Estudos dirigidos Flashcards
Conceitue dor, nocicepção, hiperalgesia, alodinia, analgesia e anestesia
DOR: “A dor é definida como experiência sensorial e emocional de caráter desagradável relacionada a um dano tecidual real ou potencial,…”. Resposta subjetiva gerada após a entrada de estímulos aferentes provenientes dos nociceptores aos centros encefálicos.
NOCICEPÇÃO: refere-se à ativação de fibras nervosas sensoriais primárias (nociceptores) por estímulos nocivos, isto é, estímulos que potencialmente provocam lesão tecidual.
Sensibilização periférica: quando estímulos periféricos induzem os neurônios aferentes primários a baixar seus limiares de ativação e aumentar a sua responsividade. Pode resultar em:
- ALODINIA: estímulos normalmente inócuos são percebidos como dolorosos;
- HIPERALGESIA: estímulos de alta intensidade são percebidos como mais dolorosos do que o habitual no local da lesão (zona de hiperalgesia primária).
ANALGESIA: inibição específica das vias de dor.
ANESTESIA: inibição inespecífica das vias sensoriais periféricas (incluindo dor), motoras e autônomas.
A dor depende exclusivamente da informação sensorial ou é influenciada por outros fatores como o emocional?
A dor tem caráter multidimensional, sendo assim diversos fatores podem influenciá-la, sendo físicos e até mesmo emocionais.
Trata-se de mais uma experiência pessoal que depende da aprendizagem cultural, do significado atribuído à situação, e também de outros fatores essencialmente individuais.
Muitas vezes as variações da experiência dolorosa entre as pessoas se devem a “limiares de dor” diferentes que podem ser influenciados por fatores emocionais também.
Além disso, sabe-se que em indivíduos que sofrem de depressão, os níveis de noradrenalina e serotonina estão reduzidos, sendo estes neurotransmissores importantes nos neurônios que constituem o sistema de auto-analgesia, logo essas pessoas possuiriam um limiar menor para a dor.
Descreva brevemente a via ascendente da dor (desde o neurônio aferente primário até o córtex)
Os impulsos gerados na pele pela ativação dos nociceptores são transportados pelas fibras A e C até o corno dorsal da medula espinal. No corno dorsal, os nociceptores formam sinapses com interneurônios e neurônios de segunda ordem. Os neurônios de segunda ordem seguem o seu trajeto nas áreas laterais da medula espinal e projetam-se principalmente para o tálamo, uma estrutura de substância cinzenta logo acima do tronco encefálico. O tálamo possui células que se projetam para o córtex somatossensorial do lobo parietal e para outras áreas do córtex.
Resumindo: impulsos gerados na pele (fibras A e C)→ corno dorsal da medula → sinapses com interneurônios e neurônios de 2ª ordem → áreas laterais da medula espinhal → tálamo → córtex somatossensorial.
Quais as características das fibras nociceptivas C e Adelta?
Sob condições normais, a dor associa-se à atividade de impulsos em fibras aferentes primárias de pequeno diâmetro (C e Aδ) dos nervos periféricos. Estes nervos possuem terminações sensitivas nos tecidos periféricos e são ativados por estímulos de vários tipos (mecânicos, térmicos, químicos). A maioria dos neurônios de fibras não mielinizadas (C) é associada às terminações nociceptivas polimodais e transmitem dor profunda, difusa e em queimação, enquanto as fibras mielinizadas (Aδ) transitem dor aguda e bem localizada. As fibras C e Aδ transmitem a informação nociceptiva proveniente do músculo e das vísceras, assim como a proveniente da pele.
Quais os principais neurotransmissores liberados pelo neurônio de primeira ordem que estimula o neurônio de segunda ordem na medula espinal nas vias nociceptivas?
Glutamato, CGRP (Peptídeo neurotransmissor vasodilatador) e Substância P (pain - neurocinina).
Que tipos de estímulos podem excitar o nociceptor?
Para se ativar os nociceptores é necessário que se haja uma despolarização. A ativação dos nociceptores decorre da exposição às altas temperaturas - em que será ativado um canal chamado receptor de potencial transitório (TRPV), substâncias químicas - como a capsaicina (presente na pimenta), bradicinina - através da ativação do receptor B2, prostaglandinas - que facilitam canais de sódio voltagem dependentes, ATP, e liberação de prótons. Lembre-se: As prostaglandinas provocam maior sensibilidade à dor, assim elas possibilitam maior sensibilidade aos neurotransmissores da dor.
O que são vias descendentes de controle da dor?
Conjunto de fibras originadas no tronco encefálico e que agem sobre o corno dorsal da medula espinhal regulando a percepção de dor ao inibir a descarga de neurônios nociceptivos. Essa via pode atuar inibindo diretamente a informação nociceptiva que segue em direção ao tálamo ou pode atuar estimulando os interneurônios inibitórios (SG) que atuarão impedindo a propagação do impulso nervoso do primeiro para o segundo neurônio.
Qual o mecanismo de transdução intracelular dos receptores opióides e qual a ação geral que eles têm sobre a célula?
Os opioides endógenos ou exógenos tem ação inibitória na célula, mediada pelos receptores opioides. Os mesmos ao serem ativados geram ativação de uma proteína G inibitória, que reduz a formação de AMP cíclico, repercutindo na célula em menor atividade de quinase A, menor ativação dos canais de cálcio voltagem dependentes, resultando em diminuição da exocitose de vesículas sinápticas, principalmente dos mediadores da sinalização da dor. Causam também abertura de canais de K+, gerando hiperpolarização, dificultando a propagação do potencial de ação naquela fibra que conduz estímulo doloroso. Logo, Inibe sinapse e inibe condução.
Cite o nome de cinco fármacos opióides.
Codeína, Morfina, Fentanil, Tramadol, Oxicodona. Desses, o mais forte de todos é o Fentanil, enquanto que Codeína e Tramadol são mais fracos e utilizadas em dores moderadas.
Cite 3 efeitos colaterais dos opioides no organismo
Sonolência, dependência/tolerância (dessensibilização de receptor - à necessidade de aumento de dose para ter efeito de analgesia, euforia, sedação e depressão respiratória), enquanto que a miose e a constipação não sofrem tanta tolerância. Podem causar êmese, por ativação direta no centro do vômito no SNC. Alguns são pró convulsivantes.
Com a maioria dos agonistas μ, pode ocorrer grave depressão respiratória, e a dosagem excessiva com opioide pode resultar em óbito. Se for usado opioide, a respiração deve ser monitorada atentamente. A elevação da pressão intracraniana, particularmente em lesões na cabeça, pode ser grave. A morfina deve ser utilizada com cautela em pacientes com asma, doença hepática ou disfunção renal.
O que são anestésicos locais?
Os anestésicos locais (AL) compreendem uma série de substâncias químicas localmente aplicadas, com estruturas moleculares semelhantes, capazes de inibir a percepção das sensações (sobretudo a dor) e também de prevenir o movimento. Os anestésicos locais são utilizados em uma variedade de situações, desde a sua aplicação tópica para queimaduras e pequenos cortes, até injeções durante tratamento dentário e bloqueio epidural e intratecal (“espinal”) durante procedimentos obstétricos e cirurgia de grande porte.
Qual mecanismo de ação dos anestésicos locais?
“Os anestésicos locais exercem seu efeito através do bloqueio dos canais de sódio regulados por voltagem, inibindo, assim, a propagação dos potenciais de ação ao longo dos neurônios”.
Porque um anestésico local perde efetividade se o local da administração estiver inflamado?
Na inflamação ocorre vasodilatação, ou seja, o anestésico é metabolizado mais rapidamente. Além disso, o pH local fica ácido, então o fármaco vai ficar na forma ionizada, sendo impedido de atravessar várias barreiras (como a bainha do nervo, ou a membrana plasmática). Deve-se inicialmente receitar um anti-inflamatório ao paciente ou aumentar a dose (atentando-se ao limite seguro).
Como ocorre a regulação da secreção de H+ estomacal?
No estômago, a liberação de HCL é feita através do estímulo da célula parietal, presente apenas na porção do corpo e fundo gástrico, através de controle neuronal (plexos nervosos) e hormonal. Estes estímulos são feitos através de três mediadores químicos principais, os quais se ligam a receptores específicos na membrana basolateral da célula apical:
- GASTRINA (endócrina)
- HISTAMINA (paracrina)
- ACETILCOLINA (neuronal)
- Prostaglandinas (Inibição)
A gastrina estimula a secreção de ácidos pelas células parietais, estimula o fluxo sanguíneo e motilidade gástrica, o conteúdo gástrico rico em aminoácidos e pequenos peptídeos atuam diretamente sobre as células gástricas.
A acetilcolina liberada por neurônios, estimula receptores muscarínicos M3 específicos presentes nas células parietais e nas células que contêm histamina, ativando a bomba H+/K+ATPase, aumentando a secreção de H+.
Obs : Gastrina e acetilcolina ligam-se a seus receptores respectivos na célula parietal e, desse modo, aumentam os níveis intracelulares de cálcio (Ca2+), que desencadeia uma cascata de reações que culminam na ativação da bomba e liberação de H+.
As células parietais também são estimuladas pela histamina que atua sobre receptores H2, aumentando a secreção de HCl. Ela atua aumentando AMP-c, fosforilando e ativando a bomba H+/K+ATPase, o que secreta H+. A histamina é o principal neurotransmissor que regula a secreção do H+.
Prostaglandinas – Inibem a secreção ácida e estimulam a produção de muco e bicarbonato. Desempenham um importante papel na PROTEÇÃO do estômago. Elas inibem o AMPc.
Quem são e qual o mecanismo de ação dos antiácidos? E que efeitos adversos podem ocorrer?
São sais. Neutralizam diretamente o H+ que está no estômago.
Hidróxido de magnésio, hidróxido de alumínio, carbonato de cálcio, bicarbonato de sódio.
Neutraliza o ácido clorídrico e se forem absorvidos podem gerar efeitos adversos, o hidróxido de alumínio causa redução da motilidade do TGI – constipação, Já o hidróxido de magnésio causa diarreia. Como resolver? junta os dois e tenta deixar normal.
Muito cálcio pode geral hipercalemia, Pode gerar alcalose metabólica.
Se não for controlado o que está gerando – efeito rebote (a pessoa toma o antiácido, o quimo chega mais alcalino no intestino, a pessoa produz uma hipersecreçao de H+ → fode o role, queimação). O uso de antiácidos é pontual e não deve ser usado a longo prazo.
Quem são e como atuam os antagonistas de histamina na regulação da secreção de H+ estomacal? Que efeitos adversos podem ocorrer?
PRINCIPAIS REPRESENTANTES: cimetidina, ranitidina, nizatidina, famotidina.
COMO ATUAM: Os antagonistas dos receptores H2 inibem de modo reversível e competitivamente a ligação da histamina aos receptores H2, resultando em supressão da secreção gástrica de ácido. Os antagonistas dos receptores H2 também diminuem indiretamente a secreção gástrica de ácido induzida pela gastrina e pela acetilcolina.
EFEITOS ADVERSOS: diarréia, tontura, dores musculares, erupções cutâneas transitórias e hipergastrinemia.
- Cimetidina: pode provocar ginecomastia em homens por ser antagonista em receptores androgênios. Inibe citocromo P450 e pode retardar o metabolismo (potencializando a ação) de algumas drogas, tais como anticoagulantes orais, fenitoína, carbamazepina, quinidina, nifedipina, teofilina e antidepressivos.
- Ranitidina: tem menos efeitos sobre os receptores androgênicos e sistema CYP450. Considerada mais segura na gestação
Quem são e como atuam os inibidores da bomba de prótons na regulação da secreção de H+ estomacal? Que efeitos adversos podem ocorrer?
Os inibidores da bomba de prótons atuam inibindo a H+/K+ ATPase, que é a bomba que libera H+ para o meio gástrico de modo a formar o HCl. Eles fazem isso de maneira irreversível, já que a ligação entre eles e a bomba é muito forte. Para voltar à sua função, as células parietais têm que transcreverem outras bombas, o que pode levar pelo menos 4 semanas. São todos pró-fármacos e precisam do meio ácido para serem ativados. Essa classe terminal em -ZOL: ● Omeprazol ● Lanseprazol ● Esomeprazol ● Rabeprazol ● Panteprazol Os principais efeitos adversos observados são: ● Cefaleia ● Diarreia ● Tonteiras ● Sonolência ● Confusão mental ● Ginecomastia ● Dor nos músculos e articulações
Como podem ser classificados os fármacos laxantes? Qual o mecanismo de ação de cada classe?
Os fármacos laxantes, catárticos ou purgativos atuam no aumento do reflexo ou aumento do volume cólico e são classificados em:
1. Laxantes formadores de volume: aumenta o conteúdo intraluminal, formando uma massa hidratada volumosa na luz intestinal, consequentemente acelerando o trânsito intestinal. Não são absorvidos e são eliminados com as fezes.
Ex: Metilcelulose, Ágar, Farelo, Muciloide de Psyllium (Polímeros polissacarídeos).
- Laxantes osmóticos ou salinos: são sais não absorvíveis (ânions e cátions) que retêm água no intestino por osmose. Isso distende o intestino, aumentando a atividade intestinal e produzindo defecação em poucas horas.
Ex: Carboidratos não absorvíveis: Sorbitol, Manitol, Glicerina (efeito rápido); Hidróxido ou sulfato de magnésio (1 hora para produzir efeito); Lactulose e Macrogol. - Emolientes fecais: lubrificam e amolecem as fezes (impedem a dessecação), permitindo maior penetração de água e lipídeos.
Ex: Docusato de sódio, Docusato de cálcio. - Laxativos estimulantes: Atuam aumentando a secreção de eletrólitos (e consequentemente água) e aumentando o peristaltismo por estimular os nervos entéricos (plexo mioentérico).
Ex: Bisacodil, Picossulfato de sódio e o Docusato de sódio. Antraquinonas (sene e dantrona).
Quais são os principais fármacos procinéticos? Qual o mecanismo de ação destes fármacos? Há algum efeito adverso característico?
Os medicamentos procinéticos apresentam а capacidade dе estimular, coordenar е restaurar а motilidade gástrica, pilórica е dо intestino delgado. São antagonistas dopaminérgicos, também agindo como antieméticos.
A dopamina tem papel inibitório no TGI para Acetilcolina, por isso será bloqueada(a dopamina). Então, haverá o aumento da liberação de Ach, aumentando a motilidade, aumenta a pressão no EEI, aumenta o esvaziamento gástrico, e assim, irão diminuir o conteúdo estomacal. TAMBÉM ATUARÃO NO CENTRO DO VÔMITO: REDUZEM O REFLEXO DO VÔMITO!
ENTÃO, ATUARÃO DE 2 FORMAS, NO TGI (ATUA NA MOTILIDADE E ESVAZIAMENTO GÁSTRICO: PROCINÉTICO) E TAMBÉM NO SNC (INIBIÇÃO DO CENTRO DO VÔMITO).
Fármacos:
Domperidona (Motilium): Aumenta a pressão no EEI, aumenta o esvaziamento gástrico e peristaltismo duodenal. Atua melhor como procinético que como antiemético.
Metoclopramida (Plasil): estimula a motilidade gástrica, aumenta o esvaziamento gástrico.Melhor antiemético que a domperidona.
Cisaprida e Tegasarode: hoje não são mais utilizados, devido aos efeitos colaterais.
Descreva o efeito dos mediadores inflamatórios: histamina, bradicinina, prostaglandinas, prostaciclinas, tromboxano e leucotrienos.
- Histamina: na inflamação, ela está relacionada com o receptor H1. Quando liberada, ela causa vasodilatação e consequente aumento da permeabilidade, de modo que as células de defesa possam sair da circulação para o local afetado. Causa também edema e prurido. Possui função excitatória no SNC. Causa constrição de brônquios e bronquíolos (baixa atividade nesses locais).
- Bradicinina: é responsável pela efetuação da dor, ao ativar os neurônios periféricos nociceptivos. É importante existir a dor para que o local seja resguardado de novas lesões, como traumas. Também causa vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular.
- Prostaglandinas: são mediadores altamente importantes. Na inflamação, a prostaglandina ativada é a PGE2, por meio da COX2. Ela promove inibição da agregação plaquetária, sensibilização da dor para agir juntamente com a bradicinina, febre, vasodilatação e broncodilatação.
- Prostaciclina: promove agregação plaquetária, vasodilatação, sensibilização da dor, citoproteção gástrica
- Tromboxano: presente principalmente nas plaquetas, promovem agregação plaquetária (coagulação) e vasoconstrição.
- Leucotrienos: promovem quimiotaxia e broncoconstrição em uma fase mais tardia da inflamação.
Discuta como a inflamação pode ser um processo benéfico, mas também maléfico.
A inflamação é essencial para a proteção do nosso corpo contra infecções e outros perigos (como tumor), de modo que o agente que lesiona possa ser contido e as lesões formadas possam ser reparadas. Sem ela, as infecções não teriam fim e os órgãos lesionados não poderiam ser respostos. No entanto, uma resposta exagerada pode causar lesão tecidual e levar à cronicidade, além dos sintomas incômodos, como a febre e a dor.
Descreva a cascata do ácido araquidônico
O fosfolipídio presente na membrana celular é convertido em ácido aracdônico por meio da Fosfolipase A2. O ácido é convertido, por meio da COX, à PGG2, esta é convertida também pela COX (por meio de outra função da mesma), à PGH2. A PGH2 pode ser convertida a prostaglandina E, I, D ou F ou ainda em Tromboxano A2, a depender de qual enzima está presente no local. O ácido aracdônico pode sofrer influência de uma outra enzima, a LOX, gerando os leucotrienos que também fazem parte da inflamação
Quais as principais características das enzimas COX-1 e COX-2?
COX-1 é uma enzima constitutiva e está presente em quase todas as células, formando prostaglandinas, prostaciclina e tromboxano. A COX-2 é ativada durante o processo inflamatório e é responsável pela formação de prostaglandina E e prostaciclina.
O que significa a sigla AINEs e como estes fármacos atuam?
Significa “Anti-inflamatório Não Esteroidal”. Eles atuam inibindo a COX.
Quais os principais usos terapêuticos dos AINEs?
São usados como anti-inflamatórios, antitérmicos e analgésicos. Também podem ser usados como anticoagulantes, para problemas cardiovasculares, por exemplo
Quais os principais efeitos adversos dos AINEs?
Causam problemas no TGI, como ulceração duodenal e gastrite; hemorragias; insuficiência renal e retenção de sódio; parto tardio
O que significa ser um COXIBE? Qual a vantagem e desvantagem?
São inibidores específicos de COX-2. A vantagem é que agem somente na enzima que é ativa na inflamação, reduzindo, assim, alguns efeitos colaterais os quais estavam relacionados com a COX-1, como o aumento de HCl por diminuição da produção de PGE2 no estômago. No entanto, eles podem ser perigoso quando são muito seletivos, pois pode ocorrer o aumento da produção de COX-1 por descompensação, o que leva a um aumento na produção de Tromboxano, causando formação de trombos.
Quais os efeitos do paracetamol? Qual a principal preocupação no uso deste fármaco?
O paracetamol é analgésico e antitérmico (não é bom como anit-inflamatório). Há uma preocupação com o uso excessivo e consequente intoxicação. Uma pequena parte do seu metabólito é hepatotóxico, porém ele é rapidamente inativado ao ligar-se com a glutationa no fígado. No entanto, se houver um consumo elevado do fármaco, haverá falta de glutationa e o metabólito começará a se acumular e reagir com os hepatócitos, gerando uma cascata de morte celular.
Quais os efeitos do ácido acetilsalicílico? Qual a principal preocupação no uso deste fármaco?
Como qualquer outro AINE, promove uma inibição da agregação plaquetária, diminuição da dor, da febre e diminuição da resposta inflamatória. A preocupação com seu uso está relacionado com a possível ocorrência de hemorragias, por conta da inativação dos tromboxanos, além de ser um ligante irreversível (faz ligação covalente).
Quais os efeitos da dipirona? Qual a principal preocupação no uso deste fármaco?
A Dipirona é um analgésico e antipirético. A maior preocupação está relacionada com e possível causa de agranulose fatal, que pode ocorrer com o uso do fármaco. No entanto, isso não tem muitas ocorrências no Brasil
Como atuam os fármacos anti-histamínicos? Quais os principais usos clínicos?
Atuam competindo com a histamina pelo receptor H₁, inibindo-o e impedindo assim que a histamina exerça sua função. É usado para alergias, para a prevenção de choque anafilático, usado para diminuir a coriza, o eritema, prurido, dor, para evitar hêmese (cinetose).