Introdução a Imaginologia Flashcards

(45 cards)

1
Q

Qual a principal diferença entre Radiologia Convencional e Medicina Nuclear?

A
  • Radiologia: Avalia estrutura anatômica.
  • Medicina Nuclear: Avalia função dos órgãos.
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2
Q

Quais são as etapas da formação da imagem na Medicina Nuclear? (5 - RDECI)

A
  • R - Radiofármaco administrado (injeção, inalação ou ingestão).
  • D - Distribuição pelo corpo até o órgão-alvo.
  • E - Emissão de radiação pelo radiofármaco.
  • C - Captação da radiação pela gama-câmera.
  • I - Imagem gerada e analisada.
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3
Q

🔹 Quais são os principais equipamentos usados na Medicina Nuclear? (2 - GP)

A

G - Gama-câmera - cintilografia (detecta fótons gama, usado para ánalise óssea, miocárdica, hepática).
P - PET/CT (detecta pósitrons, usado para câncer, infecção e inflamação).

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4
Q

🔹 Como escolher um bom radiofármaco? (2)

A
  • Deve se concentrar no órgão-alvo.
  • Deve emitir radiação captável pela gama-câmera.
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5
Q

Quais são os 3 princípios da Proteção Radiológica? (3 - LOJ)

A
  • Limitação de dose (respeito aos limites recomendados).
  • Otimização (ALARA - dose mínima necessária).
  • Justificação (exame só se for realmente necessário).
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6
Q

Quais são os principais efeitos biológicos da radiação ionizante? (2 - MD)

A
  • Mutação no DNA → Risco de câncer (não há limiar seguro).
  • Determinísticos: Dependem da dose → Causam lesões agudas (ex.: eritema, catarata, síndrome da radiação)
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7
Q

Quais são as principais estratégias de proteção para profissionais e pacientes? (3 - DTBL / APC)

A

✅ Profissionais:

Distância: Quanto maior a distância da fonte, menor a dose.
Tempo: Reduzir o tempo de exposição ao mínimo necessário.
Blindagem: Barreiras de chumbo nos ambientes radiológicos.
Limite: Monitoramento rigoroso da dose anual permitida.

✅ Pacientes:

Alocação correta no exame para evitar repetições.
Proteção com aventais e acessórios de chumbo.
Colimação: Reduzir o feixe para minimizar a área irradiada.

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8
Q

Função dos meios de contraste nos exames de imagem?

A

Facilitar a visualização de órgãos e tecidos, aumentando o contraste na imagem.

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9
Q

Quais são os principais tipos de meio de contraste? (3 - BIG)

A
  • Bário (VO) → Exames do TGI em radiografia.
  • Iodo (EV) → Exames de TC, principalmente para vasos e tumores.
  • Gadolínio (EV) → RM, usado para realçar tumores e inflamações.
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10
Q

Por que o sulfato de bário é contraindicado na suspeita de perfuração intestinal?

A

Porque pode causar peritonite química, uma reação inflamatória grave.

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11
Q

Quais são os riscos do contraste iodado? (2 - RN)

A
  • Reações alérgicas → Desde urticária até choque anafilático.
  • Nefrotoxicidade → Pode causar lesão renal aguda.
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12
Q

Qual meio de contraste é usado na RM?

A

Gadolínio, administrado por via EV.

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13
Q

Em quais pacientes o gadolínio deve ser evitado?

A

Pacientes com insuficiência renal, devido ao risco de Fibrose Sistêmica Nefrogênica.

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14
Q

Qual é o principal radiofármaco usado na PET-CT?

A

FDG (Flúor-18 Fluorodeoxiglicose).

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15
Q

Por que o FDG é útil na PET-CT?

A

Identifica áreas com alta atividade metabólica, auxiliando no diagnóstico de tumores, inflamações e avaliação cardíaca.

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16
Q

O que é a peritonite química?

A

Inflamação grave do peritônio causada pelo extravasamento de substâncias irritantes, como o sulfato de bário, na cavidade peritoneal. Pode ocorrer em casos de perfuração intestinal.

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17
Q

O que é a Fibrose Sistêmica Nefrogênica (FSN)?

A

Complicação rara e grave associada ao gadolínio em pacientes com insuficiência renal. Provoca espessamento da pele e fibrose de órgãos, podendo ser fatal.

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18
Q

Diferenças principais entre IRA e IRC? (4 - TDRP)

A

Tempo → IRA: súbita (horas/dias) | IRC: progressiva (meses/anos).
Dano reversível? → IRA: sim (se tratado precocemente) | IRC: não (lesão irreversível).
Relação com TFG → IRA: queda rápida da TFG | IRC: queda lenta e progressiva.
Principais causas → IRA: choque, sepse, nefrotoxinas (ex. contraste) | IRC: DM, HAS, DRC prévia.

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19
Q

Para que serve a cintilografia de esvaziamento gástrico?

A

Avalia a motilidade gástrica, sendo útil no diagnóstico de gastroparesia e dispepsia funcional.

20
Q

Como a cintilografia pode ajudar no diagnóstico do refluxo gastroesofágico?

A

Identifica episódios de refluxo através da subida do radiofármaco marcado do estômago para o esôfago.

21
Q

Qual radiofármaco é utilizado para localizar sangramentos digestivos ocultos?

A

Hemácias marcadas com Tc-99m, que se acumulam no local do sangramento ativo.

22
Q

Quando solicitar uma cintilografia do trânsito intestinal?

A

Para investigar síndromes de má absorção ou distúrbios da motilidade intestinal.

23
Q

Principal indicação da cintilografia hepatobiliar

A

Diagnóstico de colecistite aguda.

24
Q

Radiofármaco mais utilizado na cintilografia hepatobiliar

A

Derivados do IDA-Tc99m.

25
Achado cintilográfico clássico da colecistite aguda
Ausência de visualização da vesícula biliar após 4 horas da administração do radiofármaco.
26
Diferença entre atresia biliar e hepatite neonatal na cintilografia
* Atresia biliar: ausência de excreção intestinal do radiofármaco após 24h. * Hepatite neonatal: excreção intestinal presente, mas reduzida.
27
Achado cintilográfico na colecistite crônica
Baixa fração de ejeção da vesícula biliar após estímulo com colecistoquinina.
28
Vantagem da cintilografia hepatobiliar sobre a ultrassonografia na colecistite aguda
Avaliação funcional da vesícula, detectando obstrução do ducto cístico antes de alterações anatômicas.
29
Disfunção do esfíncter de Oddi na cintilografia hepatobiliar
Retenção prolongada do radiofármaco na árvore biliar sem excreção intestinal.
30
Fisiopatologia da colecistite aguda
Obstrução do ducto cístico (geralmente por cálculo) leva à inflamação da vesícula biliar, podendo evoluir para isquemia e infecção secundária.
31
Diagnóstico da colecistite aguda
* Ultrassonografia: parede espessada (>3mm), líquido pericolecístico, sinal de Murphy ultrassonográfico positivo. * Cintilografia hepatobiliar: ausência de captação do radiofármaco na vesícula após 4h.
32
O que é e onde está o divertículo de Meckel?
* Um divertículo verdadeiro congênito do íleo, devido à persistência do ducto onfalomesentérico * 60-100 cm da válvula ileocecal, na borda antimesentérica do íleo.
33
Importância clínica do Divertículo de Meckel?
Pode ser assintomático, mas pode causar sangramento digestivo (úlcera por mucosa gástrica ectópica), obstrução intestinal ou diverticulite
34
Como investigar e tratar o Divertículo de Meckel?
Cintilografia com tecnécio-99m (detecta mucosa gástrica ectópica) Ressecção cirúrgica se sintomático ou com fatores de risco | Fatores de risco que justificam a ressecção profilática do divertículo d
35
O que é e onde está o Esfíncter de Oddi?
* Um anel muscular que controla o fluxo de bile e suco pancreático para o duodeno. Na papila duodenal maior (papila de Vater), no duodeno
36
Qual a função do esfíncter de Oddi e o que acontece em sua disfunção?
Controlar a liberação de bile e suco pancreático para o duodeno e impedir seu fluxo desnecessário. Obstrução funcional por falha no relaxamento adequado do esfíncter. ## Footnote Ampola de Vater: Estrutura onde o colédoco e o ducto pancreático se unem antes de desembocar no duodeno. Regulada pelo esfíncter de Oddi, pode ser afetada por cálculos, tumores e disfunções, causando colestase ou pancreatite.
37
Quando suspeitar de disfunção do esfíncter de Oddi e como tratar?
**Abdome agudo:** * Pós-colecistectomia com dor persistente. * Pancreatite de repetição sem causa aparente Tratamento: Espasmolíticos e analgésicos (casos leves). Esfincterotomia endoscópica ou cirurgia (casos graves)
38
Colecistite Aguda. O que é e como ocorre?
* Inflamação aguda da vesícula biliar, geralmente por obstrução do ducto cístico por cálculo (90-95%). * Os cálculos biliares se formam por um desequilíbrio nos componentes da bile, levando à precipitação de cristais e formação de cálculos. | Tipo + comum de cálculo: (Colesterol (>80%) → Relacionado à obesidade, d ## Footnote Quando um cálculo obstrui o ducto cístico, ocorre inflamação da vesícula → Colecistite Aguda.
39
Colecistite Aguda. Principais manifestações clínicas? (3 - DIF)
* Dor no QSD (sinal de Murphy positivo). * Icterícia leve (se houver obstrução do colédoco – Síndrome de Mirizzi). * Febre.
40
O que é a Síndrome de Mirizzi?
Definição: Compressão extrínseca do ducto hepático comum por um cálculo impactado no ducto cístico ou no infundíbulo da vesícula, causando icterícia obstrutiva. ## Footnote Complicação rara da colelitíase, acometendo em média 3% dos pacientes com este diagnóstico
41
Manifestações Clínicas e Diagnóstico. Manifestações Clínicas e Diagnóstico
Clínica Principal (3 - DIF): * Dor em QSD (semelhante à colecistite). * Icterícia obstrutiva (bilirrubina direta elevada, colúria e acolia). * Febre (se houver infecção associada). Diagnóstico: Ultrassom → Pode sugerir dilatação biliar. Colangio-RM ou CPRE → Confirma a obstrução extrínseca. | CPRE – Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica ## Footnote CPRE: Procedimento endoscópico e fluoroscópico que permite diagnóstico e tratamento de doenças das vias biliares e pancreáticas
42
CPRE. Indicações principais (4 - TECO)
Tratamento da disfunção do esfíncter de Oddi. Esfinterotomia e drenagem biliar/pancreática. Coledocolitíase (remoção de cálculos do colédoco) Obstrução biliar (estenoses, neoplasias). | Complicação mais grave? Pancreatite aguda pós-CPRE. ## Footnote 👉 Dica: CPRE é tanto diagnóstica quanto terapêutica, sendo essencial para doenças obstrutivas da via biliar!
43
Coledocolitíase vs. Colecistite Aguda. Diferença Fundamental
Coledocolitíase → Cálculo no ducto colédoco → Icterícia obstrutiva. Colecistite Aguda → Inflamação da vesícula biliar → Dor + febre, sem icterícia (exceto Mirizzi).
44
Coledocolitíase vs. Colecistite Aguda. Manifestações Clínicas e Diagnóstico
Coledocolitíase: * Dor QSD + icterícia + colúria + acolia. * ↑ Bilirrubina direta, FA, GGT. * Colangio-RM ou CPRE confirma. Colecistite Aguda: * Dor QSD intensa (Murphy positivo) + febre. * Leucocitose e PCR elevado. * USG abdominal → Espessamento da parede vesicular, líquido perivesicular.
45
Coledocolitíase vs. Colecistite Aguda. Tratamento
Coledocolitíase: * CPRE (remoção do cálculo) + colecistectomia eletiva. Colecistite Aguda: * Colecistectomia precoce (ideal até 72h). * ATB se infecção associada. ## Footnote 👉 Dica: Icterícia → Pensa em coledocolitíase! Sem icterícia → Pensa em colecistite!