Introdução à Parasitologia Flashcards

(40 cards)

1
Q

Parasitas

A

Os parasitas são seres vivos que fazem parte de uma cadeia dinâmica de todas as espécies, inseridas num meio ambiente e social, com o objetivo de sobrevivência. São organismos que vivem de forma temporária ou permanente à custa de outros organismos vivos, superiormente estruturados, sem provocar a sua destruição total ou parcial imediata
Ao longo de milhares de anos de evolução a interdependência promoveu uma associação entre 2 ou mais espécies, com o objetivo de:
- Promoverem oportunidades evolutivas/adaptativas ao meio ambiente
- Sobrevivência da espécie

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2
Q

Simbiose

A

Toda a associação entre seres vivos.
Tipos de simbiose:
- Foresia — quando a espécie procura apenas abrigo ou transporte
- Mutualismo — quando existe benefício mutuo (não podem viver um sem o outro)
- Comensalismo — quando uma espécie obtém vantagens e não promove prejuízo para a outra (capazes de vida independente)
- Parasitismo — existe unilateralidade de benefícios podendo provocar dano ao hospedeiro (parasita é incapaz de vida independente, hospedeiro resiste ao parasita)

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3
Q

Adaptações evolutivas sofridas pelos parasitas para interagirem com o hospedeiro

A
  • Morfológicas (perda ou atrofia de órgãos locomotores, hipertrofia de órgãos de fixação)
  • Biológicas (capacidade reprodutiva, hemafroditismo, poliembrionia)
  • Geográficas, ecológicas
  • Tropismos (geotropismo, termotropismo)
  • Bioquímicas (sensibilidade de certos meios permite que se desenvolvam mais em certas espécies)
  • Fisiológicas (fornecimento de substratos)
  • Imunitárias (a resposta celular e humoral é determinante para especificidade parasitária)
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4
Q

Parasitologia

A

É o ramo da Microbiologia que estuda os parasitas.
A sua importância surge do fato de produzir doença no ser humano. Os parasitas são causa importante de doenças em humanos e no animal, quer em países mais desenvolvidas quer em países socioeconomicamente mais desfavorecidos. A maioria destas doenças ocorre em países tropicais e subtropicais é considerado um importante problema de saúde pública em países desenvolvidos

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5
Q

Disseminação parasitológica

A

A disseminação parasitológica deve se sobretudo:
- diferenças socioeconómicas
- más condições higiene-sanitárias
- diversidade de usos e costumes
- falta de colaboração entre educadores sanitários e epidemiologistas

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6
Q

Parasitas mais comuns em Portugal Continental

A
  • Toxoplasmose
  • Leishemaniose
  • Equinococose
  • Cisticercose
  • Fasciolose
  • Larva migrante visceral
  • Artropodozoonoses
  • Infeções oportunistas em imunodeprimidos
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7
Q

Fatores que influenciam os padrões epidemiológicos das parasitoses

A
  • Potencial biótico
  • Capacidade de evasão à resposta imunitária do hospedeiro
  • Aumento demográfico
  • Resistência dos artrópodes vetores aos inseticida
  • Difusão das viagens intercontinentais: turismo, negócios, emigração
  • Deslocação de populações de refugiados
  • Emergência de novas zoonoses devido a alterações do ecossistema, dieta, hábitos culturais
  • Oportunismo de certas espécies em doentes imunodeprimidos
  • Desenvolvimento de resistência a antiparasitários
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8
Q

Ciclo Biológico ou Ciclo Vital

A

São as diversas etapas que um parasita passa durante a sua vida. Algumas são mais complicadas que outras mas são o recurso que cada espécie desenvolveu durante o seu processo evolutivo para conseguir sucesso na reprodução e dispersão.
Fase biológica ou estágio são as fases pelas quais os parasitas passam durante o seu ciclo biológico

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9
Q

Classificação do tipo de Parasitismo

A
  • Obrigatórios — dependem completamente do hospedeiro para sobreviver
  • Facultativo — não dependem totalmente do hospedeiro para sobreviver, são capazes de se adaptarem a vida livre
  • Acidentais — quando invadem e sobrevivem num hospedeiro que não são o seu habitual
  • Periódico ou esporádico — parasitam o hospedeiro com intervalos de acordo com a sua necessidade metabólica
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10
Q

Classificação quanto à localização

A
  • Ectoparasitas — aqueles que habitam e se nutrem na superfície do hospedeiro
  • Endoparasitas — podem ser teciduais, habitando células, tecidos, no interior do hospedeiro ou cavitários, habitando vísceras ocas
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11
Q

Classificação quanto ao número de hospedeiros necessários para completarem o ciclo de vida

A
  • Monoxênicos — aquele cujo ciclo se processa em um único hospedeiro
  • Dizenos ou Heteroxênicos ou polixenos — aqueles que necessitam de 2 ou mais hospedeiros para completarem ciclo biológico. Neste caso pode haver um hospedeiro vertebrado e outro invertebrado ou 2 vertebrados. Distinguem-se:
    > Ciclos diretos (não envolve hospedeiro intermediário. A nova contaminação pode ser por auto infestação)
    > Ciclos indiretos (mais complexas envolvendo mais que um hospedeiro intermediário)
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12
Q

Classificação quanto à capacidade de infetarem hospedeiros de espécies diferentes

A
  • Eurixenos — se infetam uma grande gama de hospedeiros de diferentes espécies
  • Estenoxenos — se infetam uma única espécie ou espécies muito próximas na escala zoológica
  • Oioxena — quando os parasitas admitem só uma espécie de hospedeiros
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13
Q

Hospedeiro

A

Ser vivo que alberga dentro de si o parasita e exerce sobre ele função de repressão.
Podem classificar-se em:
- Naturais — quando não são prejudicados pelo parasitismo garantindo a continuidade da espécie e atuam como fonte de infeção para o Homem e outros animais
- Anormais — hospedeiros para os quais os mecanismos de adaptação são suficiente para manter um equilíbrio biológico, mas propício a danos provocados pelo parasita
- Acidentais ou ocasionais v são aqueles que raramente existem relações com certos parasitas, não sendo considerados obrigatórios para o ciclo de vida do parasita

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14
Q

Classificação dos hospedeiros conforme a participação no ciclo de vida do parasita

A
  • Definitivos ou Finais — albergam a forma vegetativa, forma adulta ou nalguns casos a forma sexuada do parasita
  • Intermediários — albergam a forma quística, a forma de larva imatura, ou a forma assexuada do parasita. De um modo geral são temporários, mas essenciais para a realização do ciclo de vida
  • Transporte ou paraténico — hospedeiros nos quais os parasitas não desenvolve qualquer fase do ciclo vital, mas permanece ativo, até ser ingerido pelo hospedeiro definitivo
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15
Q

Reservatório ou fonte

A

Local de onde o parasita parte para invadir os indivíduos recetivos. O reservatório assegura a continuidade do ciclo vital do parasita. São importantes em epidemiologia

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16
Q

Vetores

A

São agentes transmissores dos parasitas, do reservatório para o hospedeiro.
São artrópodes, moluscos ou outros veículos que atuam com hospedeiros intermediários, como transportadores entre 2 hospedeiros.
Tipos de vetores:
- biológico (quando o parasita se multiplica ou desenvolve no vetor)
- mecânico (quando o parasita não se multiplica nem se desenvolve no vetor)
- fomite (quando os objetos inanimados podem veicular parasitas entre hospedeiros)

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17
Q

Zoonose

A

Doença que atinge o Homem e animais, em sentido lato.
Podem-se classificar em:
- Antropozoonoses (os animais são reservatórios e o Homem Hospedeiro secundário)
- Zooantroponoses (Homem reservatório e os animais hospedeiros secundários)
- Anfixenoses (doenças que circulam entre homens e animais, ambos são hospedeiros do parasita)
- Antroponose (quando a doença é exclusivamente humana sendo o Homem o único reservatório do parasita)
- Enzoonose (doença exclusiva dos animais)

18
Q

Infeção

A

Penetração e desenvolvimento ou multiplicação de um agente infecioso no Homem ou no animal

19
Q

Infestação

A

Alojamento, desenvolvimento e reprodução de artrópedes na superfície do corpo quer do Homem quer nos animais

20
Q

Patogenicidade

A

Capacidade de um parasita produzir doença

21
Q

Virulência

A

Refere ao grau de intensidade de patogenicidade do parasita e depende de vários fatores:
- capacidade de colonizar, aderir e invadir as células do hospedeiro
- capacidade de se multiplicar
- capacidade de se transmitir a outros hospedeiros
- capacidade de evasão aos mecanismos de defesa
- capacidade de produzir proteínas, enzimas com lesão e apoptose celular
- variabilidade genética

22
Q

Ações do parasita

A
  • Espoliativa
  • Tóxica
  • Mecânica
  • Hiperplasica
  • Neoplásica
  • Enzimática
  • Anóxica
  • Porta de entrada para outros microrganismos
23
Q

Mecanismo Evasão SImune

A
  • formando cistos
  • inibem a lise pelos macrofagos
  • localizam em sítios privilegiados (intracelular)
  • mascarando ou variando Ags superfíficie
  • suprimindo a resposta imune Produzindo Acs neutralizadores
  • complexidade do ciclo
24
Q

Vias de penetração do parasita

A

São múltiplas permitindo invadir e ocupar um determinado nicho ecológico
A penetração pode classificar-se em:
- Ativa — penetram ativamente por diferentes vias, envolvem mecanismos enzimáticos e citotóxicos
> pele
> mucosas
- Passiva — quando são ingeridos com os alimentos e águas contaminadas (quistos, protozoários, ovos enterobius v. cisticercos de taenia)
> oral-fecal
> sexual
> alimentos crus ou mal cozidos
> transfusões de sangue
> via placentar ou transplante de órgãos
> acidentes através de picada inoculados por hematófagoss (plasmodium, Leishmania) e acaros

25
Portador
Quando um hospedeiro é invadido por um parasita pode não sentir quaisquer sintomas diz-se que a doença parasitária é assintomática e o ser vivo com estas características é um portador Os portadores assintomáticos, são considerados um importante problema de saúde pública e são responsáveis pela difusão das parasitoses Outras vezes os parasitas instalam se dentro dos hospedeiros e provocam alterações que podem ser mortais, nestes casos são casos sintomáticos ou clinicamente aparentes
26
Parasitas
Protozoários - Amibas > Entamoeba hystolitica - Esporozoários > Cripstosporidium > Plasmodium > Toxoplasma - Flagelados > Giardia > Trichomonas > Trypanosoma > Leishmania - Ciliados > Balantidium Metazoários - Nematelmintas > Nemátodos intestinais e Filárias - Platelmintas > Tremátodos » Schistosomas e Fasciola hepática > Céstodos » Ténias
27
Entomologia
As relações entre os artrópodes (insetos, aracnídeos, crustáceos) e a saúde humana são estudados pela Entomologia A sua importância na saúde pública pelas suas reações alérgicas locais bem como atuarem como vetores de doenças
28
Artrópodes patogénicos
Artrópodes parasitas — são ácaros responsáveis pela sarna (scarcoptes scabiei sarna sarcoptica ou escabiose), Ectoparasitas. Pediculus humanus, pediculus capitis, Phitus pubis Artrópodes venenosos — escorpiões, aranhas (aracnoidismo sistémico e necrótico) Artrópodes indutores de alergiass (ácaros de diversas famílias de Pyroglyphidae) Artrópodes implicados na transmissão de doença (hospedeiros intermediários e vetores)
29
Taxonomia
Existe um grande número de seres vivos na natureza e para serem estudados tiveram de ser agrupados conforme a sua morfologia, fisiologia, etc. Este agrupamento obedeceu a leis e tem um vocabulário próprio - Classificação - Nomenclatura - Taxionomia - Sistemática
30
Classificação
Ordenação dos seres vivos em classes, baseando no parentesco ou semelhança
31
Nomenclatura
Aplicação de nomes distintos a cada uma das classes reconhecidas numa dada classificação Nomenclatura binária: Género e espécie
32
Taxionomia
Estudo teórico da classificação incluindo as respetivas bases, princípios, normas e regras. É uma subdisciplina básica da biologia que tende sido unicamente morfológica, recorre atualmente a técnicas bioquímicas, genéticas e imunológicas para reconhecer, classificar e identificar os seres
33
Sistemática
Estudo científico das formas dos organismos, sua diversidade e relação entre eles
34
Níveis de classificação
- Domínio - Reino - Filo - Classe - Ordem - Família - Género - Espécie
35
Espécie
Uma coleção de indivíduos que se assemelham tanto entre si como os seus antecedentes e descendentes. A identidade de caracteres é regulada pelos genes específicos e homozigóticos e reprodutivamente isolado de outros grupos semelhantes
36
Sub-espécie
Quando alguns indivíduos de determinada espécie se destacam do resto do grupo por possuírem uma característica excecional ou conjunto de pequenas diferenças, que se perpetuam nas gerações seguintes
37
Género
Quando várias espécies apresentam caracteres comuns. um género pode assumir espécies e subespécies
38
Protozoários
- flagelados - amebas - esporozoários - ciliados
39
Helmitas
- platelmintas - nematelmitas
40
Artrópodes
- carrapato - piolho - pulga