Exame do sistema vascular periférico Flashcards
(24 cards)
Que aspectos observamos na inspeção dos MMSS?
Dimensões, simetria, edema, padrão venoso, coloração da pele e dos leitos ungueais e textura cutânea
Que aspectos observamos na inspeção dos MMII?
Tamanho e simetria, edema, , padrão e eventuais aumentos da circulação venosa, existência de pigmentação, erupções, cicatrizes ou úlceras, coloração da pele e temperatura
Explique a técnica para verificar a presença de edema nos MMII
Comprima com o polegar no dorso de cada pé, na região por trás dos maléolos mediais e na face anterior da perna
Verifique a extensão, simetria sinais flogísticos, consistência (mole ou duro)
Intensidade: graduada a partir de uma escala de quatro cruzes, variando de discreta a muito acentuada. A partir de três cruzes em quatro, é possível identificar a formação de cacifo;
Elasticidade: avaliada observando-se a volta da pele à posição primitiva, após a compressão ser realizada. Pode ser elástico ou inelástico.
Se for detectado edema unilateral, medir a circunferência da panturrilha 10cm abaixo da tuberosidade da tíbia. Normalmente essa diferença é menor que 3cm.
Quais pulsos arteriais conferimos?
Temporal superficial, carotídeo, braquial, radial, ulnar, femoral, poplítea, tibial posterior, pedioso dorsal
Com o que devemos nos preocupar ao palpar a carótica?
Deve ser auscultada anteriormente em busca de sopros (sopro é indicativo de aterosclerose, por isso a palpação da placa pode produzir um êmbolo). Caso existam, evitar palpar;
Palpar no terço inferior da artéria para não pressionar o seio carotídeo, localizado ao nível da cartilagem cricóidea (pode causar bradicardia e hipotensão);
Palpar uma carótida por vez;
O que e como devemos avaliar no enchimento capilar?
Devemos avaliar a duração do enchimento capilar, que é o tempo que a pele leva para voltar ao normal após uma compressão, normalmente entre 3 e 5s.
Pode ser determinado comprimindo as falanges distais dos dedos do pé e da mão, até que empalideçam;
Defina o sintoma da claudicação intermitente?
É a dor mais característica das doenças arteriais. É uma dor diretamente relacionada ao movimento, progressiva e que determina imediata interrupção do movimento dada a sua intensidade.
Normalmente acomete apenas uma perna, na região de grupos musculares específicos.
Por que a dor aparece com o exercício?
Quando o paciente está em repouso, os vasos sanguíneos colaterais podem ser capazes de prover uma circulação adequada. Durante o exercício, quando a demanda de oxigênio aumenta, a circulação passa a não ser suficiente para a atividade muscular e pode resultar em isquemia.
Como relacionamos à dor com a oclusão da artéria?
O local da dor é distal à doença oclusiva. Por exemplo, se a dor é na coxa é esperado que a obstrução seja acima da femoral então todos os pulsos distais à lesão também estariam diminuídos.
Qual a fisiopatologia da insuficiência arterial crônica?
É causada por uma obstrução do lúmen arterial que leva a uma isquemia
Quais os sinais e sintomas da insuficiência arterial crônica?
Claudicação intermitente, pulsos arteriais estão diminuídos ou ausentes, pele fria, fina e pálida. Edema ausente ou leve; pode se desenvolver conforme o paciente tenta aliviar a dor em repouso, abaixando a perna. Úlceras dolorosas nos estágios mais avançados.
Quais os fatores de risco da insuficiência arterial crônica?
Dislipidemia, diabetes, hipertensão, doença renal crônica dialítica, AVC, tabagismo, doença arterial coronariana. Álcool não é fator de risco, ele não faz aterosclerose
Quais os sinais e sintomas da insuficiência venosa crônica?
Pulsos arteriais normais, pele normal ou cianótica. Aumento da temperatura da pele. Edema existente e muitas vezes acentuado. Pigmentação frequentemente marrom ao redor do tornozelo, dermatite de estase e possível espessamento da pele e estreitamento da perna conforme as cicatrizes se desenvolvem. Úlcera venosa. Varizes.
Qual o mecanismo do edema na insuficiência venosa crônica?
Surge porque o mal funcionamento ou obstrução venosa aumenta a pressão nos vasos, fazendo com que uma maior quantidade de fluídos adentre o espaço intersticial. O excesso de fluídos normalmente é captado pelo sistema de drenagem linfática. Portanto, o edema ocorre apenas quando há sobrecarga desse fator de segurança
Quais os sinais e sintomas da trombose venosa profunda?
Edema unilateral, distensão venosa, eritema, dor, temperatura aumentada, hipersensibilidade, empastamento da panturrilha, sinal de Homans (Desconforto ou dor na panturrilha na dorsiflexão com paciente deitado, normalmente associado a trombose venosa profunda)
Qual a complicação aguda da trombose venosa profunda?
Embolia pulmonar. O coágulo da veia profunda se desloca, podendo migrar e ir até o pulmão, onde pode ocluir uma artéria e colocá-lo em risco de vida.
O que caracteriza a síndrome de Leriche?
Obstrução na bifurcação aórtica, os pacientes apresentam claudicação intermitente e disfunção éretil. Nessa condição a aorta terminal e as artérias ilíacas estão envolvidas por aterosclerose grave na bifurcação aórtica.
Descreva como você realizaria a manobra de Allen
Peça para que o paciente cerre o punho e então comprima firmemente a artéria ulnar e a artéria radial com seus polegares. Depois peça para que o paciente abra a mão enquanto você ainda comprime as artérias – a palma da mão fica pálida. Libere a compressão da artéria ulnar, se ela estiver pérvia a região palmar apresentar rubor em cerca de 3 a 5s. Faça o mesmo com a artéria radial.
O que você avalia na manobra de Allen?
Avaliamos o arco palmar, comparando a perviedade das artérias ulnar e radial
Descreva como você realizaria o teste de Buerger
Eleve as pernas do paciente cerca de 90° por até 2 minutos, até que haja palidez máxima dos pés. Depois peça para que o paciente fique sentado e reto, com as duas pernas pendentes. Compare os dois pés, observando o tempo para que a pele volte a sua coloração normal (cerca de 10s) e o enchimento das veias dos pés e tornozelos (cerca de 15s)
O que o teste de Buerger pesquisa
Alterações posturais da coloração na insuficiência arterial crônica.
Descreva como você realizaria a medida do índice tornozelo-braquial
O paciente deve repousar em decúbito dorsal em um quarto aquecido durante pelo menos 10 min antes do início do teste.
Posicione o esfigmomanômetro nos dois braços e tornozelos e aplique gel de ultrassom sobre as artérias braquial, pediosa dorsal e tibial posterior. Afira as pressões sistólicas nos braços, em seguida afira as pressões sistólicas nos tornozelos. Calcule o ITB (média mais elevada da pressão do tornozelo dividido pela do braço) de cada lado.
O que significam os valores obtidos a partir do índice tornozelo-braquial
> 0,90 (com variação de 0,90 a 1,30) = Fluxo sanguíneo normal em membros inferiores
< 0,89 a > 0,60 = DAP leve
< 0,59 a > 0,40 = DAP moderada
< 0,39 = DAP grave
Descreva como você realizaria a manobra de Trendelenburg
Com o paciente deitado, eleve o membro a 90° para esvaziar as veias. Comprima a porção proximal da veia (ou aplique um torniquete), sem ocluir o pulso arterial. Pede para o paciente ficar de pé e observe o lento enchimento venoso de baixo para cima (normal), se encher de cima para baixo há fluxo retrogrado. Solte o torniquete após 30s, se encher de cima para baixo sugere insuficiência das válvulas.