Hemostasia Flashcards

(48 cards)

1
Q

Fatores predisponentes a coagulação

A

Tríade de Wirchow
- Hipercoagulabilidade / Turbilhonamento do sangue(vs. linear)
- Estase sanguínea
- Injuria endotelial / Pressão (força de cisalhamento)

Alterações anatômicas: aneurismas adquiridos ou congênitos e doenças ateroscleróticas = modificação do fluxo/turbilhonamento
Aterosclerose: alteração da pressão (força de cisalhamento)

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2
Q

Hemostasia depende de um equilíbrio de 3 fatores

A

Coagulação
Capacidade e velocidade de dissolução de tampão de fibrina
Mecanismos naturais de anticoagulação

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3
Q

Plaquetogênese

A

-Plaquetas são originadas dos fragmentos das extremidades do citoplasma dos megacariócitos presentes na medula óssea
- Intervalo entre a diferenciação entre célula tronco -> megacariócito -> plaquetas -> é de 10 dias
- A trombopoetina (TPO) produzida pelo fígado é o principal regulador
- sobrevida da plaqueta de 9 a 10 dias -> removida por macrófagos
- A plaqueta senil perde acido siálico -> expõe resíduo de galactose -> sinalizando produção de TPO

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4
Q

Exame de TPO (Trombopoetina)

A

BAIXO = trombocitose
ALTO = aplasia de medula = trombocitopenia

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5
Q

Importância das Glicoproteínas de membrana das plaquetas

A
  • Importantes na reação de Adesão e Agregação plaquetária para formação do tampão
  • Dentre as mais importante:
    GPIa -> reage com colágeno na fase inicial da adesão
    GPIb é o receptor de von Willbrand (vWF) e trombina -> atua na fixação da plaqueta no endotélio vascular
    GPIIb-IIIa formam complexo que atua na agregação plaquetária
    GPIII se liga ao fibrinogênio, fibronectina, e vWF
    GPIV é o receptor para tromboplastina
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6
Q

Grânulos plaquetários

A

Eletrodensos: Ca2+, ADP, ATP e serotonina
Alfa: antagonista de heparina, PDGF
Beta: tromboglobulina, fibrinogênio, vWF e fatores de coagulação
Na ativação, o conteúdo dos 3 grânulos é secretado

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7
Q

Hemostasia primaria e secundaria

A

Hemostasia primária (tampão plaquetário) -> desencadeada por lesão celular
Vasoconstrição e ação plaquetária -> adesão

Hemostasia secundária (formação de fibrina):
Proteínas de coagulação
Ação dos fatores (proteínas) da cascata de coagulação (rede de fibrina)

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8
Q

Ao serem ativadas e aderidas ao endotélio liberam varias substancias que tem objetivo de:

A
  • promover agregação das plaquetas aderidas
  • ativar mecanismo de coagulação
  • diminuir permeabilidade do vaso
  • manter tônus da rede vascular
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9
Q

Hemostasia primaria

A

Endotélio integro: PGI2 e No inibidores plaquetários (dão características não trombogênicas ao interior dos vasos íntegros)
Endotélio lesado com exposição de colágeno e presença de vWF -> adesão plaquetária GPIa/ GPIIa-colageno e GPIb-vWF-> ativação das plaquetas -> mudança de conformação com emissão de pseudópodes e liberação de grânulos de ADP, Serotonina e TXA2 -> ADP é responsável pela ativação de outras plaquetas via receptor P2y-> agregação entre as plaquetas acontece via GPIIb/IIIa-ponte de fibrinogênio -> exteriorização da lipoproteína fator plaquetário III (fator tecidual)-> cascata de coagulação

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10
Q

Hemostasia secundaria = COAGULAÇÃO

A
  • Conversão do fibrinogênio em fibrina pela enzima trombina
  • A fibrina forma uma rede de fibras elásticas que consolida o tampão plaquetário e o transforma em tampão hemostático
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11
Q

Cascata de coagulação

A

VIA INTRINSECA (estimulada por contato ou inflamação) -> ativa fator XII (via calecreína) -> FXI -> FIX -> ativação do FX
- calecreína = processos inflamatório aumentam a produção = ↑ capacidade trombogênica
- a via intrínseca não tem papel fisiológico na hemostasia

VIA EXTRINSECA (lesão de vaso) -> depende de fator tissular (FT ou FIII) -> que forma complexo com fator VII mediado por Ca-> FT+ VII -> ativa tanto FII quanto FX

VIA COMUM Ativação de FX associado ao fator V -> conversão de protrombina (fator II) em trombina e fibrinogênio em fibrina
Fator XIII faz ligação covalente entre monômeros de fibrina

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12
Q

Fatores Dependentes de Vitamina K

A
  • Fatores II, VII, IX e X e proteínas C e S
  • Os fatores K-dependentes precisam sofrer carboxilação para se ligarem a plaqueta via Ca
  • A Vit K é responsável pela carboxilação de resíduos ac. glutâmico em gama-carboxiglutamato -> tornando os fatores funcionantes
    Vit k reduzida (KH2) -> oxida -> ac. glutâmico em gama-carboxiglutamato -> vitamina K oxidada -> vai para Fígado -> sofre redução (reciclagem)
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13
Q

Efeitos da Trombina - Amplificação

A
  • Amplificação: a própria trombina inicialmente promove feed back positivo sobre fator V, VIII, e XI aumentando ainda mais a quantidade de trombina
    Explosão -> quando há muita trombina -> há formação de fibrina -> estabiliza hemorragia
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14
Q

Controle da coagulação

A
  • Quando atinge alta concentração a trobina, acaba gerando a ligação entre trombina-TROMBOMODULINA (baixo Km) -> ativação da proteína C → ligação à proteína S na superfície da plaqueta → degradação dos fatores Va e VIIIa → frenagem da cascata
  • Proteína C induz a produção de prostaciclina (anti-agregante) pelas células endoteliais (impede a coagulação disseminada)
  • Antitrombina III (enzima de degradação da trombina)-> é ativada por HEPARAN SUFATO uma molécula semelhante a heparina presente na superfície do endotélio
  • Mutação no fator V o torna resistente à clivagem pela proteína C ativada ancorada á proteína S (fator V de Leiden - pró-trombose)
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15
Q

Anticoagulantes Naturais

A

1) Endotélio Íntegro:
- Liberação de NO (vasodilatador e ação anti-plaquetária) e PGI2 (inibição da agregação plaquetária)
- Trombomodulina (receptor na célula endotelial): inativação da trombina através de formação de complexo
- Libera plasminogênio e fator de ativador tecidual do plasminogênio - Recp PAR + Trombina = (t-PA) - Receptor PAR no endotélio é fibrinolítico mas na plaqueta é coagulante -> plasminogênio conversão de plasmina que degrada fibrina
- Formação do complexo: ativação da proteína C
- Proteína C ativada + proteína S: inativação de fator V e VIII
- Antitrombina (serpina): Aumenta capacidade de ação do heparan sulfato presente na célula endotelial
2) Inibidor da Via do Fator Tissular (TFPI) -> inibe complexo FT + fator VIIa (complexo insolúvel)

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16
Q

Fibrinólise

A
  • É a dissolução da fibrina pela plasmina -> derivado de plasminogênio
  • Plasmina faz inibição dos fatores V e VIII também (diminuição da velocidade de formação do coágulo)
  • Conversão de plasminogênio a plasmina: tPA (endotélio) e uPA (uroquinase) X PAI-1: inibidor do ativador do plasminogênio e α2-antiplasmina: bloqueia plasmina
  • Dimero D = produtos de degradação de fibrina -> parâmetro usado para avaliação laboratorial -> indica que houve formação da cascata de coagulação
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17
Q

AVALIAÇÃO DA HEMOSTASIA - Clinica

A
  • sangramentos anormais
  • hematomas espontâneos
  • sangramento gengival
  • hematúria

Medicamentos que podem alterar a hemostasia
Aspirina
Etanol
Dipiridamol
Indometacina
Penicilinas
Dextran
Clorpromazina
Hidroxicloroquina
Fenilbultazona
Ác. mecoflenâmico
Nitrofurantoína
Antidepressivos tricíclicos

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18
Q

AVALIAÇÃO DA HEMOSTASIA - Clinica

A

1.Início dos Sintomas
Se na infância (hereditária/congênita) ou na idade adulta (adquirida)
Se imediato ou tardio (ao trauma):
Imediato: em geral, problema de vasos ou plaquetas
Tardio: em geral, problema das proteínas de coagulação
2.Localização
Sítio único/ disseminado
Mucosas/ pele (alterações de vasos/ plaquetas) - plaquetas
Articular/ muscular (comprometimento da formação de fibrina) - são sangramentos mais profundos - fibrina
TGU/ TGI (comprometimento da formação de fibrina)
3. Intensidade -> quedas de 2 pontos da Hb ou necessidade de transfusão = maiores
4. Historia familiar (ligada ao sexo - hemofilia A)
5. Uso de substâncias (Vasodilatadores, AAS, Anticoagulantes, drogas ilícitas ou licitas, dieta)
6. Patologias associadas (HAS, Hepatopatia, autoimune)
7. Fatores desencadeantes

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19
Q

AVALIAÇÃO DA HEMOSTASIA - Laboratorial

A

Inicialmente Provas Globais

2º testes específicos

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20
Q

Testes Globais

A

Vasos
Tempo de sangramento (TS)
Prova do laço

Plaquetas
Tempo de sangramento (TS)
Prova do laço
Curva de agregação plaquetária
Adesividade plaquetária
Retração do coágulo

Coagulação
Tempo de coagulação (TC) - Não se faz mais TS nem TC
Tempo de protrombina (TP)
Tempo de tromboplastina parcial ativado (TTPA)
Tempo de trombina (TT)

21
Q

LABORATORIAL - Avaliação Plaquetária

A

*Contagem do número de plaquetas (hemograma)
*Morfologia plaquetária (esfregaço de sangue periférico)

*Função plaquetária (testes de agregação plaquetária)
- Caráter qualitativo
- Teste de ristocetina - ATB que induz agregação plaquetária na presença de vWF (indica deficiência de IIb/IIIa)

*Deficiência de glicoproteínas de superfície (imunofenotipagem) - especifico

22
Q

Testes de Coagulação (TP e TTPA)
Tubo com citrato de cálcio - mecanismo de anticoagulação
Proporção perfeita: 1 parte de anticoagulante (citrato):9 partes de sangue

A
  • Tempo de protrombina (TP): avalia via extrínseca
  • Avaliação da formação de fibrina através da ativação por fator tissular
    (TP doente/TP normal)ISI = RNI relação normatizada internacional
  • Tempo de tromboplastina parcial ativado (TTPA): avalia via intrínseca (fator XII)
  • Avaliação da formação de fibrina através da ativação por tromboplastina (FXI) (ou cefalina)
    RT: comparação do tempo do paciente com o tempo controle
    TTPAp/ TTPAc
    RT até 1,25 = normal
23
Q

Tempo de Trombina (TT)

A

Verifica-se se há fibrinogênio e em quanto tempo esse se converte em fibrina através do fornecimento de trombina
Hipofibrinogenemia (quantidade alterada)
Disfibrinogenemia (alteração da molécula que impede a conversão)
Presença de inibidor (ex.: heparina)

24
Q

Teste da Mistura

A

Frente a tempo prolongado: TTPA, TP ou TT
Avaliar deficiência de algum fator ou presença inibidor na amostra
TTPA p (50%) + TTPA c (50%) = TTPA m
Se TTPA m normalizado: deficiência
Se TTPA m ainda aumentado: presença de inibidor

25
Coagulopatias Adquiridas
Insuficiência hepática Deficiência de vit. K (deficiência dos fatores II, VII, IX e X) Anticoagulantes Sangramento maciço Inibidores
26
Exames alterados
Alteração exclusiva de TTPA: fator VIII, IX, XI e XII Alteração exclusiva de TP: fator VII Alteração de TP e TTPA: - Via comum: fator X, V e II - Alteração de fibrinogênio - TT vai ajudar - Alteração combinada (fator V e VIII) - Alteração múltipla (ex: deficiência hepática)
27
Doença de von Willebrand
Função hemostática do vWF (FvW) - Fase primária: adesão (promove ligação muito forte ao endotélio) e agregação plaquetária - Fase de coagulação: estabilização do fator VIII pelo vWF → se não tem vWF, não tem FVIII Diagnóstico (alteração de): TTPA / Fator VIII Agregação plaquetária induzida ristocetina - vWF é cofator da ristocetina Fatores que alteram a concentração do FvW Diminuição: grupo sanguíneo ABO (O
28
Púrpura trombocitopênica Imune/ Idiopática
Anticorpo auto imune que se liga na plaqueta e diminui sua meia vida Destruição mediada por AC e inibição de novas plaquetas pelos megacariócito Pode ser primaria ou secundaria a doenças autoimunes , HIV, S. Evans e outras Causa distúrbio hemorrágico geralmente sem anemia Apresentação: petéquias confluentes em MMII e abdome, sangramento de mucosas Diagnóstico: HMG + Esfregaço sanguineo = plaquetas gigantes - macroplaquetas, ACs, mielograma (acima de 60 anos), Tratamento: corticóides, anti-D e imunoglobulina humana - saturam o receptor FC, rituximab - refratária, esplenectomia,
29
Disfunção plaquetária Hereditárias:
Autossômica recessiva: trombastenia de Glanzmann – GPIIB –IIIA Bernard Soulier – GP1B –IX-V Dominantes na formação de grânulos – HERMANSKY-PUDLAK Tratamento: Transfusão plaquetária DDAVP Terapia antifibrinolítica
30
Púrpura trombocitopênica trombótica (PTT) e SHU
PTT e SHU = destruição plaquetária não imunogênica + anemia hemolítica microangiopática + trombose microvascular PTT = deficiência da enzima ADAMTS13 (responsável pela clivagem do vWF) -> acumulo de vWF nas células endoteliais-> precipitação de trombos SHU = desecadeada pela toxina ''shiga" - , Escherichia coli O157:H7 ou algumas cepas da Shigella dysenteriae ou Desregulação do sistema complemento SHU cursa com insuficiência renal Aumento de DHL Aumento de bilirrubina indireta Redução de haptoglobina Aumento da contagem de reticulócitos Esquizócitos
31
Deficiência da cascata de coagulação -> sangramento
Von Willebrand: fator VIII Hemofilia A: deficiência de fator VIII - Genética ligada ao X - masculino Hemofilia B: deficiência de fator IX - Genética ligada ao X - masculino Hemofilia C: deficiência de fator XI – autossômica Suspeita-se de hemofilia em pacientes com sangramento recidivante, hemartrose inexplicável ou PTT prolongado. Se houver suspeita de hemofilia, obtêm-se PTTA, PT, contagem de plaquetas e análises dos fatores VIII e IX. Na hemofilia, o PTTA é prolongado, mas TP e contagem de plaquetas são normais. Tratamento A: fator VIII plasmático Fator VIII recombinante B: fator IX plasmático Fator IX recombinante
32
Coagulação intravascular disseminada (CIVD)
Reação inflamatória intensa sistêmica -> ativação sistêmica da coagulação sanguínea -> ativação e consumo dos fatores de coagulação -> trombose de pequenos e médios vasos -> disfunção orgânica e sangramentos. - Etiologia: Infecções, neoplasias sólidas e hematológicas, doenças obstétricas, traumas, doenças hepáticas. - Hemograma completo, TP, TTPA, fibrinogênio, quantificação de D-dímeros TTPA e TP prolongado TT prolongado Fibrinogênio reduzido Plaquetas reduzidas Hemólise intravascular Aumento do D-dímero Aumento do PDF Níveis de antitrombina ou atividade do plasminogênio < 60% Hipoxemia - Tratamento da CIVD Tratamento da doença de base Controle de sangramento: suporte transfusional Baixas doses de heparina
33
Complicações do tromboembolismo venoso
Síndrome pós-trombótica - falta de recanalização TEP Recorrência Complicações obstétricas (mãe e feto) Complicações neurológicas Insuficiência hepática e hipertensão portal Óbito
34
Situações provocadoras do tromboembolismo venoso
*Hipercoagulabilidade - maior propensão a coagulabilidade *Trombofilia/ trombofilia hereditária - situações hereditárias e situações específicas ligadas aos fatores da coagulação ou às células e proteínas participantes da coagulação e fibrinólise
35
Trombofilia - Fatores de risco
Gestação idade >60 anos obesidade Imobilização (acamados/viagens) cirurgias fraturas e traumas infecções hiperviscosidade neoplasias insuficiência renal ou hepática
36
Pesquisar (pesquisáveis) - trombofilias Quando há recorrência ou histórico familiar
Dosagem de proteína C Dosagem de proteína S Dosagem de antitrombina Pesquisa do fator V de Leiden (mutação nesse fator) - comum em europeus Pesquisa da mutação no gene da protrombina G20210A - umenta a concentração de trombina → aumenta a capacidade de formação de fibrina Síndrome do Anticorpo antifosfolípide/ SAAF (ter pelo menos um dos três anticorpos: ACLUP, ACCARD, anti β2 glicoproteína I) Ter pelo menos 2 dosagens com 12 semanas de intervalo pelo menos Dosagem de fator VIII - fator IX ou XI em níveis muito elevados > 250 (LSN é 150) Dosagem de fibrinogênio Dosagem de homocisteína (homocisteinemia)
37
Trombofilia Hereditária - Incidência
Antitrombina C e S (hereditária) - prevalência menor, mas determina maior risco de trombose SAAF aumenta muito a chance de trombose Fator V de Leiden é muito comum na população: até 20% em populações como Europa de pacientes que apresentem um primeiro episódio tem, mas muitos portadores nunca vão ter trombose Exames principais Síndrome do Anticorpo antifosfolípide/ SAAF (ter pelo menos um dos três anticorpos: ACLUP, ACCARD, anti β2 glicoproteína I) Ter pelo menos 2 dosagens com 12 semanas de intervalo pelo menos Dosagem de homocisteína (homocisteinemia)
38
Trombofilia Hereditária - suspeita
TEV em indivíduos < 40 anos sem fator causal aparente TEV em local anatômico incomum (obs.: sítio comum é perna e pulmão) TEV de repetição (investigar ou não nem é tão importante para o próprio indivíduo porque já vai ter que tomar medicação anticoagulante, é mais para família) História familiar (várias pessoas acometidas) 3 ou mais abortos
39
Antiagregante - AAS
Inibidor de COX1 e de TXA2 (inibição de quimiotaxia plaquetária) AAS inibe COX-1 de forma irreversível -> por ser anucleada a plaqueta não tem capacidade de ressíntese de COX // diferente do endotélio que renova sua COX e produz PGI2 (antiagregante) Dose usada na prevenção de eventos trombóticos 50-325mg (AAS infantil = 81mg) Doses altas (dor, antitérmico) = inibe COX do endotélio Uso concomitante com IBUPROFENO - que é competidor de sitio do AAS e inibidor reversível da COX - diminui efeito do AAS - usar AAs 30 min antes ou 8 h depois
40
Antiagregantes plaquetários - Inibidores de Fosfodiesterase Dipiridamol e Cilostazol
Pouco potentes -> usados para claudicação intermitente Inibição da fosfodiesterase: fármacos potencializam o efeito de prostaciclina (PGI2) e NO, que atuam em seus receptores convertendo ATP em AMPc AMPc inibe liberação de Ca2+ dos grânulos plaquetários (não há agregação plaquetária) e bloqueiam a fosfodiesterase que não converte em 5´-AMP 5´-AMP liberaria Ca
41
Antiagregantes plaquetários - Tienopiridinas Clopidogrel, prasugrel e ticagrelor
Inibem o P2Y (receptor colinérgico): ADP secretado pela plaqueta ativada não tem efeito de ativação de outra plaqueta circulante Clopidogrel: necessita de ativação hepática Prasugrel: necessita de ativação hepática Ticagrelor: Vantagem: inibidor de P2Y direto - é o fármaco ativo
42
Antiagregantes plaquetários - Inibidores de GPIIb/ GPIIIa Abciximabe, Eptifibatida e Tirofibana
Não permitem formação das pontes de fibrinogênio entre plaquetas Abciximab: anticorpo monoclonal quimérico contra GPIIb/IIIa, caro e usado em associação com AAS e heparina em intervenções coronarianas percutâneas Eptifibratina é um peptídeo com a mesma função de Abciximabe Tirofibana é uma molécula sintética Todos são injetáveis (uso hospitalar)
43
Anticoagulante - Warfarina (Anticoagulantes Cumarínicos)
Competidor de vitamina K - primeiro a ser criado Warfarina inibe enzimas da via hepática de redução da vit. K -> os fatores de coagulação K-dependentes não conseguem se ligar as plaquetas -> diminuindo a coagulação Antídoto: vitamina K Warfarina depende da ingestão de vit. K para ajuste de dose (com base no INR 2 a 3 → calculado com base no tempo de protrombina)
44
Anticoagulante Heparina não-fracionada e de baixo peso (HBPM/ LMWH)
Heparina não fracionada = baixo e alto peso molecular -> ativa a antitrombina III -> estabiliza a degradação do fator X e trombina HBPM = ativa a antitrombina III -> estabiliza a degradação apenas do FX HBPM = SC - maior controle dose/efeitos HNF = EV Trombocitopenia Induzida por Heparina (HIT) Mais comum com o uso de heparina não-fracionada de 5-10 dias após o início do uso Produção de IgG contra o complexo “fator plaquetário 4-heparina” Anticorpo autoimune ativa a plaqueta gerando plaquetopenia por consumo em coagulação intravascular disseminada (CIVD) → formação de vários trombos por anticorpo que ativou as plaquetas ao receber heparina Autoanticorpo se liga a um receptor de Fc na superfície da plaqueta
45
Anticoagulantes - Inibidores Diretos da Trombina (DTI) Dabigatrana, Lepirudina, Argatrobana
Lepirudina: proteína (hirudina - sanguessuga) recombinante (inibidor direto da trombina) - usada em pct com HIT substituição à heparina Argatrobana e Dabigatrana (moléculas sintéticas) Argatrobana: derivada da L-arginina, injetável, com tempo de ½ vida de 50min e metabolismo hepático; inativada pela CYP3A4/5 e excretada nas fezes (secreção biliar), podendo ser utilizada em pacientes com insuficiência renal; necessário ajustar dose em pacientes com insuficiência hepática Dabigatrana: uso oral, com tempo de ½ vida de 12-14h, formulada como pró-droga etexilato de dabigatrana, rapidamente convertida na droga ativa por hidrólise (esterases) plasmáticas, com excreção renal, portanto sendo necessário ajustar dose em pacientes com insuficiência renal mais severa; prolonga TTPa; antídoto idarucizumab (garante melhor controle do uso)
46
Anticoagulantes - Inibidores de Fator Xa Rivaroxabana, Apixabana e Edoxabana
Inibidores seletivos de fator Xa Apenas variam em seu uso clínico e não em seu mecanismo Supressão de uma molécula de fator Xa resulta em redução de atividade de trombina 100 vezes maior do que com o uso de DTI (mais potente que DTI mecanisticamente) Início de ação rápida, dose-resposta é previsível, dispensando monitoramento, não apresentam interação significativa com alimentos e medicamentos, alguns sendo de dose única diária e a dose pode ser ajustada na insuficiência renal O mais usado é a rivaroxabana
47
Fibrinolíticos Estreptoquinase, alteplase e uroquinase
Conversores de plasminogênio em plasmina (que por sua vez, degrada fibrina) → estimulam a fibrinólise Estreptoquinase tem ação sistêmica - hidrolisa fibrina, FV, FVII e fibrinogênio circulante Apresenta maior risco de antigenicidade (reação anafilática) Tem maior meia vida - maior risco de sangramento Alteplase ação é mais localizada, apresenta metade do tempo de meia vida de estreptoquinase e uroquinase Do ponto de vista farmacológico (especificidade de plasminogênio, tempo de ½ vida, possibilidade de antigenicidade) → melhor é alteplase, depois uroquinase e por último a estreptoquinase
48
Antifibrinolíticos/ Antitrombóticos
*Ácido aminocapróico e ácido tranexâmico (10 vezes mais potente que o primeiro) Inibidores de plasminogênio e plasmina Fármacos sintéticos de uso oral *Sulfato de protamina Inibidor de heparina (forma um complexo estável) *Vitamina K Competidor com a Warfarina *Aprotinina É uma serpina que inibe a plasmina Inibe também outras proteases de maneira inespecífica, mas parece ser dose dependente, doses menores inibe apenas plasmina