Estudos dirigidos Flashcards

1
Q

Conceitue dor, nocicepção, hiperalgesia, alodinia, analgesia e anestesia

A

DOR: “A dor é definida como experiência sensorial e emocional de caráter desagradável relacionada a um dano tecidual real ou potencial,…”. Resposta subjetiva gerada após a entrada de estímulos aferentes provenientes dos nociceptores aos centros encefálicos.

NOCICEPÇÃO: refere-se à ativação de fibras nervosas sensoriais primárias (nociceptores) por estímulos nocivos, isto é, estímulos que potencialmente provocam lesão tecidual.

Sensibilização periférica: quando estímulos periféricos induzem os neurônios aferentes primários a baixar seus limiares de ativação e aumentar a sua responsividade. Pode resultar em:

  • ALODINIA: estímulos normalmente inócuos são percebidos como dolorosos;
  • HIPERALGESIA: estímulos de alta intensidade são percebidos como mais dolorosos do que o habitual no local da lesão (zona de hiperalgesia primária).

ANALGESIA: inibição específica das vias de dor.

ANESTESIA: inibição inespecífica das vias sensoriais periféricas (incluindo dor), motoras e autônomas.

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2
Q

A dor depende exclusivamente da informação sensorial ou é influenciada por outros fatores como o emocional?

A

A dor tem caráter multidimensional, sendo assim diversos fatores podem influenciá-la, sendo físicos e até mesmo emocionais.
Trata-se de mais uma experiência pessoal que depende da aprendizagem cultural, do significado atribuído à situação, e também de outros fatores essencialmente individuais.
Muitas vezes as variações da experiência dolorosa entre as pessoas se devem a “limiares de dor” diferentes que podem ser influenciados por fatores emocionais também.
Além disso, sabe-se que em indivíduos que sofrem de depressão, os níveis de noradrenalina e serotonina estão reduzidos, sendo estes neurotransmissores importantes nos neurônios que constituem o sistema de auto-analgesia, logo essas pessoas possuiriam um limiar menor para a dor.

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3
Q

Descreva brevemente a via ascendente da dor (desde o neurônio aferente primário até o córtex)

A

Os impulsos gerados na pele pela ativação dos nociceptores são transportados pelas fibras A e C até o corno dorsal da medula espinal. No corno dorsal, os nociceptores formam sinapses com interneurônios e neurônios de segunda ordem. Os neurônios de segunda ordem seguem o seu trajeto nas áreas laterais da medula espinal e projetam-se principalmente para o tálamo, uma estrutura de substância cinzenta logo acima do tronco encefálico. O tálamo possui células que se projetam para o córtex somatossensorial do lobo parietal e para outras áreas do córtex.

Resumindo: impulsos gerados na pele (fibras A e C)→ corno dorsal da medula → sinapses com interneurônios e neurônios de 2ª ordem → áreas laterais da medula espinhal → tálamo → córtex somatossensorial.

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4
Q

Quais as características das fibras nociceptivas C e Adelta?

A

Sob condições normais, a dor associa-se à atividade de impulsos em fibras aferentes primárias de pequeno diâmetro (C e Aδ) dos nervos periféricos. Estes nervos possuem terminações sensitivas nos tecidos periféricos e são ativados por estímulos de vários tipos (mecânicos, térmicos, químicos). A maioria dos neurônios de fibras não mielinizadas (C) é associada às terminações nociceptivas polimodais e transmitem dor profunda, difusa e em queimação, enquanto as fibras mielinizadas (Aδ) transitem dor aguda e bem localizada. As fibras C e Aδ transmitem a informação nociceptiva proveniente do músculo e das vísceras, assim como a proveniente da pele.

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5
Q

Quais os principais neurotransmissores liberados pelo neurônio de primeira ordem que estimula o neurônio de segunda ordem na medula espinal nas vias nociceptivas?

A

Glutamato, CGRP (Peptídeo neurotransmissor vasodilatador) e Substância P (pain - neurocinina).

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6
Q

Que tipos de estímulos podem excitar o nociceptor?

A

Para se ativar os nociceptores é necessário que se haja uma despolarização. A ativação dos nociceptores decorre da exposição às altas temperaturas - em que será ativado um canal chamado receptor de potencial transitório (TRPV), substâncias químicas - como a capsaicina (presente na pimenta), bradicinina - através da ativação do receptor B2, prostaglandinas - que facilitam canais de sódio voltagem dependentes, ATP, e liberação de prótons. Lembre-se: As prostaglandinas provocam maior sensibilidade à dor, assim elas possibilitam maior sensibilidade aos neurotransmissores da dor.

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7
Q

O que são vias descendentes de controle da dor?

A

Conjunto de fibras originadas no tronco encefálico e que agem sobre o corno dorsal da medula espinhal regulando a percepção de dor ao inibir a descarga de neurônios nociceptivos. Essa via pode atuar inibindo diretamente a informação nociceptiva que segue em direção ao tálamo ou pode atuar estimulando os interneurônios inibitórios (SG) que atuarão impedindo a propagação do impulso nervoso do primeiro para o segundo neurônio.

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8
Q

Qual o mecanismo de transdução intracelular dos receptores opióides e qual a ação geral que eles têm sobre a célula?

A

Os opioides endógenos ou exógenos tem ação inibitória na célula, mediada pelos receptores opioides. Os mesmos ao serem ativados geram ativação de uma proteína G inibitória, que reduz a formação de AMP cíclico, repercutindo na célula em menor atividade de quinase A, menor ativação dos canais de cálcio voltagem dependentes, resultando em diminuição da exocitose de vesículas sinápticas, principalmente dos mediadores da sinalização da dor. Causam também abertura de canais de K+, gerando hiperpolarização, dificultando a propagação do potencial de ação naquela fibra que conduz estímulo doloroso. Logo, Inibe sinapse e inibe condução.

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9
Q

Cite o nome de cinco fármacos opióides.

A

Codeína, Morfina, Fentanil, Tramadol, Oxicodona. Desses, o mais forte de todos é o Fentanil, enquanto que Codeína e Tramadol são mais fracos e utilizadas em dores moderadas.

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10
Q

Cite 3 efeitos colaterais dos opioides no organismo

A

Sonolência, dependência/tolerância (dessensibilização de receptor - à necessidade de aumento de dose para ter efeito de analgesia, euforia, sedação e depressão respiratória), enquanto que a miose e a constipação não sofrem tanta tolerância. Podem causar êmese, por ativação direta no centro do vômito no SNC. Alguns são pró convulsivantes.
Com a maioria dos agonistas μ, pode ocorrer grave depressão respiratória, e a dosagem excessiva com opioide pode resultar em óbito. Se for usado opioide, a respiração deve ser monitorada atentamente. A elevação da pressão intracraniana, particularmente em lesões na cabeça, pode ser grave. A morfina deve ser utilizada com cautela em pacientes com asma, doença hepática ou disfunção renal.

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11
Q

O que são anestésicos locais?

A

Os anestésicos locais (AL) compreendem uma série de substâncias químicas localmente aplicadas, com estruturas moleculares semelhantes, capazes de inibir a percepção das sensações (sobretudo a dor) e também de prevenir o movimento. Os anestésicos locais são utilizados em uma variedade de situações, desde a sua aplicação tópica para queimaduras e pequenos cortes, até injeções durante tratamento dentário e bloqueio epidural e intratecal (“espinal”) durante procedimentos obstétricos e cirurgia de grande porte.

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12
Q

Qual mecanismo de ação dos anestésicos locais?

A

“Os anestésicos locais exercem seu efeito através do bloqueio dos canais de sódio regulados por voltagem, inibindo, assim, a propagação dos potenciais de ação ao longo dos neurônios”.

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13
Q

Porque um anestésico local perde efetividade se o local da administração estiver inflamado?

A

Na inflamação ocorre vasodilatação, ou seja, o anestésico é metabolizado mais rapidamente. Além disso, o pH local fica ácido, então o fármaco vai ficar na forma ionizada, sendo impedido de atravessar várias barreiras (como a bainha do nervo, ou a membrana plasmática). Deve-se inicialmente receitar um anti-inflamatório ao paciente ou aumentar a dose (atentando-se ao limite seguro).

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14
Q

Como ocorre a regulação da secreção de H+ estomacal?

A

No estômago, a liberação de HCL é feita através do estímulo da célula parietal, presente apenas na porção do corpo e fundo gástrico, através de controle neuronal (plexos nervosos) e hormonal. Estes estímulos são feitos através de três mediadores químicos principais, os quais se ligam a receptores específicos na membrana basolateral da célula apical:

  • GASTRINA (endócrina)
  • HISTAMINA (paracrina)
  • ACETILCOLINA (neuronal)
  • Prostaglandinas (Inibição)

A gastrina estimula a secreção de ácidos pelas células parietais, estimula o fluxo sanguíneo e motilidade gástrica, o conteúdo gástrico rico em aminoácidos e pequenos peptídeos atuam diretamente sobre as células gástricas.
A acetilcolina liberada por neurônios, estimula receptores muscarínicos M3 específicos presentes nas células parietais e nas células que contêm histamina, ativando a bomba H+/K+ATPase, aumentando a secreção de H+.

Obs : Gastrina e acetilcolina ligam-se a seus receptores respectivos na célula parietal e, desse modo, aumentam os níveis intracelulares de cálcio (Ca2+), que desencadeia uma cascata de reações que culminam na ativação da bomba e liberação de H+.
As células parietais também são estimuladas pela histamina que atua sobre receptores H2, aumentando a secreção de HCl. Ela atua aumentando AMP-c, fosforilando e ativando a bomba H+/K+ATPase, o que secreta H+. A histamina é o principal neurotransmissor que regula a secreção do H+.
Prostaglandinas – Inibem a secreção ácida e estimulam a produção de muco e bicarbonato. Desempenham um importante papel na PROTEÇÃO do estômago. Elas inibem o AMPc.

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15
Q

Quem são e qual o mecanismo de ação dos antiácidos? E que efeitos adversos podem ocorrer?

A

São sais. Neutralizam diretamente o H+ que está no estômago.
Hidróxido de magnésio, hidróxido de alumínio, carbonato de cálcio, bicarbonato de sódio.
Neutraliza o ácido clorídrico e se forem absorvidos podem gerar efeitos adversos, o hidróxido de alumínio causa redução da motilidade do TGI – constipação, Já o hidróxido de magnésio causa diarreia. Como resolver? junta os dois e tenta deixar normal.
Muito cálcio pode geral hipercalemia, Pode gerar alcalose metabólica.
Se não for controlado o que está gerando – efeito rebote (a pessoa toma o antiácido, o quimo chega mais alcalino no intestino, a pessoa produz uma hipersecreçao de H+ → fode o role, queimação). O uso de antiácidos é pontual e não deve ser usado a longo prazo.

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16
Q

Quem são e como atuam os antagonistas de histamina na regulação da secreção de H+ estomacal? Que efeitos adversos podem ocorrer?

A

PRINCIPAIS REPRESENTANTES: cimetidina, ranitidina, nizatidina, famotidina.

COMO ATUAM: Os antagonistas dos receptores H2 inibem de modo reversível e competitivamente a ligação da histamina aos receptores H2, resultando em supressão da secreção gástrica de ácido. Os antagonistas dos receptores H2 também diminuem indiretamente a secreção gástrica de ácido induzida pela gastrina e pela acetilcolina.

EFEITOS ADVERSOS: diarréia, tontura, dores musculares, erupções cutâneas transitórias e hipergastrinemia.

  • Cimetidina: pode provocar ginecomastia em homens por ser antagonista em receptores androgênios. Inibe citocromo P450 e pode retardar o metabolismo (potencializando a ação) de algumas drogas, tais como anticoagulantes orais, fenitoína, carbamazepina, quinidina, nifedipina, teofilina e antidepressivos.
  • Ranitidina: tem menos efeitos sobre os receptores androgênicos e sistema CYP450. Considerada mais segura na gestação
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17
Q

Quem são e como atuam os inibidores da bomba de prótons na regulação da secreção de H+ estomacal? Que efeitos adversos podem ocorrer?

A
Os inibidores da bomba de prótons atuam inibindo a H+/K+ ATPase, que é a bomba que libera H+ para o meio gástrico de modo a formar o HCl. Eles fazem isso de maneira irreversível, já que a ligação entre eles e a bomba é muito forte. Para voltar à sua função, as células parietais têm que transcreverem outras bombas, o que pode levar pelo menos 4 semanas. São todos pró-fármacos e precisam do meio ácido para serem ativados. Essa classe terminal em -ZOL: 
●	Omeprazol
●	Lanseprazol
●	Esomeprazol
●	Rabeprazol
●	Panteprazol
Os principais efeitos adversos observados são: 
●	Cefaleia
●	Diarreia
●	Tonteiras
●	Sonolência
●	Confusão mental
●	Ginecomastia
●	Dor nos músculos e articulações
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18
Q

Como podem ser classificados os fármacos laxantes? Qual o mecanismo de ação de cada classe?

A

Os fármacos laxantes, catárticos ou purgativos atuam no aumento do reflexo ou aumento do volume cólico e são classificados em:
1. Laxantes formadores de volume: aumenta o conteúdo intraluminal, formando uma massa hidratada volumosa na luz intestinal, consequentemente acelerando o trânsito intestinal. Não são absorvidos e são eliminados com as fezes.
Ex: Metilcelulose, Ágar, Farelo, Muciloide de Psyllium (Polímeros polissacarídeos).

  1. Laxantes osmóticos ou salinos: são sais não absorvíveis (ânions e cátions) que retêm água no intestino por osmose. Isso distende o intestino, aumentando a atividade intestinal e produzindo defecação em poucas horas.
    Ex: Carboidratos não absorvíveis: Sorbitol, Manitol, Glicerina (efeito rápido); Hidróxido ou sulfato de magnésio (1 hora para produzir efeito); Lactulose e Macrogol.
  2. Emolientes fecais: lubrificam e amolecem as fezes (impedem a dessecação), permitindo maior penetração de água e lipídeos.
    Ex: Docusato de sódio, Docusato de cálcio.
  3. Laxativos estimulantes: Atuam aumentando a secreção de eletrólitos (e consequentemente água) e aumentando o peristaltismo por estimular os nervos entéricos (plexo mioentérico).
    Ex: Bisacodil, Picossulfato de sódio e o Docusato de sódio. Antraquinonas (sene e dantrona).
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19
Q

Quais são os principais fármacos procinéticos? Qual o mecanismo de ação destes fármacos? Há algum efeito adverso característico?

A

Os medicamentos procinéticos apresentam а capacidade dе estimular, coordenar е restaurar а motilidade gástrica, pilórica е dо intestino delgado. São antagonistas dopaminérgicos, também agindo como antieméticos.

A dopamina tem papel inibitório no TGI para Acetilcolina, por isso será bloqueada(a dopamina). Então, haverá o aumento da liberação de Ach, aumentando a motilidade, aumenta a pressão no EEI, aumenta o esvaziamento gástrico, e assim, irão diminuir o conteúdo estomacal. TAMBÉM ATUARÃO NO CENTRO DO VÔMITO: REDUZEM O REFLEXO DO VÔMITO!

ENTÃO, ATUARÃO DE 2 FORMAS, NO TGI (ATUA NA MOTILIDADE E ESVAZIAMENTO GÁSTRICO: PROCINÉTICO) E TAMBÉM NO SNC (INIBIÇÃO DO CENTRO DO VÔMITO).

Fármacos:
Domperidona (Motilium): Aumenta a pressão no EEI, aumenta o esvaziamento gástrico e peristaltismo duodenal. Atua melhor como procinético que como antiemético.
Metoclopramida (Plasil): estimula a motilidade gástrica, aumenta o esvaziamento gástrico.
Melhor antiemético que a domperidona.
Cisaprida e Tegasarode: hoje não são mais utilizados, devido aos efeitos colaterais.

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20
Q

Descreva o efeito dos mediadores inflamatórios: histamina, bradicinina, prostaglandinas, prostaciclinas, tromboxano e leucotrienos.

A
  • Histamina: na inflamação, ela está relacionada com o receptor H1. Quando liberada, ela causa vasodilatação e consequente aumento da permeabilidade, de modo que as células de defesa possam sair da circulação para o local afetado. Causa também edema e prurido. Possui função excitatória no SNC. Causa constrição de brônquios e bronquíolos (baixa atividade nesses locais).
  • Bradicinina: é responsável pela efetuação da dor, ao ativar os neurônios periféricos nociceptivos. É importante existir a dor para que o local seja resguardado de novas lesões, como traumas. Também causa vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular.
  • Prostaglandinas: são mediadores altamente importantes. Na inflamação, a prostaglandina ativada é a PGE2, por meio da COX2. Ela promove inibição da agregação plaquetária, sensibilização da dor para agir juntamente com a bradicinina, febre, vasodilatação e broncodilatação.
  • Prostaciclina: promove agregação plaquetária, vasodilatação, sensibilização da dor, citoproteção gástrica
  • Tromboxano: presente principalmente nas plaquetas, promovem agregação plaquetária (coagulação) e vasoconstrição.
  • Leucotrienos: promovem quimiotaxia e broncoconstrição em uma fase mais tardia da inflamação.
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21
Q

Discuta como a inflamação pode ser um processo benéfico, mas também maléfico.

A

A inflamação é essencial para a proteção do nosso corpo contra infecções e outros perigos (como tumor), de modo que o agente que lesiona possa ser contido e as lesões formadas possam ser reparadas. Sem ela, as infecções não teriam fim e os órgãos lesionados não poderiam ser respostos. No entanto, uma resposta exagerada pode causar lesão tecidual e levar à cronicidade, além dos sintomas incômodos, como a febre e a dor.

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22
Q

Descreva a cascata do ácido araquidônico

A

O fosfolipídio presente na membrana celular é convertido em ácido aracdônico por meio da Fosfolipase A2. O ácido é convertido, por meio da COX, à PGG2, esta é convertida também pela COX (por meio de outra função da mesma), à PGH2. A PGH2 pode ser convertida a prostaglandina E, I, D ou F ou ainda em Tromboxano A2, a depender de qual enzima está presente no local. O ácido aracdônico pode sofrer influência de uma outra enzima, a LOX, gerando os leucotrienos que também fazem parte da inflamação

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23
Q

Quais as principais características das enzimas COX-1 e COX-2?

A

COX-1 é uma enzima constitutiva e está presente em quase todas as células, formando prostaglandinas, prostaciclina e tromboxano. A COX-2 é ativada durante o processo inflamatório e é responsável pela formação de prostaglandina E e prostaciclina.

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24
Q

O que significa a sigla AINEs e como estes fármacos atuam?

A

Significa “Anti-inflamatório Não Esteroidal”. Eles atuam inibindo a COX.

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25
Q

Quais os principais usos terapêuticos dos AINEs?

A

São usados como anti-inflamatórios, antitérmicos e analgésicos. Também podem ser usados como anticoagulantes, para problemas cardiovasculares, por exemplo

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26
Q

Quais os principais efeitos adversos dos AINEs?

A

Causam problemas no TGI, como ulceração duodenal e gastrite; hemorragias; insuficiência renal e retenção de sódio; parto tardio

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27
Q

O que significa ser um COXIBE? Qual a vantagem e desvantagem?

A

São inibidores específicos de COX-2. A vantagem é que agem somente na enzima que é ativa na inflamação, reduzindo, assim, alguns efeitos colaterais os quais estavam relacionados com a COX-1, como o aumento de HCl por diminuição da produção de PGE2 no estômago. No entanto, eles podem ser perigoso quando são muito seletivos, pois pode ocorrer o aumento da produção de COX-1 por descompensação, o que leva a um aumento na produção de Tromboxano, causando formação de trombos.

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28
Q

Quais os efeitos do paracetamol? Qual a principal preocupação no uso deste fármaco?

A

O paracetamol é analgésico e antitérmico (não é bom como anit-inflamatório). Há uma preocupação com o uso excessivo e consequente intoxicação. Uma pequena parte do seu metabólito é hepatotóxico, porém ele é rapidamente inativado ao ligar-se com a glutationa no fígado. No entanto, se houver um consumo elevado do fármaco, haverá falta de glutationa e o metabólito começará a se acumular e reagir com os hepatócitos, gerando uma cascata de morte celular.

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29
Q

Quais os efeitos do ácido acetilsalicílico? Qual a principal preocupação no uso deste fármaco?

A

Como qualquer outro AINE, promove uma inibição da agregação plaquetária, diminuição da dor, da febre e diminuição da resposta inflamatória. A preocupação com seu uso está relacionado com a possível ocorrência de hemorragias, por conta da inativação dos tromboxanos, além de ser um ligante irreversível (faz ligação covalente).

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30
Q

Quais os efeitos da dipirona? Qual a principal preocupação no uso deste fármaco?

A

A Dipirona é um analgésico e antipirético. A maior preocupação está relacionada com e possível causa de agranulose fatal, que pode ocorrer com o uso do fármaco. No entanto, isso não tem muitas ocorrências no Brasil

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31
Q

Como atuam os fármacos anti-histamínicos? Quais os principais usos clínicos?

A

Atuam competindo com a histamina pelo receptor H₁, inibindo-o e impedindo assim que a histamina exerça sua função. É usado para alergias, para a prevenção de choque anafilático, usado para diminuir a coriza, o eritema, prurido, dor, para evitar hêmese (cinetose).

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32
Q

Como os fármacos anti-histamínicos podem ser classificados, e qual as principais diferenças? Cite o nome de alguns.

A

Podem ser classificados como sendo de primeira e segunda geração. O de segunda geração possui uma molécula polar a mais, não atravessando a barreira hematoencefálica e assim não causando sedação ou sonolência. Diferentemente, os de primeira geração conseguem agir sobre o SNC, tendo como um dos efeitos a sedação, que pode ser útil ou não a depender do momento ou de quem estiver usando.

  • Primeira geração: Prometazina (Fenergan®), Dimenidrinato (Dramin®), Hidroxizina
  • Segunda geração: Loratadina e Fexofenadina
33
Q

Como é tratado um episódio de ataque agudo de gota? E da gota crônica?

A

O processo agudo pode ser tratado com a Colchicina, que diminuirá a inflamação ao inibir a quimiotaxia de neutrófilos. A fase crônica pode ser tratada com aumento da liberação de ácido úrico, usando a Probenecida, ou impedindo a formação do ácido úrico, utilizando o alopurinol.

34
Q

Quais os principais efeitos adversos dos glicocorticoides.

A

Pode causar imunodepressão (e todos sintomas a isso relacionado, como diminuição da produção de histamina e assim, bloqueando a vasodilatação), catarata, glaucoma, hiperglicemia, osteoporose, Síndrome Cunshigoide, estrias (diminuição dos fibroblastos), diminuição do crescimento em crianças, redução proteica nos músculos

35
Q

Supondo que um paciente esteja utilizando glicocorticoides em uma dosagem relativamente alta e por muito tempo, e agora ele vai parar de usar esse medicamento, como você orientaria este paciente.

A

Que a retirada do medicamento seja gradual. Isso porque, por meio de retroalimentação negativa, o consumo exagerado de glicocorticoide inativa a produção de CRH, e assim e adrenal para de produzir corticosteroides, o que a leva a uma atrofia

36
Q

22) Liste ao menos 5 usos clínicos dos glicocorticoides

A
  • Asma
  • Alergias graves
  • Artrite reumatoide
  • Prevenção de rejeição de órgãos
  • Reposição hormonal
  • Antitumoral quando combinado com agentes citotóxicos
37
Q

Liste ao menos 5 usos clínicos dos glicocorticoides

A
  • Asma
  • Alergias graves
  • Artrite reumatoide
  • Prevenção de rejeição de órgãos
  • Reposição hormonal
  • Antitumoral quando combinado com agentes citotóxicos
38
Q

Como são classificados os glicocorticoides? De acordo com esta classificação, como é a atividade anti-inflamatória e efeito mineralocorticoide?

A
  • Ação curta: ação de mineralocorticoide com mesma potência de ação anti-inflamatória. Hidrocortisona
  • Ação intermediária: aumento da atividade anti-inflamatória e diminuição da atividade de mineralocorticoide. Prednisona e Prednisolona
  • Ação longa: atividade de mineralocorticoide baixa e anti-inflamatória intensa, necessitando de uma menor dose para atingir o efeito necessário. Dexametasona e Betametasona.
39
Q

Explique o mecanismo de ação anti-inflamatório e imunossupressor dos glicocorticoides.

A

Como anti-inflamatório, o glicocorticoide age inibindo indiretamente inibindo a fosfolipase A2 (ao aumentar a expressão de lipocortina – anexina-, que a inibe), isso causa uma diminuição da produção de prostaglandinas e leucotrienos, importantes mediadores inflamatórios. Com isso, haverá uma diminuição da vasodilatação, e, portanto, da movimentação dos leucócitos, diminuição de efeitos como febre, sensibilização a dor, diminuição da agregação plaquetária (ao inibir tromboxano), diminuição de broncoespasmo, diminuição da quimiotaxia de neutrófilos, etc. São produzidos mediadores anti-inflamatórios, como a anexina, IL-10 e receptor de IL-1. Como um imunossupressor, o glicocorticoide age impedindo a transcrição gênica de citocinas inflamatórias e assim impede ativação de leucócitos bem como o infiltrado dos mesmos.

40
Q

Quais os efeitos metabólicos dos glicocorticoides?

A

Os glicocorticoides promovem o aumento da glicose no sangue por meio da diminuição da ação da insulina e aumento da gliconeogênese; promove diminuição da proteína presente no músculo, ao diminuir a síntese e aumentar o catabolismo; diminui a interação com cálcio, diminui atividade dos osteoblastos e aumenta a dos osteoclastos; a resposta inflamatória é alterada com diminuição da produção de citocinas e de outros mediadores inflamatórios; mobilização de ácidos graxos; acumula-se no cristalino, podendo causar glaucoma e catarata.

41
Q

Qual a localização dos receptores para glicocorticoides e como acontece a transdução de sinal?

A

Os glicocorticoides possuem receptores citoplasmáticos. O corticoide se liga a um receptor, que irá se ligar a outro receptor que também foi ligado ao corticoide, dimerizando com ele para se tornar ativo (o receptor sem se dimerizar é instável). O receptor dimerizado é internalizado para o núcleo e promoverá o bloqueio da transcrição dos genes responsáveis pela produção de citocinas inflamatórias ao serem transcritos, além do bloqueio de produção de mediadores como prostaglandina, bradicinina e histamina, ao bloquear a fosfolipase A2.

42
Q

Defina os conceitos:

a) farmacodinâmica b) afinidade
c) atividade intrínseca d) especificidade

A

Farmacodinâmica - É o campo da farmacologia que estuda que estuda os efeitos fisiológicos dos fármacos nos organismos, seus mecanismos de ação e a relação entre a concentração do fármaco e os efeitos desejados e indesejados.

Afinidade- Tendência de uma substância de se ligar ao receptor.

Atividade intrínseca = Eficácia - Capacidade do fármaco, uma vez ligado, gerar ativação do receptor e resposta tecidual.

Especificidade = seletividade - Quanto mais seletivo, maior a afinidade com seu receptor específico, mas isso é muito influenciado pela dose, se a dose for muito alto, qualquer fármaco se ligará a outros receptores podendo causar efeitos adversos.

43
Q

Explique o que é um:

a) agonista total b) agonista parcial
c) antagonista d) agonista inverso

A

Segundo o modelo de dois estados (receptores com atividade estrínsica basal que altera espontaneamente entre as formas ativas e inativas)
Agonista - Aquele que se liga no receptor na sua forma ativa e o estabiliza nessa forma - substancia com afinidade para a forma ativa do receptor.

a) agonista total
b) agonista parcial
um agonista parcial é um fármaco que se une a um dado receptor, estimulando-o com menor potencial do que o estimulante original endógeno (um agonista pleno, também chamado total, integral ou completo)

c) antagonista - Se liga tanto na forma ativa como na inativa do receptor impedindo a ligação do agonista para mudar atividade basal do receptor e deslocar o equilíbrio para a forma ativa.
d) agonista inverso - é um fármaco que vai se ligar em receptores no estado inativo e mantê-los assim, diminui a atividade pré existente tecidual. (é o antagonista em outro modelo)

Um tecido pode ter uma atividade basal e o agonista aumentar, o antagonista não permitir mudanças e o agonista inverso diminuir.

44
Q

Qual a relação entre a farmacocinética e a farmacodinâmica?

A
Farmacodinâmica = o que o medicamento faz no organismo
Farmacocinética = o que o corpo faz com o medicamento
45
Q

Explique os 5 tipos de antagonismos discutidos em sala, citando exemplos.

A

1 - Químico: o fármaco e o antagonista químico interagem em solução e o agonista (fámaco) é inativado (ex: ATB + leite - cálcio do leite)

2- Funcional ou fisiológico: Fármacos com substâncias contrarias naquele tecido competindo, resultado final = efeito integrado (ex: adrenalina aumentando FC e acetilcolina diminuindo)

3- Farmacológico competitivo

a) reversível - Compete com o agonista pelo sítio do receptor e quando se liga a ligação é covalente, irreversível, um novo receptor precisa ser feito para o agonista ter chance de se ligar.
b) irreversível - Antagonista compete com o agonista pelo sítio do receptor com isso é necessária uma maior concentração do agonista para esse conseguir se ligar ao sítio.

4- Farmacológico não competitivo: Existem diferentes sítios de ligação para agonistas e antagonistas, então eles não competem pelo mesmo sítio, porém um atrapalha a ação do outro a medida que causa alguma alteração na cascata de sinalização.

5- Farmacocinético

46
Q

Explique os 5 tipos de antagonismos discutidos em sala, citando exemplos.

A

1 - Químico: o fármaco e o antagonista químico interagem em solução e o agonista (fámaco) é inativado (ex: ATB + leite - cálcio do leite)

2- Funcional ou fisiológico: Fármacos com substâncias contrarias naquele tecido competindo, resultado final = efeito integrado (ex: adrenalina aumentando FC e acetilcolina diminuindo)

3- Farmacológico competitivo

a) reversível - Compete com o agonista pelo sítio do receptor e quando se liga a ligação é covalente, irreversível, um novo receptor precisa ser feito para o agonista ter chance de se ligar.
b) irreversível - Antagonista compete com o agonista pelo sítio do receptor com isso é necessária uma maior concentração do agonista para esse conseguir se ligar ao sítio.

4- Farmacológico não competitivo: Existem diferentes sítios de ligação para agonistas e antagonistas, então eles não competem pelo mesmo sítio, porém um atrapalha a ação do outro a medida que causa alguma alteração na cascata de sinalização.

5- Farmacocinético: substância influencia na farmacocinética (aumenta o metabolismo, excreção) do agonita. ex: fármaco (agonista) + álcool (antagonista farmacocinético) - aumenta a diurese e a eliminação do fármaco

47
Q

Quanto as fases da farmacocinética, defina:

a) farmacocinética
b) absorção
c) distribuição
d) metabolismo
e) excreção

A

a) farmacocinética
Estudo do caminho que um fármaco percorre no organismo após sua ingestão. Isso inclui: sua administração, absorção, distribuição, metabolismo e excreção.
b) absorção
A passagem do fármaco do local de administração para a corrente sanguínea.
c) distribuição
Passagem do fármaco do sangue para os tecidos.
d) metabolismo
Alteração bioquímica do fármaco em que são introduzidos ou expostos grupos funcionais do mesmo, de modo que ele possa: se tornar um metabólito inativo, se tornar um metabólito ativo mais fortemente, se tornar um metabólito tóxico, se tornar mais hidrossolúvel para ser mais facilmente excretado.
e) excreção
Eliminação do fármaco ou de seu metabólito pela urina, fezes, lágrima, leite.

48
Q

Escolha quatro vias de administração e comente suas vantagens e desvantagens e, avalie se o efeito observado é local ou sistêmico.

A

Intravenosa: Por ser diretamente administrada na corrente sanguínea, não sofre metabolismo de primeira passagem, aumentando a biodisponibilidade do fármaco e assim, potencializando seu efeito, no entanto ele pode causar intoxicação. O seu efeito é sistêmico uma que que se distribui por todo o sangue.
Intramuscular: O fármaco é absorvido lentamente e em tempo maior. As desvantagens são que não pode ser administrado por qualquer pessoa e é doloroso. O efeito é sistêmico.
Sublingual: a absorção ocorre mais rapidamente e em caso de superdosagem, pode ser feita uma lavagem gástrica, no entanto, por ser absorvido o medicamento é metabolizado. Outra desvantagem é que o medicamento não pode ser engolido porque a ação não ocorreria no local adequado, além de que o comprimido não pode ser grande demais. O efeito é sistêmico.
Via oral: apesar de ocorrer absorção e parte do medicamento ser perdido na metabolização, o uso é mais fácil podendo ser administrado por qualquer pessoa inclusive pelo próprio paciente, apesar de que isso depende do estado em que se encontra a pessoa. É mais barato, mas pode causar náuseas, vômito e diarreia.

49
Q

Quais os transportes de membrana um fármaco pode utilizar para atravessar as membranas celulares?

A

O fármaco pode atravessar a membrana passivamente quando a molécula for pequena, lipossolúvel e não conjugada a proteínas, além de ser necessário que seja hidrossolúvel a fim de se dissolver na água para passar junto com ela. Pode ser por difusão ativa, quando se utiliza a energia de um gradiente para que o fármaco passe. Por difusão facilitada, quando se usa um carreador, mas sem gasto de energia, porque será utilizado um gradiente químico. Por pinocitose, quando o fármaco é muito grande

50
Q

Cite e explique dois fatores que podem influenciar o processo de difusão passiva do fármaco através das membranas.

A
  • Lipossolubilidade: quanto mais lipossolúvel é um fármaco, mais ele consegue passar pela membrana, pois a mesma é composta por fosfolipídios.
  • Ionização: para um fármaco passar pela membrana, ele tem de ser apolar, ou seja, estar na forma molecular e não ionizada.
  • pH: em ambientes ácidos, os fármacos ácidos permanecem mais na forma molecular, dessa forma passam melhor pela membrana. Em ambientes básicos, os fármacos básicos passam melhor pela membrana.
  • Tamanho da molécula: fármacos menores ultrapassam melhor a membrana, fármacos grandes são retidos.
  • Conjugação: fármacos conjugados com proteínas, por exemplo, não atravessam a membrana.
51
Q

Os fármacos podem ser ácidos ou bases fracas, comente como isso pode influenciar o processo de absorção. Comente como estas moléculas podem ser comportar de acordo com o pH do meio que estão.

A

Ácidos fracos permanecem na forma não ionizada quando em ambientes ácidos, dessa forma, nesses locais, eles conseguem atravessar a membrana. Por outro lado, fármacos básicos passam pela membrana quando em ambientes básicos. Se o contrário ocorrer, o fármaco ficará retido.

52
Q

Explique o que é aprisionamento iônico.

A

Quando o fármaco se encontra em sua forma ionizada, o mesmo não consegue atravessar a membrana, ficando retido no tecido.

53
Q

Cite e explique dois fatores que podem influenciar a absorção pelo trato gastrointestinal.

A
  • Esvaziamento gástrico: quanto mais rápido o esvaziamento gástrico, mais rápido o fármaco chega ao intestino, onde ele será melhor absorvido.
  • Tamanho da molécula: quanto maior a molécula do fármaco, mais difícil será sua passagem pela membrana dos enterócitos e assim menor será sua absorção.
54
Q

Conceitue biodisponibilidade e explique como este parâmetro farmacocinético pode ser alterado pelo metabolismo de primeira passagem.

A

Biodisponibilidade é a quantidade de fármaco que de fato chega ao local de ação em relação a tudo o que foi administrado. O metabolismo de primeira passagem pode alterar um fármaco de modo que ele se torne inativo para ser excretado, antes que chegue à circulação sistêmica, de modo que não tenha condições de agir sobre o local que deveria.

55
Q

Cite e explique como a distribuição de um fármaco pode ser alterada

A

Pode ser alterada a depender de vários fatores: em relação a quantidade de proteínas no organismo, uma vez que fármacos a elas conjugados ficam retidos; em relação ao pH do meio, podendo fazer com que um fármaco entre ou não em um tecido; de acordo com o tamanho das moléculas, já que fármacos com moléculas muitos grandes ficam retidos; fluxo sanguíneo local, pois quanto maior o fluxo, maior a absorção do fármaco; hidrossolubilidade e lipossolubilidade; ligação em compartimentos teciduais, como o que ocorrer com fármacos lipossolúveis em tecido adiposo ou alguns fármacos nos cristais dos ossos; coeficiente óleo:água, onde quanto maior o coeficiente maior a lipossolubilidade.

56
Q

Explique o que é volume de distribuição aparente e como esse pode representar a distribuição do fármaco no organismo.

A

O volume de distribuição quantifica a distribuição de um fármaco no corpo após sua administração e indica a quantidade de água necessária para diluir o fármaco presente nos tecidos até que ele chegue à concentração plasmática. Como ele pode ser evidenciado por meio da quantidade administrada sobre a concentração plasmática, quanto maior for o valor de Vd significa que menor é a concentração plasmática do total que foi administrado e portanto é maior sua distribuição nos tecidos.

57
Q

Explique como ocorre a metabolização (geral) dos fármacos (local e fases em que pode ser classificada).

A

Metabolização significa alterar bioquimicamente o fármaco original de modo que ele se torne um metabólito inativo, metabólito ativo mais potente, metabólito tóxico ou se torne mais excretável por ser mais lipossolúvel (sendo inclusive levado aos rins para ser excretado pela urina). Pode ser classificado em fase I e II. Na fase I, é introduzido ou exposto um grupo funcional do fármaco, por meio de hidrólise, desaminação, desalquilação, oxidação, etc, feitos por um sistema de enzimas como as citocromo p450, de modo que o fármaco se torne um dos citados acima. Na fase II, o fármaco original ou o metabólito é conjugado com ácido glicurônico, glutationa, sulfato, aminoácidos ou acetato de modo que ele se torne mais hidrossolúvel para então ser excretado.

58
Q

Cite e explique como dois fatores podem influenciar a metabolização de um fármaco.

A
  • Idade: a depender da idade a metabolização pode estar mais ou menos ativa. Em crianças pequenas, por exemplo, o sistema de enzimas pode não estar totalmente desenvolvidos, diminuindo a metabolização, dessa forma, a dose administrada deve ser menor.
  • Indução e inibição enzimática: alguns fármacos podem induzir as proteínas a fazerem metabolização ou pode inibi-las. No primeiro caso, haverá um aumento da quantidade de metabólitos bem como um aumento da excreção (depuração), ao mesmo tempo que haverá uma diminuição da meia vida dos fármacos, da concentração sérica e dos efeitos farmacológicos; o contrário é observado no segundo caso.
  • Estado nutricional: a depender do estado nutricional do indivíduo, a produção de proteínas pode estar comprometida, estando entre elas as do complexo enzimático que realizam a metabolização.
  • Patologias: a diminuição sérica de proteínas pode fazer aumentar a passagem do fármaco pelas membranas e assim aumentar a sua metabolização. Bem como uma alteração em alguns órgão, como o fígado e os rins pode modificar a metabolização
59
Q

Explique quais são os processos envolvidos na excreção renal.

A

Filtração glomerular, secreção tubular e reabsorção tubular. A filtração ocorre nos glomérulos sendo que apenas as moléculas pequenas e livres passam. A secreção ocorre nos túbulos por meio de carreadores e faz com que alguns fármacos ainda presentes na corrente sanguínea passem para o túbulo a partir dos capilares e sejam excretados. A reabsorção também ocorre no túbulo, quando a substância é lipossolúvel e não ionizada e libera alguns fármacos que foram filtrados de volta para a corrente sanguínea. Os fármacos excretados pela urina são aqueles hidrossolúveis.

60
Q

Em qual dos processos de excreção renal pode haver interação quando se faz administração simultânea de penicilina e probenecida?

A

No processo de secreção ativa. Pois a secreção ocorre por meio de carreadores, dessa forma, quando se utilizam dois fármacos que utilizam o mesmo carreador, pode haver competição e um deles ser menos excretado.

61
Q

Explique o processo de circulação êntero-hepática.

A

Quando um fármaco vai para o fígado para ser metabolizado pode ocorrer dele ser conjugado com o ácido glicurônico, se tornar mais hidrossolúvel e assim ser liberado pela bile ao intestino. Porém, pode ocorrer de no intestino, as enzimas da microbiota realizarem a desconjugação por hidrólise e o fármaco ser novamente absorvido pelos enterócitos, voltando para o fígado e formando assim um ciclo

62
Q

Explique como a insuficiência hepática e renal podem influenciar a farmacocinética de um fármaco?

A

Esses dois órgãos são os principais metabolizadores dos fármacos, se eles estiverem insuficientes, a metabolização não ocorrerá adequadamente e mais fármaco estará ativo para realizar sua função (se tratando de metabólitos inativos), podendo haver prolongamento da ação e até intoxicação.

63
Q

Qual o nome do principal neurotransmissor inibitório no SNC? Expliquem quais são seus receptores.

A
O GABA (Ácido gama-aminobutírico) é o principal neurotransmissor inibidor no sistema nervoso central dos mamíferos. Desempenha papel fundamental na regulação da excitabilidade neuronal ao longo do SN. É também é diretamente responsável pela regulação do tônus muscular.
Existem três classes de receptores GABA: 
·        GABAA e GABAC: Receptores ionotrópicos, relacionados a canais cloreto. Medeiam a atividade rápida inibitória do GABA.
·         GABAB: Receptor metabotrópico ligado a uma proteína G. Abre canais iônicos por meio de intermediários, regulam canais K+ e Ca2+ que medeiam as ações inibitórias lentas do GABA
64
Q

Explique o mecanismo de ação dos benzodiazepínicos

A

Os fármacos benzodiazepínicos agem sobre os receptores GABAA na interface das subunidades α e γ (local chamado de receptor benzodiazepínico). Modulam os efeitos de GABA ao se ligar neste receptor benzodiazepínico aumentando a frequência de abertura dos canais centrais e permitindo um maior influxo de íons cloreto através desses canais. Dessa forma, causando uma hiperpolarização do neurônio e diminuindo sua neurotransmissão, inibindo a formação de potenciais de ação.

  • Atuam no receptor GABAa em local diferente dos barbitúricos e do GABA
  • Aumenta a frequência de abertura do canal de Cl-
  • Potencializa a ação do GABA
  • Ativam o receptor GABAa somente na presença do GABA
65
Q

Quais são os usos clínicos dos benzodiazepínicos. Citando exemplos para cada uso.

A

Usos clínicos:
• Anticonvulsivante: Todos os tipos de convulsão, sendo que o Clonazepam – crises de ausências.
• Ansiolítico: Tanto a ansiedade aguda quanto crônica pode ser tratada com benzodiazepínicos.
• Hipnótico.
• Para induzir sedação, amnésia e anestesia.
• Relaxamento muscular.
• Abstinência ao Álcool e Sedativo-hipnóticos

66
Q

Quais são os efeitos adversos dos benzodiazepínicos

A

Ocasionalmente, podem ocorrer reações paradoxais com benzodiazepínicos, tais como aumento da ansiedade, às vezes atingindo proporções de ataque de pânico. Outras reações patológicas podem incluir irritabilidade, agressão ou desinibição comportamental. As reações amnésicas também podem ocorrer. Os benzodiazepínicos não devem ser usados em gestantes; houve relatos raros de defeitos craniofaciais. Além disso, os benzodiazepínicos tomados antes do parto podem resultar em recém-nascidos sedados, com baixa responsividade e reações prolongadas de abstinência. Nos idosos, os benzodiazepínicos aumentam o risco de quedas e devem ser usados com cautela. Estes medicamentos são mais seguros do que os sedativos-hipnóticos clássicos na overdose e geralmente são fatais apenas se combinados com outros depressores do SNC.
Uma área de preocupação quanto ao uso de benzodiazepínicos no tratamento da ansiedade é o potencial de hábito, dependência e uso-abuso. Além disso, a interrupção prematura dos benzodiazepínicos na ausência de outro tratamento farmacológico resulta em uma alta taxa de recidiva. A retirada de benzodiazepínicos após o tratamento crônico, particularmente aqueles com curta duração de ação, pode incluir aumento da ansiedade e convulsões. Por esse motivo é Importante que a interrupção seja realizada de maneira gradual.

67
Q

Quais fármacos são utilizados especificamente como hipnóticos? Como atuam?

A

Hipnóticos: produzem sonolência e estimulam o início e a manutenção de um estado de sono que se assemelhe o mais possível ao estado do sono natural.

Os efeitos hipnóticos envolvem uma depressão mais profunda do SNC do que a sedação.

BARBITÚRICOS: Pentobarbital, Fenobarbital.
• Atuam no receptor GABAa em local diferente dos benzodiazepínicos e do GABA,
• Aumentam o tempo (a duração) de abertura do canal de Cl-,
• Potencializam a ação do GABA,
• Ativam o receptor GABAa não somente na presença do GABA.

Os barbitúricos são usados como sedativos leves para aliviar ansiedade, tensão nervosa e insônia. Quando usados como hipnóticos, eles suprimem o sono REM mais do que outros estágios. Contudo, o uso dos barbitúricos contra insônia de modo geral não é mais aceito, devido aos efeitos adversos e ao potencial para tolerância

BENZODIAZEPÍNICOS: Midazolam, Triazolam, Estazolam, Temazepam, Flurazepam, Quazepam.
“Todos os benzodiazepínicos produzem efeitos sedativos- hipnóticos de magnitude suficiente para produzir o sono, contanto que a dose seja suficiente”.

Entre os benzodiazepínicos a escolha baseia-se em critérios farmacocinéticos.

			OUTROS HIPNÓTICOS: Zolpidem, Zaleplon;

Zolpidem e Zaleplon ligam-se aos receptores de benzodiazepínicos e aumenta inibição mediada pelo GABA.
Zolpidem e Zaleplon; tem efeito sobre sono, mas não podem ser utilizados como relaxantes musculares.

Buspirona: Atua como agonista parcial do receptor 5-HT1A. (receptor de serotonina);
Alivia alguns sintomas da ansiedade sem provocar sedação intensa.

68
Q

Explique o mecanismo de ação dos barbitúricos

A

A ação hipnoticossedativa dos barbitúricos se deve à sua interação com os receptores GABAA, potencializando a transmissão gabaérgica. O local de ligação dos barbitúricos no receptor GABA é diferente do local dos benzodiazepínicos. Os barbitúricos potenciam a ação do GABA na entrada de cloreto no neurônio, prolongando o tempo de abertura do canal de cloreto. Além disso, os barbitúricos podem bloquear os receptores excitatórios de glutamato. Concentrações anestésicas de pentobarbital também bloqueiam os canais de sódio de alta frequência. Todas essas ações moleculares diminuem a atividade neuronal

69
Q

Quais são os usos clínicos dos barbitúricos. Cite exemplos.

A

Anestésico: tiopental por via IV induz anestesia.

Anticonvulsivante: fenobarbital, usado por longos períodos no controle das convulsões tônico-clônicas.

Hipnoticossedativo: são usados como sedativos leves para aliviar ansiedade, tensão nervosa e insônia. Quando usados como hipnóticos, eles suprimem o sono REM mais do que outros estágios do sono. Todos possuem efeito sedativo e em doses elevadas possuem efeito hipnótico.

Depressão do SNC: Em doses baixas, os barbitúricos produzem sedação (têm um efeito calmante e reduzem a excitação). Em doses crescentes, eles causam hipnose, seguida de anestesia (perda das sensações) e, finalmente, coma e morte.

Depressão respiratória: Os barbitúricos suprimem as respostas à hipóxia e aos quimiorreceptores ao dióxido de carbono (CO2). A dosagem excessiva é seguida de depressão respiratória e morte.

70
Q

Quais são os efeitos adversos dos barbitúricos.

A

Os barbitúricos causam sonolência, dificuldade de concentração e preguiça mental e física, náusea, vertigem, tremores e indução enzimática. Os efeitos depressores do SNC são potencializados com os do etanol.
São contraindicados em pacientes portadores de porfiria intermitente aguda. A retirada abrupta dos barbitúricos pode causar tremores, ansiedade, fraqueza, intranquilidade, náuseas e êmese, convulsões, delírio e parada cardíaca.

a) Síndrome de abstinência
b) Dependência
c) Indutor enzimático / tolerância
d) Depressão respiratória (causa de morte)
e) Depressão miocárdica
f) Sem antídoto / tratamento da intoxicação
g) Potencializa outros depressores do SNC

71
Q

Qual a probabilidade de ocorrer morte após superdosagem com barbitúricos? Compare com os benzodiazepínicos.

A

Em doses altas, os barbitúricos podem causar hipnose, anestesia, coma e morte. A intoxicação com barbitúricos causa uma intensa depressão respiratória associada à depressão cardiovascular central, o que resulta em uma condição similar ao choque, com respiração superficial e infrequente. Desse modo, a probabilidade de ocorrer morte após superdosagem com barbitúricos é alta, já que não existe antagonista específico para essa classe de fármacos. O tratamento, nessas condições, consiste em assistência respiratória e lavagem gástrica se o fármaco foi recém-ingerido, e a alcalinização da urina auxilia na eliminação de fenobarbital.
Os benzodiazepínicos são, consideravelmente, menos perigosos do que os ansiolíticos e hipnóticos mais antigos. Consequentemente, as doses excessivas raramente são letais, a não ser que outros depressores do SNC, como álcool, sejam ingeridos simultaneamente. Além disso, diferentemente dos barbitúricos, há antagonista específico para os benzodiazepínicos, o flumazenil, que é um antagonista de receptor GABA e que pode rapidamente reverter os efeitos dos benzodiazepínicos.
Ademais, são necessárias menores doses de barbitúricos em relação aos benzodiazepínicos para causar intoxicação. Isso porque os barbitúricos, atuam na ausência de GABA, ou seja, se aumentar a dose, eles continuam causando depressão do SNC mesmo se GABA não estiver presente, já os benzodiazepínicos atuam na presença de GABA, logo, se aumentar a dose de benzodiazepínico e não tiver GABA, não ocorrerá ação.

72
Q

Qual o uso clínico da buspirona?

A

Alivia alguns sintomas da ansiedade sem provocar sedação intensa.
• Não possui atividades anticonvulsivante, e relaxante muscular.
• É tão eficaz no tratamento de ansiedade generalizada, sendo mais indicada para ansiedade com depressão.
• Ineficaz em crises de pânico.
Serve como auxilio em crises de fissura por álcool ou drogas.

73
Q

Qual mecanismo de ação da buspirona?

A

Atua como agonista parcial do receptor 5-HT1A -> eles inibem a adenililciclase, também ativa um canal de K+ operado por receptores e inibem um canal de Ca2+ regulado por voltagem

74
Q

Quais são os anticonvulsivantes que podem ser utilizados em crise de ausência.

A

Clonazepam e lamotrigina tbm ( tabela 21-1 pablinny)
Etossuximida: A etossuximida age exclusivamente nas crises de ausência. A etossuximida tem como principal mecanismo de ação o bloqueio dos canais de cálcio tipo-T voltagem dependente localizados nos neurônios talâmicos;
Valproato: O valproato é uma medicação de amplo espectro. Age em todos os tipos de crises generalizadas. Seu mecanismo de ação permanece controverso. O valproato aumenta as concentrações cerebrais de GABA.

75
Q

Qual teoria da depressão é a mais importante para correlacionar as alterações psicológicas e os fármacos antidepressivos

A

A teoria monoamínica da depressão sustenta que a depressão resulta de uma diminuição patológica na neurotransmissão de serotonina e/ou norepinefrina. Com base nessa hipótese, pode-se deduzir que o aumento na neurotransmissão da serotonina e/ou norepinefrina pode melhorar ou reverter a depressão. Como se trata de uma doença biológica relacionada com alterações patológicas a longo prazo na atividade das monoaminas, o transtorno deve ser passível de tratamento com medicamentos.

76
Q

Como podemos explicar a demora em ter a melhora clínica após o início da farmacoterapia para depressão.

A

Os efeitos bioquímicos diretos dos antidepressivos aparecem muito rapidamente (minutos a horas), enquanto os efeitos antidepressivos levam semanas para se desenvolver. Existe situação semelhante em relação aos antipsicóticos e alguns ansiolíticos, sugerindo que alterações secundárias adaptativas do cérebro, e não o efeito primário do fármaco, são responsáveis pela melhora clínica. Em lugar de pensar em deficiência de monoaminas como causadora de alterações diretas das atividades dos supostos neurônios “felizes” ou “tristes” no cérebro, devemos pensar nas monoaminas como reguladoras de efeitos tróficos de prazo mais longo, cuja evolução no tempo é paralela às alterações de humor.
Estudos recentes em voluntários saudáveis e pacientes depressivos, bem como em roedores, sugerem que os fármacos antidepressivos possam exercer efeitos agudos na forma como a informação é processada (processamento cognitivo), levando a efeitos positivos no comportamento emocional. Embora os sujeitos possam não estar conscientes desses efeitos agudos, esses fármacos, ao alterarem os processos cognitivos, vão influenciar novas aprendizagens e comportamentos. Assim, ao longo do tempo e com a administração crônica dos medicamentos, esses efeitos desenvolvem-se até que o paciente torna-se subjetivamente consciente da melhora do humor.

77
Q

Explique o mecanismo de ação dos fármacos antidepressivos.

A

O mecanismo de ação tem por objetivo aumentar a concentração de neurotransmissores na fenda sináptica
• Inibidores seletivos da recaptação de serotonina
• Inibidores seletivos da recaptação de noradrenalina
• Inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (ADTs e os não seletivos)
• Inibidores da MAO

78
Q

Quais são os principais efeitos adversos das principais classes de antidepressivos: iMAO, ATC e ISRS.

A

ISRS: têm efeitos adversos menos graves do que os ADTs e os IMAOs, eles não são isentos de efeitos adversos, como cefaleia, sudoração, ansiedade e agitação, efeitos gastrintestinais (GI) (náuseas, êmese e diarréia), fraqueza e cansaço, disfunções sexuais, alterações de massa corporal, distúrbios do sono (insônia e sonolência) e interações farmacológicas potenciais mencionadas. Além disso, os ISRSs são associados com hiponatremia, especialmente em pacientes idosos e naqueles cuja volemia esteja diminuída ou que estejam fazendo uso de diuréticos.
• tricíclicos: O bloqueio dos receptores muscarínicos leva a visão turva, xerostomia, retenção urinária, taquicardia sinusal, constipação e agravamento do glaucoma de ângulo fechado. Esses fármacos afetam a condução cardíaca de modo similar ao da quinidina e podem causar arritmias que ameaçam a vida em situação de dose excessiva. Os ADTs também bloqueiam os receptores α-adrenérgicos, causando hipotensão ortostática, tonturas e taquicardia reflexa. A imipramina é a mais provável, e a nortriptilina é a menos provável, de causar hipotensão ortostática
• iMAO: Efeitos adversos graves, frequentemente imprevisíveis, devido a interações com fármacos e alimentos (tiramina). A tiramina causa liberação de grande quantidade de catecolaminas armazenadas nos terminais nervosos, resultando em “crise hipertensiva” com sinais e sintomas como cefaleia occipital, rigidez no pescoço, taquicardia, náuseas, hipertensão, arritmias cardíacas, convulsões e possivelmente colapso. Os pacientes precisam, portanto, ser orientados para evitar alimentos contendo tiramina (Clark 6ed)