Microbiologia Flashcards

(17 cards)

1
Q

Cite as funções do ácido teicóico e sua localização na célula bacteriana.

A

O ácido teicóico é uma substância encontrada em algumas bactérias Gram-positivas, localizada na parede celular. Suas funções incluem manter a estrutura da parede celular, regular a carga superficial das células, auxiliar na adesão a superfícies, possivelmente regular a homeostase iônica e desempenhar um papel na estabilidade celular. Suas funções e presença podem variar entre diferentes espécies bacterianas.

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2
Q

Explique as funções das seguintes estruturas: flagelos, pili, cápsula, adesinas.

A

Flagelos: São estruturas de locomoção que permitem que as bactérias se movam em direção a estímulos favoráveis ou evitem condições adversas.

Pili (Fímbrias): São apêndices filamentosos que desempenham um papel na adesão a superfícies e na transferência de material genético entre bactérias.

Cápsula: É uma camada viscosa que protege as bactérias contra o sistema imunológico, facilita a adesão a superfícies e protege contra fatores ambientais adversos.

Adesinas: São proteínas de superfície que ajudam as bactérias a aderirem a células hospedeiras ou outras superfícies, desempenhando um papel crucial na colonização e na patogenicidade.

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3
Q

Diferencie os flagelos de bactérias Gram positivas e Gram negativas.

A

Flagelos de Bactérias Gram-Positivas:

Localizados na membrana citoplasmática.
Geralmente em menor número, mais curtos e compostos principalmente de flagelina.
Não têm um revestimento lipopolissacarídico.
Flagelos de Bactérias Gram-Negativas:

Localizados na região periplasmática, entre a membrana citoplasmática e a membrana externa.
Podem ser mais numerosos e possuem uma estrutura mais complexa, incluindo anéis.
Frequentemente cercados por uma camada lipopolissacarídica (LPS).

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4
Q

Explique a função dos processos que compõem o metabolismo para a célula bacteriana.

A

O metabolismo bacteriano é um conjunto de processos que inclui a obtenção de energia, a síntese de biomoléculas, a quebra de nutrientes, a regulação metabólica, a defesa contra estresses, a gestão de nutrientes e a regulação do uso de oxigênio. Esses processos são fundamentais para a sobrevivência, crescimento e adaptação das células bacterianas ao ambiente.

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5
Q

Compare os processos de obtenção de energia (oxidação aeróbia, oxidação anaeróbia e
fermentação) quanto à quantidade de ATP gerado e quanto ao ambiente adequado para a
colonização destes microrganismos.

A

Oxidação Aeróbia: Gera a maior quantidade de ATP, ocorre em ambientes ricos em oxigênio, como superfícies expostas ao ar.

Oxidação Anaeróbia: Gera menos ATP do que a aeróbia, ocorre em ambientes com níveis reduzidos de oxigênio ou anaeróbios.

Fermentação: Gera a menor quantidade de ATP, ocorre em ambientes anaeróbios, microaerofílicos ou em processos industriais e alimentícios.

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6
Q

Explique o conceito e a função do genoma para a bactéria.

A

O genoma bacteriano é o conjunto de informações genéticas contidas no DNA de uma bactéria. Ele desempenha papéis cruciais na codificação de proteínas e RNAs, na replicação e divisão celular, na regulação gênica, na adaptação ao ambiente, na transferência genética e na identidade da espécie bacteriana. É a base para a sobrevivência, reprodução e diversidade genética das bactérias.

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7
Q

Explique como ocorrem e a função dos mecanismos de variabilidade genética em
bactérias.

A

Os mecanismos de variabilidade genética em bactérias, como mutações, recombinação genética horizontal, plasmídeos e seleção natural, permitem a geração de diversidade genética nas populações bacterianas. Isso é fundamental para a adaptação a diferentes ambientes, a resposta a mudanças ambientais e a evolução ao longo do tempo, contribuindo para a sobrevivência e a diversidade genética das bactérias.

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8
Q

Descreva a reprodução bacteriana?

A

Divisão Celular por Bipartição (Fissão Binária): A reprodução bacteriana ocorre principalmente por bipartição, também conhecida como fissão binária. Esse processo envolve os seguintes passos:

Replicação do DNA: O primeiro passo é a replicação do material genético (DNA) da bactéria. A molécula de DNA circular duplica-se para formar duas moléculas idênticas.
Separação dos Cromossomos: As duas moléculas de DNA recém-replicadas migram para regiões opostas da célula bacteriana.
Formação de Septo: A célula bacteriana começa a dividir-se no centro, formando um septo ou membrana celular que separa as duas novas células.
Divisão Completa: Finalmente, o septo se estreita e as duas células filhas separadas são completamente formadas. Cada uma dessas células filhas contém uma cópia do DNA original e é geneticamente idêntica à célula-mãe.
Rapidez de Reprodução: A reprodução bacteriana é notavelmente rápida. Em condições ideais, uma única célula bacteriana pode se dividir em duas células filhas a cada 20 a 30 minutos, resultando em um aumento exponencial da população bacteriana.

Ausência de Variação Genética: Como a reprodução bacteriana ocorre por bipartição, sem a troca de material genético entre células, as células filhas são geneticamente idênticas à célula-mãe. Isso resulta em uma ausência de variabilidade genética entre as células filhas produzidas por uma única divisão.

Capacidade de Adaptação Rápida: Embora não haja variação genética nas células filhas durante a divisão bacteriana, as mutações podem ocorrer ao longo do tempo devido a erros na replicação do DNA. Essas mutações podem resultar em novas características e adaptabilidade genética, permitindo que as bactérias se ajustem a mudanças ambientais.

A reprodução bacteriana é um processo eficiente que contribui para a rápida multiplicação e disseminação de bactérias em uma ampla variedade de ambientes. Sua capacidade de adaptar-se rapidamente a condições ambientais desafiadoras e a possibilidade de troca de material genético através da transferência horizontal de genes contribuem para a diversidade e sucesso das bactérias como um grupo de organismos.

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9
Q

Diferencie os meios de cultura quanto as classificações:
- Sintéticos e complexos
- Diferenciais, seletivos e enriquecidos

A

Sintéticos e Complexos:

Meios Sintéticos: Também chamados de meios definidos, esses meios de cultura são cuidadosamente formulados com ingredientes quimicamente definidos e conhecidos em termos de composição. Eles são usados quando se deseja controlar precisamente os nutrientes fornecidos às bactérias e eliminar a presença de substâncias desconhecidas ou indesejadas. Exemplos incluem o meio M9 e o meio mínimo.

Meios Complexos: Esses meios são compostos por ingredientes orgânicos, como extratos de carne, peptona e extrato de levedura, cuja composição exata é desconhecida ou variável. Os meios complexos são usados quando se deseja cultivar uma ampla variedade de microrganismos, incluindo aqueles que podem ter requisitos nutricionais desconhecidos. Um exemplo é o meio de cultura Tryptic Soy Agar (TSA).

Diferenciais, Seletivos e Enriquecidos:

Meios Diferenciais: Esses meios são projetados para permitir a diferenciação entre diferentes tipos de microrganismos com base em características específicas, como a capacidade de fermentar açúcares ou produzir certas enzimas. Eles contêm indicadores que revelam as diferenças no crescimento ou na atividade metabólica das bactérias. Por exemplo, o meio de cultura MacConkey é diferencial, pois permite a diferenciação entre bactérias que fermentam lactose e as que não fermentam.

Meios Seletivos: Os meios seletivos são formulados para inibir o crescimento de certos tipos de microrganismos enquanto permitem o crescimento de outros. Isso é alcançado pela adição de substâncias que inibem especificamente alguns microrganismos, como antibióticos ou sais. Um exemplo é o meio Sabouraud, usado para o isolamento de fungos, pois inibe o crescimento de bactérias.

Meios Enriquecidos: Esses meios são enriquecidos com ingredientes que fornecem nutrientes adicionais para estimular o crescimento de microrganismos que podem ter requisitos nutricionais específicos. Eles não são projetados para diferenciação ou inibição, mas sim para promover o crescimento de microrganismos em quantidades significativas. Exemplos incluem o meio de enriquecimento de ágar-sangue e o caldo tioglicolato, usados para o cultivo de microrganismos anaeróbicos.

Em resumo, a diferenciação entre meios sintéticos e complexos diz respeito à composição dos ingredientes, enquanto a classificação em diferenciais, seletivos e enriquecidos se refere aos objetivos específicos que esses meios de cultura têm em relação ao cultivo e à identificação de microrganismos.

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10
Q

Em relação aos fatores de crescimento bacteriano, diferencie as bactérias quanto:
- Temperatura de crescimento
- Atmosfera gasosa de crescimento (perfil respiratório)

A

Temperatura de Crescimento:

Bactérias Mesófilas: São bactérias que crescem melhor em temperaturas moderadas, geralmente na faixa de 20°C a 45°C. Elas são comuns em ambientes que os seres humanos frequentam, como o trato digestivo e a pele.

Bactérias Psicrófilas: São bactérias que prosperam em temperaturas frias, geralmente abaixo de 20°C. Elas são encontradas em ambientes frios, como regiões polares, água gelada e alimentos refrigerados.

Bactérias Termófilas: São bactérias que crescem bem em altas temperaturas, geralmente acima de 45°C. Elas são encontradas em ambientes termais, como fontes termais e fontes hidrotermais no oceano.

Atmosfera Gasosa de Crescimento (Perfil Respiratório):

Bactérias Aeróbias: Essas bactérias requerem oxigênio para crescerem. Elas realizam a respiração aeróbica, que utiliza oxigênio como receptor final de elétrons em seu metabolismo energético. Exemplos incluem muitas bactérias encontradas em ambientes terrestres e aquáticos ricos em oxigênio.

Bactérias Anaeróbias: São bactérias que crescem na ausência de oxigênio. Algumas são estritamente anaeróbias e não podem crescer em presença de oxigênio, enquanto outras são anaeróbias facultativas, o que significa que podem crescer tanto na presença quanto na ausência de oxigênio. Exemplos de ambientes anaeróbios incluem o trato gastrointestinal humano e sedimentos do fundo de lagos.

Bactérias Microaerofílicas: São bactérias que precisam de baixos níveis de oxigênio para crescerem. Elas não toleram altas concentrações de oxigênio, mas ainda assim requerem algum oxigênio. Ambientes como o trato respiratório humano são exemplos de locais onde bactérias microaerofílicas podem ser encontradas.

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11
Q
  1. Desenhe e explique a curva de crescimento bacteriano.
A
  1. Fase de Latência (L):

Nesta fase inicial, o número de bactérias não aumenta significativamente.
As bactérias estão se adaptando ao novo ambiente de cultivo.
As células podem estar realizando atividades metabólicas, como a síntese de enzimas necessárias para o crescimento.
A duração dessa fase varia de acordo com as condições iniciais e a adaptação das bactérias ao meio.
2. Fase Exponencial (E) ou Logarítmica:

Nesta fase, o número de bactérias aumenta dramaticamente e de forma constante.
As células estão se dividindo a uma taxa máxima e as condições de cultivo são ideais.
A curva de crescimento nesta fase é caracterizada por um aumento rápido e contínuo.
A taxa de crescimento é determinada pela taxa de divisão celular menos a taxa de mortalidade.
3. Fase Estacionária (S):

Nesta fase, o crescimento bacteriano desacelera e o número de bactérias atinge um equilíbrio.
Isso ocorre porque os recursos no meio de cultura se tornam limitados (exaustão de nutrientes ou acumulação de produtos tóxicos).
A taxa de divisão celular se iguala à taxa de morte celular, resultando em um platô na curva de crescimento.
Alguns microrganismos podem entrar em um estado de dormência ou formar esporos para sobreviver a condições adversas.
4. Fase de Declínio (D):

Nesta fase, o número de bactérias diminui significativamente.
Condições no meio de cultura se tornam cada vez menos favoráveis, levando a uma taxa de morte celular maior do que a taxa de divisão.
A curva de crescimento mostra uma queda acentuada no número de bactérias.
Algumas bactérias podem sobreviver por mais tempo nesta fase, especialmente se tiverem mecanismos de resistência.
A curva de crescimento bacteriano é importante para entender o comportamento das bactérias em diferentes condições de cultivo. Ela fornece informações sobre a fase em que as bactérias estão crescendo mais rapidamente, a capacidade de adaptação a condições adversas e a resposta a intervenções, como a administração de antibióticos. O conhecimento dessas fases é fundamental em microbiologia e biotecnologia para otimizar o crescimento bacteriano em processos industriais e médicos.

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12
Q

Diferencie os termos: antimicrobianos, quimioterápicos, antibióticos.

A

Antimicrobianos:

Este é o termo mais amplo e genérico. Os antimicrobianos são substâncias ou agentes que têm a capacidade de matar ou inibir o crescimento de microrganismos, que incluem bactérias, vírus, fungos e protozoários.
Antimicrobianos podem ser naturais (encontrados na natureza) ou sintéticos (produzidos em laboratórios).
Eles são usados no tratamento de infecções causadas por microrganismos patogênicos.
Quimioterápicos:

Este termo se refere a substâncias químicas usadas no tratamento de doenças, incluindo aquelas causadas por microrganismos.
Os quimioterápicos podem incluir uma ampla variedade de substâncias, não apenas antimicrobianos, mas também agentes usados no tratamento de câncer e outras condições médicas.
Quando se fala em “quimioterapia antibacteriana”, por exemplo, está se referindo ao uso de substâncias químicas para tratar infecções bacterianas.
Antibióticos:

Antibióticos são um subconjunto de antimicrobianos que se aplicam especificamente a bactérias.
Essas substâncias são geralmente produzidas por micro-organismos, como bactérias e fungos, e têm a capacidade de matar ou inibir o crescimento de bactérias.
Antibióticos são usados para tratar infecções bacterianas em seres humanos, animais e em alguns casos em plantas.

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13
Q

Explique como os antimicrobianos atuam sobre a célula bacteriana.

A

Os antimicrobianos atuam sobre as células bacterianas de várias maneiras, visando diferentes alvos no funcionamento dessas células. A ação exata depende do tipo de antimicrobiano e de sua classe. Aqui estão algumas das principais formas pelas quais os antimicrobianos afetam as células bacterianas:

Inibição da Parede Celular (antibióticos beta-lactâmicos):

Os antimicrobianos, como a penicilina e a amoxicilina, atuam inibindo a síntese da parede celular bacteriana.
As bactérias têm uma parede celular rígida que fornece suporte estrutural e proteção. A inibição da síntese da parede celular torna a célula bacteriana vulnerável à pressão osmótica, levando à sua ruptura e morte.
Inibição da Síntese de Proteínas (antibióticos bacteriostáticos e bactericidas):

Antimicrobianos, como tetraciclinas e aminoglicosídeos, atuam inibindo a síntese de proteínas bacterianas.
A síntese de proteínas é essencial para muitos processos celulares, e a inibição desse processo impede o crescimento e a replicação bacteriana.
Interferência na Síntese de DNA e RNA (antimicrobianos quinolônicos):

Alguns antimicrobianos, como as quinolonas, inibem a síntese de DNA bacteriano, enquanto outros, como a rifampicina, inibem a síntese de RNA.
A interrupção desses processos essenciais impede a replicação do DNA e a transcrição de genes, impedindo a replicação e a sobrevivência bacteriana.
Alteração da Membrana Celular (antimicrobianos lipossolúveis):

Alguns antimicrobianos, como os polimixinas, afetam a membrana celular bacteriana, tornando-a mais permeável e causando vazamento de componentes celulares.
Isso leva à perda de íons e nutrientes vitais, levando à morte celular.
Inibição da Síntese de Folato (antibióticos sulfonamidas):

As sulfonamidas inibem a síntese de ácido fólico, que é necessário para a produção de nucleotídeos e, consequentemente, para a síntese de DNA e RNA.
A falta de ácido fólico impede a replicação do material genético bacteriano.
Desestabilização do Metabolismo (antimicrobianos antifúngicos):

Antimicrobianos antifúngicos, como os azóis, podem inibir a biossíntese de esteroides, afetando a integridade da membrana celular e a regulação do metabolismo nas células fúngicas.
Ataque a Alvos Específicos (antivirais):

Os antivirais, como os inibidores da transcriptase reversa no HIV, atuam inibindo enzimas específicas necessárias para o ciclo de replicação viral, impedindo a produção de novos vírus.

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14
Q

Cite as características desejáveis para um antimicrobiano, explicando cada uma delas.

A

As características desejáveis para um antimicrobiano são qualidades que tornam uma substância eficaz no tratamento de infecções causadas por microrganismos. Essas características são fundamentais para garantir que o antimicrobiano seja seguro e eficaz. Aqui estão algumas das principais características desejáveis e uma explicação de cada uma delas:

Eficácia: O antimicrobiano deve ser capaz de eliminar ou inibir o crescimento do microrganismo alvo. Isso significa que ele deve ter atividade antimicrobiana específica contra o patógeno causador da infecção.

Seletividade: O antimicrobiano deve ser seletivo, ou seja, deve afetar preferencialmente os microrganismos patogênicos, minimizando o impacto sobre as células hospedeiras saudáveis. Isso reduz os efeitos colaterais indesejados.

Toxicidade Seletiva: Idealmente, o antimicrobiano deve ter uma toxicidade seletiva, o que significa que é mais tóxico para o microrganismo patogênico do que para as células hospedeiras. Isso aumenta a eficácia do tratamento e reduz o dano às células do hospedeiro.

Baixa Resistência: O antimicrobiano deve ter uma baixa probabilidade de induzir resistência nos microrganismos alvo. A resistência bacteriana é uma preocupação crescente na medicina, e antimicrobianos que minimizam a evolução de resistência são preferíveis.

Boa Distribuição: O antimicrobiano deve ser capaz de se distribuir eficazmente no corpo, atingindo o local da infecção em concentrações adequadas. Isso garante que o patógeno seja exposto ao antimicrobiano.

Baixa Toxicidade para o Hospedeiro: O antimicrobiano não deve causar danos significativos às células, tecidos ou órgãos do hospedeiro. A toxicidade para o hospedeiro pode resultar em efeitos colaterais prejudiciais.

Bom Perfil Farmacocinético: Isso inclui a absorção, distribuição, metabolismo e eliminação adequados do antimicrobiano no corpo. Um antimicrobiano com bom perfil farmacocinético é mais eficaz no tratamento da infecção.

Estabilidade: O antimicrobiano deve ser estável em diferentes condições de armazenamento e administração, mantendo sua eficácia ao longo do tempo.

Baixo Custo: Antimicrobianos acessíveis são importantes para garantir que o tratamento esteja disponível para um grande número de pessoas, independentemente de sua situação financeira.

Acessibilidade: O antimicrobiano deve ser amplamente acessível e disponível em diferentes regiões geográficas para combater infecções em todo o mundo.

Conveniência de Administração: A forma de administração (oral, injetável, tópica, etc.) deve ser adequada para a situação clínica e para o paciente, facilitando a adesão ao tratamento.

Baixo Potencial de Interações Medicamentosas: O antimicrobiano não deve interagir negativamente com outros medicamentos que o paciente possa estar tomando, minimizando os riscos de efeitos colaterais ou diminuição da eficácia.

Baixo Potencial de Alergias: O antimicrobiano deve ter um baixo potencial de causar reações alérgicas ou efeitos adversos imunológicos no paciente.

Ampla Gama de Atividade: Em alguns casos, antimicrobianos de amplo espectro (que atuam contra diferentes tipos de microrganismos) podem ser preferíveis para tratar infecções com patógenos desconhecidos.

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15
Q
  1. Discuta a afirmativa: “O uso de antimicrobianos pode provocar a aquisição de resistência
    por microrganismos.”
A

Mecanismos de Resistência: A exposição de microrganismos a antimicrobianos cria uma pressão seletiva sobre esses organismos. Microrganismos que têm mutações genéticas ou mecanismos de resistência pré-existentes têm uma vantagem de sobrevivência em relação aos sensíveis ao antimicrobiano. Esses mecanismos de resistência podem incluir a produção de enzimas que degradam o antimicrobiano, a alteração da estrutura alvo do medicamento, a expulsão ativa do antimicrobiano da célula e outros.

Seleção de Microrganismos Resistentes: Quando os antimicrobianos são usados ​​em tratamentos, mesmo que inicialmente eficazes, existe uma probabilidade de que alguns microrganismos dentro da população sejam resistentes ao medicamento. Esses microrganismos resistentes têm uma vantagem seletiva e podem se multiplicar e se espalhar, tornando-se dominantes na população.

Transferência de Genes de Resistência: Além das mutações, os microrganismos podem adquirir genes de resistência por meio de transferência horizontal de genes. Isso permite que as bactérias troquem informações genéticas contendo genes de resistência, disseminando-os entre diferentes espécies bacterianas. Essa transferência horizontal é facilitada por elementos genéticos móveis, como plasmídeos.

Uso Inadequado e Abuso de Antimicrobianos: O uso inadequado e o abuso de antimicrobianos, como a automedicação, o uso desnecessário de antibióticos em infecções virais e a interrupção prematura do tratamento, podem agravar o problema da resistência. Essas práticas aumentam a pressão seletiva sobre os microrganismos, permitindo que eles desenvolvam resistência com mais facilidade.

Consequências Clínicas: A resistência antimicrobiana torna o tratamento de infecções mais desafiador e, em alguns casos, impossível. Isso pode levar a infecções persistentes, complicações médicas, hospitalizações prolongadas e aumento das taxas de mortalidade.

Impacto na Saúde Pública: A resistência antimicrobiana é uma ameaça à saúde pública, pois torna as infecções mais difíceis de tratar, aumenta os custos de assistência médica e reduz a eficácia dos antimicrobianos disponíveis.

Necessidade de Uso Responsável: A abordagem mais eficaz para lidar com a resistência antimicrobiana é promover o uso responsável de antimicrobianos, incluindo prescrição adequada, adesão ao tratamento, prevenção de infecções e desenvolvimento de novos antimicrobianos.

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16
Q

Como os mecanismos de resistência de antimicrobianos podem ser transferidos entre
bactérias?

A

Mecanismos de Resistência: A exposição de microrganismos a antimicrobianos cria uma pressão seletiva sobre esses organismos. Microrganismos que têm mutações genéticas ou mecanismos de resistência pré-existentes têm uma vantagem de sobrevivência em relação aos sensíveis ao antimicrobiano. Esses mecanismos de resistência podem incluir a produção de enzimas que degradam o antimicrobiano, a alteração da estrutura alvo do medicamento, a expulsão ativa do antimicrobiano da célula e outros.

Seleção de Microrganismos Resistentes: Quando os antimicrobianos são usados ​​em tratamentos, mesmo que inicialmente eficazes, existe uma probabilidade de que alguns microrganismos dentro da população sejam resistentes ao medicamento. Esses microrganismos resistentes têm uma vantagem seletiva e podem se multiplicar e se espalhar, tornando-se dominantes na população.

Transferência de Genes de Resistência: Além das mutações, os microrganismos podem adquirir genes de resistência por meio de transferência horizontal de genes. Isso permite que as bactérias troquem informações genéticas contendo genes de resistência, disseminando-os entre diferentes espécies bacterianas. Essa transferência horizontal é facilitada por elementos genéticos móveis, como plasmídeos.

Uso Inadequado e Abuso de Antimicrobianos: O uso inadequado e o abuso de antimicrobianos, como a automedicação, o uso desnecessário de antibióticos em infecções virais e a interrupção prematura do tratamento, podem agravar o problema da resistência. Essas práticas aumentam a pressão seletiva sobre os microrganismos, permitindo que eles desenvolvam resistência com mais facilidade.

Consequências Clínicas: A resistência antimicrobiana torna o tratamento de infecções mais desafiador e, em alguns casos, impossível. Isso pode levar a infecções persistentes, complicações médicas, hospitalizações prolongadas e aumento das taxas de mortalidade.

Impacto na Saúde Pública: A resistência antimicrobiana é uma ameaça à saúde pública, pois torna as infecções mais difíceis de tratar, aumenta os custos de assistência médica e reduz a eficácia dos antimicrobianos disponíveis.

Necessidade de Uso Responsável: A abordagem mais eficaz para lidar com a resistência antimicrobiana é promover o uso responsável de antimicrobianos, incluindo prescrição adequada, adesão ao tratamento, prevenção de infecções e desenvolvimento de novos antimicrobianos.

17
Q

Explique o teste de antibiograma. Por que ele deve ser rotina para o tratamento de
infecções por estes microrganismos?

A

Processo do Teste de Antibiograma:

Isolamento da Bactéria: Primeiramente, uma amostra clínica (por exemplo, sangue, urina, pus) é coletada e a bactéria causadora da infecção é isolada em cultura.

Preparação do Inóculo: Uma suspensão da bactéria isolada é preparada em um meio de cultura líquido.

Dispersão sobre a Placa de Petri: O inóculo é espalhado uniformemente sobre uma placa de Petri contendo um meio de cultura sólido.

Colocação de Discos Impregnados: Discos de papel embebidos com diferentes antimicrobianos são colocados na superfície da placa. Cada disco contém uma concentração conhecida do antimicrobiano.

Incubação: A placa é incubada a uma temperatura específica (geralmente 35-37°C) por um período de tempo definido (geralmente 18-24 horas).

Avaliação da Zona de Inibição: Após a incubação, observa-se se houve crescimento bacteriano ao redor de cada disco de antimicrobiano. A ausência de crescimento, formando uma zona de inibição, indica que o antimicrobiano é eficaz contra a bactéria testada.

Medição das Zonas de Inibição: A zona de inibição é medida em milímetros e comparada com padrões de sensibilidade conhecidos. Isso determina se a bactéria é sensível, resistente ou intermediária à ação do antimicrobiano.

Importância do Teste de Antibiograma:

Personalização do Tratamento: O antibiograma fornece informações específicas sobre quais antimicrobianos são eficazes contra a bactéria causadora da infecção. Isso permite que os médicos escolham o tratamento mais apropriado e personalizado para o paciente, evitando o uso desnecessário de antibióticos de amplo espectro.

Prevenção da Resistência: Usar antimicrobianos de forma seletiva com base nos resultados do antibiograma ajuda a reduzir a pressão seletiva sobre as bactérias, minimizando o desenvolvimento de resistência antimicrobiana.

Economia de Recursos: Evitar o uso de antimicrobianos ineficazes economiza recursos de saúde e reduz os custos associados ao tratamento de infecções.

Minimização de Efeitos Colaterais: O tratamento direcionado com base no antibiograma reduz a exposição a antimicrobianos que podem causar efeitos colaterais indesejados.

Melhoria das Taxas de Sucesso: Ao escolher antimicrobianos eficazes, o antibiograma aumenta as chances de sucesso no tratamento da infecção.

Monitoramento da Resistência: O antibiograma também é uma ferramenta importante para monitorar a resistência bacteriana em uma determinada região, permitindo uma melhor compreensão do cenário da resistência local.

Em resumo, o teste de antibiograma é fundamental para orientar o tratamento de infecções bacterianas de forma precisa e personalizada. Ele desempenha um papel importante na preservação da eficácia dos antimicrobianos, na prevenção da resistência e na promoção de tratamentos mais eficazes e seguros para os pacientes. Portanto, deve ser uma rotina no tratamento de infecções por microrganismos.