitérmicos, repouso ao leito, hidratação e vitamina A (2 doses - 1 dose no dia do diagnóstico e outra no dia seguinte)
Fatores de risco e comorbidade para uma evolução menos favorável do Sarampo:
- Imunodeficiência
- Evidência de hipovitaminose A
- Cegueira noturna
- Manchas de Bitot
- Xeroftalmia
- Doença intestinal
- Má absorção e desnutrição moderada
Prevenção do Sarampo?
- Imunização:
- Tríplice viral (SCR): 12 meses de vida
- Tetra viral (SCR + varicela): 15 meses de vida
- Profilaxia pós exposição:
- Vacinação de bloqueio preferencialmente em até 72h da exposição (podendo ser aplicada até 5 dias após contato) - apenas em indivíduos sem esquema vacinal completo
- Imunocomprometidos, grávidas susceptíveis e lactentes <6 meses: imunoglobulina IM ou EV preferencialmente nas primeiras 96h após exposição (podendo ser aplicada até 6 dias após contato)
Principais complicações do Sarampo?
- Otite média aguda
- Encefalite
- Pneumonia viral ou bacteriana
- Miocardite (evidenciada por alterações eletrocardiográficas transitórias)
- Panencefalite esclerosante aguda: crianças com curso típico de Sarampo com recuperação completa e que anos depois (7-12 anos) tem as primeiras manifestações de PEES
*inicialmente com alterações de comportamento chegando à demência franca
* alterações motoras
* convulsões
* coma
* óbito
Rubéola - etiologia
- Togavírus - vírus RNA do gênero Rubivirus
- Rubéola congênita x Rubéola adquirida
Rubéola congênita
- Maioria dos RN tem forma assintomática
- Quando grave pode acontecer morte intrauterina ou apresentar sua forma congênita
- Se a transmissão materno-fetal ocorre nas primeiras 12 semanas: 90% de chances de complicações como malformações
- Quanto antes ocorre a infecção fetal, maiores e mais graves podem ser as sequelas