Evolução histórica da Legislação e Direitos Fundamentais Flashcards

1
Q

Quais são as 4 fases da Evolução Histórica da legislação que trata da Criança e do Adolescente?

A

1) Fase da indiferença absoluta (até século XIV): não existiam normas relacionadas a criança e adolescente;

2) Fase da mera imputação criminal (até século XIX): as leis tinham o único propósito de coibir a prática de ilícitos por aquelas pessoas (Ordenações Afonsinas e Filipinas, Código Criminal do Império de 1830, Código Penal de 1890);

3) Fase tutelar, também denominada de Doutrina da Situação Irregular: conferiu ao mundo adulto poderes para promover a integração sociofamiliar da criança, com tutela reflexa de seus interesses pessoais (Código Mello Mattos de 1927 e Código de Menores de 1979);

4) Fase da Proteção Integral: A partir da CF/88, em que as leis reconhecem direitos e garantias às crianças e adolescentes, considerando-as como pessoas em desenvolvimento. Fase em que se insere o ECA.

Bônus: No Código Criminal do Império, o menor de 14 anos não era responsabilizado. Se tivesse discernimento, era levado para “As casas de correção”. Se tivesse entre 14 e 17 anos, era punido com redução de 2/3 da pena (“pena de cumplicidade”) e se tivessem mais de 17 até 21 anos, gozavam da atenuante de menoridade.

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2
Q

O primeiro diploma internacional voltado para tutela de crianças e adolescentes foi a:

A

Convenção para a Repressão do Tráfico de Mulheres e Crianças aprovada em 1921.

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3
Q

A proteção integral da criança ou adolescente é devida em função de sua faixa etária porque o critério adotado pelo legislador foi o:

A

Verdadeiro.

O critério adotado pelo legislador é puramente cronológico, sem adentrar em distinções biológicas ou psicológicas acerca do alcance da puberdade ou do amadurecimento da pessoa” (BARROS, Guilherme Freire de Melo. Lei especiais para concursos: Estatuto da Criança e do Adolescente. Salvador: JusPodivm).

Enunciado 530 do CJF: “ “A emancipação, por si só, não elide a incidência do Estatuto da Criança e do Adolescente”.

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4
Q

Critérios de interpretação do ECA: (4)

A

(1)Fins sociais;

(2)Exigências do bem comum;

(3)Direitos e deveres individuais e coletivos;

(4)Condição peculiar da criança e adolescente como pessoa em desenvolvimento.

FIN-D-E-C

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5
Q

Até que idade é obrigatória a aplicação a todas as crianças, de protocolo ou outro instrumento construído com a finalidade de facilitar a detecção, em consulta pediátrica de acompanhamento da criança, de risco para o seu desenvolvimento psíquico?

A

Nos seus primeiros dezoito meses de vida.

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6
Q

Qual é o período da primeira infância?

A

Período que abrange os primeiros 6 anos ou 72 meses de vida da criança.

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7
Q

Diferença entre acompanhamento familiar e acompanhamento domiciliar?

A

ACOMPANHAMENTO DOMICILIAR: em casos de VIOLÊNCIA DOMÉSTICA às crianças na fase da primeira infância (suspeita ou confirmação), previsto no art. 13, §2o, do ECA;

ACOMPANHAMENTO FAMILIAR: em casos de DESISTÊNCIA dos genitores da ENTREGA de criança após o nascimento, pelo prazo de 180 dias (art. 19 – A).

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8
Q

Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua situação reavaliada em no máximo quanto tempo? E qual é a duração máxima do programa?

A

No MÁXIMO, a cada 3 (três) meses.

A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará por mais de 18 (dezoito meses), salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária.

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9
Q

Qual prazo os detentores da guarda possuem para propor a ação de adoção?

A

Os detentores da guarda possuem o prazo de 15 (quinze) dias para propor a ação de adoção, contado do dia seguinte à data do término do estágio de convivência.

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10
Q

Para onde será encaminhada a gestante ou mãe que manifeste interesse em entregar seu filho para adoção, antes ou logo após o nascimento?

A

Será encaminhada à Justiça da Infância e da Juventude.

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11
Q

Sobre Apadrinhamento:

Padrinhos ou madrinhas podem estar inscritos no cadastro de adoção?
PESSOA JURÍDICAS podem apadrinhar?
Qual é a idade mínima para criança ou adolescente ser apadrinhado?

A

(1) Padrinhos ou madrinhas NÃO podem estar inscritos no cadastro de adoção.

(2) PESSOA JURÍDICAS podem apadrinhar;

(3) NÃO consta do ECA idade mínima para criança ou adolescente ser apadrinhado.

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12
Q

Nos termos do ECA, a condenação criminal do pai ou da mãe não implicará a destituição do poder familiar, exceto na hipótese de:

A

Condenação por crime doloso sujeito à pena de reclusão contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar ou contra filho, filha ou outro descendente.

Em complemento, o CC também prevê:

Art. 1.638. Perderá por ato judicial o poder familiar o pai ou a mãe que:

I - castigar imoderadamente o filho;

II - deixar o filho em abandono;

III - praticar atos contrários à moral e aos bons costumes;

IV - incidir, reiteradamente, nas faltas previstas no artigo antecedente.

V - entregar de forma irregular o filho a terceiros para fins de adoção.

Parágrafo único. Perderá também por ato judicial o poder familiar aquele que:

I – praticar contra outrem igualmente titular do mesmo poder familiar:

a) homicídio, feminicídio ou lesão corporal de natureza grave ou seguida de morte, quando se tratar de crime doloso envolvendo violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher;

b) estupro ou outro crime contra a dignidade sexual sujeito à pena de reclusão;

II – praticar contra filho, filha ou outro descendente:

a) homicídio, feminicídio ou lesão corporal de natureza grave ou seguida de morte, quando se tratar de crime doloso envolvendo violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher;

b) estupro, estupro de vulnerável ou outro crime contra a dignidade sexual sujeito à pena de reclusão.

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13
Q

Quais são as formas de família previstas no eca?

A

O ECA adotou a classificação trinária:

a) família natural: assim entendida a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes (art. 25, caput, ECA).

b) família extensa: formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade (art. 25, parágrafo único, ECA).

c) família substituta: para a qual o menor deve ser encaminhado de maneira excepcional, por meio de qualquer das três modalidades possíveis, que são: guarda, tutela e adoção.

Art. 28, ECA:

A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção, independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei.

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14
Q

V ou F

O ato jurídico de reconhecimento de paternidade é irrevogável, ainda que feito em testamento.

A

Verdadeiro.

CC. Art. 1.610. O reconhecimento não pode ser revogado, nem mesmo quando feito em testamento.

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15
Q

V ou F

A colocação em família substituta de criança ou adolescente indígena ou quilombola deverá ocorrer obrigatoriamente no seio de sua comunidade.

A

Falso

Em se tratando de criança ou adolescente indígena ou proveniente de comunidade remanescente de quilombo, é ainda obrigatório:

II - que a colocação familiar ocorra prioritariamente no seio de sua comunidade ou junto a membros da mesma etnia.

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16
Q

V ou F

A colocação em família substituta estrangeira constitui medida excepcional, somente admissível na modalidade de adoção ou de tutela.

A

Falso.

A colocação em família substituta estrangeira constitui medida excepcional, somente admissível na modalidade de adoção.

17
Q

Em quais situações podem ocorrer a Guarda da criança ou adolescente?

A

A Guarda ocorre em três situações:

(1) Regularizar posse de fato;

(2) Na falta eventual dos pais ou responsáveis

(3) Situações peculiares.

18
Q

V ou F

O acolhimento institucional ou familiar temporário representa o melhor interesse da criança nos casos de adoção irregular ou “à brasileira”.

A

Falso.

Jurisprudência em Teses do STJ: O acolhimento institucional ou familiar temporário NÃO representa o melhor interesse da criança mesmo nos casos de adoção irregular ou “à brasileira”, salvo quando há evidente risco à integridade física ou psíquica do menor.

19
Q

O deferimento da guarda de criança ou adolescente a terceiros impede o exercício do direito de visitas pelos pais, assim como o dever de prestar alimentos?

A

Verdadeiro.

Salvo expressa e fundamentada determinação em contrário, da autoridade judiciária competente, ou quando a medida for aplicada em preparação para adoção, o deferimento da guarda de criança ou adolescente a terceiros não impede o exercício do direito de visitas pelos pais, assim como o dever de prestar alimentos, que serão objeto de regulamentação específica, a pedido do interessado ou do Ministério Público.

Exceção: ocorrerá impedimento quando existir de decisão fundamentada da autoridade judiciária competente ou quando a medida for aplicada em preparação para adoção.

20
Q

V ou F

O perfil da criança ou do adolescente a ser apadrinhado será definido no âmbito de cada programa de apadrinhamento, com prioridade para crianças ou adolescentes com alta possibilidade de reinserção familiar ou colocação em família adotiva.

A

Falso.

Art. 19-B. (…) § 4 O perfil da criança ou do adolescente a ser apadrinhado será definido no âmbito de cada programa de apadrinhamento, com prioridade para crianças ou adolescentes com remota possibilidade de reinserção familiar ou colocação em família adotiva.

21
Q

Um marco importante na instituição do Estatuto da Criança e do Adolescente é a concepção que considera a criança e o adolescente como:

A) pequenos adultos;

B) indivíduos biologicamente incompletos;

C) pessoas demandantes de vínculos familiares;

D) sujeitos de direitos;

E) identidades em construção.

A

Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.