Geral Flashcards

(166 cards)

1
Q

suplementação de ferro para crianças, como é feita?

A

2 cenários:
- Crianças nascidas a termo, com peso AIG
:: suplementação inicia aos 6 meses (1mg/kg/dia) até os 24 meses ou quando for iniciada alimentação suplementar (4m se fora de AME)
:: esses, se uso de 500ml/dia fórmula não precisa

  • Crianças prematuras/baixo peso (<2500g) (a partir do 30o dia de vida, independente de AME)
    :: prematuras ou baixo peso entre 1500 e 2500g: 2mg/kg/dia por 1 ano e depois 1mg
    :: pré termo 1000-1500g: 3mg/kg/dia por 1 ano e depois 1mg
    :: pré termo < 1000g: 4mg/dia/dia e depois 1mg
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2
Q

AME
AM predominante
AM complementado
AM misto

A

AME (pode gotas/xarope/SRO/medicamentos)
AM predominante - + bebidas a base de água
AM complementado - + alimentos sólidos ou semissólidos (complementar, não substituir)
AM misto - outros tipos de leite que não humano

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3
Q
Leite humano vs LV em relação a
ptn
lipidios
carbo
eletrólitos
ferro
vitaminas
A

ptn LV> LH (mas LH mais ptn do soro e LV mais caseína que é mais dif de digerir); LV betalactoglobulina - relação com APLV

lipidios LH> LV (LH especialmente ac graxos essenciais; tem lipase)

carbo (LH mais lactose - reduz cresc bact patogênicas)

eletrólitos (LV> LH)

ferro =, mas LH mais biodisponível

vitaminas LH + A D E C e LV + B

– leite de cabra é deficiente em ac fólico (an megalo)

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4
Q

o que faz o LM ter ferro mais biodisponível do que o LV?

A

lactoferrina

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5
Q

das propriedades imunológicas do LM, qual o fator tem ação bactericida e antiinflamatória (destroi e.coli e algumas cepas de salmonella) e sua atividade aumenta após os 6 meses?

A

Lisozima

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6
Q

qts dias pós parto o LM vira leite maduro?

A

10-15 dias

  • primeiros dias colostro
  • entre um e outro leite de transição
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7
Q
Colostro vs leite maduro
ptn
lipidios
carbo
eletrólitos
vitaminas
A

ptn + colostro (pq mais imunoglob e outras pts com atividade antiinfecciosa)

lipidios + no maduro

carbo + no maduro = + densidade calórica

eletrólitos + sódio, cl e mg no colostro

vitaminas + vit a no colostro

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8
Q

Leite anterior vs leite posterior
ptn
lipidios
carbo

A

anterior + ptn do soro e lactose

posterior + lipidios = + aporte energético

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9
Q

diferença no leite de mães de PMT

A

tudo mais, menos lactose que tem menos

– destaque que as vitaminas que tem mais são A e E predominantemente

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10
Q

4 pontos chave da pega adequada segundo a OMS

A
  1. Boca da criança aberta ou bem aberta
  2. Lábio inferior da criança virado para fora
  3. Queixo da criança tocando a mama
  4. Aréola visível acima da boca da criança

– esses são os 4 pontos chaves. Existem outros como narinas livres, bochechas protrusas, sucção audível, mas chave definido pela OMS são os acima

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11
Q

4 pontos chave do posicionamento adequada segundo a OMS para amamentação

A
  1. bebe bem apoiado
  2. corpo do bebe próximo ao da mãe
  3. bebê com cabeça e tronco alinhados (pescoço não torcido)
  4. rosto do bebe de frente para a mama, com nariz na altura do mamilo
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12
Q

momento de início da alimentação complementar em:

  • AME
  • Fórmula
  • LV
A

6 meses para AME e fórmula; aos 4 meses se criança amamentada com LV

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13
Q

contraindicação absoluta à amamentação

A

HIV HTLV galactosemia

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14
Q

peculiaridade de amamentação em mães com citomegalovirose

A

RNs < 32 semanas não devem ser amamentadas. Os demais não há contraindicação absoluta - smp pesar riscos e benefícios

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15
Q

manif clínicas de galactosemia

A

baixo ganho ponderal, ict. colestática, hepatomega, retardo mental, catarata e aumento da susceptibilidade a infecções, principalmente por e.coli

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16
Q

medicações que contraindicam a amamentação -6

A
amiodarona
sais de ouro
alguns antineoplásicos e imunossupressores
Linezolida e ganciclovir
fenindiona
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17
Q

crianças em introdução de alimentação complementar, quantas vezes por dia aliementadas?

A

3x/dia se em AM

5x/dia se desmamadas

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18
Q

5 microorganismos que podem causar diarreia invasiva (sg, muco, pus)

A

salmonella, yersinia, shigella, amebíase e campylobacter

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19
Q

principal causa de doença diarreica grave em menores de 2 anos

A

rotavírus

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20
Q

agentes virais mais comumente presentes nos casos de doença diarreica aguda na infância

A

norovírus e rotavírus

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21
Q

manifestações extraintestinais da shigellose

A

SNC - cefaleia, meningismo, letargia, confusão e alucinações que podem até preceder o quadro gastrointestinal

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22
Q

principal causa de disenteria em nosso meio

A

shigella

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23
Q

faixa etária em que a diarreia por rotavírus costuma ser mais grave

A

3-24meses

- antes dos 3 parece ter efeito protetor dos anticorpos maternos

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24
Q

parâmetros usados pela OMS e MS para avaliar desidratação (4 e 6)

A
Estado geral
Olhos
lágrimas (só MS)
sede
Sinal da prega
pulso (só MS)
  • mucosa oral não está indicado, nem diurese
    • 3 contextos de desidratação: sem, desidratação e desidratação grave
  • pesar smp q possível!
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25
planos de tto para crianças com diarreia aguda
PLANO A - sem desidratação = prevenção - aumentar ingesta de líquidos (50-100 para < 2anos/ 100-200 para 2-10). - suplementar zn 10-14d - manter alimentação habitual - orientar sinais de gravidade PLANO B - desidratação = TRO - SRO 75ml/kg (MS 50-100) oferecido nas primeiras 4hs na unidade de saúde. Vômitos podem ser comuns, aguardar 5-10 e reiniciar lentamente. AM pode ser mantido, os demais alimentos não devem ser oferecidos - Reavaliar (smp e av final em 4hs): se desidr. grave - partir para C/ se mantiver desidratação repetir B, agora podendo receber alimentação - pode precisar de gastróclise/ melhorou = alta com plano A PLANO C - desidratação grave - 100ml/kg RL (<1a 30ml/kg em 1h e 5hs o restante/ > 1a 30ml/kg em 30min e repetir até melhora do pulso e o restante em 2hs e meia) - Reav 15/15 até melhora do pulso - Iniciar SRO 5ml/kg/h assim q puder - Mantiver - plano C/ melhora - plano B/ melhora total = alta com plano A - obs por 6hs
26
Contraindicação a SRO
distensão abdominal com íleo paralítico ou quando há indícios de má absorção da glicose
27
Qual eletrólito deve ser reposto na desidratação?
Zn
28
indicações de gastróclise
4 ou + episódios de vômitos após início TRO perda de peso após duas hs de início da TRO distensão abdominal com RHA+ impossibilidade de ingerir SRO (ex.: estomatite)
29
atb recomendado pela OMS para cobrir shigella
cipro
30
indicações de atbterapia na diarreia por salmonella
menores de 3m dç gastrointestinal crônica hemoglobinopatias (AF) Imunossupressão
31
presença de substâncias redutoras na urina
indica galactosemia
32
tratamento de síndromes funcionais (sii) na criança
controle dos 4Fs - Fat - aumentar - Fibras - aumentar - Fluidos - diminuir - Frutas - diminuir na forma de sucos -- tranquilizar em relação à benignidade
33
manifestação extraintestinal de dç celíaca mais comum
anemia ferropriva refratária a terapia com fe oral
34
sorologias na dç celíaca
antitransglutaminase IgA e antiendomísio IgA -- dosa-se simultaneamente IgA porque DC pode coexistir com deficiência de IgA, oq faria ter FN. Nesse caso dosa-se a fração IgG
35
mecanismo imunológico envolvido na APLV
não IgE mediada
36
que "complicação" pode ocorrer após uma diarreia por rotavírus?
intolerância a lactose secundária -- não só a rotavírus, mas é a mais clássica
37
quando suspeitar de doença de Hirschprung
RN sem eliminação de mecônio nas primeiras 48hs de vida. Pode evoluir para enterocolite. - - após o TR pode ocorrer eliminação de fezes explosivas. Classicamente tem a ampola retal vazia ao toque - - não necessariamente se apresenta no período neonatal
38
dx dç de Hirschprung
bx retal com aganglionose e alta concentração de acetilcolinesterase entre a submuosa e camada muscular
39
sd de sandifer
contorções cervicais e arqueamento corporal e que está associada à DRGE (sinal de esofagite)
40
sd ictericopilórica
hiperbilirrubinemia associada a estenose hipertrófica de piloro (vômitos pós alimentares não biliosos). Aumenta a BI
41
quadro da estenose hipertrófica de piloro
vômitos não biliosos após as refeições, palpação da oliva pilórica no exame abd e alcalose metab hipoclorêmica -- mais risco em crianças que usaram eritromicina
42
ddx importante da estenose hipertrófica de piloro | - RN com quadro de vômitos
HAC
43
qts ml de fórmula dispensam uso de profilaxia para anemia com sulfato ferroso?
500ml
44
dados clínicos importantes da fase prodrômica do sarampo
conjuntivite com fotofobia, manchas de Koplik
45
manchas de koplik
patognomônico de sarampo - enantema - pequenas manchas brancas com halo eritematoso
46
característica da febre no sarampo
presente no momento do aparecimento do exantema
47
duas causas de doenças exantemáticas virais em que a febre está presente no momento do exantema
rubeola e sarampo
48
descamação furfurácea
descamação do exantema do sarampo
49
tratamento sarampo
vit A/ mas geral é suporte
50
principal causa de morte em crianças com sarampo
pneumonia
51
tipo de exantema do sarampo
morbiliforme
52
O que é a panencefalite esclerosante subaguda?
rara dç neurodegenerativa fatal que ocorre 7-10 anos após infecção pelo sarampo - inicia com mioclonias, depois coreoatetose, distonia e rigidez, evoluindo para demência e disautonomia de tronco
53
única droga capaz de diminuir morbimortalidade no sarampo
vit A | - Hipovitaminose A é conhecido fator de risco
54
conduta pós exposição de sarampo
até 72hs - vacinar os suscetíveis que tiveram contato com o caso. - - alguns pacientes não podem receber a vacina: menores de 6 meses, gestantes e imunodeprimidos (porque a vacina é de vivo atenuado) até 6 dias - imunoglobulina para os que não puderem se vacinar
55
qual período de incubação em média das dçs exantemáticas virais???
1-3s
56
característica importante do pródromo de rubéola
linfadenomegalia suboccipital, retroauricular e cervical posterior
57
ddx rubeola e sarampo
sarampo tem sintomas mais exuberantes na fase prodrômica - tosse intensa, conjuntivite a rubeola tem adenomegalias, não presente no sarampo
58
conduta pós exposição rubeola
até 72hs - vacinar os suscetíveis que tiveram contato com o caso. não vacinar menores 6m, gestantes e imunodeprimidos
59
agente etiológico do eritema infeccioso
parvovírus B19
60
qual a doença viral exantemática em que, no momento que surge o exantema, a doença não é mais transmissível, ou seja, não indica isolamento?
eritema infeccioso - pvB19
61
fases do eritema do eritema infeccioso
1. face esbofeteada (malar bilateral) 2. aspecto rendilhado sup extensoras 3. recidiva se em contato com sol calor, stress e exercício
62
infecção pelo parvovírus B19 no feto, causa o que?
anemia fetal, podendo inclusive evoluir para hidropsia pode tb haver miocardite, mas anemia é mais caract.
63
agente etiológico do exantema súbito?
herpes vírus tipo 6
64
característica da febre clássica do exantema súbito
febre alta que desaparece em crise; exantema tipicamente surge algumas horas depois
65
ddx importante do exantema súbito
farmacodermia - mts vezes febre alta e mais algum sintoma do pródromo causam a prescrição de atb. A febre baixa e aparece o rash - poderia ser mesmo farmacodermia (se for hmg com eosinofilia e o quadro é mais associado com prurido)
66
qual é a doença exantemática mais típica dos lactentes?
exantema súbito
67
complicação mais comum do exantema súbito
crise febril
68
tempo de incubação varicela
10-21d
69
crianças nascidas de mães com varicela tem risco de varicela neonatal se início do quadro na mãe quando?
5d pré e 2d pós parto -- desenvolvem a forma grave
70
síndrome de Reye
disfunção hepática, hipoglicemia e encefalopatia | -- precipitada pelo uso de AAS durante algumas infecções virais principalmente varicela e influenza
71
quais as complicações neurológicas da varicela
encefalite e ataxia cerebelar aguda (+ comum)
72
indicação de aciclovir para tto de varicela
pcts que tem risco de desenvolvimento da forma grave # oral - > 12 anos - segundo caso no domicílio - > 12 meses com dçs cutâneas ou pneumo crônicas - ctc não imunossupressor ou inalatório - uso crônico de salicilatos EV - dç grave ou progressiva (envolvimento visceral) - imunossupressão incluindo por ctc - RN com varicela neonatal por exposição perinatal
73
complicação mais comum da varicela
infecção bact secundária das lesões
74
prevenção pós exposição - varicela
é feita apenas em casos de controle de surto em ambiente hospitalar com vacinação dos contatos suscetíveis maiores de 9 meses, não gestas e imunocompetentes - 5 DIAS! -- os que não puderem nesse contexto recebem a ig IGHAVZ realizada em comunicantes suscetíveis (ou imunossupressão celular grave), com contato significativo, com risco especial de varicela grave: - imunodepre - gestantes - RN prematuros: se > 28 semanas, apenas se a mãe não tiver tido; se < 28 semanas, recebe (apenas no período que é RN) ** tb realizado em tds RNS de mães que tiveram varicela 5d antes e 2 dias após o parto -- sim a todas as perguntas!! até 4 dias -- nesse caso não é só em controle de surto hospitalar
75
agente da sd mao pe boca
cocksackie a16
76
agente infeccioso mais encontrado na herpangina
coxsackie
77
principais agentes da miocardite viral aguda
enterovírus coxsackie B principal
78
qual a apresentação de 80% dos pacientes com mono que fazem uso de amoxicilina?
rash - exantema
79
anticorpos mononucleose
primeiramente os anticorpos heterófilos - paul bunnel/monoteste (a menos que quadro inicial ou crianças < 4 anos) ** depois, se negativo: anti VCA IgM opção: antiVCA IgG seriada associada a antiEBNA IgG * *: AntiVCA IgM mais específica - fica + por 4s-3m apenas - O IgG AntiVCA tb surge cedo, mas permanece por mais tempo - antiebna é o último a surgir: se só tiver antiVCA IgG com antiEBNA negativo tb sugere infecção recente (antiebna positivo sugere infecção passada, especialmente se VCA IgM negativa)
80
qual agente etiológico da escarlatina?
EBHGA produtor de exotoxina pirogênica (S. pyogenes)
81
dois sinais clínicos do exantema da escarlatina
filatov - eritema malar com palidez perioral | pastia - intensificação nas áreas de dobras
82
critérios diagnósticos de dç de Kawasaki
febre (obrigatório) congestão ocular bilateral - conjunt não exsudativa alterações cav oral (lingua em framboesa, hiperemia lábios e/oou faríngea, descamação lábios) exantema polimorfo alterações de extremidades (eritema palmar ou plantar edema, descamação periungueal) linfadenopatia cervical aguda não supurativa nec 5 crit
83
crianças com lesão coronária, secundária a DK, que precisam usar AAS por longos períodos. Que cuidado profilático temos que ter?
imunização contra varicela e influenza - profilática para sd reye
84
uso de ctc em dk
se pelo menos 2 doses de ig não forem suficientes para reduzir a febre
85
tempo e doses do AAS em dk
Início doses antinflamatórias (80-100mg/kg/dia - 6/6hs) por até 14 dias ou 3 dias após defervescência - depois 3-5mg/kg/dia - dose antiplq por 6-8 semanas, suspenso se sem alterações cardíacas, mantido se tiver
86
período transmissão sarampo
3 dias antes da erupção cutênea e 4-6d após seu início
87
condução de investigação de febre sem sinais de localização em RNs
-- obs: febre mesmo se aferida em casa (avaliar se não é hipertermia apenas). Internar todos, culturas de sg urina e liquor, hemograma, + atb empírico
88
condução de investigação de febre sem sinais de localização 1-3m
HMG + URC sempre - - atenção: hmg com > 15k leuco/ < 5k e/ou > 1500 bastões indica aumento de risco de infecção bacteriana - alguns autores indicam PL para todas as crianças, outros indicam se alterações no hmg conforme acima. - Dependendo da criança, estado geral etc - hmc
89
condução de investigação de febre sem sinais de localização entre 3-36m
se febre < 39 (retal) - pode só observar se febre > 39 - considerar ITU (+ solicitar hmg). Se não for ITU, considerar situação vacinal: - observar calendário no que diz respeito a vacinação de HIB e pneumococo investigação (especialmente nas não vacinadas) depende de como a criança está e o resultado do hemograma, podendo ser desde apenas observação até solicitar hemocultura e iniciar atb (não tem definição exata). - - atenção (oq ajuda nessas crianças): - se baixo risco: hmg não infeccioso (< 15k leuco/ > 5k e < 1500 bastões), EQU normal, liquor, se solicitado, sem germes e celularidade normal e rxt (se solicitado) normal, pode aguardar culturais para melhor definição, sem início de atb - se não atingir algum dos critérios - interna, atb (a menos que EQU sugerindo ITU - pode tto ambulatorial)
90
taquipneia separada por idade
limites: até 2 meses: 60 2-11 meses: 50 12 meses-5 anos: 40
91
principais sinais gerais de perigo para crianças entre 2m e 5 anos de idade
Não consegue nem mamar nem beber Vomita tudo que ingere Apresentou convulsões Letargia/inconsciência
92
principal agente etiológico do resfriado comum
rinovírus
93
principal complicação bacteriana do resfriado comum
OMA
94
sintomas cardinais do resfriado comum
coriza e obstrução nasal
95
rx tórax na criança com hipotransparência triangular paratraqueal direita do tipo vela de barco, o que pode significar?
nada - é o timo
96
3 agentes mais comuns da OMA e da sinusite bacteriana aguda
S. pneumoniae H. influenzae ñ tipável M. catarrhalis ``` OMA: nas ref. norte-americanas: mais comum s. pneumoniae nas brasileiras (anterior a norte americana, de 2010): h. influenzae ``` SBA: pneumococo como o mais freq.
97
qual é o dado de maior especificidade para dx de OMA?
Abaulamento da MT
98
indicação de atb em OMA
sempre em menores de 6 meses 6-24m: sempre se bilateral (>24m pode observar mesmo de bi) - >6m se unilateral pode-se watchful waiting -- independente da idade: se otorreia, sintomas graves (febre > 39, otalgia > 48h, otalgia moderada a grave)
99
oq fazer com o tto atb se criança com OMA freq. creche, se atb recente e/ou menor de 2anos?
dobrar a dose - relação com s.pneumoniae resistente
100
sd otite-conjuntivite
causada por h.influenzae não tipável (conjuntivite purulenta) -- requer atb vo com amoxiclav (sem clav não - resistência - blactamase)
101
seios paranasais que estão formados até os 5 anos
etmoidal e maxilar -- nasce com etmoidal e o maxilar rudimentar, que terminam de se aerar por volta dos 4 anos
102
OMA recorrente
aquela que ocorre três ou mais vezes em 6 meses ou 4 ou mais em 1 ano - presença de efusão durante as crises: OM com efusão agudizada = entre crises deve ter melhora da efusão
103
amoxi é tto padrão para SBA. Quando adicionar clav?
< 2 anos, freq. creches, uso de atb 30-90d antes
104
avaliação complementar de possível farigotonsilite estreptocócica
cultura de orofaringe é o padrão ouro teste rápido é bom, mas maior número de falso-negativo = positivo indica tto, negativo indica envio do material para cultura
105
sintomas em faringotonsilite que falam a favor de quadro viral
tosse, rinorreia clara e abundante, rouquidão
106
indicação tonsilectomia em crianças com faringites de repetição - critérios de paradise
7 ou mais episódios no ano anterior 5 ou mais por ano em dois anos consecutivos 3 ou mias por ano em três anos consecutivos lembrar que os episódios devem ser marcados por: febre > 38,5, exsudato tonsilar, aumento dos linfonodos cervicais >= 2cm e/ou sensibilidade nestes e positividade para o EBHGA
107
quadro clínico do abscesso periamigdaliano
intensificação da odinofagia + disfagia, sialorreia, trismo - abaulamento tonsilar unilateral -- marca: adolescentes e asultos jovens: sialorreia e trismo + disfagia
108
população em risco de abscesso retrofaríngeo (por complicação de faringotonsilite)
- menores de 5 anos - nessa faixa o espaço retrofaríngeo é ocupado por linfonodos que involuem após essa faixa etária
109
quadro de abscesso retrofaríngeo
febre, dificuldade para engolir, rigidez cervical e até torcicolo. Pode haver voz abafada, estridor e dificuldade respiratória -- marca: menor de cinco anos, torcicolo e disfagia
110
febre faringoconjuntival
ag.: adenovírus | faringotonsilite + conjuntivite folicular não exsudativa, febre alta e linfadenopatia pré-auricular e cervical
111
agente etiológico da epiglotite aguda
HiB
112
indicação de profilaxia de contato com epiglotite aguda e com que é feito
rifampicina - - contactantes domiciliares de um caso causado por HiB e que morem com criança: - < 4 anos c vacinação incompleta/sem vacinação - < 1 ano que ainda não tenha completado o esquema básico do primeiro ano - criança imunocomprometida independente do calendário
113
sinal clínico de epiglotite aguda
posição do tripé = posicionamento que tenta anteriorizar a VA para que o edema da glote não seja tão obstrutivo
114
principal agente da laringite
vírus parainfluenza
115
principal causa de obstrução respiratória alta em crianças
laringotraqueíte viral aguda = crupe viral
116
quadro clínico da laringotraqueíte viral aguda
pródromos catarrais + tosse ladrante + rouquidão + estridor -- estridor na maioria das crianças apresenta-se só ao choro ou agitação. Estridor no repouso significa sinal de gravidade
117
sinal radiológico da laringotraqueíte viral aguda
1. lembrar que esse é um exame desnecessário -- sinal da torre ou sinal da ponta do lápis = estreitamento do espaço subglótico
118
o que é a laringite estridulosa ou crupe espasmódico?
quadro clínico muito semelhante à laringotraqueíte viral aguda, mas não tem os pródromos - se apresenta de forma aguda (geralmente acorda no meio da noite). Tem bom prognóstico, regride em poucas horas e a criança passa bem o dia seguinte
119
conduta frente a um caso de laringotraqueíte viral com estridor em repouso
nbz com adrenalina + dexametasona e observação por 2hs. - se recorrência do estridor em repouso, repete a adrenalina - se melhora, com sat ok, nível de consciência normal, boa entrada de ar e sem estridor em repouso pode ter alta. Se não, deve ser internada.
120
3 padrões radiológicos de pneumonia na infância e sua correlação com etiologia
Primeiro lembrar que isso não consegue DEFINIR a etiologia, mas aponta - Infiltrado alveolar broncopneumônico: MO típicos (pneumococo, staphylo ou outras bacterias). Consolidação alveolar multifoocal que não respeitam a segmentação pulmonar (podem ser únicas ou múltiplas, dispersas ou confluentes, uni ou bilat.) - pneumonia lobar ou segmentar - compromete homogeneamente um lobo, lobos ou segmentos. Mais comum por pneumococo. Presença de broncograma aéreo - Pneumonia intersticial: vírus ou mycoplasma. Aumento da trama broncovascular, espessamento peribrônquico e hiperinsuflação
121
qual é o MO mais comum em pneumonia bacteriana típica
pneumococo em todas as faixas etárias MENOS NA NEONATAL
122
critérios de internação em quadros de pneumonia típica
- < 2 anos - sinais de gravidade respiratória hipoxemia, taquipneia importante, tiragem subcostal (OMS não considera), batimento asa nasal, gemência - sinais de comprometimento do estado geral atenção a sinais como impossibilidade de ingestão líquida - presença de comorbidades incluso desnutrição - complicações - falha terapêutica
123
quando pensar em pneumonia por staphylococicas
hx de furúnculos, internação recente, trauma, infecção supurada à distância, como osteomielite, por ex. - grande maioria das infecções pulmonares pelo s aureus ocorre em < 1 ano -- quadro grave e rapidamente progressivo
124
Tratamento domiciliar de pneumonia típica adq na comunidade
- amoxicilina por mantida por mais 72hs após atingir estado afebril (desde que não seja menor do que 10d) * dose normal em ref. brasileiras, dobrada nas americanas -- opção: penicilina procaína para crianças que não tomem amoxi (que não queiram, não que não possam - seria indicação de internação)
125
Tratamento hospitalar de pneumonia típica adq na comunidade
< 2 meses: penicilina cristalina ou ampi + amica ou genta > 2 meses: penicilina cristalina ev -- se muito grave: oxa + ceftiaxone (opção: clorafenicol); a ideia é cobrir staphylo qd for grave, além de hemofilos prod. de b-lactamase e tb os pneumocococs
126
em crianças com pneumonia e DP, após toracocentese, indicativos de que o derrame é um empiema e não apenas exsudato não complicado
aspecto purulento pH < 7,2 glicose < 40 gram e/ou cultura positivos -- a presença de qualquer um dos três últimos indica drenagem
127
3 tipos de drenagem de empiema em crianças com pneumonia complicada, a depender da organização:
1. estágio exsudativo - dp livre = drenagem tubular simples 2. estágio fibrinopurulento - dp septado e loculado = drenagem precedida por pleuroscopia com ruptura das septações 3. estágio de organização - cavidades abscedadas com paredes muito espessas. pulmão pode ficar colapsado e envolvido por carapaça inelástica = avaliar drenagem aberta (pleurostomia) ou decorticação pulmonar para promover expansão
128
agente etiológico mais comum em pacientes com pac complicada com derrame pleural
s. pneumoniae - - a pneumonia estafilocócica é muito mais comum de ser complicada por dp, mas como tem mais pneumonia pneumocócica, ele acaba sendo o ag. etiológico mais freq.
129
principal forma de evitar surtos hospitalares de bronquilite causada por VSR é...
lavagem de mãos
130
dx de um lactente que, após poucos dias de um "resfriado" evolui com taquipneia e sibilância
BQLT
131
pct com bqlt que pode se beneficiar de curso de ctc
episódios recorrentes que já tenham feito em outras ocasiões quadro moderado a grave de broncoespasmo hx significativa de atopia
132
crianças que tem indicação de uso de pavilizumabe como profilaxia de bqlt
1, Em crianças no primeiro ano de vida: - prematuras menores de 29 semanas 2. Em crianças no segundo ano de vida - com doença pulmonar crônica da prematuridade - com cardiopatias congênitas com algum grau de disfunção hemodinâmica (AAP considera essas só no primeiro ano de vida) - AAP: tb para crianças com alguma imunodeficiência durante a estação do VSR -- reforça: fibrose cística e down não são indicações;
133
definição de lactente sibilante
três ou mais episódios de sibilância no período de 1 ano nos primeiros dois anos de vida
134
IPA (índice preditivo de asma) - critérios
criança com pelo menos 4 episódios de sibilância (1 pelo menos dx por médico) + 2 critérios maiores ou 1 maior e 2 menores - critérios maiores: pai ou mãe com asma, dermatite atópica - critérios menores: rinite alérgica, sibilos sem resfriado, eosinofilia > 3% -- se fechar os critérios = alto risco para asma ``` # para lactente sibilante, os critérios podem ser usados para tentar diferenciar o sibilante transitório precoce e o sibilante persistente, sendo que o segundo se beneficia de ctc inalatório - 1 critério maior ou 2 menores = alto risco para asma ```
135
bronquiolite obliterante, quadro clínico
quadro de tosse com escarro, dispneia, febre, cianose, sibilância após um insulto inflamatório, mais comumente infecção respiratória viral. - lembrar em casos de episódios de sibilância recorrentes e graves - - pode ser agudo e fulminante levando a óbito - - pode ser arrastado com desenvolvimento de quadro obstrutivo crônico
136
agentes etiológicos da pneumonia afebril do lactente
c. trachomatis - mais comum | ureaplasma urealyticum
137
quadro típico da pneumonia afebril do lactente
evolução insidiosa, marcada por tosse, taquipneia e relato de manifestações extrapulmonares como conjuntivite*. Início entre 1-3 meses -- leucograma com eosinofilia *conjuntivite pode preceder bastante o dx.
138
ag etiológico mais característico da pneumonia atípica
mycoplasma pneumoniae -- o segundo mais comum é a clamydophila pneumoniae
139
manifestações associadas que podem ajudar no dx de pneumonia atípica
otalgia (miringite bolhosa é causada pelo mycoplasma) sd guillain barre (pode ser desencadeada pelo mycoplasma com quadro resp. precendedo o quadro neurológico) dor de garganta, rouquidão ``` menos importantes nas questões: pericardite ou miocardite meningoencefalite eritema nodoso st. johnson ```
140
sinal de hoagland
edema palpebral - mononucleose
141
PFAPA
``` Periodic Fever Aphtous stomatitis Pharyngitis Adenitis ``` é uma das causas de febre periódica em crianças entre 2 e 5 anos; há recorrência dos quadros de febre, mal-estar, faringite que pode ser exsudativa, adenopatia cervical e lesões aftosas orais. Dura 4-6 dias e some espontaneamente Hx de uma criança com uso de múltiplos antibióticos que não farão diferença no curso = sem melhora mais proeminente por isso Melhora dramática com uso de corticoide - prednisona
142
quadro clínico da atresia de duodeno
vômitos muito precoces, biliosos geralmente, eliminação de mecônio = sem obstrução baixa; distensão mais proeminentemente epigástrica (mas discreta se tiver), sinal da dupla bolha - se dx intraútero - polidrâmnio, ascite e presença de alça dilatada e hiperecoica rx: sinal dupla bolha
143
malformação do TGI mais associada a sd down
atresia duodenal
144
procedimento de escolha em caso de volvo por má rotação intestinal - cx ped
procedimento de ladd
145
quadro clássico de intussuscepção intestinal
dor abdominal + massa palpável + fezes em geleia de framboesa - tríade em apenas 15%
146
local do cólon mais afetado por dç de Hirschprung
apenas reto e sigmoide em 75% das vezes
147
apresentação clínica de dç de Hirschprung em neonatos
distensão abdominal, vômitos, ausência de eliminação de mecônio e saída explosiva de gases e fazes após toque retal
148
padrão ouro de dx de dç de Hirschprung
bx retal
149
patógenos em ITU na infância (peculiaridade em meninos)
e. coli - em meninos > 1a, proteus pode ser tão comum quanto outros: K pneumoniae, enterococos, pseudomonas (atenção em imunodeprimidos e manip. trato urinário), staphylo saprophyticus (assoc a prática sexual no sexo feminino)
150
ITU no primeiro ano de vida é mais comum em meninos ou meninas?
meninos | - único momento. Depois disso sempre mais comum em meninas
151
vírus mais associado a cistite e qual forma de cistite (e ddx)
adenovírus cistite hemorrágica e. coli tb pode causar cistite hemorrágica
152
causa mais comum de uropatia obstrutiva grave em meninos
Válvula de uretra posterior
153
dx de Válvula de uretra posterior
uretrocistografia miccional
154
suspeição de Válvula de uretra posterior em dx pré-natal
hidronefrose, distensão vesical e oligodramnia - especialmente se for feto masculino (é mais comum VUP em meninos)
155
suspeição de Válvula de uretra posterior - clínica
globo vesical palpável, jato fraco
156
causa mais comum de hidronefrose em crianças pequenas
estenose de jup - hidronefrose sem dilatação ureteral ou de bexiga. Geralmente é unilateral e mais comum à E
157
infecção bacteriana grave mais frequente em lactentes com febre sem sinais de localização
pielonefrite
158
pontos de corte para considerar ITU no resultado de urocultura nos diferentes métodos de coleta
Saco coletor - positivo não dá o dx, negativo exclui - Nelson: se sintomas, equ alterado e > 100.000 pode dx PSP - dep da referência, mas a princípio qualquer número já é considerado (se G-, cuidado com G+) - Nelson: > 50.000 ou 10.000 se sintomática Cateterismo - SBP: > 1.000 (alguns autores recomendam repetir se 10-50k) - Nelson = psp Jato médio - crianças maiores - > 100.000
159
tto cistite na criança
amoxi, bactrim, nitrofurantoína, cefalexina | - 3-5 dias
160
indicações de internação em crianças com pielonefrite
sinais de sepse < 1m - lembrar que RN com febre sempre são internados desidratação, vômitos, incapacidade de ingerir líquidos - sinais gerais de perigo * alguns autores: < 3m = internar
161
tto pielonefrite
7-14d ambu: cefalo 3a. Alternativa cipro, principalmente se suspeita de pseudomonas. hosp: ceftri, cefotaxima ou ampi com aminoglico
162
indicações de profilaxia ITU na criança
durante inv do trato urinário após o primeiro episódio de ITU dx anomalias obstrutivas até correção RVU III-V Recidivas frequentes, mesmo c estudo morfofuncional normal
163
criança com ITU - quando investigar os FR intrínsecos?
EUA - 2m-2a: ITU febril conf por UCA 1o episódio: USG, se alterado uretrocistrografia miccional (UCM) 2o episódio: UCM - mesmo se USG prévia normal SBP: < 2 anos, com ITU confirmada (indep de febre): USG + UCM (pode cintilo se UCM alterada, para ver presença de cicatrizes). > 2 anos: USG
164
exame de escolha para avaliação de cicatrizes renais pós ITU
cintilo com DMSA | - tb é o exame que permite ver pielonefrite em atividade
165
faixa etária pediátrica mais relacionada com pneumonia por mycoplasma
adolescência
166
Tumores SNC mais comuns na faixa pediátrica
gliomas, meduloblastomas e craniofaringeomas