Micoses sistémicas Flashcards

1
Q

Histoplasma capsulatum

A

1) Fungo dimórfico: cresce na sua forma filamentosa quando cultivado a 25ºC, mas quando infeta o homem ou quando cultivado a 37ºC transforma-se na sua morfologia unicelular
2) Causa histoplasmose
3) Epidemiologia: cresce no solo com elevado conteúdo de nitrogénio, particularmente em áreas contaminadas com excrementos de aves e morcegos (atenção a exploração a cavernas, demolição de edifícios antigos, limpeza de galinheiros); transmissão por via respiratória
4) Síndromes clínicas: assintomático; pode formar granulomas (que podem calcificar e provocar problemas crónicos) e causar pneumonia; eritema nodoso; hepatoesplenomegália nos imunocomprometidos
5) Diagnóstico laboratorial: baseia-se em evidências sorológicas, no exame histopatológico direto do tecido infetado (vêm-se macrófagos com muitos esporos) e na cultura do agente etiológico (demora 2 semanas)
6) Terapêutica: azóis (fluconazol) nas infeções locais e anfotericina B nas infeções sistémicas

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2
Q

Blastomyces dermatitidis

A

1) Fungo dimórfico: cresce na sua forma filamentosa quando cultivado a 25ºC, mas quando infeta o homem ou quando cultivado a 37ºC transforma-se na sua morfologia unicelular
2) Causa blastomicose
3) Epidemiologia: a distribuição geográfica está limitada ao continente norte-americano e a determinadas regiões de África; observa-se em cães e cavalos; transmissão por via respiratória
4) Síndromes clínicas: a doença pulmonar primária pode ser assintomática, sofrer resolução sem comprometimento de outros órgãos, resultar em doença pulmonar progressiva (com lesões e cavitações nos pulmões) ou após da resolução pulmonar surgir uma infeção sistémica (com úlceras cutâneas e osteomielites) em imunocomprometidos
5) Diagnóstico laboratorial: teste de imunodifusão específico para blastomicose, cultura
6) Terapêutica: azóis (fluconazol) na doença não complicada e anfotericina B na doença sistémica

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3
Q

Paracoccidioides brasiliensis

A

1) Fungo dimórfico: cresce na sua forma filamentosa quando cultivado a 25ºC, mas quando infeta o homem ou quando cultivado a 37ºC transforma-se na sua morfologia unicelular
2) Causa paracoccidioidomicose
3) Epidemiologia: geograficamente restrita à América Central e do Sul, especificamente no Brasil, Venezuela e Colômbia; transmissão por via respiratória
4) Síndromes clínicas: infeção pulmonar, linfoadenopatia, proeminência das lesões orais e nasais
5) Diagnóstico laboratorial: deteção de anticorpos específicos, visualização do microorganismo no material histopatológico e cultura
6) Terapêutica: azóis como o cetaconazol nas infeções locais e anfotericina B nas infeções sistémicas; para que o tratamento seja bem sucedido deve ser prolongado

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4
Q

Coccidioides immitis

A

1) Fungo dimórfico: cresce na sua forma filamentosa quando cultivado a 25ºC, mas quando infeta o homem ou quando cultivado a 37ºC transforma-se na sua morfologia unicelular
2) Causa coccidioidomicose
3) Epidemiologia: limitada ao continente americano; propaga-se nas tempestades de areia e terramotos; transmissão por via respiratória
4) Síndromes clínicas: pode causar infeção assintomática, doença pulmonar progressiva (c/ cavitações e nódulos nos pulmões), eritema nodoso, pneumonia, febre e artralgia; em imunocomprometidos afeta os pulmões, pele, ossos e meninges
5) Diagnóstico laboratorial: reatividade do teste cutâneo à coccidioidina, teste de precipitação em tubo, aglutinação de partículas de látex e imunodifusão em ágar
6) Terapêutica: azóis como ketoconazol para infeções locais e anfotericina B nas infeções sistémicas; no caso da meningite torna-se complicado devido à baixa capacidade de penetração no LCR

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5
Q

Cryptococcus neoformans

A

1) Fungo monomórfico: cresce como levedura
2) Possui uma cápsula de mucopolissacárido única que impede a fagocitose
3) Epidemiologia: isolado em excrementos de pombo; transmissão por via respiratória; infeção mais frequente em indivíduos imunodeprimidos
4) Síndromes clínicas: as infeções pulmonares geralmente são assintomáticas (a infeção é restrita muitas vezes a um nódulo pulmonar, podendo mimetizar um carcinoma); meningite (cefaleias, alterações do estado mental e febre durante várias semanas); lesões cutâneas e ósseas
5) Diagnóstico laboratorial: exame do LCR com tinta da china, teste de aglutinação do látex, testes serológicos com base na deteção de antigénios
6) Terapêutica: a criptococose pulmonar é na maior parte das vezes uma infeção auto-limitada, podendo ser curada pela excisão do nódulo solitário; para a meningite pode ser usada anfotericina B, mas esta tem má penetração no LCR, a 5-fluorocitosina é mais eficaz no tratamento mas rapidamente se desenvolvem resistências

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