HPIM 310: Pneumonite de Hipersensibilidade e Infiltrados Pulmonares c/ Eosinofilia Flashcards

(100 cards)

1
Q

Qual é o outro nome para pneumonite de hipersensibilidade (PH)?

A

Alveolite Alérgica Extrínseca.

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2
Q

O que é a pneumonite de hipersensibilidade (PH)?

A

Resposta inflamatória dos alvéolos e vias respiratórias de pequeno calibre por exposição a antigénios.

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3
Q

A sensibilização a antigénios é suficiente para definir a doença?

A

Não, porque há muitos indivíduos assintomáticos que estão sensibilizados para todo o tipo de antigénios.

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4
Q

Qual a correlação entre tabaco e PH?

A

Fumadores têm MENOR incidência de PH.

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5
Q

Como se caracteriza o pulmão de fazendeiro?

A

1) Antigénio - actinomicetos termofílicos;

2) Fonte - grãos, feno mofado e silagem.

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6
Q

Como se caracteriza o pulmão do trabalhador da indústria do malte?

A

1) Antigénio - espécies de Aspergillus;

2) Fonte - cevada.

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7
Q

Como se caracteriza o pulmão do criador de pássaros?

A

1) Antigénio - proteínas derivadas das aves;

2) Fonte - penas, excrementos e proteínas séricas.

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8
Q

Como se caracteriza o pulmão do trabalhador da indústria aviária?

A

1) Antigénio - proteínas séricas derivadas de galinhas;

2) Fonte - galinhas.

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9
Q

Como se caracteriza o pulmão do trabalhador da indústria química?

A

1) Antigénio - isocianatos (difenilmetano e tolueno);

2) Fonte - espuma, polidores e verniz.

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10
Q

Como se caracteriza o pulmão associado a banheira de hidro-massagem?

A

1) Antigénio - Mycobacterium;

2) Fonte - água contaminada, mofo no teto.

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11
Q

Como se caracteriza o pulmão do ar condicionado e/ou humificador?

A

1) Antigénio - Mycobacterium;

2) Fonte - água contaminada.

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12
Q

Como se caracteriza a suberose?

A

1) Antigénio - Penicillium glabrum ou Chrysonilia sitophila;

2) Fonte - pó de cortiça (frequente em Portugal).

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13
Q

Qual é a particularidade das Mycobacterium neste contexto?

A

Podem causar tanto infeção clínica como PH!

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14
Q

Como se caracteriza a fisiopatologia da PH?

A

1) Inalatórios suficientemente pequenos para alcançar alvéolos e vias respiratórias de menor calibre;
2) Resposta Th1 e Th17;
3) Presença de IgG precipitantes (imunidade adaptativa corroborada pela observação de Toll-like e MyD88);
4) Polimorfismos associados - TAP1 e MHC-2.

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15
Q

Que tipos de PH podemos ter em consequência da sua duração?

A

1) PH aguda;
2) PH sub-aguda;
3) PH crónica.

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16
Q

Como se caracteriza a apresentação clínica da PH aguda?

A

1) Manifestação 4 a 8h após exposição;
2) Sintomas sistémicos e dispneia;
3) Melhoria em hora a dias se exposição cessada.

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17
Q

Como se caracteriza a apresentação clínica da PH sub-aguda?

A

1) Exposição continuada ao antigénio;
2) Início dos sintomas mais gradual;
3) Apresentação = se episódios agudos intermitentes;
4) Melhoria se exposição cessada, mas mais prolongada.

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18
Q

Como se caracteriza a apresentação clínica da PH crónica?

A

1) Início de sintomas ainda mais gradual;
2) Sintomas constitutivos + perda ponderal + clubbing;
3) Pode haver irreversibilidade do dano respiratório!

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19
Q

Em caso de irreversibilidade, qual é o desfecho da PH?

A

1) Insuficiência respiratória hipoxémica;
2) Padrão semelhante à fibrose pulmonar idiopática (FPI) em contexto de exposição a antigénios de pássaros;
3) Padrão semelhante ao enfisema pulmonar em contexto de pulmão de fazendeiro.

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20
Q

Que outra classificação é possível adotar nas PH?

A

1) Grupo de apresentação sistémica;

2) Grupo de apresentação respiratória predominante.

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21
Q

De que depende o diagnóstico de PH?

A

Confirmação da exposição a um antigénio agressor.

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22
Q

Qual a utilidade dos exames de imagem em contexto de PH?

A

1) Achados inespecíficos;
2) Pode não haver nenhuma anormalidade (falta de correlação temporal entre ambos);
3) Achados transitórios agudos: opacidades micro-nodulares mal definidas ou opacidades tipo vidro fosco;
4) Achados transitórios sub-agudos: opacidades tipo vidro fosco características e nódulos centro-lobulares;
5) Achados irreversíveis: alterações reticulares, bronquiectasias por tração, faveolamento sub-pleural semelhante a FPI com preservação das bases.

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23
Q

Qual a utilidade das provas de função pulmonar em contexto de PH?

A

1) Padrão restritivo ou obstrutivo, mas inútil para estabelecer diagnóstico;
2) Útil para quantificar resposta à terapêutica ou medidas de evicção do antigénio;
3) Capacidade de difusão CO prejudicada nos casos crónicos.

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24
Q

Qual a utilidade das provas de precipitinas séricas em contexto de PH?

A

1) IgG precipitantes = precipitinas;
2) Resposta IgG a determinados antigénios pode ser útil;
3) Resposta de forma isolada não é suficiente;
4) Falsos-negativos são comuns em detrimento do universo de antigénios ambientais potencialmente causadores.

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25
Qual a utilidade da broncoscopia c/ LBA em contexto de PH?
1) Achados inespecíficos; 2) Linfocitose característica; 3) Limiar mais baixo em fumadores (< linfócitos); 4) Razão CD4+/CD8+ < .
26
Qual a utilidade da biópsia pulmonar em contexto de PH?
1) Não são absolutamente necessárias p/ diagnóstico; 2) Granulomas não caseosos soltos e mal definidos, na vizinhança das vias distais; 3) Predomínio linfocítico do infiltrado alveolar; 4) Bronquiolite c/ presença de exsudado organizado; 5) Alterações fibróticas focais/difusas nos casos avançados.
27
Quais são os critérios de predição clínica de PH?
1) Exposição a antigénio conhecido; 2) Presença de precipitinas séricas; 3) Sintomas recorrentes; 4) Sintomas que ocorrem 4 a 8h pós-exposição; 5) Fervores inspiratórios; 6) Perda ponderal.
28
Qual é o DDx da PH?
1) Infeção respiratória (padrões agudo e sub-agudo); 2) FPI ou pneumonia intersticial inespecífica; 3) Sarcoidose; 4) Síndrome de Poeira Tóxica Orgânica (SPTO).
29
Quais as diferenças entre sarcoidose e PH?
1) Adenopatia hilar proeminente na sarcoidose; 2) Envolvimento extra-pulmonar comum na sarcoidose; 3) Granulomas bem formados na sarcoidose.
30
O que é o Síndrome de Poeira Tóxica Orgânica (SPTO)?
1) Exposição a poeira orgânica como grão ou silagem; 2) Não há sensibilização prévia aos antigénios; 3) Sem precipitinas séricas positivas (porque não há IgG).
31
Qual é a terapêutica da PH?
1) Evicção do antigénio; 2) Terapêutica não costuma ser necessária; 3) Glicocorticóides (prednisona).
32
Qual o desfecho dos glicocorticóides nos doentes c/ PH?
1) Não alteram o curso da doença; | 2) Aceleram a resolução dos sintomas.
33
Quais são os padrões geográficos reconhecidos das várias classes de PH?
1) Pneumonite tipo Verão - Japão; | 2) Suberose - Portugal e Espanha.
34
Como se caracterizam, de maneira geral, os síndromes eosinofílicos?
1) Síndromes primários; 2) Síndromes secundários: 2. 1) Reações farmacológicas; 2. 2) Infeções; 2. 3) Doença maligna; 2. 4) Patologia pulmonar (asma); 2. 5) Doença extra-pulmonar (AR, Sjögren, sarcoidose).
35
Como se caracteriza a fisiopatologia das síndromes eosinofílicas primárias?
1) Desregulação da eosinofilopoiese; 2) Processo AI evidenciado pelas características alérgicas das doenças, presença de complexos imunes, aumento da imunidade T, aumento de IgE e FR.
36
Que interleucina pode estar na base da fisiopatológica das síndromes eosinofílicas primárias?
IL-5 ( relacionada c/ migração dos eosinófilos para as vias respiratórias).
37
Quais são as síndromes eosinofílicas primárias?
1) Pneumonia Eosinofílica Aguda (PEA); 2) Pneumonia Eosinofílica Crónica (PEC); 3) Síndrome de Churg-Strauss ou Granulomatose Eosinofílica com Poli-Angeíte (GEPA); 4) Síndromes hipereosinofílicos.
38
O que é a Pneumonia Eosinofílica Aguda (PEA)?
Síndrome caracterizado por: 1) Febre; 2) Insuf. respiratória aguda (exige ventilação mecânica); 3) Infiltrados pulmonares difusos e eosinofilia pulmonar; 4) Pessoa previamente saudável.
39
Qual o DDx importante da PEA?
Acute Respiratory Distress Syndrome (ARDS).
40
Que indivíduos afeta a PEA primariamente?
1) Homens; 2) 20-40 anos; 3) Sem história de asma.
41
Que estímulos externos podem estar relacionados com a PEA?
1) Início de tabagismo; | 2) Poeira doméstica.
42
Como se apresenta o estudo do LBA na PEA?
> 25% eosinófilos.
43
Como se apresenta a biópsia trans-brônquica na PEA?
Infiltração eosinofílica com dano alveolar difuso organizado.
44
Como se apresenta a avaliação analítica de um doente com PEA?
1) Leucocitose; 2) Eosinofilia periférica APENAS 7-30 dias após a doença; 3) PCR, VS e IgE aumentadas.
45
Como se apresenta imagiologicamente a PEA?
1) SEMPRE anormal; 2) Opacidades difusas c/ aspeto reticular ou vidro fosco; 3) Derrames pleurais pequenos em 2/3 dos doentes.
46
Como se caracteriza o líquido pleural dos derrames dos doentes com PEA?
1) pH elevado; | 2) Marcada eosinofilia.
47
Qual é a terapêutica da PEA?
1) Suporte com ventilação mecânica; | 2) Corticoterapia (resposta rápida).
48
Como se caracteriza o curso clínico da PEA?
1) Maioria necessida de internamento em UCI; 2) Ausência de disfunção orgânica extra-pulmonar; 3) Recuperação clínica e radiográfica completas dentro de semanas após o início da terapêutica; 4) Recidivas raras.
49
Quais são as características contrastantes da Pneumonia Eosinofílica Crónica (PEC) comparativamente à sua versão aguda?
1) Síndrome mais indolente e sem falência aguda; 2) Eosinofilia periférica desde a fase inicial de doença; 3) Mulheres não fumantes (média 45 anos de idade); 4) Maioria possui asma.
50
Como se caracteriza imagiologicamente a PEC?
1) Opacidades migratórias bilaterais na periferia ou a partir da pleura; 2) Aspeto de "fotografia negativa do edema pulmonar" é PATOGNOMÓNICA de PEC (< 25% dos doentes); 3) Atelectasias; 4) Derrames pleurais; 5) Linfadenopatia; 6) Espessamento das linhas septais.
51
Como se apresenta o estudo do LBA na PEC?
Eosinofilia = 60%.
52
Como se apresenta a biópsia trans-brônquica na PEC?
1) Acúmulo de eosinófilos e histiócitos no parênquima; 2) Pneumonia em organização criptogénica; 3) Fibrose mínima.
53
Como se apresenta a avaliação analítica de um doente com PEC?
1) Eosinofilia periférica (> 90%); 2) Eosinófilos > 30% dos leucócitos totais; 3) PCR, VS, plaquetas e IgE aumentadas.
54
Como se caracterizam as manifestações extra-pulmonares no doente com PEC?
Incomuns: 1) Artralgias; 2) Neuropatia; 3) Sintomas cutâneos; 4) Sintomas GI.
55
Qual o DDx importante em contexto de manifestações extra-pulmonares em doente com PEC?
1) Síndrome de Churg-Strauss; | 2) Síndrome hipereosinofílico.
56
Qual é a terapêutica da PEC?
Corticoterapia.
57
Como se caracteriza o curso clínico da PEC?
Ao contrário da PEA, > 50% dos doentes apresenta recidivas e necessitam de corticoterapia em regime prolongado.
58
Como se caracteriza a Granulamatose Eosinofílica com Poliangeíte (Síndrome de Churg-Strauss)?
Síndrome complexa que se caracteriza por: 1) Vasculite eosinofílica c/ envolvimento multi-orgânico; 2) Infiltração tecidual por eosinófilos; 3) Associação com necrose fibrinóide e trombose.
59
O que distingue a Síndrome de Churg-Strauss das restantes síndromes eosinofílicas primárias?
1) Forte correlação com asma; | 2) Envolvimento comum extra-pulmonar.
60
Como tem variado o comportamento da Síndrome de Churg-Strauss?
É rara e a incidência tem AUMENTADO.
61
Quais são as 3 fases da Síndrome de Churg-Strauss?
1) Fase prodrómica - asma e rinite alérgica (30-40 anos); 2) Fase eosinofílica infitrativa; 3) Vasculite e sintomas constitucionais muito comuns.
62
Qual é a média de idades no diagnóstico da Síndrome de Churg-Strauss?
1) 48 anos (com variação); | 2) 9 anos de intervalo entre diagnósticos de asma e vasculite.
63
Como se caracteriza o envolvimento muscular da Síndrome de Churg-Strauss?
1) Miosite; | 2) Evidências de vasculite na biópsia.
64
Como se caracteriza o envolvimento respiratório da Síndrome de Churg-Strauss?
1) Asma tardia SEM história familiar; 2) Necessidade de corticoterapia; 3) Até hemorragia pulmonar e hemoptise.
65
Como se caracteriza o envolvimento neurológico da Síndrome de Churg-Strauss?
1) 3/4 dos doentes; 2) Mononeurite múltipla (nervo FIBULAR); 3) Até hemorragia e enfarte cerebral; 4) Sequelas neurológicas definitivas!
66
Como se caracteriza o envolvimento dermatológico da Síndrome de Churg-Strauss?
1) Metade dos doentes; | 2) Púrpura palpável, nódulos cutâneos, erupções urticariformes e livedo.
67
Como se caracteriza o envolvimento CV da Síndrome de Churg-Strauss?
1) Metade dos doentes (coração é um alvo primário); 2) Miocardiopatia e IC (+++), pericardite e EAM; 3) Sequelas parcialmente reversíveis; 4) Envolvimento cardíaco associado a pior prognóstico.
68
Como se caracteriza o envolvimento GI da Síndrome de Churg-Strauss?
1) Comum nos doentes; 2) Gastroenterite eosinofílica; 3) Até formas isquémicas de colite, pancreatite e colecistite (pior prognóstico).
69
Como se caracteriza o envolvimento renal da Síndrome de Churg-Strauss?
1) 25% dos doentes; | 2) Proteinúria, glomerulonefrite, IR e raramente enfarte.
70
Como se caracterizam as anormalidades laboratoriais da Síndrome de Churg-Strauss?
1) Eosinofilias tecidual e SISTÉMICA > 10% e até 75% dos leucócitos, presente em 80% dos doentes ao diagnóstico; 2) ANCAs em até 2/3 dos doentes, FR e FAN positivos; 3) VS e IgE aumentadas; 4) Hipergamaglobulinémia; 5) Anemia normo-normo.
71
Como se caracteriza o padrão de função respiratória da Síndrome de Churg-Strauss?
Igual à asma: obstrutivo.
72
Como se caracterizam as alterações radiográficas da Síndrome de Churg-Strauss?
1) Infiltrados difusos bilaterais e não segmentares de aspeto intersticial ou alveolar; 2) Padrão retículo-nodular e nodular sem cavitação; 3) Derrame pleural; 4) Adenopatia hilar.
73
Como se caracterizam os achados na TC da Síndrome de Churg-Strauss?
1) Opacidades bilaterais em vidro fosco e consolidação de espaços aéreos c/ predomínio sub-pleural; 2) Espessamento das paredes brônquicas e dos septos inter-lobulares; 3) Derrames pericárdico e pleural; 4) Hiperinsuflação.
74
Como se caracterizam os achados angiográficos da Síndrome de Churg-Strauss?
Sinais de vasculite na rede vascular coronária, periférica e do SNC.
75
Porque é que o diagnóstico de Síndrome de Churg-Strauss é muitas vezes retardado?
Sinais de vasculite mascarados pela corticoterapia para a asma.
76
Qual é a terapêutica da Síndrome de Churg-Strauss?
1) Corticoterapia; 2) Ciclofosfamida; 3) Azatioprina; 4) Metotrexato; 5) Gamaglobulina i.v.; 6) Interferão-alfa; 7) Mepolizumabe (anti-IL5).
77
Qual é prognóstico da Síndrome de Churg-Strauss?
1) 50% morrem se não tratados; 2) Sobrevida aumenta exponencialmente c/ terapêutica; 3) Remissão pode ser conseguida em > 90%; 4) Recidiva pode acontecer em 25%.
78
Quais são as causas de morte comuns do Síndrome de Churg-Strauss?
1) IC; 2) IR; 3) Hemorragia digestiva; 4) Hemorragia cerebral.
79
Como se definem síndromes hipereosinofílicos (SHE)?
Eosinofilia persistente > 1.500 eosinófilos/uL em associação com lesão ou disfunção de órgão-alvo na ausência de causas secundárias de eosinofilia.
80
Quais são as variantes SHE mais comuns?
1) Variante linfocítica; | 2) Variante mieloproliferativa.
81
Quais são as variantes mieloproliferativas dos síndromes hipereosinofílicos (SHE)?
1) Leucémia eosinofílica crónica; 2) SHE associada a PDGFR-alfa (responsiva a imatinibe); 3) Variante FIP-1 negativa associada a eosinofilia clonal e 4 dos seguintes: eosinófilos periféricos displásicos, aumento dos níveis de B12, aumento da triptase, anemia, trombocitopénia, esplenomegália, celularidade > 80% na MO, mastócitos fusiformes e mielofibrose.
82
Como se caracterizam as manifestações extra-pulmonares das SHE?
1) Homens entre 20 e 50 anos de idade; 2) Envolvimento extra-pulmonar significativo; 3) Coração, TGI, rins, fígado, articulações e pele; 4) Envolvimento cardíaco - miocardite, fibrose endomiocárdica e MCR.
83
Como se caracterizam as manifestações pulmonares das SHE?
1) 40% dos doentes com SHE; | 2) Difícil diferenciar achados imagiológicos pulmonares dos associados a envolvimento cardíaco.
84
As SHE são ANCA-positivas?
Não.
85
As SHE estão associadas a aumento da IgE?
Não (proliferação clonal!).
86
Como é caracterizado a resistência das SHE?
Menos de metade responde à corticoterapia.
87
Qual é a terapêutica das SHE?
1) Corticoterapia; 2) Hidroxiureia; 3) Ciclosporina; 4) Interferão; 5) Imatinibe; 6) Mepolizumabe (anti-IL5).
88
O que é a aspergilose bronco-pulmonar alérgica (ABPA)?
Distúrbio eosinofílico que ocorre fruto de sensibilização alérgica a antigénios do fungo da espécie Aspergillus.
89
A ABPA pode ser complicação de que doença?
Fibrose quística.
90
Qual é o padrão fenotípico da ABPA?
Fenótipo asmático refratário à terapêutica habitual.
91
Como é feito o diagnóstico de ABPA?
1) Níveis circulantes de IgE > 417UI/L; 2) Teste de reatividade cutânea específico; 3) Precipitinas séricas para o Aspergillus; 4) Medida de IgE e IgG circulantes específicas.
92
Qual é o padrão radiográfico típico da ABPA?
Bronquiectasia central.
93
Qual é a terapêutica da ABPA?
1) Corticoterapia sistémica; 2) Fluconazol e voriconazol durante 4 meses para reduzir o estímulo antigénico da ABPA; 3) Omalizumabe (anti-IgE).
94
Quais são as causas infecciosas de eosinofilia pulmonar?
1) Helmintos (regiões tropicais e em PED); 2) Síndrome de Löffler (Ascaris, Ancylostoma duodenale e/ou Necator americanus); 3) Strongyloides stercoralis (eosinofilia periférica entre crises, hiperinfeção em doentes imunocomprometidos); 4) Paragonimíase; 5) Filaríase (+++ eosinofilia tropical); 6) Larva migrans visceral.
95
Quais são as causas tóxicas/farmacológicas de eosinofilia pulmonar?
1) AINEs; 2) Nitrofurantoína; 3) Radioterapia para neoplasia da mama; 4) Metais particulados; 5) Picadas de escorpião; 6) Drogas de abuso.
96
Qual é a causa mais comum nos EUA de eosinofilia pulmonar?
Fármacos!
97
Qual é o principal agente etiológico da eosinofilia tropical?
Filaríase.
98
Quais são os agentes etiológicos da eosinofilia tropical mais comum no Sudeste Asiático, África e América do Sul?
1) Wuchereria bancrofti; | 2) Wuchereria malayi.
99
Qual é a terapêutica da eosinofilia tropical desses países?
Dietilcarbamazina.
100
Onde é mais comum o Strongyloides?
Apalachaes norte-americanos.