Endometriose Flashcards

(27 cards)

1
Q

Conceito

A

Presença de glândulas e estroma endometriais ectópicos responsivas às alterações hormonais cíclicas da mulher.

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2
Q

Condições epidemiológicas ligadas à endometriose

A
  1. Mulher em Idade reprodutiva
  2. Infertilidade feminina
  3. Dor pélvica crônica
  4. Dismenorreia
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3
Q

Teorias etiofisiopatológicas para endometriose

A
  1. Mulleriana (restos dos ductos de Wolff)
  2. Metaplasia coriônica (epitélio celomático induzido)
  3. Sampson (menstruação retrógada)
  4. Imunológica (deficiência humoral e celular)
  5. Iatrogênica (implantação mecânica)
  6. Genética (alteração do gene Ox)
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4
Q

Fatores de risco

A
  1. Nuliparidade/primiparidade tardia
  2. Alta classe econômica
  3. Menarca precoce
  4. Ciclos curtos (<27d)
  5. Fluxo menstrual prolongado (>8d)
  6. Baixo IMC
  7. Alto consumo de álcool e cafeína
  8. Malformações mullerianas (atrofias de colo e vagina, ex)
  9. Estenose iatrogênica de colo (conização e cauterização)
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5
Q

Principais localizações acometidas

A
  1. Parte externa do útero
  2. Ovários
  3. Bexiga
  4. Peritônio pélvico parietal ou visceral
  5. Intestino (Reto e sigmóide)
  6. Ligamentos útero-sacros
  7. Septo reto-vaginal
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6
Q

Principal forma de apresentação vista pela USGTV

A

Endometrioma

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7
Q

Tipos de lesões vistos pela videolaparoscopia

A
  1. Lesões típicas: vermelhas (ativas) –> pretas (menos ativas) –> brancas (cicatriz)
  2. Lesões atipicas
    a) vesículas
    b) lesões vermelhas em chama de vela
    c) defeitos peritoneais
    d) aderências (em véu de noiva).
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8
Q

Clínica da endometriose

A

“Clínica dos 4 D’s”

  1. Dismenorreia
  2. Dor pélvica crônica (>6M)
  3. Dispaurenia
  4. Dificuldade de engravidar

OBS: Menorragia, se adenomiose.

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9
Q

Característica da dismenorreia na endometriose

A
  1. Queixa mais comum
  2. Geralmente secundária
  3. Inicio na terceira década de vida
  4. Progressiva e difusa
  5. Antes e depois do fluxo menstrual
  6. Irradia para MMII e região lombar
  7. Associa-se a pressão retal, naúseas e vômitos.
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10
Q

Característica da dor pélvica crônica na endometriose

A
  1. Dor acíclica e constante
  2. Lesões profundas e acometimento de nervos pélvicos
  3. Decorre de reação inflamatória peritoneal
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11
Q

Característica da dispaurenia na endometriose

A
  1. Início recente
  2. > intensidade com penetração profunda
  3. Presença de nódulos palpáveis na vagina e reto
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12
Q

Causas da infertilidade da endometriose

A
  1. Distorção da anatomia anexial

2. Alterações imunológicas gerando dificuldade de fecundação e nidação

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13
Q

Sintomas ciclícos na endometriose extra-genital

A
  1. Intestino –> Hematoquezia, diarreia, constipação, dor e distensão abdominal
  2. Trato urinário –> Disúria e hematúria
  3. Aparelho respiratório –> hemoptise, hemotórax, dispneia, dor torácica.
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14
Q

Conceito de endometriose profunda

A

Condição mais grave de acometimento de ligamentos útero-sacros, reto, sigmóide, vagina e bexiga,

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15
Q

Neoplasia associada à endometriose

A

Câncer de ovário (endometrioide ou de células claras)

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16
Q

Modalidades no exame físico e principais achados

A
  1. Exame especular ou vaginoscopia: nódulos azulados ou marrons
  2. Palpação abdominal: grandes endometriomas e dor
  3. Toque retal: lesão em parámetrio
  4. Toque bimanual
17
Q

Sinais de endometriose no toque bimanual

A
  1. Dor à mobilização do colo
  2. Útero fixo
  3. Massa anexial no ovário de endometrioma
  4. Eventualmente, útero grande e amolecido
18
Q

Critérios analisados na classificação laparoscópica da Sociedade Americana de Fertilidade para endometriose

A
  1. Localização e profundidade das lesões
  2. Obliteração do fundo de saco posterior
  3. Densidade e localização das aderências
19
Q

Estadiamento da endometriose

A
  1. Estágio I Mínima - 1-5
  2. Estágio II Leve - 6-15
  3. Estágio III Moderada - 16-40
  4. Estágio IV Grave - > 40
20
Q

Marcadores laboratoriais e principais indicações

A
  1. CA-125 (estadios graves e avaliar resposta ao tratamento)

2. Ac IgM Anti-cardiolipina (estadios leves)

21
Q

Exames de imagem e indicações

A
  1. USGTV (primeiro exame)
  2. RNM (avaliar toda a pelve, pré-operatório, pós-operatório e avaliar recidivas)
  3. Videolaparoscopia (quadros típicos não responsivos ao tratamento conservador ou infertilidade)
  4. Colonoscopia (casos avançados)
22
Q

Achados de endometriose na USGTV

A
  1. Endometriomas com diâmetro > 5mm (cisto homogêneo com ecos internos dispersos com imagem em “vidro ruído”)
  2. Nódulos em intestino
  3. Nódulos em bexiga
23
Q

Modalidades terapêuticas e indicações

A
  1. Expectante (doença mínima assintomática ou perimenopausa, mesmo avançado)
  2. Clínico (sintomático)
  3. Cirúrgico (sintomas intensos não responsivos ao tratamento clínico, endometriose profunda, distorção anatômica, endometrioma, aderências e infertilidade)
24
Q

Tipos de tratamentos clínicos

A
  1. ACO contínuo combinado (gestodeno + etinilestradiol, “gestinol 28”, por 28d consecutivos)
  2. Progesterona contínua (levonorgestrel “cerazzete”)
  3. Análogos do GnRH (uso por 6m, “zoladex”)
  4. Inibidores da aromatase
  5. Danazol e gestrinona –> muitos efeitos colaterais e pouco usado
  6. Fertilização in vitro (infertilidade - encaminhar para cirurgia prévia)
25
Tipos de tratamentos cirúrgicos
1. Cirurgia conservadora videolaparoscópica | 2. Cirurgia definitiva (histerectomia total abdominal com salpingooferectomia bilateral - HTA+SOB) com posterior TRH
26
Objetivos da cirurgia conservadora
1. Cauterizar implantes < 5mm 2. Retira implantes > 5mm 3. Retirar endometriomas > 4mm 4. Lisar aderências) 5. Retirar nódulos no intestino: Nodulectomia, para lesões pequenas; Retossigmoidectomia segmentar para lesões grandes.
27
Indicações da cirurgia definitiva
1. Doença significativa 2. Futuro reprodutivo não desejado, 3. Sintomas incapacitantes persistentes após cirurgia conservadora ou tratamento clínico, 4. Afecções pélvicas coexistentes possivelmente beneficiadas pela histerectomia.