Flashcards de Gastrocirurgia

(69 cards)

1
Q

O câncer gástrico pode estar relacionado a quais agentes patogênicos?

A

H. pylori e vírus Epstein-Barr.

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2
Q

Qual é o sexo, a faixa etário e a etnia mais atingidos pelo câncer gástrico?

A

Sexo masculino, acima de 70 anos, asiáticos.

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3
Q

Quais são os fatores de risco de CA estômago?

A

Dieta com conservantes cancerígenos (nitritos -> nitrosaminas), sal, baixo consumo de frutas e vegetais frescos, tabagismo, defumados.

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4
Q

Como é o QC de CA de estômago?

A

Dispepsia, anorexia, náusea, vômito, saciedade precoce, emagrecimento, dor epigástrica inespecífica, disfagia, vômito de estase, empachamento, hematêmese, melena, anemia.

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5
Q

O que pode-se identificar no EF de CA de estômago?

A

Caquexia, muscosas descoradas, linfonodo de Virchow, linfonodo de Irish, hepatomegalia, ascite, nódulo umbilical de Sister Mary-Joseph, prateleira de Blumer, massa epigástrica palpável e fixa, tumor de Krukenberg.

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6
Q

Qual é o principal exame diagnóstico de CA de estômago?

A

Endoscopia Digestiva Alta (EDA) com biópsia de lesões. Usa-se classificação de Borrmann. Também é importante fazer biópsia de linfonodos suspeitos guiada por US.

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7
Q

Classificação de Borrmann

A

Utilizada na EDA.
Tipo I: polipoide
Tipo II: ulcerado bem delimitado
Tipo III: úlcero-infiltrativo irregular
Tipo IV: linite plástica com infiltração pela submocosa

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8
Q

Qual é o exame de estadiamento de CA de estômago?

A

TC de tórax, abdome e pelve. Avalia linfonodos suspeitos e metástases. Pode ser usado para definir TNM. Para câncer precoce, Eco-Endoscopia, que também avalia a profundidade do tumor.

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9
Q

Como é feita a escolha terapêutica no CA de estômago?

A

Pelo performance status (escala ECOG de 0-melhor e 5-pior ou escala de Karnofsky de 100%-melhor e 10%-pior). A decisão segue o fluxograma:

Performance bom, E EC I, II ou III, E tumor ressecável: cirurgia upfront e QT se necessário.
Perfomance bom, E EC I, II ou III E tumor irressecável: QT neoadjuvante e cirurgia.
Se performance bom mas EC IV OU performance ruim OU metástases: QT paliativa e cirurgia paliativa.

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10
Q

Quais são as opções de TTO de CA de estômago?

A

Dissecção endoscópica (câncer precoce pequeno)
Cirúrgico upfront (gastrectomia total ou subtotal, linfadenectomia D2, reconstrução do trânsito alimentar Y de Roux e Billroth II)
Neoadjuvante (QTx pré-operatória com FLOT)
Paliativo

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11
Q

Qual é a definição de abdome agudo?

A

Toda dor abdominal que acomete paciente que estava hígido e que dura mais que 6 horas.

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12
Q

Quais são os 5 tipos de abdome agudo?

A

Inflamatório
Obstrutivo
Perfurativo
Hemorrágico
Vascular

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13
Q

Quais são as possíveis complicações do abd ag inflamatório?

A

Gangrena, perfuração, abdcesso, peritonite

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14
Q

Como é o QC de abd ag obstrutivo?

A

Parada de eliminação de gases e fezes
Vômitos
Distensão abdominal
Alteração do HI
Operações prévias (bridas)
Hérnias
Pode ser parcial, com melhora eventual, mas deve-se investigar

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15
Q

Qual é o sinal de risco iminente de ruptura de ceco e sua fisiopatologia?

A

Dilação apenas do ceco, pois a válvula iliocecal não permite refluxo do conteúdo para intestino delgado

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16
Q

Como é o QC e exames do abd ag perfurativo?

A

Dor súbita
Forte intensidade
Pneumoperitônio ao raio-x

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17
Q

Quais são os sinais e sintomas do abd ag hemorrágico?

A

Fraqueza
Tonturas
Síncope
Sudorese fria
Palidez cutâneo-mucosa
Hipotensão
Choque
Dor abdominal

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18
Q

Quais são as possíveis hipóteses diagnósticas de abd ag hemorrágico?

A

Gravidez ectópica, aneurisma de aorta abdominal

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19
Q

Quais são as possíveis hipóteses diagnósticas de abd ag obstrutivo?

A

Volvo de sigmoide, bridas, hérnias

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20
Q

Como é o QC do abd ag vascular?

A

Tem quadro clínico variado
Distensão abdominal
Desproporção entre intensidade da dor e exame físico

Melhor exame: TC contraste

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21
Q

Quais são diagnósticos relacionados a icterícia?

A

Cirrose
Hepatite
Hipertensão portal
Colecistite
Pancreatite
Coledocolitíase
Tumores periampulares (cabeça de pâncreas, tumor de papila, duodeno, colédoco distal)

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22
Q

Fisiologia da bile

A

Bilirrubina indireta passa pelo fígado e é transformada em direta (BD é “diretamente” solúvel) > sai na bile > intestino delgado e grosso > estercobilinogenio > metade é reabsorvido e metade é excretado nas fezes

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23
Q

Causas de icterícia obstrutiva

A

Coledocolitíase
Estenoses benignas
Neoplasias (vesícula, via biliar, periambulares)
Cisto de colédoco
Pancreatite
Divertículos duodenais
Ascaris lumbricoides

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24
Q

Quais sãos os exames laboratoriais na investigação de icterícia?

A

Hemograma, AST, ALT (não são de função hepática de verdade, é marcador de lesão hepática), RNI, proteínas, bili indireta, bili direta, canaliculares (FA, GGT)

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25
Quais são os ttos de icterícia obstrutiva?
Tto clínico Hidratar Drenagem das vias biliares se necessário
26
Tríade de charcot
Suspeita de colangite Icterícia, febre, dor no hipocôndrio direito
27
4F da colelítiase
Female Fat Forty Fertile (multípara)
28
Etiologia da neoplasia de cólon e reto
Inflamações crônicas Dieta (rica em gordura e pobre em fibras) Microflora bacteriana Atividade física (sedentariedade)
29
Tríade sintomática da neoplasia de colo direito e tipo de tumor
Diarréia, anemia e tumor palpável. O tumor é vegetante, ou seja, cresce para a luz intestinal.
30
QC de neoplasia de colo esquerdo e tipo de tumor
Constipação, cólicas, distensão abdominal, enterorragia. O tumor é infiltrativo, ou seja, cresce na parede intestinal. Causa constipação e distensão pelo colo esquerdo ser menor.
31
QC de neoplasia de reto e tipo de tumor
Constipação, cólicas, distensão abdominal, enterorragia, afilamento das fezes, puxo e tenesmo e mucorréia sanguinolenta. Tumor distende a ampola retal mesmo sem fezes, por isso o tenesmo. O tumor é vegetativo e ulcerante.
32
Exames para estadiamento de neoplasia de colo e reto
TC de tórax, abdome e pelve RNM de abdome e pelve (padrão para tumor de reto) US endo-anal (pouco utilizado)
33
Quais são os tipos de disseminação tumoral?
Contiguidade: invasão de estruturas subjacentes/ao lado Continuidade: margem de segurança (5 cm em geral mas 2cm no reto) Hematogênica: para fígado e pulmões. Linfática: para linfonodos paracólicos, intermediários, principais e peri-aórticos Implantação: ovário, cicatriz cirúrgica e peritônio.
34
Divisões do tumor de reto
Baixo: até 5 cm da borda anal Médio: de 5 cm a 10 cm Alto: acima de 10 cm
35
Tto tumor de reto alto
Retosigmoidectomia anterior
36
Tto tumor de reto baixo
Amputação de reto
37
Definição de falência hepatocelular aguda
Doença devastadora de instalação rápida em paciente previamente hígido
38
Causas de hepatite fulmunante
Hepatites virais (ABCDE, não A não B, herpes, CMV) Drogas (acetaminofem, halotano, isoniazida, AINH, cetoconazol) Substâncias tóxicas (cogumelos, aflatoxina, micrcistina) Distúrbios circulatórios (insuficência cardíaca, s. budd-chiari, trombose de art. hepática, choque) Infiltração neoplásica Diversos (esteatose aguda da gravidez, sepse, etc)
39
QC hepatite fulminante
Icterícia, encefalopatia, coagulopatia, hipoglicemia, IMOS, edema cerebral com hipertensão intra-craniana
40
Exames laboratoriais na suspeita de hepatite fulminante
Aumento de transaminases, BT/BD, INR, FA, GGT, sinal da cruz
41
Tto hepatite aguda
Transplante de fígado é a melhor opção terapêutica. Tto intensivo imediato.
42
Fisiopatologia da encefalopatia
Acúmulo de substâncias metabolizadas pelo fígado (amônia, GABA, falsos neurotransmissores, aminoácidos aromáticos, ácidos biliares, mercaptanos)
43
QC edema cerebral
Cefaleia, vômitos, edema de paila. Diagnóstico por TC
44
Neoplasias benignas de fígado
Hemangioma Hiperplasia nodular focal Adenoma hepatocelular
45
Apresentação hemangioma hepático
Múltiplos, periféricos e pequenos Assintomáticos Curso benigno, raramente complica (risco de ruptura >10cm) > efeito de massa
46
US hemangioma hepático benigno
Lesão hipoatenuante, com realce periférico e evoluindo para um realce progressivamente centrícepto
47
Tto de hemangioma hepático
Conservador Opera quando: dor de difícil controle, sintomas compressivos (constipação, mal-esvaziamento gástrico), dúvida diagnóstica, crescimento rápido, Síndrome de Kasabach-Merritt (trombocitopenia e hemangioma capilar)
48
Apresentação hiperplasia nodular focal de fígado
Tem hepatócitos sadios no seu interior. Sem complicações (ruptura ou transformação maligna > tto conservador).
49
US hiperplasia nodular focal de fígado
Lesão hipervascular, com uma cicatriz central e intenso e fugaz realce de contraste.
50
RM hiperplasia nodular focal de fígado
Com contraste hepato-específico (hiperplasia nodular focal capta pelos hepatócitos sadios no interior). Não faz biópsia.
51
Apresentação adenoma hepatocelular
Relação com ac oral. Risco de complicações: dor e risco de sgto; transformação maligna.
52
Situações que favorecem ressecção de adenoma hepatocelular
Tamanho >5cm após suspensão ACO Aumento do tamanho Homem Tipo histológico
53
Perfis moleculares do adenoma hepatocelular
Esteatótico: múltiplos adenomas, raramente sangra ou maligniza Inflamatório: obesidade, etilismo e gligogenoses Beta-catenina: exom 7/8 tumor único, risco de sgto; exon 3 malignização (relacionado a uso de anabolizantes) Sonic hedgehog: risco de sangramento
54
Neoplasias malignas de fígado
Metástases Carcinoma hepatocelular Colangiocarcinoma intrahepático
55
Tto de metástases de fígado
Qt aumenta a ressecbilidade, cirurgia (ressecção com margens livres, preservando o máximo de parênquima). Volume mínimo de fígado remanescente (sadio 20-25%; já fez Qtx 30%; cirrose 40-50%).
56
Fatores de risco carcinoma hepatocelular
Cirrose, hepatities virais, etilismo pesado, esteatohepatitie não alcoolica, cirrose biliar primária.
57
Diagnóstico de hepatocarcinoma
Não exige biópsia Capta muito contraste na fase arterial, lavagem do contraste na fase venosa (fenômeno wash-in wash-out) Pseudocápsula
58
Tto hepatocarcinoma
Avaliação da função hepática (cirrose não suporta grandes ressecções) Avaliação do estadiamento Se cirurgia: hepatectomia regrada (lobo inteiro do fígado). Recorrência é quase certeza Quimioembolização: tto paliativo (controle da progressão, "joga" a quimio direto no tumor), faz downstaging. Transplante
59
Critérios de Milão para transplante
Tumor único <5cm Até 3 tumores <3cm Ausência de invasão vascular
60
Características colangiocarcinoma intrahepático
Tumor primário de via biliar Após ducto de 2ª ordem Prognóstico ruim
61
TC de colangiocarcinoma intra
Realce progressivo nas fases de contraste Retração cápsula hepática Nódulo satélite
62
Tto de colangiocarcinoma intra
Cirurgia com linfadenectomia do hilo hepático. QT adjuvante no POT.
63
Triângulo de Admirand e Small
Para a formação de cálculos biliares %colesterol; %fosfolipídeos; %sais biliares.
64
5F litiase biliar
Female Forty Fertility Fat Family (antecedente)
65
Complicações da colelitíase
Colecistite aguda Colangite Pancreatite aguda Síndrome de Mirizzi Fístula BD Forte associação com neoplasias
66
QC de colecistite aguda
Dor abd 75% antecedente de cólica biliar náuseas e vômitos icterícia discreta febre vesícula palpável Sinal de Murphy
67
US colecistite
Espessamento da parede da vesícula Distensão da vesícula Cálculo fixo no infundíbulo Líquido peri-vesicular Murphy ultrassonográfico
68
Dx colecistite aguda
Tokyo Guidelines: A. Local signs of inflammation: Murphy's sign or Right Upper Quadrant mass/pain/tenderness B. Systemic signs of inflammation: fever, elevated C-Reactive Protein, elevated White Blood Cells count. C. Imaging findings One item in A + one item in B+C
69
Complicações colecistite aguda
Empiema (toxemia, febre, leucocitose >15.000) Gangrena Perfurações