Esclerose Múltipla Flashcards

(17 cards)

1
Q

Fisiopatologia

A
  • Inflamação → desmienilização → episodios subagudos de alguma alteração neurológica a depender do local onde acontece
    • Horas ou dias de evolução → tipico de esclerose multipla → subagudo
  • Degeneração → perda axonal
  • As duas acontecem concomitantemente
  • Presente em todos os pacientes desde antes dos sinais clinicos
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2
Q

Fenotipo Evolutivo

A
  • Remitente-recorrente → 85% dos casos tem essa evolução
    • Surto → recuperação → surto …
  • Secundariamente progressivo
  • Primariamente progressiva
  • Sindrome clinica isolada

Progressão é piorar os surtos

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3
Q

Surtos

A
  • Episodio de disturbio neurologico novo, de piora significativa de um deficit anterior ou de sintomas recorrentes
  • Quando ocorrem por no minimo 30 dias em relação ao episodio anterior
    • 31 dias depois → configura 2 surtos separados → define tratamento
  • Duração minima de 24 horas
  • Sem relação com febre ou infecção
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4
Q

Semiologia

A
  • Forma surto-supressão e sindrome clinica isolada → quadro clinico muito diversificado
    • Nervo optico → sintoma visual
    • Medula → sensitivo-motora-disautonomica
  • Sintomas mais comuns → motoras e sensitivas → hemiparesia, tetraparesia… → coordenação, equilibrio, controle de esfíncter, visão dupla → depende do local acometido
  • Forma secundariamente progressiva → medula espinhal, tronco, cerebelo e cerebro com tendencia de NAO haver piora visual
  • Forma primariamente progressiva → tipicamente achados medulares, embora possa haver ataxia e sinais cerebelares
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5
Q

Forma Primária Progressiva → Achados Clínicos

A
  • 85% → sindrome piramidal de membros inferiores → mielopatia
    • MMI → alteração da marcha
  • Ataxia e sintomas cerebelares progressivos
  • Hemiplegia espastica
  • Sintomas do tronco cerebral
  • Declinio cognitivo
  • 98% dos pacientes que atingem o EDSS 6.0 ou mais apresentam Esclerose Multipla progressiva (EMPP ou EMSP)
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6
Q

Síndrome Radiológica Isolada

A
  • Imagem na EM
  • Neuroimagem compativel com EM, mas sem historia clinica
  • Cerca de 34% desses pacientes terão surtos nos proximos 5 anos
  • Lesões medulares de fossa posterior, Gd+ ou BOC + aumentam o risco de conversão clínica
    • Aqui aumenta a probabilidade → tratamento, pois uma maioria, 80%, evolui degenerativamente
    • Sem esses indicadores, acompanha-se, mas não trata → no caso apenas de imagem (34% que evolui)
    • 3 ou mais lesões → 80% de chance de ter piora nos surtos
  • Lesão captada por contraste → indicativo de lesão inflamatória
  • Antigamente não era considerado fenotipo de EM, hoje imagem sem clínica é indicativo de fenótipo de EM
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7
Q

Síndrome Clínica Isolada

A
  • CIS → sigla/sinonimo
  • CIS de alto risco → disseminação no espaço, sem disseminação no tempo
  • 30 a 70% dos pacientes com CIS terão EM no futuro → 50% dos pacientes com neurite optica e 90% com outras alterações (como lesão na medula)
  • 50 e 70% dos pacientes com CIS já apresentam alterações na ressonância magnética, quando da manifestação do quadro → o prognostico esta relacionado ao numero de lesoes
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8
Q

Sintomas Principais

A
  • Neurite Óptica
  • Sindromes medulares
  • Lesão no tronco cerebral e sintomas associados
  • Lesões cerebelares e sintomas associados
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9
Q

Neurite Óptica → sintomatologia

A
  • Perda de visão, frequentemente unilateral, embora possa ser binocular, especialmente em crianças
  • Envolvimento de ambos os olhos simultaneamente deve instigar busca por outras causas
  • Historia natural tipica é de instalação subaguda, em horas a dias, podendo levar até 10 dias de perda visual progressiva → pensar em outros diagnóstico se instalação for mais de 2 semanas
  • Sintoma mais comum inicial é borramento visual
    • Mais borrada no meio do olho
  • Escotomas → tardios
  • Perda total da visão → raro → 8% dos casos
  • Dor ocular, especialmente durante os movimentos, ocorre em mais de 90% dos casos
  • Visão colorida e a sensibilidade ao contraste são afetadas em quase todos os casos, sendo mais comuns que a propria perda de acuidade visual do paciente
  • Reflexo pupilar alterado, por acometimento aferente, esta alterado em 90% dos casos
  • Maioria dos pacientes não tem edema de papila → casos são retrobulbares com fundoscopia normal
  • Edema severo e hemorragia não costumam aparecer
  • Geralmente há recuperação de visão após o primeiro surto (95% volta com a mesma visão ou igual a 20/40 após várias semanas)
  • Segundo a ONTT → tto agudo acelera a recuperação da visão, especialmente nos primeiros 15 dias, diminuindo a chance de conversão para EM apenas no 2 primeiros anos
    • Pulsoterapia com corticoide (alta dose)
    • Não melhorou → aumentar dias 7 ou 10 dias
    • Não melhorou → plasmaferese
    • Pode fazer imunoglobulina → mais caro
  • Fundamental fazer RM do encefalo para avaliar associação com esclerose multipla
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10
Q

Sindrome Medular → sintomatologia

A
  • Caracteriza por uma sindrome medular parcial
  • Normalmente o deficit sensitivo e ou motor é progressivo e de instalação subaguda, acometendo especialmente os MMI
  • Urgeincontinencia, constipação, incontinencia fecal não persistente e disfunção sexual
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11
Q

Tronco Cerebral → sintomatologia

A
  • Lesões no tronco na EM podem causar sintomas cerebelares associados a piramidalismo ou serem extremamente graves, podendo levar a uma sindrome do encarceramento com recuperação parcial e mesmo insuficiencia ventilatoria aguda
    • Sindrome do encarceramento → normalmente causado por AVC → paciente não mexe nada nem sente nada, mas mantém consciência
  • Sintoma mais comum → diploplia → lesão no fasciculo longitudinal medial
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12
Q

Lesões Cerebelares → sintomatologia

A
  • São comuns na EM → embora sindrome cerebelar pura seja infrequente
  • Ataxia cerebelar inicial é um indicador de mau prognostico → sinais cerebelares normalmente não remitem completamente
  • Tremores são frequentes → caracteristicamente de ação → braços principalmente, pernas depois, seguidos de cabeça e tronco
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13
Q

Diagnostico Diferencial

A
  • Faixa etaria mais comum de aparecimento → 18 e 50 anos
  • Maior em jovens com quadro neurologico isolado ou recorrente → especialmente com acometimento do nervo optico, tronco ou medula
  • Fenomeno de Uhthoff → piora com calor → seculo XIX o diagnóstico era feito botando paciente numa banheira quente, caso o paciente piorasse era diagnostico de EM
  • Sinal de Lhermitte → paciente que flete o pescoço e sente choque → lesão na cervical
    • Não indicativo de EM, mas de lesão cervical
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14
Q

Achados Menos Comuns

A
  • Anestesia é raro → normalmente so diminuição da sensibilidade
  • Dores ocorrem secundaraimente a alguma disfunção e nao diretamente pela doença
  • Movimentos involuntarios são extremamente raros → tremores de ação
  • Raros surtos tem uma instalação em minutos (20%) → provavelmente nesse caso seria AVC ou outra coisa
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15
Q

Critérios Diagnósticos

A
  • Lesões divididas em 5 locais → Cortex, ventriculos, fossa posterior (pedunculo mais comum), medula ou nervo optico (criterio novo)
    • Lesão em pelo menos 2 desses 5 lugares
  • Exclusão de outra melhor explicação para o quadro clinico → EM diagnostico por exclusão
  • Anormalidades paraclinicas incluem a RM e eventualmente analise de LCR (inflamação no SN), PEV e OCT (dois ultimos acham alteração no nervo optico)
  • Lesão vistas a RM podem constituir evidencia e disseminação no tempo (momento → surtos) e espaço (local → um dos 5 locais)
    • Tempo → contraste → regiões de menos ou mais contraste ditam o tempo da lesão
  • Sinal da veia central
    • Presença de uma veia central nas lesões periventricular → sinal específico da esclerose múltipla
    • Veia passa pelo centro da lesão desmielinizante → característica radiológica que ajuda a diferenciar de outras doenças
    • Visível em sequências T2* e SWI da ressonância magnética
  • LCR
    • Testes imunologicos
      • Teste negativo para agentes infecciosos
      • Elevação da gama globulina → indice de IgG
      • Presença de bandas oligoclonais
      • Presença de cadeias kappas leves
    • Celularidade
      • menos de 50 celulas/mm3
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16
Q

Tratamento

A
  • Corticoide, imunoglobulina, plasmaferese → opções já vistas
  • Muda-se a história natural da EM?
    • Sim
    • Alterar o prognóstico → prognóstico mais benigno
  • Redução na taxa anualizada de surtos
    • Natalizumabe
    • Alentuzumabe
    • Fingolimode
17
Q

NMO e MOGAD → Outras Doenças Associadas

A
  • Neuromielite Optica
    • Neuromielite Optica é astrocitopatia
    • Associadas a aquaporina 4 → mais comum no SNC → mais associados à medula, no teto do ventriculo, perto do nervo optico (locais mais comuns afetados)
    • Dosagem de anticorpo → antiaquaporina 4
    • Características clinica
      • Comum em mulheres
      • Mielite mais cervical
      • Há surtos incapacitantes
  • Doença Associada ao Anticorpo Anti Mog
    • Doença autoimune causadora de inflamação no cerebro, medula e nerovs opticos
    • Sintomas parecidos com EM → principal deles neurite optica ou mielite
    • Responde bem ao corticoide e imunoglobulina → diferente da EM
    • Diagnostico → dosagem de anticorpo → antimog → testa no sangue
    • Doença comum na pediatria
      • Encefalomielite disseminada aguda é comum nos pacientes crianças
    • Características clinicas
      • Mielite mais toracica e lombar
      • Metade tem um surto e nunca mais tem → se há sequela ou segundo surto tratamos → se há remissão total, espera-se e faz uma dosagem → se negativou, não trata
    • Encefalite → fenotipo comum