IACAPAP - Segunda Infância Flashcards

(28 cards)

1
Q

Qual processo cognitivo aprimorado na segunda infância é demonstrado no exemplo a seguir?

Criança de 4 anos:
Precisa de orientação verbal e visual constante (“Dá uma volta, faz uma orelha…”). Cada passo exige concentração, tentativa e erro, e o tempo para completar a tarefa é longo. A criança depende bastante da memória de trabalho para lembrar a sequência.

Criança de 8 anos:
Já pratica essa habilidade há algum tempo. Consegue amarrar o cadarço sem pensar conscientemente em cada passo, enquanto conversa ou presta atenção em outra coisa (como alguém chamando seu nome).

A

Automatização (ou automaticidade)

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2
Q

Qual processo cognitivo aprimorado na segunda infância é demonstrado no exemplo a seguir?

Criança de 6 anos (1º ano do fundamental):
Foca intensamente na decodificação de cada palavra. Precisa olhar letra por letra, silabar, às vezes retroceder e corrigir. A leitura é lenta e mecânica, exigindo bastante esforço cognitivo.

Criança de 10 anos (5º ano do fundamental):
A leitura já é fluente, automática. Ela reconhece palavras inteiras de forma quase instantânea, capta o significado global do texto e pode até entonar corretamente, sem precisar pensar em cada palavra. Isso permite que foque mais na compreensão do conteúdo (nível superior de processamento).

A

Automatização (ou automaticidade)

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3
Q

Qual processo cognitivo aprimorado na segunda infância é demonstrado no exemplo a seguir?

Criança de 4 anos:
Ao receber vários lápis de cor de diferentes tamanhos, tenta organizá-los, mas geralmente presta atenção apenas em um aspecto de cada vez (por exemplo, empilha aleatoriamente ou escolhe pelas cores que gosta).
Pode conseguir colocar dois ou três lápis em ordem, mas erra na sequência completa, pois não compreende plenamente a ideia de “maior que” ou “menor que” de forma consistente.

Criança de 8 anos:
Ordena todos os lápis corretamente, do menor para o maior, sem dificuldades.
Entende claramente a relação entre os tamanhos e consegue corrigir eventuais erros sozinha.
Além disso, se pedida, consegue explicar a lógica usada (“Este aqui é menor que aquele, então coloco primeiro”).

A

Seriação

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4
Q

Qual processo cognitivo aprimorado na segunda infância é demonstrado no exemplo a seguir?

Criança de 3 anos:
Consegue agrupar brinquedos simples, por exemplo, colocando todos os carrinhos juntos e todas as bonecas juntas.
A categorização é concreta e baseada em uma única característica perceptível (tipo do brinquedo ou cor).
Dificuldade em entender que um brinquedo pode pertencer a mais de uma categoria (por exemplo, um carrinho azul pode ser ao mesmo tempo “carrinho” e “azul”).

Criança de 9 anos:
Se for pedida para organizar uma caixa de brinquedos, pode separar por critérios mais complexos: por tipo, por tamanho, ou até criar subcategorias (por exemplo: “Carrinhos grandes”, “Carrinhos pequenos”, “Bonecas”, “Jogos de tabuleiro”).
Já entende que objetos podem pertencer a diferentes categorias simultaneamente (carrinho azul → carrinho + azul).
Pode também modificar os critérios de categorização com flexibilidade, se solicitado.

A

Categorização

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5
Q

Qual processo cognitivo aprimorado na segunda infância é demonstrado no exemplo a seguir?

Criança de 5 anos:
Tenta arrumar os livros baseando-se em características superficiais: talvez agrupe os livros com capas coloridas ou que tenham personagens que gosta.
A ordem ainda é instável e depende muito de pistas visuais.

Criança de 10 anos:
Organiza os livros de forma lógica e consistente:
Por tamanho (do maior para o menor).
Por gênero ou tema (livros de aventura juntos, livros de escola separados).
Consegue fazer essa organização sozinha e, se pedida, pode reorganizar de acordo com um novo critério, mostrando flexibilidade cognitiva.

A
  • Por tamanho (do maior para o menor → seriação).
  • Por gênero ou tema (livros de aventura juntos, livros de escola separados → categorização).
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6
Q

Qual processo cognitivo da segunda infância é demonstrado no exemplo a seguir?

Criança de 6 anos:
Enquanto faz a tarefa de matemática, trabalha de forma linear, sem parar para refletir se está entendendo ou não.
Quando encontra dificuldade, tende a pedir ajuda imediatamente ou abandonar a tarefa, sem tentar modificar sua estratégia.
Ainda não apresenta consciência explícita sobre “o que sabe” ou “o que precisa revisar”.

Criança de 10 anos:
Ao perceber que está errando uma conta, para, relê o enunciado e pensa: “Acho que pulei uma etapa, vou fazer de novo.”
Pode decidir usar uma estratégia diferente (como desenhar ou fazer uma conta no rascunho).

A

Metacognição
(surge entre 7 a 12 anos, especialmente entre 8-10 anos)

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7
Q

Qual processo cognitivo da segunda infância é demonstrado no exemplo a seguir?

Criança de 5 anos:
Joga de maneira reativa, pensando apenas no movimento imediato, sem planejar ou refletir sobre possíveis erros.
Se perde, tende a culpar o acaso ou os outros, sem avaliar sua própria estratégia.

Criança de 9 anos:
Durante o jogo, observa seus próprios erros, pensa: “Na próxima rodada, não vou usar essa carta, porque antes não funcionou.”

A

Metacognição
(faz ajustes estratégicos baseados em uma análise consciente de seu próprio desempenho — um claro sinal de autorreflexão e regulação metacognitiva)

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8
Q

Qual processo cognitivo da segunda infância é demonstrado no exemplo a seguir?

Criança de 7 anos:
Lê o texto correndo, muitas vezes sem perceber que não entendeu o conteúdo.
Quando questionada, pode ter dificuldade em avaliar se compreendeu ou não, mostrando pouca autorregulação do próprio aprendizado.

Adolescente de 13 anos:
Lê um parágrafo e, ao perceber que não entendeu, volta ao início e lê novamente, talvez sublinhando palavras importantes.
Pensa ativamente: “Preciso prestar mais atenção aqui, porque isso pode cair na prova.”

A

Metacognição
(usa estratégias de planejamento e monitoramento cognitivo, típicas de uma metacognição já desenvolvida.)

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9
Q

Aproximadamente em que idade a criança tem um aprimoramento da atenção, sendo capaz de direcionar a atenção e inibir estímulos concorrentes

A

Aprox. aos 7 anos
(melhora da atenção seletiva voluntária)

Uma criança de 5 anos tem dificuldade em manter a atenção na professora enquanto tem outras crianças conversando ou brincando do lado de fora; enquanto a maioria das crianças com 8/9 anos de idade consegue concentrar ou redirecionar a atenção facilmente quando distraidas.

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10
Q

Na segunda infância ocorre uma melhora dos processos de atenção e memória, sendo a criança capaz de executar comandos mais complexos, aproximadamente aos 11 anos.
Descreva essa habilidade.

A

A criança de 11 anos consegue realizar sequencias de passos e seguir instruções com maior eficacia, refletindo aprimoramento da atenção e memória (incluindo memória de trabalho)

Se um pai diz aos filhos (um de 11 anos e outro de 6 anos) para escovar os dentes, trocar de roupa, separar um lanche e encontra-lo no carro, enquanto o filho de 11 anos consegue executar as ações o filho de 6 anos provavelmente não irá faze-los, sendo necessário relembra-lo constantemente do que fazer.

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11
Q

Segunda infância: aprimoramento da atenção e memória

A
  • Melhora da atenção seletiva, focada e dividida (a partir de 7 anos)
  • Capacidade de realizar tarefas sequenciais (aprox. 11 anos)

Os avanços no autocontrole dessa fase do desenvolvimento contribuem para possibilitar essa avanço cognitivo; que por sua vez contribui para possibilitar o aprendizado e a automatização que também ocorrem nesse período de desenvolvimento

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12
Q

Segunda infância

Automatização (ou automaticidade)

A

Criança usa métodos e competencias para melhorar/aumentar a capacidade de memória e execução, até que esses processos se tornem habituais
Repetições
Pistas
Categorias mentais

Essencial para o aprendizado e aquisição de habilidades: ler, escrever, calcular, futebol…

Relacionado com a fluidez do processamento de informações

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13
Q

Segunda Infância

Orientação em relação ao tempo

A

A partir dos seis/sete anos de idade a criança adiquire maior orientação em relação ao tempo.
- 7 anos: melhor noção de tempo e data; identifica dia do aniversário

Uma crinaça pré-escolar não vai entender se um adulto disser para “esperar 5 minutos antes de comer”; enquanto uma criança de oito anos irá compreender a mensagem.

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14
Q

Segunda Infância

Organização espacial

A

A partir dos seis anos a criança adiquire maior organização espacial
- 6 anos: distingue sua direita e esquerda
- 7/8 anos: distingue direita e esquerda de outras pessoas

Pré-escolares provavelmente falharão em distinguir sua própria direita e esquerda

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15
Q

Segunda Infancia

Seriação e categorização

A

Capacidade de classificar objetos/situações de acordo com características (7-12 anos).

Importante influência cultural e do contexto sociocultural em que a criança está inserida.

Com avanço dessa capacidade a criança é capaz de criar subcategorias e entender que um mesmo objeto pode pertencer a categorias diferentes.

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16
Q

Metacognição

A

Capacidade de “pensar sobre pensar”; monitorar o próprio desempenho, autoavaliação…

A metacognição se desenvolve de forma itensa entre os 7 a 12 anos, principalmente de 8 a 10 anos.

a

17
Q

Quando emergem capazidade de alfabetização e numeração?

A

A partir dos 6 anos
(no período pré-escolar algumas crinaças já reconhecem algumas letras, símbolos ou números)

18
Q

Resumo dos marcos de desenvolvimento cognitivo da segunda infância

A
  1. Melhora da atenção seletiva, focada e dividida (também relacionada a melhora do autocontrole)
  2. Utilização de compentências para melhorar ou aumentar a capacidade de memória e automatização
  3. Melhora da orientação temporal e organização espacial
  4. Seriação e categorização
  5. Desenvolvimento da metacognição
  6. Emergencia de alfabetização e numeração mais sofisticados
  • Autorregulação cognitiva
  • Melhora no processamento de informações visuais e auditivas
19
Q

Desenvolvimento linguístico na segunda infância

A

Crescimento do vocabulario para aproximadamente 10.000 palavras aos 11 anos (variável)
Começam a entender o duplo significado de alguma palavras (metáforas): 9-11 anos
Avanços importantes nas aptidoes para manter a conversação, como a capacidade de mudança gradual do tópico (pragmática social)

*Durante a fase pré-escolar, quando os avós telefonavam para falar com o neto, a criança olhava para o telefone, dizendo por vezes algumas palavras, mas com certa relutância. Por volta dos seis anos, essa mesma criança parecia mais confortável em usar o telefone e começou a falar ainda mais claramente durante as chamadas, entre os sete e os oito anos. Enquanto as conversas com os avós inicialmente se baseavam na resposta a perguntas, durante a fase dos 6 aos 11 anos, essa mesma criança começa a fornecer espontaneamente novas informações e até a fazer perguntas relevantes. *

20
Q

Segunda Infância

Autoestima

A

Há uma queda na autoestima em relação aos anos pré-escolares, quando a criança tinha uma visão global e (geralmente) positiva de si
1. Começa a desenvolver uma autoavaliação mais realista
1. Surge a comparação com os pares
1. Impactada pelo feedback de professores, papel no grupo, aceitação/rejeição de pares, identificação com cuidadores, professores e outros.
1. Autoestima torna-se mais diferenciada (não é mais global e inflada)

21
Q

Segunda Infância

Autocontrole

A

Nessa fase do desenvolvimento há uma maior necessidade de autocontorle
1. As crianças adiquirem capacidade de tolerar atraso na gratificação
1. Melhor controle de impulsos

Influenciado pelo temperamento da criança

22
Q

Segunda Infânica

Gênero

A
  1. Aumenta a consciencia de estereotipos e papeis de gênero
  2. Identidade de gênero
  3. Os grupos se tornam mais segregados por gênero
23
Q

Segunda Infância

Percepção e regulação emocional

A

Nessa fase melhoram a diferenciação, percepção e regulação emocional

  1. A partir dos 8 anos, conseguem perceber mais de uma emoção simultaneamente e diferencia-las
  2. Melhora a diferenciação e compreensão de emocões complexas (orgulho, ineja, constrangimento)
  3. Aprox. 10 anos utiliza estratégias adaptativas para regulação emocional: estratégias de coping focadas no problema e estratégias de coping focadas nas emoções (reavaliação cognitiva, deslocamento atencional, busca de apoio social, autoinstrução)
24
Q

Segunda Infância

Empatia

A

Importantes avanços na emapatia
1. Adiquire uma perspectiva mais ampla
1. Proximo dos 10 anos, consegue reconhecer o ponto de vista dos outros (“teoria da mente emocional”)
1. A capacidade de compreender o ponto de vista de outras pessoas e os estados mentais emocionais está relacionado também ao desenvolvimento da moral e conduta nessa etapa do desenvolvimento

25
# Segunda Infância Moral e crenças normativas
Maior desenvolvimento da visão de moral (certo/errado), geralmente regida por regras (relaciona também a maior conscientização sobre normas, leis, costumes sociais, etc.) Crenças normativas: referente as crenças sobre os limites do comportamento apropriado (muito variável, de acordo com ambiente) A exposição a comportamento agressivo/desviante pode levar ao desenvolvimento de cranças normativas já na primeira infância que preveem a extensão desse comportamento agressivo posteriormente.
26
Outras considerações sobre desenvovlimento socioemocional e comportamental na segunda infância
Vitimização por pares (bullying) Comportamento sexual: curiosidade sexual e autoexploração; podem começar a surgir interesses romanticos/sexuais
27
Resumo do desenvolvimento socioemocional e comportamental da segunda infância
1. Autoestima (queda, comparação, feedback, autoavaliação...) 1. Autocontrole (atraso de gratificação, controle de impulsos) 1. Genero: estereotipos, papeis de genero, identidade e segregação 1. Regulação e diferenciação emocional: emoções complexas, emoções simultaneas, descrição, estratégias adaptativas (10a) 1. Empatia: reconhecimento da persepectiva dos outros (10a) 1. Moral e crenças normativas 1. Bullying 1. Comportamento sexual
28