HIV Flashcards
(35 cards)
Qual o esquema de diagnóstico em indivíduos > 18 meses?
Inicialmente faz Imunoensaio (anticorpo), se negativo descarta, se positivo faz teste molecular (CV).
CV > 5000 copias indica infecção -> para confirmação, repete IE
Se CV < 5000, tb repete IE
TESTES DISCORDANTES -> Western Blot ou Imunoblot
Diagnóstico em < 18 meses?
Precisa de 2 CV +
Se recebeu quimioprofilaxia ARV:
Primeira amostra 2 semanas após o término da profilaxia, segunda amostra 4 semanas depois disso.
Se na primeira amostra a CV for > 5000, repete imediatamente.
Se resultados discordantes, repete imediatamente.
Se não recebeu:
Primeira amostra imediatamente, se > 5000 cópias faz a segunda logo em seguida; se < 5000 cópias ou negativo, segunda amostra com 4 semanas.
Em ambos os casos, se resultados discordantes: dosagem do DNA pro-viral, contagem de CD4 e avaliação clínica abrangente
Se lactente foi amamentado por mãe soropositiva, o que fazer?
Dosa CV e começa PEP imediatamente. Repete CV com 2 e 6 semanas.
2 CV > 5000 -> infectada
Se CV < 5000, repete com 4 semanas, se continuar esse valor, pesquisa DNA pró-viral e conta CD4.
Diagnóstico e manejo ILTB no paciente HIV +?
PPD > 5 mm -> ILTB! Trata com isoniazida por 9 meses
PPD < 5 mm -> repetir anualmente
Ps: sempre fazer PPD pós reconstituição imune
Quais vacinas não fazer em crianças com CD4 < 200?
As de vírus vivo atenuado: tríplice viral, varicela, febre amarela, HPV quadrivalente
Critérios de suspeição de SRI?
- Piora de uma doença diagnosticada ou surgimento de novas manifestações após início ou modificação da TARV
- CD4 < 100 antes do início ou modificação da TARV
- Surgimento de sinais e sintomas entre 4-8 semanas após inicio/mod
- Resposta satisfatória à TARV (queda CV, aumento CD4)
- Exclusão de falha terapêutica, efeito colateral da TARV ou superinfecção
Como iniciar a TARV na coinfecção HIV-TB?
- CD4 < 50 ou sinais clínicos de imunodeficiência avançada: iniciar DENTRO de 2 semanas do início do tto para TB
- TB meníngea: iniciar APÓS a 8 semana, independente do CD4
- CD4 > 50, ausência de TB meníngea: iniciar NA 8 semana
Esquema de tratamento para população geral?
TDF (tenofovir) + 3TC (lamivudina) + DTG (dolutegravir)
Efeito adverso do TDF e possíveis substituições:
Nefrotoxicidade!
2 linha: abacavir (ABC)
3 linha: zidovudina (AZT), risco de mielotoxicidade e lipoatrofia
Esquema para gestantes:
TDF/3TC + RAL (raltegravir)
Obs: monitorar transaminases
Esquema para coinfecção HIV-TB:
TDF/3TC + EFV (risco de efeitos neuropsiquiátricos e rash)
2 linha: DTG DOSE DOBRADA pois sofre interação com rifampicina
Tempo necessário para soroconversão (intervalo entre contágio e o surgimento de anticorpos):
4 semanas (MS)
Caracterize a Síndrome Retroviral Aguda.
Conjunto de sinais e sintomas inespecíficos que surgem durante a soroconversão, de curso autolimitado (3-4 semanas).
Principais: febre, mialgia, cefaleia, faringite, dor ocular, rash cutâneo (lesões maculopapulares em face, pescoço e tronco) e linfadenopatia
O que significa a fase de “latência clínica”? Existe “latência microbiológica”?
É a fase após a SRA em que o CD4 vai caindo a uma média de 50 cel/ano, durando cerca de 10 anos na ausência de tratamento, e na qual o paciente pode ser assintomático (com a progressão da imunodepressão, vão aparecendo as doenças oportunistas)
Não existe latência microbiológica, pois apesar do set point da CV estabelecido pela ativação imune, sempre vai existir replicação viral ativa.
Qual a definição de Linfadenopatia Generalizada Progressiva (LGP) presente na fase de latência?
Adenomegalias >1cm em duas ou mais cadeias extrainguinais por > 3 meses, na ausência de uma causa óbvia.
Quando indicar biópsia de linfonodo na LGP?
Se CD4 > 200 na presença de outros sinais e sintomas sugestivos de doença linfoproliferativa (febre, sudorese, perda ponderal)
Se CD4 < 200, sempre indicada mesmo na ausência de sintomas
Diagnóstico diferencial de TB em pacientes SIDA com cavitação pulmonar?
Rodococose!
Etiologia: Rhodococcus equi (cocobacilo gram positivo)
Clínica: febre e tosse arrastados
Rx: consolidações alveolares e CAVITAÇÃO PULMONAR
Hemocultura geralmente positiva pois faz muita bacteremia!
A pneumocistose é a principal causa de pneumonia em pacientes HIV positivo no Brasil. Quando suspeitar?
Pacientes com CD4 <200 ou sinais de imunodepressão moderada com:
Quadro clínico inespecífico arrastado (febre, tosse seca ou com pouco escarro claro, dispneia aos esforços, dor torácica retroesternal e perda ponderal), discreta leucocitose/leucograma normal, LDH > 500, hipoxemia (pO2 < 70).
Rx com infiltrado intersticial bilateral (mas pode ser normal em 20% dos casos) e TC com vidro fosco.
Tratamento e profilaxia da Pneumocistose:
Tratamento:
- bactrim (sulfametoxazol + trimetoprim) em altas doses! (15-20 mg/kg/dia de TMP, dividido em 4 tomadas diárias por 21 dias)
- associar corticoide se hipoxemia: prednisona 40mg 2x ao dia, reduzindo a dose pela metade a cada 5 dias
Efeitos colaterais (20-85%): rash cutâneo leve, pancitopenia ou sd de Stevens-Johnson
Profilaxia: historia previa de PCP é fator de risco para novo episódio!
- Bactrim 800/160mg 3x/semana assim que completar o tratamento, mantendo até CD4 > 200 por > ou = a 3 meses em resposta à TARV
Qual a interação medicamentosa entre a TARV e o esquema RIPE?
A rifampicina reduz os níveis séricos dos IP, logo se precisar usar IP pelo motivo que seja, troca a rifampicina por rifabutina.
Lembrar que inicialmente mantem a rifampicina a todo custo, seja dobrando a dose do DTG ou introduzindo RAL! Se não puder usar nenhum dos dois e precisar usar IP, é que troca para rifabutina.
A paracoccidioidomicose (PCM) é doença definidora de AIDS, pois a maioria dos imunocompetentes é assintomática. Qual o quadro clínico na SIDA?
Quando CD4 < 200, focos latentes podem ser reativados levando a um quadro agudo e multissistêmico, misturando manifestações da forma crônica (pulmonar) com a aguda (sistema mononuclear fagocítico), logo:
- febre, tosse e infiltrado reticulonodular no Rx + adenomegalia, hepatoesplenomegalia, lesões cutâneo-mucosas ou em outros órgãos (MO, SNC)
Qual a principal forma de histoplasmose na SIDA?
Histoplasmose progressiva disseminada
Tratamento geral para infecções fúngicas oportunistas:
Anfo B IV até melhora clínica + manutenção VO com itraconazol por período indeterminado
Principal cardiopatia no HIV +?
Dça coronariana obstrutiva.
FR:
- Ativação imune crônica (envelhecimento precoce)
- hiperlipidemia (aumento de TG e diminuição de HDL, lembrar que IP altera metabolismo lipídico)
- tabagismo