Introdução Flashcards
(32 cards)
Características da fibromialgia
- A fibromialgia caracteriza-se como doença reumatológica, sem fisiopatologia definida e uma patologia incurável. Síndrome idiopatica, crônica
- Dor musculoesquelética generalizada e difusa, é de causa não inflamatória
sintomas da fibromialgia
Queixas cognitivas, distúrbios do sono, ansiedade, depressão e aumento da sensibilidade à palpação (Barcelo-Martinez et al., 2018; Rizzi et al., 2016).
Dores musculares, fadiga, síndrome do intestino irritável, rigidez matinal, comprometimento das capacidades físicas, especialmente a capacidade funcional e força muscular reduzida
epidemiologia
Acomete mais as mulheres (Oliveira Júnior & Almeida, 2018; Wolfe et al., 2018).
Prevalência geral de 2% em média na população do mundo (Häuser et al., 2015).
Diagnóstico
É feito pela exclusão de outras patologias, como síndromes neurológicas e depressão (Kia & Choy, 2017).
Fisiopatologia
Disfunções neuroendócrinas, alterações imunológicas e até mesmo fatores psicoemocionais
Fisiopatologia
distúrbios no processamento da dor - aumento em sua percepção, caracterizando a alodinia, altos níveis de alexitimia e raiva que quando associados à depressão, fatores estressantes no trabalho e traumas vividos na infância, são colaboradores para sua etiologia,
Alodínia
É o aumento da sensibilidade a estímulos que são comumente indolores e também da hiperalgesia, uma resposta elevada a estímulos de dor (Morales et al., 2019).
Alexitimia
Alexitimia é um termo empregado no diagnóstico clínico de pessoas com acentuada dificuldade ou incapacidade para expressar emoções e significa “ sem palavras para as emoções” .
Fisiopatologia
O estresse altera os níveis de cortisol; o cortisol lançado na corrente sanguínea pelo córtex adrenal apresenta efeitos sobre a memória, no envelhecimento do cérebro e na resposta endócrina ao estresse (Martínez et al., 2011), bem como nas oscilações da dor percebida (Fischer et al., 2016).
Fisiopatologia
as pessoas que são mais susceptíveis a estímulos estressores, depois de passarem por um quadro de experiências traumáticas, desenvolvem hipocortisolemismo, em função do esgotamento do sistema de resposta ao estresse, com isso há o comprometimento da modulação da resposta inflamatória, estabelecendo um quadro inflamatório de maneira crônica. O que resultaria sintomas como dor, fadiga e depressão, que por sua vez, atuariam de novo como estímulos estressores que retroalimentariam o sistema por feedback de maneira incessante
Hipocortisolismo
Insuficiencia do organismo em produzir cortisol
Fisiopatologia
A resposta
intensificada da dor também causa alterações na neuroplasticidade, que perpetuam seus sintomas ao longo do tempo (Puretic & Demarin., 2012).
Fisiopatologia
pacientes com fibromialgia alterações de neurotransmissores da modulação da dor, causando, por exemplo, a elevação dos níveis de substância P (sistema excitatório), diminuição nos níveis de serotonina (sistema inibitório), endorfinas, noradrenalina, dopamina e de fator de crescimento de neurônios (NFG) (Faria et al., 2014).
alterações localizadas em regiões sensoriais do córtex cerebral (Faria et al., 2014) - ou
mudanças nos mecanismos nociceptivos relacionados à percepção, transmissão e controle central da dor, originariam uma hiperalgesia e/ou alodínia em portadores da patologia (Loggia et al., 2014).
Fisiopatologia
Os trabalhos de Benlidayi (2019) c ressaltam que a fibromialgia pode ter antecedentes imunológicos, já que citocinas, quimiocinas, mediadores lipídicos, estresse oxidativo e outros componentes de origem plasmática estão subentendidos ao estado inflamatório da patologia
Fiopatologia
redução das horas de sono e aumento no número de interrupções deste por noite, levam a dificuldades em obter um sono restaurador e aumento de sonolência durante o dia em pacientes com fibromialgia (Morales et al., 2019). Estudos indicam que a melatonina, hormônio produzido pelo organismo que induz ao sono, melhora os sintomas da fibromialgia, como o humor, os níveis de ansiedade, otimizando a qualidade de vida e
Fisiopatologia
Os sintomas de ansiedade e depressão estão relacionados a alterações no sistema endócrino, que quando por muito tempo afetam os processos cognitivos (Steudte-Schmiedgen et al., 2017).
Em relação aos fatores genéticos e ambientais, Azevedo (2018) e Bradley (2009) defendem que alguns genes podem exercer influência no desenvolvimento da doença. Para os autores, os genes podem até estar presentes, mas se ambiente não for favorável não há manifestação ou há, ou seja, dependente da epigenética. Assim como outras síndromes (Kato et al., 2009). Além disso, a maior frequência nas mulheres de fibromialgia indica que os hormônios sexuais exercem importância na expressão da doença, uma vez que pesquisas relatam níveis alterados desses hormônios (Tanwar et al., 2016)
Tratamento farmacológico
antiepiléticas, antidepressivos tricíclicos, inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) e inibidores da recaptação de serotonina noradrenalina (Halpern et al., 2016). Além dessas classes, outros tipos de medicamentos são relaxantes musculares, antagonistas dos receptores 5-HT3, agonistas dopaminérgicos, antioxidantes, medicamentos em fase de investigação (Calandre et al., 2015),benzodiazepínicos, antiinflamatórios esteroidais e não esteroidais e analgésicos (Mease, Dundon & Sarzi-Puttini, 2011)
tratamento
Chinn, Caldwell & Gritsenko (2016) relatam que nos EUA, apenas a pregabalina (anticonvulsivante), duloxetina (antidepressivo) e o milnaciprano (antidepressivo) são aprovados pelo Food and Drug Administration (FDA) para o tratamento da fibromialgia, sendo considerado “off label” o uso de todos os outros medicamentos
Tratamento
Segundo Chinn, Caldwell & Gritsenko (2016), a amitriptilina é o medicamento representativo da classe de inibidores seletivos da recaptação de serotonina e noradrenalina e é recomendado por todas as orientações clínicas
Tratamento
De acordo com os estudos de Welsch et al. (2018), o antidepressivo tricíclico mirtazapina auxilia no tratamento da fibromialgia, visando reduzir os sintomas, principalmente da dor, podendo ajudar a aumentar a serotonina e a noradrenalina no sistema nervoso central (SNC
tratamento
os estudos de Gilron et al. (2016), compararam uma combinação de pregabalina e duloxetina em relação à terapia individual de cada um desses medicamentos. Esses autores verificaram que a combinação melhora vários resultados clínicos na fibromialgia em comparação com a utilização individual
Tratamento
Os estudos de Marlow et al. (2018) nesta mesma linha, analisaram a utilização combinada de duloxetina/ milnacipran/ venlafaxina com pregabalina em comparação com pacientes que utilizam esses medicamentos individualmente.
Porém os custos desse tratamento são maiores