Estreptococcias Flashcards

(66 cards)

1
Q

Quais as características gerais dos Estreptococos e Enterococos? (5)

A

Cocos gram-positivos, aeróbios ou facultativamente anaeróbios, não formadores de esporos, catalase-negativos e não móveis.

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2
Q

Qual a classificação dos Estreptococos? (Lancefield e Hemólise)?

A

Hemólise: alfa (hemólise parcial), beta (total) ou gama (ausente). Lancefiel: A, B, C, D e G.

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3
Q

Classifique os seguintes Estreptococos: S. pyogenes, S. agalactiae, S. pneumonae

A

S. pyogenes: grupo A, beta hemolítico. S. agalactiae: grupo B, gama hemolítico. S. pneumonae: não classificado por Lancefield, alfa hemolítico.

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4
Q

Como ocorre a transmissão das infecções pelo grupo A de Lancefield (S. pyogenes)?

A

Através do contato direto com gotículas da orofaringe ou com as lesões da pele. Os fômites não apresentam significância na transmissão. Pode haver contaminação por água e alimentos contaminados.

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5
Q

Qual a principal infecção causada por S. pyogenes?

A

Faringite estreptocócica/Angina Estreptocócica/Faringotonsilite.

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6
Q

Qual a epidemiologia da angina estreptocócica?

A

Acomete principalmente crianças em fase escolar e adolescentes (igualmente em ambos os sexos).

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7
Q

Qual a patogenia da angina estreptocócica?

A

Com o objetivo de impedir a invasão do tecido pelo S. pyogenes, desenvolve-se uma reação inflamatória no tecido linfoide da orofaringe, promovendo o quadro característico da doença.

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8
Q

Qual o curso da angina estreptocócica?

A

Incubação de 12-24h

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9
Q

Qual o QC da angina estreptocócica?

A

Febre alta, odinofagia, mal-estar geral, anorexia, astenia, podendo haver náuseas, vômitos e dores abdominais. Pode haver casos assintomáticos ou oligossintomáticos (sem placas).

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10
Q

Quais os achados do exame físico na angina estreptocócica?

A

Tonsilas hipertrofiadas e hiperemiadas, hiperemia de faringe e palato, presença de exsudatos puntiformes ou com placas purulentas. Pode haver linfadenomegalia dolorosa.

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11
Q

O que pode confundir o QC da angina estreptocócica?

A

A ausência de exsudato purulento, ocorrendo principalmente na infância. Ou seja, o diagnóstico clínico pode se confundir com vírus.

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12
Q

Como pode ser diferenciado um quadro de angina estreptocócica para um viral?

A

A presença de sintomas prodrômicos (coriza, tosse e hiperemia conjuntival) é mais comum nas viroses.

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13
Q

Quais as complicações da angina estreptocócica?

A

Linfadenite supurativa, abcesso retrofaríngeo e, se não for tratado corretamente, pode promover a febre reumática.

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14
Q

Quais os DDs para angina estreptocócica? Como podem ser diferenciados da angina estreptocócica?

A

Adenoviroses (sintomas prodrômicos), Difteria (palidez, dispneia e aumento das secreções respiratórias, sem pontos purulentos, mas sim placas que deixam superfícies hemorrágicas quando retiradas), Angina de Plaut-Vincent (gengivas edemaciadas e com ulcerações) e MI (linfocitose com linfócitos atípicos).

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15
Q

Como é feito o diagnóstico de angina estreptocócica?

A

Cultura de material da orofaringe, leucograma (leucocitose com desvio à esquerda, neutrofilia), aumento do VHS e da PCR.

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16
Q

O que é a escarlatina?

A

É a associação entre a angina estreptocócica e o exantema.

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17
Q

Qual a patogenia da escarlatina?

A

Resulta de alterações capilares (capilarite generalizada) determinadas pela exotoxina pirogênica (3 tipos -> a pessoa pode apresentar 3 quadros de escarlatina).

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18
Q

Qual o curso da escarlatina?

A

Aparece após o 2° dia da angina estreptocócica, alcançando sua maior intensidade após 24h. Desaparece com a cura do processo infeccioso. No início da convalescência, têm-se a descamação do exantema.

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19
Q

Qual o QC da escarlatina?

A

Exantema generalizado, maculopapular, crânio-caudal, palidez perioral (sinal de Filatov), sinal de Pastia (faixas escuras - petéquias e equimoses - nas dobras das articulações), língua em framboesa (papilas linguais hipertrofiadas e salientes sobre fundo hiperemiado).

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20
Q

O que é a fasciíte necrotizante?

A

É a infecção aguda dos tecidos moles, acompanhando, geralmente, a síndrome do choque tóxico.

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21
Q

Quais as manifestações clínicas da fasciíte necrotizante?

A

Eritema cutâneo, dor local intensa, febre alta, prostração, MEG e sinais de toxemia. Após 24-72h, a lesão fica violácea ou bronzeada, seguindo-se do aparecimento de bolhas amareladas ou hemorrágicas. Após 4-5d, há sinais de gangrena da pele acometida.

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22
Q

Qual o prognóstico da fasciíte necrotizante?

A

Ruim, pois apresenta alta letalidade.

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23
Q

Quais os fatores predisponentes da fasciíte necrotizante?

A

Idade (RN e idosos), doenças crônicas (neoplasias malignas, diabetes melitus, alcoolismo), imunossupressão, etc.

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24
Q

O que é a erisipela?

A

É a instalação aguda de uma estreptococcia cutânea, havendo uma lesão típica e sintomas de síndrome infecciosa.

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25
Qual a epidemiologia da erisipela?
Acomete principalmente pessoas acima de 30 anos que apresentem algum fator predisponente (estase venosa - varizes -, diabetes, micose, obstrução linfática).
26
Qual a patogenia da erisipela?
A bactéria penetra por alguma lesão cutânea (escoriações, ferimentos, picadas de insetos) e promove a lesão na pele adjacente.
27
Qual o QC da erisipela?
Placa eritematosa, edemaciada, quente, dolorosa e brilhante, com bordas elevadas. Pode haver o aparecimento de faixas avermelhadas que acompanham a drenagem linfática (linfangite), havendo linfadenomegalia e dor nos linfonodos satélites. Essa lesão pode se estender por toda superfície da parte anatômica. Pode haver vesículas, bolhas, hemorragia, gangrena e flegmão.
28
Quais as outras manifestações que podem ser causadas por S. pyogenes?
Impetigo/Ectima, Celulite, Piomiosite, Síndrome do choque tóxico e Sepse.
29
Qual o tto para as infecções por S. pyogenes?
Penicilina (pref), amoxacilina, cefalosporinas, clindamicina e azitromicina.
30
Qual o processo infeccioso na imagem seguinte?
.Erisipela
31
Qual o processo infeccioso na imagem seguinte?
.Escarlatina
32
Qual o processo infeccioso na imagem seguinte?
.Fasciíte Necrotizante
33
Qual o processo infeccioso na imagem seguinte?
.Angina Estreptocócica
34
Quais as principais complicações tardias não supurativas causadas pela infecção por S. pyogenes?
Febre Reumática, Glomerulonefrite dufisa aguda, Eritema nodoso, Artrite reativa e Púrpura de Henoch-Schonlein.
35
Qual a epidemiologia da febre reumática?
É mais comum entre os 5-15 anos, ocorrendo em cerca de 3% das anginas estreptocócicas.
36
Qual o curso da febre reumática?
Surge após 1-5 semanas da angina estreptocócica
37
Qual a patogenia da febre reumática?
Pode ser desencadeada apenas por infecções de faringe causadas por sorotipos específicos (reumatogênicos). As lesões são resultantes de fenômenos autoimunes por reação cruzada entre uma proteína da bactérica (M) e componentes do tecido cardíaco.
38
Qual o QC da febre reumática?
Menifestações articulares, cardíacas e neurológicas: Cardite (acometimento valvar - cardiopatia adquirida), Poliartrite, Coreia, Nódulos subcutâneos e Eritema marginado.
39
Como é feito o diagnóstico de febre reumática?
Deve haver a presença de 2 critérios maiores ou 1 critério maior e 1 menor, ambos se houver evidência de infecção prévia por S. pyogenes. Os critérios são: maioires (cardite, poliartralgia, Coreia, Nódulos subcutâneos e Eritema marginado) e menores (Febre, artralgia, VSH, ECG).
39
Qual a prevenção e tto para febre reumática?
A prevenção é o tratamento adequado da angina estreptocócica, e o tratamento é feito pela erradicação do estreptococo associado a controle dos fenômenos inflamatórios (sintomáticos).
40
Quais cepas podem promover a glomerulonefrite difusa aguda?
As que promovem infecções cutâenas e faríngeas.
41
Qual a epidemiologia e quando ocorre a glomerulonefrite difusa aguda?
É mais comum em meninos dos 2-6 anos, ocorrendo após 7-21 dias da manifestação estreptocócica.
41
Qual o QC da glomerulonefrite difusa aguda?
Edema palpebral e pré-tibial, hematúria, oligúria, HAS e IRA.
42
Qual o tto e evolução da glomerulonefrite difusa aguda?
O tto é feito com dieta, diuréticos e anti-hipertensivos. É um quadro autolimitado, durando 2-3 semanas.
43
Quais os locais de colonização do S. agalactiae?
Reto, Mucosa vaginal (risco para o neonato) e, raramente, a orofaringe.
44
Quais as manifestações clínicas da infecção por S. agalactiae no RN e lactente?
Pode ser precoce (\<7d), sendo mais comum em prematuros de mães colonizadas. Pode promover meningite, sepse, pneumonia. Pode ser, também, tardia (7d-3m), promovendo sepse, celulite facial, osteomielite, artrite séptica, meningite.
44
Quais as manifestações clínicas da infecção por S. agalactiae no adulto?
Puérpera: endometrite, pneumonia, meningite, endocardite. Idosos e imunodeprimidos: celulite, infecção de úlceras cutâenas, pneumonia, artrite, endocardite.
45
Qual o tratamento da infecção por S. agalactiae?
Penicilina, Ampicilina. \*Associação com gentamicina em endocardite.
45
Como é feita a profilaxia da infecção por S. agalactiae?
Swab vaginal entre 35-37s de gestação, usando penicilina ou ampicilina caso seja positivo.
46
Quais as características da infecção (clínica, tto, ...) pelos seguintes estreptococos: S. bovis, Enterococo e S. viridans?
S. Bovis: tem como porta de entrada principal o intestino, causando endocardite. Enterococo: faz parte da flora intestinal, mais comum em idosos, imunodeprimidos; promove infecção urinária, sepse, peritonite, etc. Tto com penicilina, ampicilina, vancomicina, ... S. viridans: flora da boca e orofaringe, endocardite, sepse. Tto com penicilina, ampicilina e vancomicina (apenas para alérgicos).
47
Quais as principais manifestações clínicas que podem ocorrer por infecção por pneumococo e por que ocorrem?
Essa bactéria coloniza a mucosa da naso e orofaringe, podendo ser aspirada (pneumonia), disseminar-se pela tuba de eustáquio (otite média) ou seios da face (sinusite), disseminar-se pelo sangue (sepse e meningite) ou por contiguidade para o SNC (meningite).
48
Quais os grupos de risco para infecção pelo pneumococo?
Imunossuprimidos, neutropenia, anemia falciforme, cirrose, diabetes, DPOC, alcoolismo e uso de corticoides.
49
Qual a epidemiologia da pneumonia por pneumococo?
Acomete principalmente crianças de até 4 anos, idosos e qualquer pessoa que é grupo de risco já citado.
50
Qual a patogenia da pneumonia por pneumococo?
Ocorre aspiração da secreção da mucosa nasal ou orofaríngea contaminada pelo pneumococo. Nos alvéolos, o coco estimula a formação de edema, contribuindo para a disseminação dele para os alvéolos adjacentes, até que o processo se estenda até o septo que delimita os lobos pulmonares, caracterizando a topografia lobar da infecção.
51
Qual o QC da pneumonia por pneumococo?
Prodrômicos: coriza e outras manifestações de IVAS. O QC é de taquicardia, taquipneia, febre alta, tosse produtiva, escarro hemoptoico, dor intensa do tipo pleural. Em casos graves há cianose, batimento das asas das narinas e dor abdominal. Não costuma ocorrer cefaleia, náuseas e vômitos.
51
Quais os achados do exame físico na pneumonia por pneumococo?
Consolidação parenquimatosa localizada (hipermatidez, frêmito toracovocal, pectorilóquia, estertores crepitantes e expansão diminuída do hemitórax). No RX de Tx evidencia-se acometimento lobar do pulmão com presença usual de broncogramas aéreos.
52
Qual o curso da pneumonia por pneumococo?
Quando há boa resposta ao tto, a febre desaparece em 12-48h, mas pode alcançar até 4d ou mais. As evidências de comprometimento pulmonar permanecem por até 2-4s e as alterações radiológicas reduzem ao fim de 4-8s.
53
Quais as complicações da pneumonia por pneumococo?
Derrame pleural, atelectasia, empiema, abcessos pulmonares.
54
Qual o tto e a profilaxia para pneumococo?
O tto consiste em penicilina, ampicilina, amoxacilina, clindamicina, etc. A profilaxia é feita por imunização ativa (vacinação).
55
Quando é mais comum infecção por S. agalactiae e por que ocorre, geralmente?
É mais comum em RN que adquiriram de mães colonizadas ou em RPMO, podendo cursar com meningite, sepse e pneumonia.
56
Quais adultos são mais sucetíveis a infecção por S. agalactiae?
Puérperas, imunossuprimidos e idosos
57
Qual o tto para S. agalatiae?
Ampicilina ou Penicilina.
58
Como pode ser feita a profilaxia para infecção por S. agalatiae para o RN?
Swab da mucosa vaginal em torno da 35-37s.
59
Comente sobre a infecção por S. bovis?
A porta de entrada é a intestinal, urinária ou peridental, estando associada fortemente à neoplasia intestinal. Pode causar endocardite.
60
Comente sobre a infecção por enterococcos.
São bactérias colonizadoras da flora intestinal, sendo a infecção mais comum em idosos e imunodeprimidos. Causam infecção urinária, endocardite, sepse e peritonite.
61
Qual o tto para enterococo?
Ampicilina, Penicilina, Amoxacilina.