Gestação Flashcards

(43 cards)

1
Q

Porque devemos intervir antes de haver uma gravidez?

A

-A suscetibilidade para o desenvolvimento de DCNT é pré determinada numa fase precoce co ciclo de vida
-A alimentação e estilo de vida antes de engravidar influenciam a saúde e crescimento do feto
-Tem benefícios a longo prazo para reserva biológica e resiliência metabólica

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2
Q

Qual o período pré conceciponal?

A

-3 meses antes da concepção
-Desde o momento em que um casal fértil decide tentar engravidar
-No ano antecedente ao início da gravidez

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3
Q

Saúde pré concepção da mulher

A

Suplementar com Ac. fólico
Avaliar IMC e estado nutricional
Comorbilidades

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4
Q

Saúde pré concepção do Homem

A

Deficiência de zinco: ↓ contagem e qualidade dos espermatozóides
Reduzir ingestão de bebidas alcoólicas

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5
Q

Mulher malnutrida: desnutrida, excesso de peso

A

Maior risco de complicações materno-fetais:
* Pré eclâmpsia e HTA
* Diabetes gestacional
* Prematuridade
* Macrossomia (peso à nascença > 4000 g)
* Malformações congénitas
* Morte fetal
* Baixo peso ao nascer
* Insucesso no aleitamento materno
* Mortalidade materna

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6
Q

Intervenção nutricional no período preconcecional

A

-Melhoria da fisiologia, metabolismo, composição corporal e estado nutricional maternos
-Melhoria de vários indicadores de saúde durante a gravidez e da saúde e qualidade de vida a longo prazo
-Prevenção de doenças crónicas não transmissíveis com etiologia nos hábitos alimentares

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7
Q

Recomendações de aumento de peso

A

Se IMC era:
<18,5 aumento de 12,5-18Kg (0,5 por semana)
18,5-24,9 aumento de 11,5-16Kg (0,4 por semana)
25-29,9 aumento de 7-11,5Kg (0,3 por semana)
>30 aumento de 5-9Kg (0,2 por semana)
O aumento passa a ser mais significativo no 2º e 3º trimestre

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8
Q

Adotar, até 3 anos antes da gravidez, um padrão alimentar caracterizado por um consumo adequado de fruta, vegetais, leguminosas, frutos oleaginosos e de peixe, e um consumo baixo de carne vermelha e processada

A

Reduz risco de DMG, HTA e parto pré termo.

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9
Q

Alimentação e nutrição no período de preconceção

A

-Que proporcione o alcance ou a manutenção de um peso/IMC adequado
-Equilibrada no fornecimento de energia, macro e micronutrientes
-Que corrija deficiências de micronutrientes, se existentes (ferro, vitamina A, iodo,
zinco, cálcio, vitamina D)

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10
Q

Idade gestacional cronológica

A

A partir da data da última menstruação (a confirmar depois na ecografia do 1º Trimestre, entre as 11-13 semanas e 6 dias)

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11
Q

Ganho de peso na gestação

A

± 50% do ganho de peso é atribuído diretamente à unidade fetoplacentária: feto + placenta + líquido amniótico + útero
25% deve-se ao aumento do volume sanguíneo, volume extravascular e tecido mamário.
O restante ganho de peso é resultante das alterações metabólicas que ocorrem para
aumentar o acúmulo materno de água, gordura e proteína celular.

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12
Q

Necessidades nutricionais na gestação - energia

A

Metabolismo basal aumenta para suprimir as necessidades metabólicas e garantir crescimento fetal.
Aumenta 15-20% a partir do 2/3º trismestre
Entre 10-30 sem.: há síntese de novo tecido (feto, placenta e líquido amniótico) e o tecido existente cresce (útero, mama e tecido adiposo materno), justificando o aumento significativo das necessidades energéticas.

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13
Q

Necessidades nutricionais na gestação - proteína

A

É necessário um aporte proteico adicional para a síntese de tecidos maternos e fetais, especialmente no 3º trimestre
1ºT - +1g/dia
2ºT - + 9g/dia
3ºT - +28g/dia

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14
Q

Necessidades nutricionais na gestação - água

A

Ingestão adicional de 260 mL de água no 2o trimestre. Devido ao aumento de peso e de ingestão energética

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15
Q

Necessidades nutricionais na gestação - Glícidos

A

Não existem recomendações específicas para a mulher grávida, mantendo-se o intervalo de referência de 45-60% das NET.
Priorizar os glícidos complexos.
Fibra- 25g/dia

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16
Q

Necessidades nutricionais na gestação - Lípidos

A

Devem fornecer 20-35% das NET.
Mais relevante a composição:
-ácidos gordos
-teor de ácidos gordos polinsaturados n-3 de cadeia longa - ácido docosahexaenóico (DHA) e ácido eicosapentaenóico (EPA). Fundamentais para o desenvolvimento do sistema nervoso central e da retina do feto.
As concentrações séricas de DHA maternas estão associadas ao desenvolvimento neuronal e plasticidade, fluidez membranar e sinalização celular mediada por recetores. Estes ácidos gordos apresentam, ainda, impacto na modulação da inflamação.

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17
Q

Recomendações para a mulher grávida - lípidos

A

-Ácido linoleico 4% das NET
-Ácido α-linolénico 0,5% das NET
-DHA 100 - 200 mg/dia

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18
Q

Necessidades nutricionais na gestação - Micronutrientes

A

Na gravidez aumentam as necessidades de:
- ácido fólico
-vitamina C
-vitamina B12
-ferro
-iodo
-cobre
-zinco;

19
Q

Ácido fólico

A

Suplementação 400-800 μg/dia, especialmente no período periconcecional e nas primeiras 4 semanas de gestação.
Importante na síntese de:
-ADN
-Neurotransmissores
-Metabolismo de aminoácidos
-Síntese proteica
-Multiplicação celular.
Deve ser suplementado na gravidez de modo a suportar a eritropoiese e o crescimento placentário e fetal.

20
Q

Baixos níveis de Ácido fólico

A

-Aborto
-Baixo peso ao nascimento
-Parto prematuro.
A deficiência materna de ácido fólico está associada:
-Aumento da incidência de malformações congénitas
-Defeitos do tubo neural, incluindo anencefalia e espinha bífida e, possivelmente, lábio leporino e malformações cardíacas congénitas.

21
Q

Alimentos ricos em ácido fólico

A

Flocos ou farelo de trigo integral
Feijão frade
Agrião cru
Flocos de milho
Espargos
Couves de bruxelas cozidas
Beterraba crua
Couve lombarda
Tremoços cozidos
Favas cozidas

22
Q

Ferro

A

Importante
-Função como cofator na síntese de hemoglobina e mioglobina
-No transporte de oxigénio
-Na regulação genética
-No desenvolvimento neuronal
-No metabolismo de neurotransmissores
-No correto funcionamento de diferentes enzimas.
Para além das necessidades acrescidas do feto, a grávida tem um aumento no volume plasmático de cerca de 50% e no volume de eritrócitos de 20- 30%.

23
Q

Baixos níveis de Ferro

A

Pode comprometer:
-Transporte de oxigénio ao feto, e consequentemente o seu desenvolvimento
-Associado ao aumento do risco cardiovascular na vida adulta.
A deficiência materna de ferro está associada:
-Baixo peso ao nascimento
-Prematuridade
-Mortalidade perinatal
-Perturbações no desenvolvimento neuronal.

24
Q

Alimentos ricos em ferro

A

Farelo de trigo
Flocos de trigo integral
Cajus
Sardinha conserva em azeite
Frango cozido
Tremoços cozidos
Carne de vaca assada

25
Absorção do ferro
Absorção de ferro heme (animal) é superior ao ferro não heme (vegetal). Os fitatos e os compostos fenólicos inibem a absorção de ferro e o consumo de vitamina C potencia a sua absorção.
26
Iodo
Suplementação na forma de iodeto de potássio 150 a 200 μg/dia desde o período da preconceção, até ao aleitamento materno exclusivo, com exceção das mulheres com patologia da tiroide – nas quais a suplementação está contraindicada. Essencial para: -Síntese de hormonas tiroideias que >50%
27
Baixos níveis de Iodo
Associada: -Hipotiroidismo pós-parto -Mortalidade perinatal -Malformações congénitas -Hipotiroidismo neonatal -Comprometimento do desenvolvimento neuro-cognitivo fetal.
28
Vitamina C défice
Associado a parto prematuro. Não é recomendada a suplementação conjunta com vit E pela toxicidade fetal
29
Cálcio défice
-Osteopenia -Parestesias -Cãibras musculares -Aumento do risco de pré-eclampsia e de restrição do crescimento intrauterino.
30
Zinco défice
Compromete: Desenvolvimento fetal, cerebral e função imunológica -Risco de aborto -Restrição de crescimento intrauterino -Pré- eclâmpsia -Parto pré termo -Hemorragia intraparto
31
Magnésio défice
Associado: - Desfechos adversos mais tarde no ciclo de vida como raquitismo, asma, esclerose múltipla, distúrbios neurológicos e doenças autoimunes. Interfere com o risco de pré- eclampsia e diabetes gestacional.
32
Cobre deficiência
Altera o desenvolvimento embrionário e pode ser teratogénica.
33
Selénio
Antioxidante importante na fertilidade Défice: -Aborto -Pré-eclampsia -Restrição do crescimento intra-uterino -Intolerância à glicose -Alterações no perfil lipidico -Comprometimento no desenvolvimento cognitivo e psicomotor
34
Segurança alimentar na gravidez
Durante a gravidez ocorre a diminuição da capacidade da resposta imunológica, aumentando a suscetibilidade da mulher a determinados microrganismos patogénicos. Algumas bactérias e parasitas podem atravessar a placenta e provocar infeções ou serem tóxicos para o feto uma vez que o seu sistema imunológico está em desenvolvimento e não é capaz de combater as infeções.
35
Segurança alimentar na gravidez - patologia
Bactéria Listeria monocytogenes Algumas espécies de Salmonella O parasita Toxoplasma gondii A infeção por Campylobacter, que, mesmo que assintomática, pode provocar consequências graves no decorrer da gravidez ou no feto, tais como aborto espontâneo, nados-mortos ou complicações perinatais.
36
Consumo de pescado na gravidez
Evitar atum fresco, peixe-espada, maruca, cherne, espadarte, cação e a tintureira.
37
Gestão nutricional de sintomas
Náuseas e vómitos - mais comuns da gravidez, afetando 70-80% das grávidas. - Ocorrem sobretudo em mulheres jovens, primíparas, não fumadoras e obesas. - São resultado de fatores fisiológicos, psicológicos, genéticos e culturais geralmente no início da gravidez. - Podem ocorrer a qualquer hora do dia. - Por norma os sintomas são leves a moderados na primeira metade da gravidez.
38
Hiperemese gravídica:
condição caracterizada por náuseas e vómitos intensos e persistentes, causando desidratação, desequilíbrio eletrolítico e perda de peso. Afeta 1-2% das grávidas.
39
Nauseas e vómitos: recomendações dietéticas:
- Fazer pequenas refeições em ambiente arejado, com intervalos de 2 horas; - Restringir os alimentos com odores fortes e consumi-los em pequenas quantidades; - Optar por alimentos secos como bolachas de água e sal, pão torrado; - Preferir fontes proteicas de origem animal com baixo teor de gordura e confecionadas de forma simples (ex. frango assado/grelhado, ovos cozidos,...); - Evitar o consumo de alimentos muito condimentados e com elevador teor de gordura; - Evitar café, chá preto/verde e chocolate; - Manter uma adequada ingestão hídrica, de acordo com a tolerância individual (~2,3 L/dia).
39
Azia na gestação
-Surge habitualmente no final da gravidez devido ao espaço que o feto ocupa na cavidade abdominal, exercendo pressão sobre o esfíncter esofágico. -É causada pelo refluxo de ácido gástrico do estômago para o esófago e pode originar uma sensação ardor no peito. -Está associada às alterações dos níveis hormonais que podem afetar os músculos do trato gastrointestinal e a tolerância a determinados alimentos.
40
Azia na gestação, recomendações dietéticas:
-Comer em pequena quantidade, várias vezes ao longo do dia;  Evitar refeições volumosas sobretudo à noite; -Evitar a ingestão de líquidos à refeição.
41
Obstipação na gestação
-Ocorre em cerca de 35-40 % das grávidas -Os suplementos de ferro podem provocar ou agravar a obstipação. Recomendações dietéticas: -Garantir uma ingestão hídrica adequada; -Aumentar a ingestão de alimentos ricos em fibra (pão integral, arroz integral, cereais integrais, hortícolas e fruta).
42
Pica
Desejo por produtos não alimentares, como gelo, terra, grafite, papel higiénico, sabão em pó... Pode ser perigosa se levar à ingestão de certos compostos como metais pesados, derivados do plástico, pesticidas.