Micobactérias Flashcards

1
Q

Factores associados à Tuberculose

A

> populações a viver em condições degradadas
epidemia de SIDA
toxicodepência
falha nos programas de controlo da Tuberculose

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2
Q

Transmissão da Tuberculose

A

O Mycobacterium tuberculosis é um parasita estrito ao Homem
O agente é transmitido por via aérea, a partir de um doente bacilífero. (atenção: nem todos os doentes são igualmente bacilíferos)
Cada caso de tuberculose infecta, em média, 3-10 contactos

Aerossol
As partículas de maior dimensão depositam-se imediatamente As partículas de dimensão média são retidas pelo muco da árvore respiratórias. As partículas mais perigosas são as de 3-5u, que podem atingir os alvéolos pulmonares
Este problema só se põe quando em salas fechadas já que os UV destroiem os aerossóis.

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3
Q

A tuberculose é uma DDO?

A

Sim: e obrigatório declarar: ajuda no estudo da incidência

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4
Q

Patogénese da Tuberculose

A

A tuberculose desenvolve-se no organismo humano em 2 etapas
 INFECÇÃO TUBERCULOSA
O indivíduo exposto a microorganismos provenientes de um indivíduo contagioso, é infectado
 TUBERCULOSE
O indivíduo infectado desenvolve a doença

Nem todo o infectado desenvolve doença

INFECÇÃO/REINFECÇÃO/LATÊNCIA–> DOENÇA ACTIVA–> CURA–> RECAÍDA

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5
Q

Formas de Tuberculose

A

> Pulmonar: frequente (+ de 80% dos casos)
a única que pode ser contagiosa

> Extra-pulmonar: por disseminação hematogénea afecta outros orgãos :
pleura
gânglios linfáticos
coluna vertebral
articulações (mal de Pott)
tracto genito urinário (tuberculose renal)
sistema nervoso (meningite tuberculosa)
abdómen.
miliar: disseminada por todo o organismo.
Isto é mais frequente em HIV+.
(mandatório fazer rastreio de HIV se tiver uma forma de TB extra-pulmonar).

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6
Q

Sintomas da Tuberculose

A
  • tosse
  • febrícula (à tarde)
  • perda de peso
  • expectoração hemoptóica
  • suores nocturnos
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7
Q

Reactivação da Tuberculose

A

Aparecimento de Tuberculose em indivíduos previamente infectados
1 a 10 casos entre 10.000 infectados/ano
O tempo entre a reactivação e os primeiros sintomas é de algumas semanas a um ano
Devido a diminuição da imunidade protectora (HIV+ têm 25% probabilidades)
80 a 90% dos indivíduos infectados nunca desenvolverão doença

Nódulo da tuberculose inicial com bactérias em latência

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8
Q

Tuberculose/SIDA

A

Impacto da SIDA na epidemia de Tuberculose
Impacto da tuberculose na sobrevida dos doentes con SIDA: grande diminuição
Emergência de Tuberculose Multirresitente

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9
Q

Vacinação BCG

A

Uma estirpe atenuada de Mycobacterium bovis
Em Portugal foi obrigatória até 2017 e administrada aos recém-nascidos (15 dias após nascimento)
Confere certo grau de protecção, maior nas crianças, contra as formas graves de Tuberculose (tuberculose miliar, etc..)
Provavelmente influencia muito pouco a disseminação dos bacilos
Induz a positividade na prova tuberculínica

BCG não influencia a epidemiologia da TB: daí já não ser obrigatória–> a incidência diminuiu e causa positividade no teste da tuberculina

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10
Q

Diagnóstico laboratorial da Tuberculose - Meios de diagnóstico

A

Prova da Tuberculina (R. de Mantoux)
Injecção de PPD - Ag da parede de M tuberculosis
Leitura às 72 horas
Diagnóstico de infecção latente

Testes IGRA
(interferon gama release assays)
Diagnóstico de infecção latente

Exame Bacteriológico

Raio X Tórax: análise de lesões sobretudo nos vértices do pulmão

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11
Q

Prova da tuberculina Reacção de

Mantoux

A

Injecção de PPD - Ag da parede de M tuberculosis
Leitura às 72 horas: mede-se o tamanho da pápula:

> Positiva se:
 Contacto com M. tuberculosis
 BCG
 Infecção/doença

> Negativa se (fica-se sem saber): 
 Ausência de contacto com M.
tuberculosis
 Falta de resposta imunológica
 Anergia (não faz reação)
 Imunodepressão
 Formas avançadas de tuberculose
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12
Q

Diagnóstico laboratorial da

Tuberculose - Amostras clínicas no exame bacteriológico

A

 Expectoração – 3 amostras
 Expectoração provocada, secreções brônquicas e lavado
brônquico
 Suco gástrico: são bactérias ácido resistentes (aspirado matinal)
 Urina
 Biópsias
 Sangue
 Líquidos cefalo-raquidiano e inflamatórios (liquido pleural,
peritoneal, pericardíaco)

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13
Q

Micobactérias: generalidades

A

Bacilos de 0,5m a 4m: muito pequenas de ver, difíceis de ver. Costumam agregaar-se
Parede celular rígida, composta por uma espessa camada lipídica
Ácido-alcool resistência
Não coram pelo Gram
Tempo de geração de 18 a 24 horas (muito complexa, demora muito tempo a dividir-se: 3/4 semanas para haver colónia
A espécie tipo é o M. tuberculosis descrito por Robert Koch, em 1882 - Bacilo de Koch (BK)

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14
Q

Micobactérias

Coloração de Ziehl- Neelsen

A

Bactérias ficam a vermelho e o resto a azul

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15
Q

Micobactérias Descontaminação

A

Previamente à inoculação dos meios de cultura é necessário preparar as amostras clínicas para:
>liquefação do material - homogeneização
>destruição de toda a flora indesejável que veio com a amostra - descontaminação.

Método clássico de Petroff (hidróxido de sódio)
Método da N- acetil-L-cisteína (mucolítico: desagrega as micobactérias do muco)

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16
Q

Exame cultural

A

•O pilar para o diagnóstico definitivo de Tuberculose
•Maior sensibilidade
•Permite obtenção de colónias bacterianas para estudos complementares
–Identificação
–Teste de sensibilidade aos antibióticos
–Tipagem molecular

Só em laboratórios de segurança 3

17
Q

Exame cultural- Meios de cultura

A
MÉTODO TRADICIONAL
•Meio de Löwenstein-Jensen
colónias visíveis
após 4 a 6 semanas
de incubação (culturas com aspecto amarelo e seco em " couve flor")

MÉTODOS RÁPIDOS (em meios líquidos): detecção indirecta através do CO2
•Bactec 460Tb (produção de CO2 radioactivo- palmitato marcado pelo 14C )
•Bact-Alert (produção de CO2
•Bactec-MGIT(consumo de oxigénio)
detecção em 10-14
dias

18
Q

Micobactérias Identificação

A

•Complexo Mycobacterium tuberculosis
–M. tuberculosis
–M. bovis ( nos animais: não se transmite aos humanos)
–M. africanum (só em algumas zonas de África)
–M. canetti (muito rara)
–M. microti
•Micobactérias não tuberculosas, ou atípicas
•M. leprae

19
Q

Micobactérias Identificação

A

•Bioquímica - Classificação proposta por Runyon (muito trabalhoso)
–Tempo de crescimento
–Relações térmicas
–Pigmentação
•pigmento apenas após iluminação - fotocromogénias
•pigmento produzido na escuridão - escotocromogénias
–Capacidade de crescimento em meios contendo inibidores, reacções bioquímicas,
•Sondas de hibridação de ácidos nucleicos: hoje em dia muito usado
•Cromatografia
•Maldi-toff – espectrometria de massa (ainda e adaptação)

20
Q

Estratégia DOTS

A

(Direct Observed Therapy Shortcourse)

> Comprometimento do governo no combate à Tuberculose
Detecção precoce dos casos (microscopia nos doentes que se apresentam aos serviços de Saúde)
Terapêutica curta duração padronizada (6-8 meses) incluindo a toma directa observada (TOD) durante a fase intensiva (primeiros dois meses): principal problema é o abandono da terapêutica >Estabelecimento e manutenção de um sistema de fornecimento dos fármacos
Recolha padronizada da informação incluindo o registo do resultado do tratamento

21
Q

Terapêutica Padronizada

A

Esquema de curta duração
–4 fármacos durante 2 meses: Isoniazida, Rifampicina, Pirazinamida, Etambutol (HRZE)
–2 fármacos durante 4 meses: Isonaizida e Rifampicina (HR)

22
Q

Teste de sensibilidade aos antibacilares

A

Faz-se principalmente nos HIV+ (situações de resistências)

•Método das proporções
–proporção de bacilos resistentes existentes numa cultura bacteriana face à concentração crítica do fármaco
•Igual ao superior a 1% a estirpe é considerada resistente.
•Método tradicional utiliza o meios de Lowenstein-Jensen ou Middlebrook 7H10, com resultados ao fim de 1 mês
•Métodos rápidos com meios Bactec 460TB ou Bactec MGIT, resultados em 7 dias

23
Q

Resistência em Tuberculose

A

•Multirresistência MDR-TB
Resistência a Isoniazida e Rifampicina
Pode existir resistência a mais fármacos
Resulta da adição sucessiva de resistências a diferentes antibióticos por mutações independentes
Associação à SIDA Maior carga bacteriana Maior percentagem de abandonos à
terapêutica

XDR- Tuberculose eXtensivamente Resistente
•Resistência a Isoniazida e Rifampicina
•Resistência a uma fluoroquinolona
•Resistência a um dos 3 fármacos injectáveis de 2ª linha: capreomicina, canamicina ou amicacina
OMS –

24
Q

Quando há resistência deve adicionar-se outro ATB?

A

NÃO: adicionar logo dois ATB. Adicionar um único ATB amplia as resistências

25
Q

Qual o Meio de Dx GOLD STANDARD da tuberculose?

A

A cultura: no meio Lowenstein Jensen, em meios líquidos (mais rápido)