Farmacologia da hemostasia Flashcards
(44 cards)
Mecanismo de ação das heparinas
Ligam-se a antitrombina III, catalisando seu efeito coagulante
Heparina não fracionada
bloqueia a ação da trombina (fator IIa) e do fator Xa.
Heparina de baixo peso molecular
também são capazes de bloquear a ação da trombina, mas como menos potência do que a heparina
não-fracionada, pois o contato da HBPM com o complexo antitrombina III-trombina é muito menor
Absorção da Heparina não fracionada
administradas por V.E. ou S.C. – na via E.V. o início de ação é imediato, enquanto na via
S.C. o início da ação leva de 1 a 2 h (absorção variável)
Distribuição da Heparina não-fracionada
boa para a maioria dos tecidos (elevada taxa de ligação a proteínas plasmáticas)
Metabolização da Heparina não-fracionada
células do sistema retículo-endoplasmático
Excreção da heparina não-fracionada
renal (t1/2 = variável – dose-dependente);
Absorção da heparina de baixo peso molecular
administradas por S.C. (absorção e t1/2 menos variável que para a heparina nãofracionada, com tempo de início de ação próximo de 1h);
Metabolização das heparinas de baixo peso molecular
hepática;
Excreção das heparinas de baixo peso molecular
: renal (t1/2 = 4 a 6 h);
Vantagens das heparinas de baixo peso molecular sobre as heparinas não-fracionadas
- maior biodisponibilidade (F) por via subcutânea;
- maior comodidade posológica – administração 2 a 3 vezes / dia;
- resposta anticoagulante mais previsível – monitorização laboratorial em situações específicas;
- menor risco de complicações.
Fatores que afetam a absorção (administração por via SC)
- local e profundidade da administração;
- fluxo sanguíneo subcutâneo;
- atividade do tecido muscular no local da administração;
- tabagismo.
Absorção do fondaparinux
administradas por S.C. (absorção e t1/2 mais uniformes, com tempo de início de ação
próximo de 1h);
Metabolização do fondaparinux
hepática;
excreção do fondaparinux
renal (t1/2 = 17 h);
Efeitos adversos das heparinas
sangramentos (1 a 5% - menos incidente para heparinas de baixo peso molecular e fondaparinux) –
geralmente associados a outras situações, como traumatismos, úlceras pépticas, disfunções plaquetárias;
* trombocitopenia induzida por heparina (0,5% - menos incidente para heparinas de baixo peso molecular e
fondaparinux) – redução do número total de plaquetas para menos de 150.000 / mm3 ou redução de mais
de 50% na contagem global após o início do tratamento, sem outras causas aparentes;
* osteoporose, hipercalemia (inibição da produção de aldosterona pelas suprarrenais), aumento no
TGO/TGP, reações de hipersensibilidade.
Usos clínicos das heparinas
- trombose venosa profunda (TVP) e tromboembolismo pulmonar (TEP) – qualquer das três;
- angina instável e infarto agudo do miocárdio (IAM) – geralmente HBPM;
- acidente vascular encefálico isquêmico (AVEi) – geralmente HBPM;
- angioplastia com colocação de stent;
- cirurgias revascularização cardiopulmonar – geralmente não-fracionada;
- coagulação intravascular disseminada (CIVD);
- profilaxia de TVP e TEP – geralmente HBPM.
Contraindicações das heparinas
- trombocitopenia induzida por heparina prévia;
- reações de hipersensibilidade;
- sangramento ativo;
- hemofilia A ou B;
- trombocitopenia importante (plaquetas < 100.000 / mm3
); - risco elevado de sangramento (crises hipertensivas, por exemplo).
Mecanismo de ação da varfarina (anticoagulante)
ligam-se a enzima vitamina K epóxido redutase, fundamental no metabolismo da
vitamina K, envolvida na formação de fatores da coagulação em sua forma biologicamente ativa.
observações importantes da varfarina
- vitamina K pode ser reduzida por outra enzima, a DT-diaforase, porém é necessário que esteja em
concentrações muito elevadas; - início da ação mais lento – necessário a depuração dos fatores já produzidos e alguns deles, como os
fatores II e X, têm t1/2 longos; - monitorização laboratorial realizada a partir do exame TAP (avaliação da via extrínseca, que é iniciada
pelo fator VII, cujo t1/2 é menor que o t1/2 do fator IX, envolvido com a via intrínseca).
Absorção da varfarina
administradas por V.O., E.V. ou retal – absorção quase completa pelo TGI, com F alta,
com tempo de início de ação ~ 1h;
Distribuição da varfarina
boa para a maioria dos tecidos (taxa de ligação a proteínas plasmáticas ~ 99%);
Metabolização da varfarina
hepática (CYP 2C9) – fármacos que aumentem (barbitúricos, rifampicina,
carbamazepina) ou diminuam (amiodarona, isoniazida, metronidazol) a expressão dessas enzimas
afetam o efeito anticoagulante;
Exreção da varfarina
renal e hepatobiliar (t1/2 ~ 40 h);