DOR ABDOMINAL - INTRODUÇÃO Flashcards

(66 cards)

1
Q
  1. Cite localizações de dor referida?
A

Dor na região epigástrica. (esôfago, estômago e duodeno proximal)

dor na região periumbilical duodeno distal, jejuno, íleo, apêndice e ceco) =

dor na região suprapúbica (metade do transverso até o reto)

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2
Q

Qual o conceito de abdome agudo?

A

Quadros abdominais dolorosos, súbitos,não traumáticos e geralmente de grande intensidade.

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3
Q
  1. Qual a causa mais comum de abdome agudo?
A

Apendicite.

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4
Q
  1. Quais as possíveis causas intra e extra abdominais de dor abdominal?
A

As causas de abdome agudo podem ser cirúrgicas (ex. apendicite) ou clínicas (IAM e pneumonia), intra e extra abdominais, exemplos são:
Intra-abdominal
Inflamação (localizada ou bloqueada): colecistite, apendicite, diverticulite, pancreatite.
Peritonite: contaminação bacteriana (apendicite perfurada, doença inflamatória pélvica)
ou irritação química (úlcera perfurada, mittelschmerz).
Obstrução intestinal
Alterações vasculares: isquemias, rupturas, vasculites.
Distensão visceral (cápsula hepática e renal).
Extra-abdominal
Cardíaca: isquemia miocárdica (IAM), miocardite, endocardite, insuficiência cardíaca.
Pulmonar: pneumonia, pleurodinia (doença de Bornholm), pneumotórax, empiema, TEP.
Esofágica: esofagite, ruptura de esôfago, síndrome de Boerhaave, espasmo esofagiano.
Geniturinária: torção testicular, nefrolitíase, infecção urinária, distensão vesical.
Hematológica: anemia falciforme, anemia hemolítica, púrpura de Henoch-Schönlein,
leucemia aguda, hemofilia.
Infecciosa: febre tifoide, faringite estreptocócica (crianças), mononucleose infecciosa,
osteomielite.
Metabólica: cetoacidose (diabética, alcoólica), porfiria, uremia, insuficiência suprarrenal
aguda, doença tireoidiana, hiperparatireoidismo, hipertrigliceridemia.
Intoxicação exógena: chumbo, metanol.
Neurogênicos: tabes dorsalis, radiculites (tumores, doença degenerativa), epilepsia-
-enxaqueca abdominal, causalgia.
Parede abdominal: muscular (espasmo, hematoma, infecção) e herpes zóster.
Outros: Animais peçonhentos: picadas de escorpião e da aranha viúva-negra; Funcional
(síndrome do intestino irritável); Glaucoma; Angioedema hereditário (deficiência
do inibidor de esterase C1); Desordens psiquiátricas; Abstinência de narcóticos; Febre
familiar do Mediterrâneo; Hipertermia.

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5
Q
  1. O que é importante questionar na anamnese de um provável abdome agudo?
A

É importante uma boa historia clínica, Um erro frequente na avaliação do abdome agudo
é pensar que todas as condições sejam de extrema urgência e que não devemos “perder”
tempo com a coleta de dados. Na verdade, com exceção dos sangramentos intra-abdominais de vulto cursando com instabilidade hemodinâmica (ex.: ruptura de aneurisma abdominal), as demais morbidades podem aguardar uma avaliação mais detalhada.Questionar sobre a dor: onde dói, para onde irradia, quando começou e há quanto tempo está doendo, o que melhora e o que piora, intensidade, manifestações associadas.

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6
Q
  1. Qual a relação entre intensidade e duração da dor com a conduta?
A
  • Grande intensidade e duração > 6 horas: aumenta a chance de laparotomia.
  • Dor que melhora em poucas horas: diminui a chance de laparotomia.
  • Súbita sem sintomas prévios: sugere isquemia, perfuração de vísceras ou rotura de aneurisma abdominal. É uma dor que acorda o paciente ou o incapacita durante o trabalho ou o lazer. As vítimas desse tipo de dor sabem referir exatamente o momento do início do sintoma.

•Aumento progressivo da intensidade: colecistite aguda, pancreatite aguda, obstrução do delgado proximal são doenças que frequentemente levam ao abdomeagudo. Muitas dessas dores assumem um padrão sinusoidal cíclico de “piora-melhora-piora”. É a famosa dor do tipo cólica, mais presente nas obstruções intestinais e nas nefropatias obstrutivas.
Esse padrão de dor é frequentemente associado a náuseas e vômitos.

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7
Q
  1. Qualidade da dor e sua possível causa, associar a história clínica:
    • Constante e aguda:
    • Intensa, grave com o paciente agitado:
    • Paciente que prefere ficar quieto:
A
  • Constante e aguda: víscera perfurada (apêndice, duodeno).
  • Intensa, grave com o paciente agitado: obstrução ureteral.
  • Paciente que prefere ficar quieto: peritonite
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8
Q
  1. Irradiação da dor e sua possível causa:
A
  • Para ombro direito e escápula direita: colecistite aguda.
  • Irradiada para o dorso: pancreatite.
  • Para a região inguinal ou perineal: litíase renal.
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9
Q
  1. Fatores de melhora/piora e possível causa da dor
    • Melhora com alimentação
    • Piora com alimentação
    • Piora com a movimentaçã
A
  1. Fatores de melhora/piora e possível causa da dor
    • Melhora com alimentação  úlcera duodenal.
    • Piora com alimentação  úlcera gástrica, colelitíase, câncer de estômago, isquemia
    mesentérica crônica.
    • Piora com a movimentação  Irritação peritoneal.
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10
Q
  1. Caracteristicas do vomito e possíveis causas:
    - Dor precedendo vômitos:
    - Vômitos precedendo dor:
    - Vômitos claros:
    - Vômitos biliosos:
    - Obstrução de cólon:
A
  1. Caracteristicas do vomito e possíveis causas:
    • Vômitos (ATENÇÃO) Podem ser consequentes à dor ou devido à própria doença abdominal.
    - Dor precedendo vômitos: geralmente pacientes que precisam de cirurgia. Exemplo:
    apendicite (Obs.: a dor leva ao vômito por estímulo nervoso).
    - Vômitos precedendo dor: geralmente doenças clínicas. Exemplo: gastroenterite.
    - Obstrução proximal do delgado: muitos vômitos e pouca distensão abdominal.
    - Vômitos claros: obstrução antes da ampola de Vater.
    - Vômitos biliosos: obstrução após a ampola de Vater.
    - Obstrução de cólon: vômitos raros.
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11
Q
  1. Relação da dor e diarreias
    - Diarreia aquosa com dor:
    - Ausência da eliminação de gases e fezes:
A
  • Diarreia aquosa com dor: fala a favor de gastroenterite.

- Ausência da eliminação de gases e fezes: obstrução intestinal.

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12
Q

Qual a importância de questionar ao paciente se este já fez alguma cirurgia abdominal?

A

Considerar obstrução intestinal por bridas, por exemplo, da mesma forma exclui condições cirúrgicas previamente tratadas, como por exemplo, apendicite em paciente já submetido à apendicectomia.

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13
Q

Qual a importância das perguntas abaixo?

5) A dor é do tipo constante ou intermitente?

A

(dor constante é pior).

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14
Q

Em quais doenças pensar na presença de dor abdominal +————- “icterícia” OU “hematúria” OU “amenorréia”?

A
  • Dor abdominal + icterícia: doenças hepatobiliares.
  • Dor abdominal + hematúria: doenças urológicas.
  • Dor abdominal + amenorreia: gravidez ectópica. Tanto a ovulação como a gravidez não diagnosticada podem ser causas de dor abdominal
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15
Q

Qual a importância das perguntas abaixo?

6) Você já teve essa dor antes?

A

(ausência de episódios prévios é pior).

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16
Q

Qual a importância das perguntas abaixo?
7) Você tem história de diverticulose, pancreatite, insuficiência renal, litíase biliar
Ou doença intestinal inflamatória?

A

(sugestivos de doenças mais graves).

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17
Q

Qual a importância da pergunta abaixo?

8) Você é portador do vírus HIV?

A

(considerar infecção oculta ou pancreatite relacionada às drogas).

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18
Q

Qual a importância da pergunta abaixo?

9) Qual a sua ingesta alcoólica diária?

A

(considerar pancreatite, hepatite e cirrose).

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19
Q

Qual a importância da pergunta abaixo?

10) Você está grávida?

A

(realizar testagem para gravidez e considerar prenhez ectópica).

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20
Q

Qual a importância da pergunta abaixo?

11) Você está tomando antibiótico ou corticoides?

A

(podem mascarar infecções; lembrar que os corticoides também podem se associar às úlceras gastroduodenais e que necessitam de suplementação perioperatória nos casos de uso prolongado).

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21
Q

Qual a importância da pergunta abaixo?

13) Você tem história de doença vascular ou cardíaca, hipertensão ou fibrilação atrial?

A

(considerar isquemia mesentérica e aneurisma de aorta abdominal; além disso, prever
Maior risco de complicações operatórias). Não somente na apendicite aguda, mas no abdome agudo cirúrgico, geralmente a dor precede o vômito.

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22
Q
  1. Durante o exame físico, o que se pode inferir a partir da atitude/ posição do paciente?
A

No exame físico o paciente deve ser examinado em decúbito dorsal com a cabeceira ligeiramente fletida e exposição de todo o abdome, desde os mamilos até a região pubiana
(sempre lembrando de expor a região inguinal).
- Paciente imóvel no leito, evitando se movimentar  pensar em peritonite grave.
- Paciente agitado  pensar em obstrução ureteral.
- Paciente com as pernas e coxas fletidas sobre o tronco (posição genupeitoral ou “prece
maometana”)  pensar em pancreatite.

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23
Q
  1. O que significa o sinal dos olhos fechados?
A

Pacientes sem doença intra-abdominal específica mantêm os olhos caracteristicamente
fechados durante a palpação abdominal. Ao contrário, pacientes com condições inflamatórias significativas mantêm os olhos abertos e bem atentos às regiões que o examinador está palpando. O valor preditivo positivo desse teste foi de 79%. A função desse teste seria indicar o forte componente psicológico da dor em alguns pacientes.

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24
Q
  1. Quais sinais na ausculta podem nos fazer pensar em um ou outro diagnóstico provável?
A
  • Abdome silencioso  íleo paralítico*.
  • Ruídos aumentados  gastroenterite.
  • Períodos de silêncio intercalados com hiperatividade peristáltica com timbre metálico
     obstrução de intestino delgado (“peristaltismo de luta”).
    *Obs.: na prática, nem sempre a ausculta é confiável e condições graves como apendicite
    perfurada ou obstrução intestinal completa podem ocorrer na presença deperistalse normal.
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25
13. Quais sinais na palpação podem nos fazer pensar em um ou outro diagnóstico provável?
- Dor no ponto de McBurney - sugere apendicite. - Dor no quadrante superior direito – sugere colecistite. - Dor no quadrante inferior esquerdo – sugere diverticulite. - Dor por todo o abdome - sugere peritonite difusa.
26
14. Qual o sinal de irritação peritoneal?
A descompressão brusca dolorosa.
27
15. O que é defesa abdominal?
O aumento do tônus muscular à palpação abdominal pode ser um reflexo de defesa (involuntário) ou voluntário. O que mais nos importa é a defesa involuntária, em que o paciente permanece com o tônus aumentado, mesmo em repouso, e pode significar PERITONITE. Para evitar a rigidez por contração voluntária, uma técnica útil seria “distrair o paciente” com algum assunto, enquanto realiza o exame. Se o abdome ainda permanecer rígido, pode ser solicitado que mantenha a boca aberta e encolha os joelhos. Obs.: sempre avaliar o pulso do paciente.
28
16. Qual seria a diferença de fleimão, abscesso e plastrão?
Fleimão é simplesmente a inflamação de tecido conjuntivo, o processo inflamatório em si. O fleimão pode evoluir para um abscesso, que é o acúmulo localizado de material purulento numa cavidade bem delimitada (membrana piogênica). E “plastrão” seria a massa palpada ao exame físico (plastron do francês = escudo, representando a defesa pelo omento maior). Obs.: Dor à percussão = descompressão dolorosa!
29
17. Qual a importância do exame bimanual da pelve na pesquisa do abdome agudo?
Pesquisa de massas uterinas e peritonite localizada na pelve. O exame pode ser complementada pela analise especular.
30
18. Quais exames laboratoriais devem ser pedidos na rotina do AA?
-Eletrólitos: em casos de desidratação, vômitos, diarreia, uso prévio de diuréticos; -Hemograma: fraca correlação entre AA e leucocitose, mas pode ser útil numa evolução mais arrastada do quadro; -Ureia e creatinina, a C é mais fiel, pois a ureia se altera na hemorragia GI e desidratação. -Amilase e lipase: devem ser solicitadas na presença de dor em quadrante superior, sendo a lipase mais fiel para pesquisa de pancreatite, especialmente se 2x maior que o valor de normalidade. Bilirrubina, fosfatase alcalina, transaminases: deve ser solicitada na suspeita de doença hepática e das vias biliares, hepatite aguda, obstrução da via biliar. • EAS  para avaliar ITU, hematúria, proteinúria. • β-HCG  para mulheres em idade fértil.
31
19. Qual a importância do toque retal na pesquisa da causa do AA?
excluir outras causas e condições, como hemorragia gastrointestinal, prostatite e abscesso perirretal
32
20. Quais as implicações do hemograma, eletrólitos, pesquisa de cetoacidose?
Hemograma: fraca correlação entre AA e leucocitose; Eletrólitos: mais importante nos casos de desidratação, vômitos, diarreia, uso prévio de diuréticos. Pesquisa de cetoacidose  como pode simular qualquer condição, glicemia, anion gap e cetonemia, devem ser pesquisados em todos os pacientes.
33
21. Quais as implicações da U, C, amilase, lipase?
Ureia e creatinina, a C é mais fiel, pois a ureia se altera na hemorragia GI e desidratação. Amilase e lipase: devem ser solicitadas na presença de dor em quadrante superior, sendo a lipase mais fiel para pesquisa de pancreatite, especialmente se 2x maior que o valor de normalidade.
34
22. Quais as implicações da bilirrubina, FA e transaminases?
Bilirrubina, fosfatase alcalina, transaminases: deve ser solicitada na suspeita de doença hepática e das vias biliares, hepatite aguda, obstrução da via biliar.
35
23. Qual a iindicação de solicitar EAS?
• EAS  para avaliar ITU, hematúria, proteinúria.
36
23. Quando indicar dosagem de beta HCG, fosfato e lactato?
* β-HCG  para mulheres em idade fértil. | * Dosagem de fosfato e lactato séricos podem ser úteis no caso de isquemia mesentérica.
37
24. Quais exames de img devem ser solicitados na investigação do AA?
-Radiografia de tórax em PA e duas radiografias de abdome: uma em ortostase e outra em decúbito dorsal.
38
25. Quais os possíveis achados do Raio X?
O RX em ortostase consegue identificar até 1ml de ar infradiafragmático. Se o paciente não conseguir ficar de pé, uma radiografia de abdome em decúbito lateral também é eficiente. Significado: Perfuração de víscera oca (pneumoperitônio pode ser detectado em 75% das úlceras duodenais perfuradas!). O RX de abdome consegue detectar a presença de ar na via biliar, a aerobilia, que ocorre após procedimentos e por fistulas que comuniquem visceras ocas (estômago ou intestino) com a vesícula biliar. ``` Calcificações visiveis no RX cálculos de vesículas 10% cálculos renais 90% são radiopacos (contêm cálcio suficiente para serem vistos na radiografia simples). Apendicolitos – cerca de 10% são visualizados nos pacientes com apendicite. Calcificações pancreáticas da pancreatite crônica calcificações vasculares (flebolitos) também podem ser encontradas. ``` Obstrução de intestino delgado: sinal de empilhamento de moedas – níveis liquidos nas alças dilatadas. Obstrução de cólon: alças dilatadas na periferia do abdome, caso a válvula ileocecal seja incompetente, poderá ocorrer dilatação do intestino delgado distal.
39
O que a USG pode ver?
USG: Pode ser abdominal ou transvaginal (melhor para pelve). pois consegue avaliar a presença de apendicite, abscessos e coleções pélvicas. Pode levar a equívocos se mal feito, obesidade e excesso de gás em torno das vísceras também interferem no resultado do exame. A USG identifica: - Fígado, vesícula e vias biliares. - Pâncreas e rim. - Apêndice, útero e anexos, gravidez. - Líquido intra-abdominal e outros materiais (sangue, pus, secreção intestinal), aneurismas, tromboses venosas, fístulas arteriovenosas.
40
26. Quais as condições de escolha da TC como método diagnostico?
Método de escolha para as condições não obstétricas, capaz de fazer o diagnóstico em até 95% dos casos. Tem grande valor na população idosa, em que a sintomatologia habitualmente é escassa. - Apendicite aguda e complicações, bem como doenças que são diagnósticos diferenciais. - Sangue e líquidos na cavidade. - Trombose da veia mesentérica e sangramentos da parede intestinal. - Diverticulite e suas complicações. - Avaliação da pancreatite: observar edema, coleções líquidas, hemorragias e necrose pancreática. Avalia também complicações como pseudocisto e abscesso. - Sinais de peritonite, perfuração colônica, intussuscepção intestinal. - Esclarece dúvidas levantadas pela USG.
41
27. Quais as indicações da RNM e suas vantagens na avaliação do abdome agudo?
Permite avaliar bem o pâncreas, vias biliares e fígado, principalmente naqueles com insuficiência renal ou alergia a contraste iodado, o contraste da RNM é o gadolíneo.
42
28. Qual pode ser um método de estudo do AA no abdome agudo traumático?
Lavado peritoneal
43
29. Quais os exames de imagem e cirúrgicos (diagnostico e terapêutico) possíveis para análise do AA propriamente dito?
- RX de tórax e abdome - TC com contraste - RNM - Lavado peritoneal - Laparoscopia - Laparotomia
44
30. Quais os 4 passos da abordagem diagnostica do AA?
- 1º Passo: avaliar se há sinal de instabilidade hemodinâmica: taquicardia, hipotensão, rebaixamento do nível de consciência, na presença de qualquer um desses, está indicado: manter VA pérvea, fazer oxigênio suplementar, monitorização cardíaca, infundir volume e se indicado, sangue. - 2º Passo: Alívio sintomático da dor: oferecendo analgésicos e antieméticos, embora seja uma prática comum, não há evidencia de que retardar o uso de sintomáticos facilitará o diagnóstico. As melhores drogas são os opioides, uma opção são os antiinflamatórios não esteroidais, especialmente para doenças ginecológicas e nas cólicas ureteral e biliar. É comum o uso de metoclopramida (por ser mais barata), no entanto, esta droga pode não fazer efeito e ainda levar à confusão mental. Nesses casos, o ondansetrona seria uma boa opção, apesar do custo mais elevado. Outras drogas de alívio incluiriam os antiácidos nas queimações gástricas e agentes anticolinérgicos e antiespasmódicos (ex.: hioscina) na cólica abdominal. - 3º Passo: Excluir gravidez e doenças pélvicas nas mulheres. Questionar a DUM, fazer o exame ginecológico e dosar o β-HCG, podem ser necessários USG transabdominal e transvaginal.A gravidez pode ser causa (ex.: prenhez tubária). A dosagem do β-HCG com níveis acima de 1.000 mUI/ml dá o diagnostico de gravidez com 95% de sensibilidade. - 4º Passo: definir se o paciente terá tto clinico ou cirúrgico, através dos resultados dos primeiros exames realizados, estando o paciente com dor mais branda, colher a história e exame físico com mais detalhes e solicitar outros exames se necessário.
45
31. Quais as causas de dor abdominal que necessitam de abordagem cirúrgica e urgência?
Lembrar do acrônimo PIOR: Pancreatite aguda Isquemia mesentérica Obstrução intestinal Rupturas (aneurisma visceral, prenhez ectópica): É importante ressaltar que enquanto as rupturas, isquemia mesentérica e as obstruções totais são indicações indiscutíveis de cirurgia, a pancreatite e a obstrução intestinal parcial (suboclusão) costumam ser manejadas inicialmente com tratamento clínico.
46
32. Qual o diagnostico do seguinte quadro: dor no abdome superior que irradia para o dorso, com vômitos importantes?
Pancreatite aguda
47
33. Qual o diagnostico do seguinte quadro: dor contínua > 6 horas no hipocôndrio direito, irradiação escapular, após alimentação gordurosa?
Colecistite
48
34. Qual o diagnostico do seguinte quadro: dor abdominal súbita, difusa, grande intensidade com defesa e rebote?
Ruptura visceral e peritonite
49
35. Qual o diagnostico do seguinte quadro:dor subesternal, em queimação que melhora com alimentação ou antiácidos?
Úlcera duodenal
50
36. Qual o diagnostico do seguinte quadro: dor súbita, mesogástrica + massa pulsátil + hipotensão?
Ruptura de aneurisma de aorta abdominal
51
37. Qual o diagnostico do seguinte quadro: dor periumbilical que localiza na fossa ilíaca direita?
Apendicite
52
38. Qual o diagnostico do seguinte quadro: dor abdominal no HCD, febre com calafrios e icterícia?
Colangite infecciosa
53
39. Qual o diagnostico do seguinte quadro: dor abdominal difusa desproporcional ao exame físico + acidose metabólica + FA?
Isquemia mesentérica aguda
54
40. Dor periumbilical que localiza na fossa ilíaca esquerda?
Diverticulite
55
41. Dor abdominal difusa + distensão + hiperperistaltismo ?
Obstrução (fase inicial) ou Porfiria intermitente aguda
56
42. Dor abdominal difusa + distensão + hipoperistaltismo?:
Obstrução intestinal (fase tardia) ou Íleo paralítico.
57
43. Dor abdominal + disúria + punho-percussão positiva?
ITU, nefrolitíase.
58
44. Desidratação + acidose + hiperglicemia + abdome agudo?
Cetoacidose diabética
59
45. Dor abdominal + doença aterosclerótica difusa + emagrecimento por “medo de comer”?
Isquemia mesentérica crônica.
60
46. Dor abdominal em queimação/coçando/neuropática + distribuição em dermátomos?
Herpes zóster.
61
47. Quando decidir pela cirurgia no abdome agudo?
- Quando temos o diagnostico e se trata de uma doença de tratamento cirúrgico; - Em casos de peritonite, obstrução total e isquemia.
62
48. Quais os achados clínicos e radiológicos na peritonite (que virá desfarçada na prova), quadro que classicamente tem indicação de tto cirúrgico?
- • Sinais de peritonite como defesa involuntária e irritação peritoneal. • Presença na cavidade peritoneal de elementos que levam à sua irritação, como sangue, bile, fezes, etc. • Dor abdominal grave ou progressiva. • Dor abdominal e sepse de foco indeterminado. • História e exames “suspeitos” de isquemia intestinal. • Pneumoperitônio ou evidência radiológica de perfuração gastrointestinal. • Sangramento intraperitonial, que pode vir disfarçado de choque circulatório. • Vômitos que persistem mesmo após drenagem nasogástrica (desconfiar de pancreatite ou obstrução intestinal).
63
49. Quando a laparotomia é preferível ao invés da laparoscopia?
- Multiplas laparotomias anteriores: devido a formação de aderências; - Instabilidade hemodinâmica: a laparoscopia é mais lenta e o pneumoperitônio necessário na via cirúrgica afeta o retorno venoso. - Clínica de grande distensão abdominal a alça fica tão distendida e perto da parede abdominal que o trocarter ‘furaria’ facilmente a alça no primeiro contato com a pele.
64
50. Em casos de dor abdominal em pacientes imunossuprimidos e idosos quais as considerações importantes na decisão da CD medica?
- Na dúvida, tratar como grave, pois doenças vasculares, diabetes e uso de esteroides podem mascarar ou subestimar o quadro clínico. Deve-se atentar também para causas extra-abdominais (ex.: IAM) e infecções oportunistas (paciente HIV positivo).
65
51. Quais as considerações importantes sobre o uso de ATB na dor abdominal?
-Na suspeita de causa infecciosa, iniciar cobertura antibiótica de amplo espectro, cobrindo G-, anaeróbios e em imunossuprimidos verificar a necessidade de antifúngicos. - A utilização de betalactâmicos associados a inibidores da betalactamase (ex.: Piperacilina/Tazobactam) e cefalosporinas de terceira ou quarta geração evitam a utilização de aminoglicosídeos e seus efeitos nefrotóxicos.
66
52. Em quais condições internar um paciente com abdome agudo para avaliação?
- • Internação hospitalar: quando a condição for diagnosticada e necessitar de tratamento clínico prolongado (ex.: antibioticoterapia, múltiplas doenças de base) ou cirúrgico. Ele deve ser reavaliado a cada duas horas nas próximas 12 horas. Se após esse período o paciente começar a localizar a dor e apresentar defesa e irritação peritoneal, está indicada a cirurgia. Se a dor melhorar ou desaparecer e o paciente estiver em bom estado clínico, deve ser dada alta hospitalar com orientações, medicações sintomáticas e retorno programado para as próximas 24 horas