Fe nos sistemas biológicos Flashcards

1
Q

Fe nos sistemas biológicos

A

papel central nos sistemas biológicos:
em processos biológicos tão diversos como a fotossíntese e a respiração, a fixação N2, metanogenese, metabolismo do H2, transporte de oxigénio e biossíntese de DNA

pq: 1. disponibilidade geral (abundante e omnipresente nas geo e biosferas) e
2. propriedades “biologicamente mais adequadas” de que outros metais de transição:

(1) Facilidade de alteração entre os estados de oxidação +II e +III (e disponibilidade também dos estados de oxidação +IV e +V);
(2) Formação de hexaaqua catiões em água; que funcionam como ácidos de Brønsted;
(3) Tendência para formar oligo e polímeros por condensação;
(4) Fácil alteração entre os estados de alto e baixo spin em campos de ligandos de força média;
(5) Flexibilidade em relação à natureza de ligandos, número de coordenação e geometria.

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2
Q

Fe presente onde?

A

Proteinas de transporte e armazenamento de Fe: Transferrin, Ferritin, Hemosiderina

Proteinas de transporte e armazenamento de O2: Mioglobina, Hemoglobina, Hemeritrina

Enzimas Oxido-Reductases: Catalase, Peroxidase (Fe); Nitrogenase (Fe, M)o; Citocrome oxidase (Fe, Cu); Hidrogenase (Fe, Ni)

Isomerases: Aconitase (Citrato sintase)

Oxigenases: Citocrome P450, Sintase de óxido nítrico

Transportadores de electrões: Citocromos, Ferredoxina

Agentes transportadores não proteicos: Sideroforos

Óxidos de ferro: magnetite (Fe3O4) e greigite (Fe3S4)

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3
Q

Porque necessário Sistemas de transporte e armazenagem de Fe?

A
  1. extrema baixa solubilidade dos complexos [Fe(OH)3] (potencial redox para Fe2+/Fe3+ a pH = 7 indica que FeII é facilmente oxidado a FeIII em condições aeróbicas; Fe nos sistemas biológicos; hexaaqua complexos de Fe(III) são ácidos de Brønsted;
    solubility product L = 2·10-39, solubility (pH 7) l =10-18 mol·l-1)
  2. Toxicidade de Fe2+ - Produção de especies radicalares (reação de Fenton etc- com O2 –> radical O2.-, com H2O2 faz radicais HO. e HOO.)

=> altamente regulado! Precisa de estruturas que escudam ferro
bacterias… –> SIDERÓFOROS!
Nós: transporte na transferida e armazenado na ferritina…

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4
Q

Sideroforos

A

Agentes transportadores não proteicos

Efeito quelante: Estabilização de um complexo por ligandos multidentados! é um efeito entrópico (alta entropia = alta desordem [aumento do número de partículas]).

Exemplo: complexo formado entre o sideróforo enterobactina (ent6-, um lig hexadentado) e Fe3+ é particularmente estável:

[Fe (H2O)6]3+ + ent6- –> [Fe(ent)]3- + 6H2O

sem metal: lineares (forma apo), na presença do metal dobram-se => “gaiola de proteção”!! (forma alo)

E.coli: 4 tipos de sideroforos (existem pq têm difs afinidades para o metal (se calhar se meio com poucos iões precisam de sideroforo de grande afinidade para poder quelatar); variam os ligs que estabelecem lig com ferro: carboxilatos, hidroxamatos, catecolatos ou fenolatos OU tipo misto!)
enterobacterina: grupos catecolatos, anel com grupos OH, havendo desprotonação, cada oxigénio faz de lig do Fe(III) –> geometria de campo oct!

  • como fatores de virulência! Desencadear processos tóxicos… fazem desequilíbrio homeostásico!! (Fe armazenado no epitélio entra na corrente sanguínea… e começa a sair da Hb tmb?): bacterias Anthrax- 2 sideroforos (bacillibactin, petrobactin)! 1 nos combatemos, o outro passa despercebido –> anemia extrema!
  • Também como fator de simbiose!!
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5
Q

Entrada do ferro na cel bacteriana:

A

ALTAMENTE REGULADO:

Gram -:
ferro ligado a ferri-sideróforo endógeno ou exógeno ou grupo hemo; liga a recetor específico ao ligando na membrana externa

liga-se no periplasma a proteína específica que os leva ao transportador da membrana externa –> gasta ATP para interiorizar os sideroforo com Fe

no interior: liberta Fe do sideroforo, esse pode voltar a sair ou é degradado

Gram +: sem membrana externa, prot que conduz siderofo pelo periplasma está associada à membrana (lipoprot para não se perder no meio onde vive…) e capta siderofero na forma alo e direcione-o para transportador da membrana cit

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6
Q

Absorção, transporte e utilização de Fe (Humanos)

A

Altamente regulada!

Dieta diária –> absorção intestinal –> transferrina (Fe no interior, bem protegido)
pode ser logo armazenada na
=> medula óssea (sintetizar Hb/ glóbulos brancos, eritropoiese)
=> outras prots/ processos…
=> ferritina (armazenamento)

(ver %)
Fe que vem em hemo –> transportador específicos (há outro pra se ião livre, 1º reduzido por ascorbato) –> logo armazenado na ferritina; se necessário: outro transportador (regulado por hormona) ferro3+ liga-se a transferrina e passa toda a corrente sanguínea –> células:

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7
Q

Geometria do Fe em proteínas

A

oct (AS ou BS) ou tet

Proteínas hémicas: hemoglobina (depende! sem lig a O2: oct, AS), mioglobina , citocromos (oct, BS), P450

Proteínas ferro-enxofre (tet normalmente) – Transferência electrónica, catalise enzimática (ex aconitase)

Proteínas ferro-enxofre com outros centros metálicos– ex NiFe cluster :H2ase, CODH

Proteínas de ferro mononuclear– ex peroxidação de ácidos gordos insaturados, superóxido dismutases e superóxido reductases

Proteínas de di-ferricas- ex transporte de oxigenio, activação, oxidação de ferro.

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8
Q

Transporte do Ferro- Ciclo da Transferrina

A

TF = dímero, glicoproteína
(binding site é constituído por átomos N e O (de Asp,His, 2 Tyr… e Arg estabiliza); e também [CO3]2- como lig externo!; estabilidade para o complexo Fe3+ é muito alta)

Apo TF –> Alo TF (quando associa a Fe3+, que é transportado por DMT, divalent metal transporter): TFR, recetores da TF na membrana cel, ligam-se! –> formação de endossoma, coberto por clatrinas => TF com Fe interiorizada

Na cél, por ação bombas protónicas –> baixa pH intracelular => Fe2+ libertado para fora do endossoma! Pelo transportador de iões bivalentes! (depois vai para ferritina etc)

Transportador, recetor voltam à membrana cel… voltam a ligar…

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9
Q

Proteinas de armazenamento- Ferritina

A

Bundle de 4 hélices
24 desses monómeros
~capa proteica, dentro dela depositados iões Fe:

No interior podem ser armazenados até 4500 iões de ferro sob 3 formas minerais difs:
magnetite (Fe3O4),
hematite (Fe2O3)
e ferrihidrite (5Fe2O3•9H2O)

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10
Q

Proteinas de armazenamento- hemosiderina

A
  • estruturas dos núcleos de ferro da hemosiderina semelhantes à da ferritina.
  • estrutura proteica desconhecida
  • aprox. 35 % de Fe, sendo a razão ferro/proteína ainda maior na hemosiderina

(em nenhum dos casos das prots de armazenamento pode haver reação de Fenton, Fe totalmente protegido!)

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11
Q

Armazenamento e orientação - Magnetossoma

A

Magnetobacterias têm magnetossomas!

  • Vesícula de bicamada lipídica (!!Não proteínas!!!)
  • Com cristais de ferro: magnetite (Fe3O4) e greigite (Fe3S4) –> funcionam como magnetos
  • Organizados em cadeias lineares, funcionam com agulha de bússola => orientam célula com o campo geomagnético –> provoca movimento!

Processo de magnetotaxis

Porquê? Hipótese: Loc de habitats com dif [O2]: bactérias usam o campo geomagnético para localizar habitats anaeróbicos (ou de O2 mais baixos? ou interface oxido-anóxido!)

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12
Q

Magnetossoma- Formação

A

Fe3+ incorporado por complexos sideróforos! e depositado nas vesículas
(resultam de invaginações membranares, que se dissociam, e incorporam os iões…todas associadas ao filamento magnetossoma –> estrutura filamentosa para funcionarem como “agulha” de bússola)

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13
Q

Magnetossoma- Outros orgs

A

Também no salmão!
e no crânio dos pássaros!

=> orientação segundo o campo magnético terrestre!

Há vários oxidos de Fe, que permitem a magnetotaxis, darem força mecânica (constituintes dos dentes)

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14
Q

Proteínas Hémicas

A
  • Mb, Cyt c, Monooxigenase
  • hemo como grupo prostético: só para translocar e- ou centro catalítico!
  • 4 anéis pirrólicos = anel tetrapirrólico; fornece 4 ligs para o Fe –> COORDENAÇÃO EQUATORIAL! Dps Fe pode ter + 2 ligs axiais
  • grupos propinado, metilo e vinilo podem ser substituídos –> hemos diferentes!

+ simples: hemo b (Hb); todos sintetizados a partir deste

hemo a (propionil, formil); hemo c (está lig cov a cadeia proteica por cys –> C-X-X-CH); hemo d, d1, P460 (benzendo…), Sirohemo

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15
Q

Hemos - caracterização bq

A
  • todos os hemos têm espero característico (ex cyt c campo octaédrico, hexacoordenado, low spin):
    oxidado: banda Soret + intensa ~450 nm
    reduzido: banda Soret shifta para cdo maiores, outras 2 bandas (alpha, 550 nm; beta)

Espetro de Abs pode variar conforme os ligs axiais! => desnatura-se prot! dps obter hemo e fazer piridina-hemocromo (2 ligs axiais do hemo => ficam todos iguais) => consoante o max abs do pico alpha consegue-se determinar o hemo

det potencial de redução de cyt c: adicionar redutor: estado red –> estado ox, observar a variação de um pico de abs: com aumento do estado de ox –> alteração da abs => det ponto 1/2 estado ox 1/2 estado red => det potencial de red

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16
Q

Proteínas hémicas- funções

A

Mioglobina/ Hemoglobina:
Fe2+ -O2-> Fe2+-O=O (liga ao Oxigénio, não o ativa/cataliza)

Citocromos:
Fe2+ -e–> Fe3+
(=> transportador de e- entre mols?)

Cytocromos P-450
Fe3+ -(RH –> ROH; O2, 2H+, 2e- –> H20)-> Fe3+
(transportadores, funcionam como monoixigenases, introduzem átomo de oxigénio em molécula)

Catalase, Peroxidase
(produzem ox ou retiram H+ de composto)
Fe3+ -(H2O2 –> H2O)-> Fe(IV)=O (catalase: -(+H2O2 –> O2+2H+)-> Fe3+; peroxidase
-(2RH –> R)-> Fe3+

Cyt c oxidase
2 Fe3+ –> 2 Fe3+
3 Cu2+ -(O2, 4H+, 4e- –> 2H20)-> 3 Cu2+
(também tem centros de cobre –> mais à frente…; reduz oxigénio e água; nas bacterias há semelhante só com hemos: cyt bd)

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17
Q

O2

A

oxigénio tem potencial de oxidação mto elevado –> oxidante mto forte… pq não combustão espontânea? Distribuição e- nas orbs do oxigénio…

Tripleto - O2, 3O2 - estável, birradical, paramagnética
–> forma mais frequente, por isso não combustão espontânea (alta barreira de ativação para alterar o spin…)
———————————————-
Singleto - O2 1O2 - Muita energia de estabilização, instável, diamagnética

Ozono, O3 - tóxica, muito reactiva

Anião radical superoxido, O2.- oxidante muito forte, tóxico, muito reactivo

Dianião peroxido, O2 2- oxidante muito forte, tóxico, muito reactivo

[estudar esquema reações e relação entre as mols]

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18
Q

Proteínas hémicas – transporte e armazenamento de O2 - Porquê?

A

O2 pouco solúvel em sol aquosa!

Multicels, dimensões elevadas… transporte só dissolvido no plasma sanguíneo não eficiente! Não pode ser transportado para tecidos em quantidade suficiente

+ difusão do O2 pelos tecidos também é ineficaz em distâncias maiores que alguns mm! => evolução de proteínas transportadoras (Hb…) e armazenadoras O2 (Mb) em organismos multicels

+ Mb importante para armazenamento local –> oxphos…

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19
Q

Hb

A

Ar ~ 21 % de O2 (tripleto);

  • 1 L de água a 20 °C dissolve 31 mL de O2 vs.
  • Nos alvéolos pulmonares, O2 absorvido pela Hb em saturação: 1 L de sangue dissolve ~ 200 mL de O2

Hemo da Hb, His a fazer coordenação, 6a pos livre/ H2O, onde se liga o O2: distribuição eletrónica difere! Fe passa de um estado hs para ls com estados de oxidação 2+ ou 3+ (mais estável, menor núvem eletrónica –> “já cabe” dentro do anel tetrapirrólico! HS –> LS), respetivamente

=> peq alteração conformational! (Fe “puxa” cad lat His que “puxa” hélice…) propaga-se a toda a estrutura terciária e quaternária! Na base da cooperatividade observada para a Hb! (Ligação a 1 mol O2 favorece ligação a outra mol… propagada a outras subs)

=> peq ALTERAÇÃO NÚVEM ELETRÓNICA propaga-se => grande efeito!

20
Q

Transferencia electrónica – citocromo c

A

Prot peq, 1 hemo

Hemo, lig cov a cys (cys-x-x-cys-his); Cadeia lat Met –> 6a posição indisponível –> não transporta O2: mas e-! na cad respiratória mit (mas não só!tmb apoptose!)

cadeia resp: todos com grupos prostéticos
(complexo 1 é o maior)
cyt c reduzido pelo CIII
e cyt c oxidado pelo CIV
os complexos associam a energia libertada de reações para transportar H+ e gerar potencial de membrana –> sintetizar ATP

Quando mit despolariza (perde pot de membrana: cyt c sai do mit e inicia cascata de sinal de morte cel programada!

“moonlight protein” (tem varias funções)

ver esquemas

21
Q

Transferencia electrónica – Proteínas multihémicas: bacterias que “respiram” Fe

A

ex: bacteria Gram -
prots multihémicas (até 50/60 hemos! muito sofisticadas! Conduzem e- de menaquinol ao exterior, onde está a fonte de Fe(III)!)

na membrana interna (como na mit) temos pool de quinina, substrato para difs complexos

CymA transfere os e- para outras pros

Nestas bacterias: Fe(III) é o último aceitador de e-!!! Não O2!!! “Respiram Fe” (possíveis pilhas naturais?) [nos não podemos, teríamos de estar agarrados a rocha pq é um mineral…]

ex. MtrA (metal reductase) tem 10 hemos!

\ver esquema!

[em grande distância, ou quando são precisos para muitos e-…]

22
Q

Transferencia electrónica – Proteínas multihémicas: outros exs

A
  • hidroxilamina oxidoredutase:
    de bacteria que faz fixação de azoto, 1a cuja estrutura foi conhecida

24 hemos! por molécula (alguns só para condução de e-, 1 é centro catalítico)

ammonia (NH3) –> hydroxylamine (NH2OH) –> nitrite (NO2-) (nitrato)

  • Complexo III respiratório Alternativo (prof estuda) (nas bacterias, tem mesma act dos mits, quinol cyt c oxidoredutase, mas estruturalmente muito dif!

parte membranar e periférica, quinol liga-se perto do centro Fe-S, depois tem condução dos e- por todos os hemos até cyt c… que vai ser oxidado (cyt c o2 oxidoredutase) –> faz parte da cadeia transportadora de e-

(espessura de membrana ~40Angstrom)

23
Q

Transferencia electrónica- Teoria de Marcus

A

condução eletrónica tem determinadas regras! e- não podem ser conduzidos por grandes distâncias…

Teoria de Marcus (Rudolph Marcus, PN física):
=> calcular vels de transferência electrónica em processos de esfera externa!

Ampliado e refinado –> abordar difs tipos de transformações: processos bio relevancia na transferência e- e H+

eq complexa… (ver!)
depende de:

  • distancia dador-aceitador (- acoplamento electrónico)
  • Energia livre da reacção de transferência electrónica
  • Energia de reorganização da transferência electrónica (alterações na solvatação/ geometrias do centros redox )

+ dependencia da vel em função da distancia tmb dependente do ambiente beta: (vacuo, solvente, covalente… Ambiente proteico comporta-se como outros solventes)

Transferência de electrões entre centros de Fe de longo alcance, de tunneling e- através da proteína

!!!! vel da transferência electrónica < exp. com o aumento da distancia r entre os centros metálicos!!
=> Para haver transferência (40A) é preciso grupos prostéticos a distância <15A (e quanto < dist, > vel)!!!

24
Q

Transferencia electrónica – Potencial de oxidação redução

A

hemos cobrem grande gama de potenciais redox

~-400 mV –> ~450 mV
(vs. eletrodo de H standard)

(no lab usa-se com eletrodo prata/cloreto de prata, depois converter para o de H)

! ==> Transferencia eletrónica depende de 2 fatores:

  • Potencial de ox red
  • distância entre os difs centros
25
Q

P450

A
  • P450s = grande classe de prots hémicas com abs máxima a 450 nm na presença de CN; -1 hemo (binding site do substrato, mas é reduzido por outra proteina!)
  • Envolvidos em interações com medicamentos, expressão é influenciada por xenobióticos/ drogas
  • Catalisam grande gama de reações químicas com grande conjunto de substratos (ex colesterol, hormonas esteroides, ácidos gordos)
  • Reação envolve O2 e transferência de e- habitualmente de NADPH- citocromo P450 oxidoredutase
  • Funciona como monooxigenase: introduz 1 átomo O no substrato (hidroxilação alifática, desanimação, desulforação…)
26
Q

P450 - Esquema geral

A

1- ferric resting state
2- ligação ao substrato com libertação de mol de H2O
3- transferência e- vinda de outro enzima –> ligação ao O2: ferric superoxo
4- nova libertação de H2O, +2 H+ +e-: fica ligado ao átomo de O = oxyferril compound, e forma-se um radical lá perto (Tyr propenso)
5- hidroxilação de substrato

27
Q

Peroxidases & Catalases

A
  • catalisam reações com H2O2 como substrato
  • para retirarem hidrogénio de substrato (catalase é caso específico de peroxidase!)

catalase (tet, grande variedade): 2 H2O2 –> 2 H2O + O2

peroxidase: H2O2 + AH2 –> 2 H2O + A

28
Q

Peroxidases

A

ver esquema… resting Fe3+ -(+H2O2)-> Compound 0 -(-H20)–> compound 1 no estado ferril (Fe4+)! estado sempre para ativação do oxigénio! -(+substrato)-> rearranjo eletrónico da estrutura –> interação com 2a mol de estrutura –> resting

29
Q

Citocromo bd – O2 reductase

A

Última prot da cadeia resp (nossa e várias bactérias)

Há 3 tipos
Mit: prot de Hemo- Cu!!

Bacteriana: do tipo bd, só tem hemos, transmembranar: 2 hemos b, 1 hemo d

ver ciclo catalítico! reação com 4e-… O2 reduzido a H2O

30
Q

Ciclo do azoto

A
  • Nitrificação (bacterias que fixam o azoto, ex nas raizes das plantas, essencial para a vida)
  • Desnitrificação (orgs que respiram várias espécies de azoto) (redução de nitrato a nitrato, NO, N2O, dar azoto)
31
Q

Nitrito reductase - multicitocromo c

A

Passo de redução de nitrato (NO2-) a amónia (NH4+), envolve 6 e-! 1 SÓ PASSO!

Dímero, com 5 hemos (1 catalítico, liga ao NO2; é “original”: o lig axial é Lys (não His/…)

esta desnitrificação:
NO2- + 6e- + 8 H+ –> NH4+ e 2 H2O

32
Q

Nitrito reductase – citocromo cd1

A

NO2- para NO! Usando 2e-

dihémico (c e d1)

hemo d1 já alterado, ligado a His
outro é onde se liga o nitrato
Tyr desabotonada intervém no ciclo catalítico

33
Q

Proteínas com centros di-ferricos

A
  • Hemeritrina – Transporte de O2 (alguns animais marinhos)
  • Ribonucleotide reductase R2 - não envolvido na catálise diretamente, mas torna estável (com rad Tyr) a catálise
  • Methane monooxygenase hydroxylase protein - diretamente envolvido na catálise
  • Bacterioferritina - armazena Fe dentro do invólucro de proteina
  • Ruberitrina

=> centro de Fe sempre numa “4 alpha- helix bundle” (“dobra de 4 hélices”, apesar de haver outras estruturas proteicas, é sempre aqui que está)

Glu, Asp com carboxilatos

34
Q

Hemeritrina

A

Transporte de O2

coordenação em ponte: o grupo carboxilato de certos aa
outras posições: N do anel de imidazol das His

sem O2: ambos Fe2+

com O2: ambos Fe3+ (são oxidados) ; 1 átomo O liga-se ao centro de Fe, o outro liga-se a esse e H! –> faz ponte de H com outro átomo O que já lá está em ponte com os 2 Ferros

Reação reversível => Transportador

35
Q

Ferritina e bacterioferritina

A

[Fe3+ insolúvel, Fe2+ tóxico => transporte altamente regulado: logo armazenado na ferritina ou transportado na transferrina]

Fe coordenados por COOH de Glu, N de His… OH de Tyr

bacterioferritina: pensa-se que tmb serve para armazenar ferro, mas pensa-se ter centro catalíticos! centro ferroxidase = centros diférrico, 1 por cada 4 helix bundle:
para oxidar ferro! para ser depositado sob forma Fe3+!

ferritinas?: centro não existe permanentemente, só transiente! fe substrato
vs. bacterioferritinas? centro diférrico é permanente, grupo prostético! e não substrato

(qual?? ordem certa?)

pensa-se ser possível haver logo redução completa do O2 a água, em vez de H2O2… pq senão preciso catalase a seguir

36
Q

Ribonucleotide reductases di-ferricas

A

Síntese de Ácidos nucleicos no DNA: catalisa ribonucleótidos –> desoxiribonucleótidos

precursor: PRPP (Phosphoribosyl pyrophosphate) -…-> intermediário IMP

separação em purinas e pirimidinas… em ambos os casos: passagem de XDP –> dXDP feita pelas ribonucleotide reductases (não usa T, mas U e depois este é modificado)

3 classes: diferem no centro catalítico:
Classe 1: centro diférrico
(Classe 2: mais tarde, depende de Co…)

Na reação de red também envolvido outro grupo prostético: estabelece (ou não) dissulfureto em cads lats de cys!

“Dímero de dímeros”:
- subunidade onde se liga substrato, ocorre red dos nucls, é específico!! ex só ADP
- subunidade com centro diférrico e radical de Tyr envolvido em todo o ciclo cat! Permite fornecimento H+ e que possa ser red a H2O
interface das 2 subunidades

dador de e-: grupos SH!! na proximidade! quando há red NDP –> dNDP estabelece-se a ponte dissulfureto
depois regenerado por cascata de redução!! glutaredoxin reductase, glutathione reductase –> no fim: NADPH ox a NADP+
estudar!!!

37
Q

Methane monooxygenase hydroxylase protein

A

sMMO - solúvel, tem centro diférrico
(pMMO - “peculiar”, é a forma membranar, totalmente dif)

converte metano –> metanol

envolvida:
catabolismo –> CO2 (certas bacterias, árqueas)
anabolismo –> serina, 5P-D-ribulose

Centros de ferro2+ (red), conseguem ligar O2 e reduzi-lo a H20 e dps reduzem metano a metanol
centro alterna: estados 2+, 3+ e 4+ (ferril! Para ativar oxigenio!–> ter potencial + elevado e doar nº suf de e-)

38
Q

Centros FeS

A

Como grupos Prostéticos

1Fe rodeado por S de Cys não é propriamente um centro FeS
(como rubredoxina)

2Fe2S sim! Cys coordenam os ferros, outros S em ponte

depois já cubo! sem ou com vértices preenchidos… centro coordenado à proteina pelos iões de Fe (por cys)

há uns muito complexos
“amalgama”? (8Fe9S –> “P-cluster”, na nitrogenase)

tmb há com outros iões dentro extra, como molibdénio…

grande variedade, complexidades difs…

39
Q

Centros FeS - Rubredoxina

A

+/-… não é mais que um ião de Fe que passou a ser solúvel por estar coordenado…

peq cadeia globular

envolvida em transferencia eletrónica (ex. síntese de lípidos…): é um transportador de e-! ~equiv ao cyt c

40
Q

Centros FeS- 4Fe4S

A

difs estados de oxidação, também possível mistura (–> média de 2,5)

cluster funciona como conjunto… alternam só entre 2 estados de ox!?

2 proteínas com centro igual estruturalmente, tmb ambas proteínas de tamanho peq, semelhante

HiPIP- high potential iron sulfur protein (atua em difs cadeias el. como transportador de e-, pot 250mV, substitui cyt c)
entre [Fe4S4]3+ (S=1/2) e [Fe4S4]2+ (S=0)

Ferredoxina: se [Fe4S4]2+ (S=0) para [Fe4S4]+ (S=1/2 ou 3/2), tem menor potencial de redução (-450 nm), também transporta e-, participa como moeda de “troca energética” em muitos sistemas (há enzimas… que reduzem a ferredoxina)

estado superreduzido [Fe4S4]0 (S=O) teoricamente possível mas nunca observado

spin relevante para ressonância paramagnética…–> detetar

41
Q

Centros FeS- Cadeia Respiratória

A
  • Complexo I, NADH:Q oxidoreductase (enorme, pode ter 1 MDa, forma de L), na parte periférica: ~fio elétrico de centros FeS!! (8, alguns têm outro mais longe não relacionados com condução eletrónica?)
    tmb FMN como outro grupo prostético, é nesse centro cat que NADH é oxidado, dps e- passam pelo “fio” elétrico até à quinona e a reduzem

Porquê tantos, tão sofisticado nos mamíferos? Bacterias têm CI alternativo onde passagem é direta… está decerto relacionado com ser uma bomba protónica! Reação exergónica é aproveitada para gerar a diferença de potencial de membrana –> síntese ATP
=> se calhar necessária estrutura complexa para o acoplamento

2* 2Fe2S, outros todos 4Fe4S

-Complexo II – Succinato:Q oxidoreductase (oxida succinato a nível da flavina)
!FADH2 é um grupo prostético do enzima! Não produzido!
Quinona –> quinol
“fio condutor” só 3: um de cada tipo (3Fe4S, 4Fe4S, 2Fe4S)

para hemo na subunidade membranar onde interatua com a quinona e a reduz

42
Q

Complexos com Fe- Potenciais de Ox Red

A
Fe(OH2)6 3+ --> 770mV
cyt a3 --> 390 mV
HiPIP --> 350 mV
cyt c --> 250 mV
rubredoxina --> -60 mV
ferredoxinas --> -400 mV

!FeS e cyts são muito versáteis –> aquilo que faz variar o potencial é a cadeia polipeptídica! Está como 2ª/3ª esfera de coordenação… => afinamento!

ex [2Fe-2S] presente na ferredoxina e tmb no CIII, aí é proteína de Rieske: 1 dos iões de Fe coordenado por imidazois de cadeias lat de His, não cys! –> lig neutro, não aniónico!! Afeta potencial redox (fica maior!)

43
Q

Centros FeS - Aconitase

A

Centros FeS: na maior parte dos casos centros de transferência eletrónica, mas também podem ser centros ativos!! -> aconitase!

citrato –> [cis-aconitato] –> isocitrato

[4Fe-4S], um dos iões de Fe não tem coordenação pela cadeia polipeptídica! -> posição livre! À qual se liga o citrato!!

abstração de H+ por Ser –> eliminação de mol H20 –> aconitato –> dps rehidratação…

44
Q

Centros FeS – nitrogenase

A

“casos + exóticos”

fica o azoto! Redução azoto –> amónia

exige presença de 8e-! –> pode ser uma das razões para ter centro tão elaborado

N2 + 8H+ + 16ATP –> 2NH3 + H2 + 16ADP + 16Pi

centro cat: molibdénio, ferro; onde ocorre essa red; consome energia (ATP)

45
Q

Centros FeS – sulfito reductase

A

Sulfito –> Sulfureto (libertado/ intermed de AA cys e met)

sulfato entra na célula -…-> sulfito –> sulfureto

centro catalítico “exótico”: hemo associado a centro Fe-S!

hemo é uma variante tmb, sirohemo!

SO3 2- + 6e- + 7H+ –> HS- + 3H2O

=> pq são precisos tantos e-, centro tão elaborado…