materia freq 1 Flashcards
(114 cards)
Fármaco
Uma substância pura, quimicamente definida, que é extraída de fonte natural ou obtida por síntese, dotada de atividade biológica e que poderá ser aproveitada pelos seus efeitos terapêuticos.
Medicamento
Toda a substância (ou mistura de substância) fabricada, vendida, posta à venda ou recomendada para tratamento de sintomas ou diagnóstico de uma efemeridade ou de um estado físico anormal e para o estabelecimento, a correção ou
modificação de funções orgânicas no homem e nos animais.
Droga
Matéria prima de origem vegetal ou animal, ativa ou inativa, que contém um ou mais constituintes e que não sofreu manipulação, exceto a necessária para a sua
conservação.
Especialidade farmacêutica
Toda a preparação farmacêutica apresentada no mercado
em embalagem própria a ser entregue ao consumidor e com uma designação de marca privativa.
Forma farmacêutica
As especialidades farmacêuticas podem ser comercializadas sob várias formas
Para descobrir um fármaco, existem duas principais etapas:
-> Descoberta, onde se descobre uma aplicação terapêutica para uma determinada molécula
-> Desenvolvimento – descoberta de uma nova molécula líder e realização de diversos ensaios (ensaios em animais e ensaios clínicos) e comercialização, sendo analisada a eficácia, segurança e qualidade.
Este processo demora de 10 a 17 anos. A química farmacêutica, por sua vez, situa-se nas primeiras etapas da descoberta de fármacos – identificação do alvo, geração de Hits e geração de Líders.
Farmacocinética
Percurso que uma molécula tem até ao alvo, considerando se ela se mantém intacta
Farmacodinâmica
Interações moleculares estabelecidas entre um fármaco e o seu alvo terapêutico
Alvos
Biomoléculas às quais a molécula do fármaco se liga diretamente, ligação essa que é responsável pela eficácia terapêutica desse fármaco.
Existem vários tipos de alvos, como por exemplo:
Terapêuticos, estruturais, farmacológicos e moleculares.
Alvos estruturais, podem ser:
Recetores, enzimas, canais iónicos, transportadores, entre outros
Alvos moleculares, podem ser:
Ácidos nucleicos, carboidratos, proteínas e lípidos
Alvos moleculares, proteínas
As proteínas possuem aminoácidos ligados entre si por ligações peptídicas. São o alvo mais comum dos fármacos. Podem ter uma estrutura secundária, terciária e quaternária.
Ligações peptídicas
Ligações do grupo carboxílico de um aminoácido ao grupo amina de outro, formando uma amida.
Substituintes de alvos proteicos
Os seus substituintes podem ser aromáticos (como na tirosina e no triptofano), aminas (como na lisina e na arginina), ácidos carboxílicos (como na prolina e nos ácidos aspártico e glutâmico); na cisteína, o seu substituinte possui enxofre.
Estrutura secundária das proteínas
Resultante de pontes de hidrogénio estabelecidas entre os aminoácidos, e que pode ser em a-hélice ou b-folha
Estrutura terciária das proteínas
Resultante de interações entre si
na molécula
Estrutura quaternária das proteínas
Resultante da interação das subunidades (apenas ocorre em proteínas que possuem mais do que 1 subunidade).
Alvos moleculares, lípidos
Os lípidos localizam-se essencialmente na membrana plasmática numa bicamada, com as cadeias hidrofóbicas no interior e a cabeça polar no exterior. São geralmente alvos para anestésicos gerais.
Alvos moleculares, Carboidratos
Os carboidratos, ou açúcares, têm essencialmente função de energia, suporte e comunicação. São um alvo raro dos fármacos.
Funcionam como etiquetas moleculares/local de reconhecimento projetadas para fora. Há alguns fármacos que possuem essas etiquetas, de modo a impedir a ligação de um
agente à célula humana.
Eles são normalmente associados a proteínas (glicoproteínas) ou a lípidos (glicolípidos).
Alvos moleculares, Ácidos nucleicos
Os ácidos nucleicos são constituídos por bases, açúcar e fosfato
Alvos estruturais, Recetores
Os recetores são macromoléculas proteicas que contêm um local ativo, onde a molécula mensageira/ligando se liga e desencadeia a resposta biológica.
A molécula vai reconhecer o local ativo do recetor e liga-se a ele, alterando a sua estrutura terciária, passando a mensagem e fazendo assim um efeito terapêutico.
Tipos de recetores
Recetores de membrana, intracelulares e nucleares.
Recetores de membrana
Podem ser classificados em superfamílias com base na sua estrutura e modo de ação: recetores acoplados à proteína G, recetores ligados à cinase e recetores ligados a canais iónicos.
Esta classificação está relacionada com o ligante
natural/endógeno, que liga todos os membros de uma determinada família; os ligantes não naturais/exógenos podem mostrar seletividade para recetores específicos dentro de uma família e permitir mais subdivisões.