Instabilidade patelofemoral Flashcards
(28 cards)
Epidemiologia e mecanismo de trauma associado
- Meninas <20 anos
- Trauma indireto com joelho em semiflexão e valgo - 93%
- 2ª causa mais comum de hemartrose
Fatores associados à recorrência
3 itens
- Fise aberta
- Traumas esportivos
- Anatomia
* Incompetência do LPFM
* Displasia troclear
Fatores de risco
5 itens
- Geno valgo
- Displasia troclear ou patelar
- Patela alta
* Fator mais comum associado à luxação patelar - Desalinhamento do mecanismo extensor
- Anteversão femoral aumentada
Estabilizadores
- Quadríceps
* Estabilizador dinâmico
* Vasto medial oblíquo - Ligamento patelofemoral medial
Quadríceps
Papel de estabilizador
Qual porção é a mais importante e por quê
- Estabilizador dinâmico
* Vasto medial oblíquo
* Principal estabilizador dinâmico da patela
* É essencial na estabilização contra as forças laterais, pois traciona a patela praticamente horizontalmente, medialmente
LPFM
Origem e inserção, papel e localização na camada de Warren
- Origem femoral proximal e posterior ao epicôndilo medial, e anterior e distal a o tubérculo dos adutores
* Inserção na face superior e medial da patela
* Principal restritor ao deslocamento lateral
* Localizado na 2ª camada de Warren
Excursão patelar
Contato patela-tróclea
- Joelho em extensão completa
- Patela acima da tróclea
- 20° flexão
- Patela começa a encaixar na tróclea
- 60° flexão
- Maior contato da patela com a tróclea
- Ângulo Q
Como calcular e fatores de risco para aumento (3)
- Formado entre EIAS até centro da patela + TAT até centro da patela
* É valgo, fornecendo um vetor de força lateral para a articulação patelofemoral conforme o joelho é estendido
* > 20° = patológico
* Fatores de risco para aumento do ângulo Q
* Aumento da anteversão femoral
* Torção tibial externa
* Genovalgo
- TA-GT
- Sobreposção do fêmur sobre a tíbia em TC, cortes axiais
* Medida direta do alinhamento em valgo do joelho
* >20 mm = patológico
- Morfologia da Tróclea
Classificações
Dejour
- Tipo A
* Sinal do cruzamento
* Tróclea femoral cruza com a imagem dos condilos femorais no RX em perfil
* Tipo B
* Sinal do cruzamento + esporão supratroclear
* Tróclea plana - TC corte axial
* Tipo C
* Sinal do cruzamento + sinal do duplo contorno (= côndilo femoral medial hipoplásico)
* Tipo D
* Sinal do cruzamento + sinal do duplo contorno + esporão supratroclear.
* Tróclea em penhasco - TC corte axial
Displasia patelar
Classificações
Wiberg
- Tipo I
* Face medial = lateral
* Tipo II
* Certa displasia medial
* Tipo III
* Pior displasia medial
* Tipo IV
* Quase ausência da faceta medial
* Tipo V
* Ausência de faceta medial
Quadro clínico
- Dor anterior no joelho ao subir escadas
- Crepitação
- Instabilidade
Quadro clínico
Avaliação e testes
- Avaliar alinhamento, lateralização da TAT, derrame articular
- Teste da compressão patelar
- Teste do deslizamento patelar
- Sinal do J invertido - observar o tracking patelar de flexão ➡︎ extensão
- Patela se desloca lateralmente em forma de “J” invertido durante a extensão do joelho
Radiografias
Perfil
- Avaliar altura patelar
* Linha de Blumensaat deve tocar o polo inferior da patela - Índices
- Caton-Deschamps, Insall-Salvati, Blackburn-Peel
Índices
Radiografias
- Caton Dechamps
- Região articular da patela/ponta da margem articular - ponta da articulação da tíbia
- 0.6-1.2
- Blackburne peel
- Região articular da patela/ponta da região articular da patela até uma linha tangente ao platô tibial
- 0.54 - 1.04
- Insall Salvati
- Maior diâmetro sagital da patela/ponta do maior diâmetro da patela até a TAT
- 0.8-1.2
Axial de Merchant e ângulo de congruência
Radiografias
- Decúbito dorsal + 45° flexão do joelho + raio 30° craniocaudal
- Avalia o sulco troclear - alterado se >145-150°
- Ponto + profundo da tróclea até região mais alta d o côndilo femoral lateral e medial
- Avalia o ângulo de congruência
- Traçado a partir do ângulo do sulco troclear + uma bissetriz
- Lateralmente à ela é + e medialmente é -
- Patológico se >16°
- Traçado a partir do ângulo do sulco troclear + uma bissetriz
Axial - Incidência de Laurin
Radiografias
- Decúbito dorsal + 20° flexão do joelho + raio 30° caudal para cranial
- Avalia o ângulo femoropatelar lateral
- Traçado a partir de 1 linha que une os pontos superiores das facetas patelares medial e lateral + 1 linha tangente à faceta lateral da patela
- Indica o grau de inclinação e subluxação
- Avalia o ângulo femoropatelar lateral
Tratamento
Na primoluxação
- Fraturas osteocondrais
- Corpos livres articulares
- Luxações irredutíveis
- Individualizado de acordo com anatomia, idade, alinhamento…
Realinhamento distal
* Indicações
- Desalinhamento do mecanismo extensor
* Ângulo Q>20°
* TAGT >20 mm
* Displasia troclear
* Contraindicado se fise aberta
Cirurgia de Elmslie Trillat
- Osteotomia + medialização da TAT
* Insall Salvatti <1.2
Osteotomia de Fulkerson
- Osteotomia + anteromedialização da TAT
* Insall Salvatti >1.2 + condromalácia grau III ou IV
Reconstrução do LPFM (Ligamento Patelofemoral Medial)
Indicação e contraindicação
- Indicação
* Lesão do LPFM e displasia patelar tipo C de Wisberg- A reconstrução do LPFM é geralmente realizada em combinação com outras técnicas cirúrgicas
- A melhor indicação para reconstrução isolada é quando a morfologia óssea é normal ou próxima disso, como na tróclea tipo A de Dejour
LPFM, enxertos
- Enxertos
* Tendão quadríceps
* Patelar
* Flexores mediais
* Âncoras ou suturas transósseas
Ponto de Schottle
Localização anatômica
- O ponto de inserção do LPFM fica 1 mm anterior à cortical posterior e 2,5 mm distal à origem posterior do côndilo medial