DTUI Flashcards

(52 cards)

1
Q

Como é o controle neurofisiológico da micção?

A

A micção é controlada pelo sistema parassimpático ao passo que a retenção de urina é estimulada pelo simpático

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2
Q

Como que é o controle muscular da micção?

A

Durante a fase de retenção, o músculo detrusor da bexiga está relaxado e o esfíncter ureteral externo contraído. O padrão se inverte na retenção.

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3
Q

Como é o desenvolvimento do controle miccional?

A
  • Recém-nascido: reflexo medular primitivo quando a bexiga atinge sua capacidade secundária. A criança urina cerca de 20 vezes
  • Aos seis meses: a capacidade da bexiga aumenta e a criança reduz a frequência de micção
  • Aos dois anos: a criança tem o desejo consciente de urinar, mas ainda não consegue o controle. Urina cerca de 8 a 10 vezes.
  • Dos dois aos três anos: a criança começa a adquirir o controle esfincteriano diurno. Urina de 4 a 6 vezes.
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4
Q

Qual é a importância do controle miccional?

A

Os pais colocam grande expectativa nesse processo. Por isso, é importante orientá-los. É um marco em que a criança adquire autoafirmação e independência. Estudos mostram que crianças que adquirem o controle após 36 meses enfrentam problemas de incontinência urinária, constipação e incontinência fecal.

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5
Q

Qual controle esfincteriano geralmente vem primeiro?

A

O fecal e, depois, o urinário

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6
Q

O que é a disfunção do trato urinário inferior?

A
  • É um transtorno em que a criança apresenta um padrão diferente para a idade das fases de esvaziamento ou enchimento da urina.
  • Ele não pode ser causado por problemas neurológicos ou anatômicos
  • Pode ter várias causas desde a hiperatividade do destrusor quanto situações mais graves acompanhadas de lesão no trato urinário superior
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7
Q

Qual a fisiopatologia da DTUI?

A

Entre 3 e 5 anos, a criança aprende melhor a controlar o TUI com o SNC. No entanto, nesta fase, ela pode começar a realizar manobras, que ajuda a retenção, mas atrapalham o controle correto. Por exemplo, podem sentar ou ajoelhar com o calcanhar sob a uretra ou, então, contrair os músculos do assoalho pélvico.

O controle miccional com o assoalho pélvico é um sistema mais fraco e não é o natural. Com o tempo, há uma incoordenação entre os músculos do assoalho e o estrusor. O estrusor se torna hiperativo. Assim, o estrusor começa a realizar contrações isométricas periódicas contra um esfíncter ureteral externo contraído. Isso leva à hipertrofia da parede da bexiga e uma instabilidade, que reduz a capacidade de armazenamento, levando a um ciclo vicioso de incotinência.

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8
Q

Quais são os quatro parâmetros observados para o diagnóstico da DTUI?

A

Incontinência, frequência miccional, volume urinado e ingestão hídrica.

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9
Q

Quais são as 10 classificações de ITUI?

A
  • Urge incontinência: urgência, pequeno volume, frequência maior que 7 vezes.
  • Incontinência aos esforços: liberação de pequena quantidade de urina aos esforços, como tosse, espirro etc.
  • Incontinência do riso: durante crises de risos, há o descontrole urinário com a liberação de todo o conteúdo vesical
  • Frequência miccional extraordinária: aumento da frequência urinária, volume menor do que 50% da capacidade vesical, sem perdas
  • Micção disfuncional: esforço para iniciar e manter a micção. O jato miccional é interrompido.
  • Adiamento da micção: micção infrequente (<5), manobras de retenção.
  • Detrusor hipoativo: jato interrompido. Esvaziamento da urina apenas com esforço

Obstrução: fluxo urinário fraco. Aumento da pressão no detrusor.

Disfunção do colo vesical: fluxo urinário reduzido
Refluxo vaginal: eliminação de urina após o término da miccção.

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10
Q

Urge incontinência

A
  • Urgência
  • Pouco volume
  • > 7 vezes ao dia
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11
Q

Micção disfuncional

A
  • Esforço para iniciar e manter a micção

- Jato interrompido

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12
Q

Adiamento da micção

A
  • Micção infrequente (<5)

- Manobras de retenção

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13
Q

Incontinência aos esforços

A
  • Liberação de urina aos esforços que aumentam a pressão abdominal, como tosse e riso
  • Pequeno volume
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14
Q

Incontinência do riso

A
  • Esvaziamento completo do conteúdo vesical após crises de riso
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15
Q

Detrusor hipoativo

A
  • Jato interrompido

- Necessário esforço para esvaziar completamente a bexiga

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16
Q

Obstrução

A
  • Jato urinário reduzido

- Pressão sobre o detrusor

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17
Q

Refluxo vaginal

A

Perda pequena após a micção

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18
Q

Frequência urinária extraordinária

A
  • Frequência de micção aumentada
  • Volume menor que 50% da capacidade vesical
  • Sem perdas
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19
Q

Distúrbio do colo vesical

A
  • fluxo urinário reduzido
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20
Q
  1. Necessário esforço para iniciar e manter micção

2. Jato interrompido

A

Micção disfuncional

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21
Q
  1. Jato interrompido

2. Necessidade de esforço para o esvaziamento vesical

A

Estrusor hipoativo

22
Q
  1. Liberação de todo o conteúdo urinário em crise de riso
A

Incontinência do riso

23
Q
  1. Fluxo urinário fraco

2. Pressão sobre o detrusor

24
Q
  1. Micção infrequente (<5)

2. Manobras de retenção

A

Adiamento da micção

25
1. Micção involuntária em esforços, como tosse e espirros | 2. Pequeno volume
Incotinência aos esforços
26
1. Urgência 2. Pequeno volume 3. > 7 vezes ao dia
Urge incontinência
27
1. Liberação de pequeno volume após micção
refluxo vaginal
28
1. Aumento da frequência urinária 2. volume menor do que 50% da capacidade vesical 3. Sem perdas
Frequência urinária extraordinária
29
1. Fluxo urinário reduzido
Disfunção do colo vesical
30
Qual a terminologia para a disfunção da eliminação das fezes e urinas?
Disfunção da bexiga e do intestino
31
Qual é a classificação das incontinências? Qual o critério diagnóstico?
Contínua: ocorre tanto no dia quanto na noite. Geralmente, deve-se a malformação congênita, como fístula vesico vaginal, ureter ectópico e extrofia da bexiga. Interminente: ocorre em um único período. Se diurna, é chamada de incontinência urinária diurna. Se noturna, enurese. Critério diagnóstico: - Criança > 5 anos - Um episódio por mês, mínimo - Por mais de três meses
32
O que é enurese? Quais suas classificações?
- É a perda de urina, em pequena ou grande quantidade durante o sono. - É chamada de frequente quando >= 4 vezes ao mês - É chamada de infrequente quando < 4 vezes ao mês É monossintomática quando está desecompanhada de outros sintomas, exceto noctúria. É não monossintomática quando é acompanhada de outros sintomas, como incontinência urinária diurna, manobras de retenção, esforço miccional, sensação de retenção urinária etc. Primária: a criança não ficou seca por um período superior a seis meses Secundária: a criança ficou seca por um período superior a seis meses
33
O que é frequência urinária aumentada e diminuída?
Frequência urinária aumentada: >= 8 vezes ao dia Frequência urinária reduzida: =< 3 vezes ao dia Frequência obtida pelo diário de micção.
34
O que é urgência urinária? Ela é sinal de que?
A urgência urinária se trata de desejo intenso de urinar após ter adquirido o controle do esfíncter. É sinal de bexiga hiperativa.
35
O que é noctúria? Qual o seu significado?
A criança acorda à noite para urinar. | Sua presença não significa DTUI ou condição patológica isoladamente.
36
Quais são os 10 sintomas possíveis durante o esvaziamento?
Hesitação: dificuldade para iniciar a micção Esforço: necessidade de aumentar a pressão intra-abdominal para iniciar e manter a micção Intermitência: o jato é interrompido um ou várias vezes Jato fraco: o nome já diz tudo Disúria: dor ao urinar. ``` Manobras de contenção Jato espalhado Sensação de esvaziamento incompleto Gotejamento pós-miccional Retenção urinária ```
37
Quais são as comorbidades possíveis a DTUI?
Infecção urinária Bacteriúria assintomática Refluxo vesicoureteral Distúrbios neuropsiquiátricos Constipação e incontinência fecal Distúrbios do sono (apneia) Déficit intelectual Obesidade
38
Quais são as perguntas essenciais na anamnese dessa queixa?
- Desenvolvimento: perguntar de marcos do desenvolvimento, principalmente do controle dos esfíncteres. Perguntar como foi o processo detalhadamente. - Perfil psicossocial da família - Passado de ITU e vulvovaginites - Hábitos urinários: período do dia e frequência urinária e das perdas - Sintomas urinários: urgência, manobras de retenção, jato fraco - Avaliação do hábito intestinal - Avaliação da ingesta hídrica
39
Como deve ser o exame físico direcionado da DTUI?
Diferenciar bexiga neurogênica de ITUI - Analisar genitária - Testar de S1 a S4: verificar tônus do esfíncter anal, alterações na marcha e assimetria dos pregas glúteas - Olhar sinais neurocutâneos: pilificação sacral, nevo, pigmentação anormal em fosseta, lipoma, - Palpação do abdômen: palpar bexiga e intestino à procura de massa fecal - Exame psíquico completo
40
Como é feito o diário de eliminações?
Relevante para crianças acima de 5 anos. O diário das eliminações deve registrar todas as micções e ingestas de água de uma criança em 24 horas. Registra-se também quando há perdas. Deve-se registrar o horário e o volume. Deve ser realizado, para as micções, por 2 dias no mínimo. Também, devem ser registrados os horários das evacuações e perdas fecais durante 2 semanas.
41
O que é a urofluxometria?
É um exame simples e não-invasivo. Consiste na avaliação do jato urinário. Avalia-se: - o fluxo urinário: medido pelo volume final dividido pelo tempo de esvaziamento da bexiga - A característica do jato: contínuo, intermitente e staccato - o volume Ao final, verifica-se o resíduo miccional na bexiga por meio de ultrassonografia.
42
Quais são os exames complementares básicos a serem pedidos?
- Urina rotina, urocultura - Creatina e ureia séricas A US de rins e vias urinárias com o estudo da dinâmica da micção para diagnóstico e acompanhamento da DTUI. Ela permite avaliar vários parâmetros, como refluxo vesicoureteral, espessura e movimentos da bexiga, dilatação das vias e do sistema pielocalicinal.
43
Quando é indicada a uretrocistografia miccional?
Somente é indicada nos casos de ITU de repetição ou dilatação de hidronefrose ou alterações anatômicas da bexiga.
44
Quando é indicada a urodinâmica?
Pode ser solicitada no caso de alterações no padrão do fluxo, presença de dilatação do trato urinário superior ou parede vesical espessada.
45
Quais os objetivos do tratamento da DTUI?
1. Restaurar o padrão normal da micção 2. Corrigir a hiperatividade do detrusor e do assoalho pélvico 3. Restaurar a continência, tratando a ITU e a constipação
46
O que é a uroterapia?
É um processo complexo, que envolve: - Cognitivo: mudar os pensamentos do que é certo e errado sobre micção - Comportamental - Fisioterapêutico com exercícios para o assoalho pélvico, com ou sem biofeedback
47
Quais são as orientações comportamentais?
- Micção de, no mínimo, 3 a 4 horas de intervalo - Micção em 2 ou 3 tempos - Controle da ingesta hídrica - Orientação para o uso do vaso sanitário
48
Como deve ser a ingesta de alimentos e água?
- Deve-se calcular a ingesta de água para exatamente o necessário para a reposição de fluidos. - Acrescentar alimentos rico em fibras para o controle da constipação intestinal.
49
Qual é a substância a ser evitada?
Cafeína
50
Em caso de constipação e DTUI, qual deve ser tratada primeiro?
As duas devem ser tratadas juntas e, se necessário, utilizar laxantes.
51
Qual o tratamento medicamentoso da DTUI? Qual a dose?
Uso de anticolinérgicos. De escolha, é o oxibutinina-HCl. A dose é 0,3 a 0,5mg/kg/dia em 2 ou 3 tomadas.
52
Qual o papel do bioneurofeedback e da neuromodulação na DTIU?
São duas técnicas novas. A primeira é a monitoração do sinal elétrico da inervação dos musculos do assoalho pélvico e o detrusor, que é colocada em uma tela em forma de jogos. A neuroestimulação é a aplicação de corrente elétrica na região sacral.