Jurisdição Flashcards

(22 cards)

1
Q

Qual a teoria da ação adotada pelo CPC?
Eclética, Asserção ou em abstrato (Diddier).

A

1º raciocínio: considere a adoção, pelo CPC de 2015, da teoria eclética do direito de ação como entendimento majoritário (cria as condições da ação);

2º raciocínio: considere a teoria da asserção como uma forma de verificação das condições da ação (em cognição sumária ou aprofundada) e, também, como a teoria adotada pelo STJ (disciplinar formas de verificação desta teoria);

3º raciocínio: lembre-se de que existe corrente no sentido de que a teoria abstrata do direito de ação pode interpretada em razão de o CPC de 2015 não mais falar em “condições da ação” ou “carência
da ação”.

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2
Q

A teoria eclética da ação, adotada pelo ordenamento jurídico brasileiro, define ação como direito autônomo
abstrato, independente do direito subjetivo material, condicionada a requisitos para que se possa analisar o
seu mérito?

A

correta.

A teoria eclética é a predominante na doutrina brasileira, como vimos em aula, e é a que foi positivada no Novo Código de Processo Civil, segundo essa mesma doutrina.

O STJ, contudo, parece ter adotado a teoria da asserção, o que se pode extrair de diversos julgados seus e até da opinião de doutrinadores de peso, como Daniel Amorim Assumpção Neves.

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3
Q

Conforme a teoria concreta da ação, o direito de agir é autônomo e independe do reconhecimento do
direito material supostamente violado?

A

incorreta.
A teoria concreta afirma que o direito de agir é autônomo, mas depende do reconhecimento do direito material supostamente violado, ou seja, o direito de ação é autônomo, mas não
é independente. Apenas a partir da teoria abstrata é que se postula total distinção.

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4
Q

Entre os princípios que regem a jurisdição, o da investidura é aquele que determina que o juiz exerça atividade judicante dentro de um limite espacial sujeita à soberania do Estado?

A

Incorreta.

O princípio da investidura exige que a jurisdição seja exercida por alguém legalmente investido na função, por meio de concurso público.

O princípio de que trata a questão é o princípio da territorialidade da jurisdição.

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5
Q

O princípio do juiz natural, ao impedir que alguém seja processado ou sentenciado por outra que não a
autoridade competente, visa coibir a criação de tribunais de exceção?

A

correta.

O princípio do juiz natural prevê que devem ser previamente estabelecidas regras objetivas de competência jurisdicional, de modo a garantir a independência e a imparcialidade do órgão
julgador. Esse princípio visa impedir que seja criado um tribunal apenas para o julgamento de determinada
demanda, ou seja, um tribunal de exceção.

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6
Q

O caráter substitutivo, a inércia e a definitividade são características da jurisdição?

A

A substitutividade significa que, por intermédio da jurisdição, a vontade individual das partes é substituída pela vontade do direito.

Com o esgotamento de todos os
recursos, espera-se a solução da crise jurídica (escopo jurídico) e conformação das partes (escopo social). A fim de conferir segurança e autoridade ao exercício da jurisdição, entende-se que o exercício da jurisdição
se tornou definitivo, de modo que a decisão não poderá ser alterada e rediscutida.

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7
Q

São inerentes a jurisdição os princípios do juiz natural, da improrrogabilidade e da indelegabilidade?

A

Correto.

Vejamos um conceito de
cada um deles de acordo com Humberto Theodoro Junior:

  1. juiz natural: só pode exercer a jurisdição o órgão específico ao qual a CF atribui o poder jurisdicional.
  2. improrrogável: os limites do poder jurisdicional são estabelecidos pela Constituição.
    Não é permitido ao legislador alterar esses limites, seja para reduzir ou ampliar;
  3. indeclinável: o órgão investido no poder de jurisdição tem a obrigação de prestar a
    tutela jurisdicional, não se trata de uma faculdade.
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8
Q

O Código de Processo Civil estabelece duas condições para se postular em juízo: o interesse de agir e a
legitimidade da parte?

A

Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.

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9
Q

A legitimidade ativa ad causa é a capacidade dos pais de representar, em demandas judiciais, seus filhos
menores de idade?

A

A legitimidade ad causam é a legitimação para a causa, envolvendo a discussão a respeito da pertinência
subjetiva da ação. Se a parte for a titular do direito material que pretende discutir em juízo poderá ser autora
ou ré. (Condição da ação)

A legitimidade ad processum, por sua vez, é a capacidade para estar em Juízo ou legitimação processual, um requisito de validade processual. Quando à parte falta capacidade para a prática de atos da vida civil, ela não poderá ir a juízo sozinha, necessitando, nesse caso, de um representante ou assistente.

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10
Q

É preciso previsão em tratado ou reciprocidade manifestada por acordo pela via diplomática, para homologação de sentença estrangeira?

A

As regras para a cooperação internacional devem ser estabelecidas em tratados internacionais. Caso não
exista tratado, é possível que as partes adotem a técnica da reciprocidade, ou seja, decidam na prática do dia a dia do foro a concessão dos mesmos benefícios a fim de dar efetividade às decisões judiciais.

Art. 26. (…)
§ 1º Na ausência de tratado, a cooperação jurídica internacional poderá realizar-se com base em reciprocidade, manifestada por via diplomática.

§ 2º Não se exigirá a reciprocidade referida no § 1º para homologação de sentença
estrangeira.

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11
Q

Na jurisdição voluntária não há lide: trata-se de uma forma de a administração pública participar de
interesses privados?

A

correta.

Na jurisdição voluntária não há conflito de interesses entre as partes, ou seja, não
há lide. Nesse tipo de jurisdição o Estado atua como administrador de causas que entende relevantes e que
merecem a intervenção estatal nas relações entre pessoas privadas.

Esse posicionamento não é o
dominante, mas é o que devemos adotar para as provas do CESPE.

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12
Q

O modo de ser de uma relação jurídica pode ser objeto de ação declaratório?

A

Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração:

I - da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica;

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13
Q

“Toda pessoa que se acha no exercício dos seus direitos tem capacidade para
estar em juízo”. Este conceito é verdadeiro ou falso?

A

Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para
estar em juízo.

A capacidade processual corresponde à capacidade de estar em juízo, pessoalmente, ou seja, independentemente de estar representado ou assistido por alguém. Já a capacidade postulatória diz respeito
à capacidade para atuar como procurador em juízo.

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14
Q

Quem a autoridade central nos casos de cooperação internacional? O MP pode exercer a função?

A

Art. 26. (…) § 4º O Ministério da Justiça exercerá as funções de autoridade central na
ausência de designação específica.

Art. 33. (…) Parágrafo único. O Ministério Público requererá em juízo a medida solicitada
quando for autoridade central.

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15
Q

Qual a justiça competente para o auxílio direto?

A

Justiça Federal.

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16
Q

A concessão do exequatur é procedimento que se desenvolve perante qual justiça? Há a análise do mérito da decisão estrangeira?

A

Art. 36. O procedimento da carta rogatória perante o Superior Tribunal de Justiça é de
jurisdição contenciosa e deve assegurar às partes as garantias do devido processo legal.

§ 2º Em qualquer hipótese, é vedada a revisão do mérito do pronunciamento judicial
estrangeiro pela autoridade judiciária brasileira.

17
Q

Na cooperação jurídica internacional, poderá ser prestado auxílio direto caso a medida requerida não
decorra diretamente de decisão jurisdicional que, proferida por autoridade estrangeira, será submetida a juízo delibação no Brasil?

A

Correto.

Em regra, por autoridade do executivo.

Juízo delibação: análise de competência internacional.

18
Q

No caso de substituição processual, o substituído poderá intervir no processo como assistente litisconsorcial,
enquanto o substituto processual poderá intervir como litisconsorte nas causas das quais o substituído seja
parte?

A

Art. 18 Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como assistente litisconsorcial.

Com relação ao substituto intervir como terceiro:

Enunciado 110. Havendo substituição processual, e sendo possível identificar o substituto,
o juiz deve determinar a intimação deste último para, querendo, integrar o processo.

19
Q

O julgamento de incidente de resolução de demandas repetitivas se submete à regra de atendimento da
ordem cronológica de conclusão?

A

Art. 12. Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão.
§ 2º Estão excluídos da regra do caput :

I - as sentenças proferidas em audiência, homologatórias de acordo ou de improcedência liminar do pedido;

II - o julgamento de processos em bloco para aplicação de tese jurídica firmada em julgamento de casos repetitivos;

III - o julgamento de recursos repetitivos ou de incidente de resolução de demandas repetitivas;

IV - as decisões proferidas com base nos arts. 485 e 932 ;

V - o julgamento de embargos de declaração;

VI - o julgamento de agravo interno;

VII - as preferências legais e as metas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça;

VIII - os processos criminais, nos órgãos jurisdicionais que tenham competência penal;

IX - a causa que exija urgência no julgamento, assim reconhecida por decisão fundamentada.

20
Q

O procedimento da carta rogatória perante o Superior Tribunal de Justiça é de jurisdição voluntária e deve
obedecer ao devido processo legal?

A

Art. 36. O procedimento da carta rogatória perante o Superior Tribunal de Justiça é de
jurisdição contenciosa e deve assegurar às partes as garantias do devido processo legal.

21
Q

Ao tratar dos limites da jurisdição nacional, O CPC determina que a justiça brasileira possui competência
concorrente para conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil.

A

incorreta.

No caso de imóveis situados no Brasil, a competência brasileira é exclusiva, com base no art. 23, I, do CPC:
Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:

I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;

II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional;

III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional.

22
Q

É possível a existência de conflito de competência entre juízo estatal e câmara arbitral?

A

Segundo o Superior Tribunal de Justiça, “é possível a existência de conflito de competência entre juízo estatal e câmara arbitral. Isso porque a atividade desenvolvida no âmbito da arbitragem tem natureza
jurisdicional”