HAS Flashcards
(40 cards)
Definição Hipertensão
Níveis médios de PA que conferem risco significativo de eventos cardiovasculares (IAM, AVC,…)
Diferenças entre Hipertensão Primária e Secundária
Primária- idiopática
Secundária- menor parcela (5-10%), decorrente de outra patologia (estenose da artéria renal)
Cuidados ao aferir PA
3-5min de repouso, sentado com os pés no chão, braço na altura do coração, bexiga vazia, s/ cigarro 30min e exercício 60min
Sons/Fases de Korotkoff
PA sistólica?
PA diastólica?
Hiato Auscultatório?
Fase 1- Som nítido/surdo (PA sistólica)
Fase 2- Som suave/sopro (sua ausência causa hiato auscultatório e subestima valores)
Fase 3- Som amplificado/altos e claros
Fase 4- Som abafado
Fase 5- Silêncio (PA diastólica)
Diagnóstico de HAS
Medidas em 2 consultas em 2 dias diferentes 140x90 aferidas em consultório/ambulatório
MAPA (Monitoramento Ambulatorial da PA)
- 130x80 mmHg (24h)
- 135x85 mmHg (Vigília)
- 120x70 mmHg (Sono)
MRPA (Monitoramento Residencial da PA)
- 130x80 mmHg - 5 dias com 3x pela manhã e 3x pela noite (7 dias 2x)
Lesão órgão alvo (retinopatia por exemplo)
HAS mascarada
• Definida como a situação clínica caracterizada por valores normais de PA no consultório (< 140 x 90 mmHg), porém, com PA elevada pela MAPA.
• Essa condição deve ser pesquisada em indivíduos com PA normal ou limítrofe e mesmo nos hipertensos controlados, que desenvolvem sinais de lesões em órgãos-alvo, sua prevalência média é de 13%.
Principais LOA
Coração:
- Coronariopatia
- Cardiopatia hipertensiva: HVE, IC
Cérebro:
- Doença cerebrovascular, demência
Retina (retinopatia hipertensiva)
Rim (nefropatia hipertensiva)
Doença arterial periférica (claudicação intermitente é um sintoma comum)
Classificação de Keith-Wagener
Grau I - Estreitamento arteriolar
Grau II - Cruzamento AV patológico
Grau III - Hemorragia/ exsudato
Grau IV - Papiledema
Grau I e II: alterações crônicas
Grau III e IV: alterações agudas (emergências hipertensivas)
Classificação da HAS
PA ótima: < 120/80
PA normal: 120-129 / 80-84
Pré-hipertensão: 130-139 / 85-89
HAS estágio I: 140-159 / 90-99
HAS estágio II: 160-179 / 100-109
HAS estágio III: ≥ 180/110
PA alvo
Geral < 140 X 90
Alto risco CV*: < 130 x 80
*Doença renal crônica; DM; doença cardiovascular (AVE, ICC, coronariopatia); risco de doença cardiovascular em 10 anos > 10 %
Tratamento da HAS
Ótima/ Normal: reavaliar em 1 ano
Pré-HAS: tratamento não farmacológico (mudança do estilo de vida)
HAS estágio I*: início com 1 droga (monoterapia)
HAS estágio II e III**: início com 2 drogas (associação)
Atenção às exceções:
*Baixo risco CV: tto não farmacológico por 3 meses;
Alto risco CV: início com 2 drogas.
** Grande idoso (> 80 anos, frágil): início com 1 droga
Tratamento não farmacológico da HAS
- Restrição sódica (< 1-1,5g de sódio)
- Dieta DASH (K, Ca, vegetais, frutas)
- Perda de peso
- Moderação do consumo etílico
- Exercício regular
Drogas de primeira linha para HAS
- Tiazídico
- Bloqueadores dos canais de Ca
- IECA (pril)
- BRA-II (sartana)
Obs: não associar IECA e BRA-II
Drogas de segunda linha para HAS
- Beta-bloqueador (usar apenas se o paciente tiver outra condição que necessite essa droga, ex ICC, doença coronariana)
- Alfa-bloqueador
- Clonidina
- Metildopa
- Espironalactona
- Hidralazina
- Alisquireno (inibidor direto da renina)
Indicações específicas AH de 1ª linha
IECA/BRA-II:
- DRC
- DM (microalbuminúria)
- IC
Tiazídico (hidroclorotiazida, indapamida, clotalidona):
- Pacientes negro (não responde bem a IECA E BRA-II)
Bloqueadores do canais de cálcio (anlodipina, nifedipina)
- Pacientes negros
- DAP (claudicação intermitente)
Efeitos colaterais dos AH de 1ª linha
IECA e BRA-II:
- IRA, hipertopassemia: não usar se creatinina > 3 ou K > 5,5 ou estenose bilateral de a. renal
- Tosse crônica por aumento bradicinina (BRA-II não faz, não inibe a ECA)
Tiazídico:
- 4 hipo: hipovolemia, hipoNa, hipoK, hipoMg
- 3 hiper: hiperuricemia (não usar em paciente com gota!!!), hiperglicemia, hiperlipemia
Bloquadores dos canais de cálcio:
- Edema de MI
- Não utilizar em casos de ICC
Defina HAS resistente
HAS que continua elevada mesmo em uso de 3 drogas AH em dose máxima (otimizada), sendo 1 deles um diurético tiazídico
Conduta em HAS Resistente?
Conferir aderência ao tto
Realizar MAPA e MRPA para afastar jaleco branco
Excluir hipertensão secundária (sopro de artéria renal…)
Adicionar 4a droga: ESPIRONOLACTONA (antagonista de aldosterona)
Pesquisa de HAS Secundária
Doença Renal Parenquimatosa: Insuficiência renal (Ur, Cr) edema. Dx: USG renal, TFG (taxa de filtração glomerular).
Renovascular (estenose de a. Renal): sopro abdome, hipoK+, alcalose. Dx: VER a. RENAL! (angio TC, angiografia Renal)
Hiperaldosterismo Primário: hipoK+. Dx: Aldosterona aumentada e renina diminuída.
Feocromocitoma: crises (paroxismos) adrenérgicas. Dx: Dosar metabólitos das catecolaminas (metanefrinas urinárias) e catecolaminas.
Apneia Obstrutiva do Sono: ronco, sonolência. Dx: polissonografia
Defina Crise Hipertensiva
PA >= 180x120 mmHg
Aumento rápido
Diferencie Emergência e Urgência Hipertensiva
Emergência Hipertensiva x Urgência Hipertensiva
E- lesão aguda de órgão alvo
U- s/ lesão aguda
Cérebro (AVE), Coração (IAM), aorta, rim, retina (grau III e IV), eclampsia
Pseudocrise Hipertensiva: Paciente com HAS mal tratada em condições gerais/queixas vagas de elevação pressórica (ansiedade, dor por exemplo)
Tratamento da emergência hipertensiva
Lesão aguda de órgão-alvo
Tto com drogas EV (nitroprussiato!, Beta-bloq- esmolol metoprolol, nitroglicerina)
Cuidado! Queda acentuada de PA pode hipoperfundir tecidos nobres
Meta: Redução de PAM de até 25% na 1ª hora. Entre 2-6 horas, 160x100.
Tratamento da urgência hipertensiva
Medicação VO (captopril, Beta-bloq, clonidina)
Redução da PA em 24-48 horas
Exemplos de emergência hipertensiva importantes
IAM, AVE, Encefalopatia hipertensiva, Hipertensão Acelerada ou Maligna, Dissecção Aórtica Aguda