N1 Flashcards

1
Q

Como funciona o eixo hipotálamo-hipófise e quais são suas características?

A

Temos um estimulo que é gerado no hipotálamo e que passa para a hipófise estimulando a mesma a produzir outro fator estimulatório que será responsável por atuar nas células alvo. Lembrando que, ambas estruturas se conectam por uma haste hipofisária e que esses hormônios devem ser pulsáteis e seguir sua hora determinada de funcionamento, sendo circadiano, mensal, etc.

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2
Q

Qual relação do quiasma óptico com tumor de hipófise?

A

O crescimento desse tumor tende ser superiormente haja visto que temos uma abertura que o propicia, todavia, temos que lembrar que, o QO esta localizado superiormente e anteriormente, contribuindo assim, para que o crescimento do tumor afete sua área, alterando assim, o campo de visão do paciente me questão.

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3
Q

Qual relação de um tumor com acometimento da haste hipofisária?

A

Nesse caso teríamos que lembrar que, um tumor ou qualquer outra condição patológica que afete o sistema porta-hipofisário, pode contribuir para perda das funções estimulatórias e inibitórias que a hipófise pode proporcionar.

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4
Q

Quais são os hormônios secretado pela adeno-hipófise?

A

Gnrh - FSH E LH - gônadas
Ghrh - GH - ossos
CRH - acth - adrenal
TRH - TSH -tireoide
PIF - prolactina - G.mamária
(Somatostatina faz controle inibitório de GH)
(PIF é o único que bloqueia o hormônio constantemente,mas temos que lembrar que, o trh em excesso promove ativação da PRL, mesmo na vigência do PIF).

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5
Q

Explique o funcionamento do GH e LH/fsh:

A

GH: irá atuar nos seus receptores hepáticos, produzindo então, IGF1 que será o fator final responsável pelo crescimento, lembrando que o IGF1 que faz retrocontrole inibitório.

FSH E LH: ambos atuam nas gônadas, sendo que nas mulheres estimula ovulogenese permitindo aumento de estrogênio e progesterona, enquanto no homem estimula espermatogênese e síntese de testosterona.

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6
Q

Qual relação de um hipotireoidismo primário e a hiperprolactinemia?

A

Na vigência de um hipotireoidismo (não temos controle inibitório funcionando) o corpo produz mais TRH, o qual ira atua estimulando PRL, mesmo que ainda o PIF esteja atuando no seu bloqueio.

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7
Q

Quais são os hormônios armazenados na hipófise posterior ? Como funciona o retro controle inibitório?

A

1.Ocitocina e antidiurético
2. O hormônio final faz feedback negativo, contribuindo assim, para inibição tanto na parte hipotalâmica quanto na parte hipofisária.

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8
Q

Como funcionam os tumores hipofisários?
Qual a causa mais comum de hipersecreção?
Qual a classificação dos tumores hipofisários?
Como é a patogenia?
Qual a epidemiologia?
E quais observações a se fazer?

A
  1. Podem atuar com hipersecreção ou diminuindo a secreção hormonal por compressão.
  2. Adenoma hipofisário
  3. Funcionantes quando possuem uma secreção hormonal autônoma não responsiva ao controle inibitório (perde-se o controle retro-inibitório) e também podem ser classificados quanto ao tamanho, sendo microadenomas quando menos de 10mm e microadenomas quando maiores de 10mm.
  4. Em relação a patogenia, sabe-se que é benigno e que a clínica ocorre de acordo com a célula afetada, exemplo, se for lactotrófica, ocorre estimulo de prolactina, e assim por diante. Logo, atuam com hiperfunção tumoral ou como efeito de massa.
  5. Em relação a epidemiologia, deve-se saber que 33% dos tumores são não funcionantes e que 50% dos tumores são prolactinomas.
  6. Observações: carcinomas verdadeiros com metástase é muito raro, mas vale lembrar que, temos também manifestações extracranianas, como síndromes de hiperfunção que são causadas por tumores abdominais ou torácicas que produzem de forma anômala ou ectópica algum hormônio.
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9
Q

De acordo com a manifestação de hiperfunção, explique o que ocorre no caso de cada célula afetada:

A

Lactotrófica: hipogonadismo e galactorreia, permite função de amamentar, mas inibe função gonadal para evitar uma gestação durante o processo de amamentação.

Somatotrópicas: acromegalia ou gigantismo

Corticotrópicas: aumenta CRH, que aumenta acth que por fim aumenta cortisol e se manifesta na síndrome de cushing.

Tireotropicas: leva ao bocio, hipertireoidismo na clínica ou até mesmo uma tireotoxicose

Gonadotropicas: quadro silencioso haja visto que necessita de uma pulsatilidade correta.

Células mistas/tronco acidófila: aumenta GH e prolactina, logo,temos acromegalia, hipogonadismo e galactorreia.

Células nulas: insuficiência hipofisária/hipoptuitarismo ==> devido crescimento do mesmo que pode gerar uma compressão de estruturas.

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10
Q

Onde está localizada a hipófise e como isso contribui para os efeitos de massa local? Qual procedimento?

A

Hipófise está localizada na sela túrcica, o que colabora para que a mesma não possua tantos locais fáceis para crescer, sendo assim, superiormente e anteriormente é o loca de crescimento mais comum dela, afetando assim, principalmente o quiasma óptico (levando a alterações do campo visual).

Se superiormente e posteriormente: haste hipofisária é afetada, gerando assim, hipoptuitarismo, hiperprolactnemia e diabetes insipidus.

Lateralmente: seio cavernoso, prejudicando os pares de nervos cranianos que lá estão, causando então diplopia e oftalmoplegia.

Inferiormente: rompe assoalho ósseo encontrando seio esfenoide, podendo chegar até cavidade nasal.

Superiormente: hipotálamo alterando funções regulatórias, lembrando que, se atingir massa encefálica pode provocar alterações comportamentais e crises de epilepsia.

OBS: vale lembrar que o tumor pode crescer dentro e comprimir a própria hipófise e que se crescer ao ponto de comprimir hipófise posterior, pode gerar diabetes insipidus.

Procedimento: cavidade nasal, seio esfenoide, hipófise ( tudo feito por vídeo).

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11
Q

Sobre as cefaleias, explique sua origem relacionada a tais problemas citados:

A

O espaço entre hipófise e dura mater é pequeno, logo, em caso de crescimento do adenoma, até mesmo microadenomas , é comum que o paciente se queixe por cefaleia, devido distensão da mesma.

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12
Q

Quais melhores formas de avaliar um paciente com suspeita de adenoma hipofisario?

A

imagem; RNM é o melhor para fazer uma avaliação completa da hipófise
(Lembrando que alguns casos é perigoso realizar retirada completa do adenoma, haja visto que, pode estar perto de estruturas muito importantes).

Avaliação oftalmológica: nesse caso, campimetria para avaliar comprometimento e compressão do quiasma óptico.

Investigação laboratorial: inicialmente guia-se pela apresentação clínica, massas sem características óbvias de excesso hormonal (deve-se determinar natureza do tumor e avaliar presença de hipoptuitarismo).

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13
Q

Quais exames devem ser pedidos na investigação laboratorial?

A

1- Prolactina basal
2 - Ifg1
3 - Cortisol às 8hr, cortisol salivar as 23hr, cortisol livre na urina de 24 e ou teste de supressão com dexametasona
4 - fsh, Lh e subunidade alfa, testosterona ou estradiol/ progesterona.
5 - provas de função tireoidiana - t4 livre e tsh.

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14
Q

Explique todos os exames pedidos na investigação laboratorial (prolactina basal, IGF1 e os tipos de cortisol):

A

Prolactina basal: veremos falta ou excesso.

IFG1: avalia células somatotrópicas 9 não dosa o próprio GH, pois ele tem muita alteração em relação a secreção, fazendo confusões sobre esse tumor ser hipersecretor ou não de GH.

(CORTISOL)
- as 8:00: avalia falta de cortisol
- cortisol salivar às 23, cortisol livre na urina de 24hr e ou teste de dexametasona (avalia excesso de cortisol.
( não se dosa acth, mas sim, cortisol).

  1. Cortisol salivar as 23hr: paciente pega papel filtro de laboratório e colhe a saliva. As 23 é um horário que eu deveria ter cortisol baixo, se ele estiver alto, sinal que temos algum problema, tal como um hipercortisolismo.
  2. Cortisol livre na urina de 24hr: avalia cortisol que foi produzido em um período de 24 horas e filtrado pela urina.
  3. Teste de supressão com dexametasona: através dele, eu tento “tapear” o eixo em relação a um excesso de cortisol. Às 23h eu dou dexametasona para meu paciente via oral (corticoide sintético). Durante o período da noite, o cortisol deveria estar mais baixo para que durante a noite aconteça o aumento de CRH hipotalâmico, que estimula a hipófise a produzir o ACTH para estimular o córtex da adrenal a produzir cortisol, a fim de que no começo da manhã, o cortisol esteja mais alto, porque ele é o hormônio do despertar, naturalmente está alto no começo da manhã para que o organismo possa produzir mais energia, mais glicose e utilizar essa glicose para as atividades que a pessoa acordada vai ter, além daquela que ela teve de metabolismo basal durante a noite. Então, dou dexametasona às 23h da noite, o hipotálamo entende que não precisa aumentar o CRH porque já tem muito corticoide circulante, consequentemente, o ACTH também não aumenta, não há estimulo para o córtex da adrenal produzir cortisol. Quando colhemos amostra de sangue no começo da manhã, o cortisol vai estar baixo, porque a dexametasona inibiu todo o eixo. Isso nos dá uma noção de que o eixo está íntegro.
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15
Q

Explique os testes (fsh/Lh e subunidade alfa) + t4 livre e tsh:

A
  1. Dosar hormônios gonadotrópicos para ser avaliado, e tambem dosar subunidade alfa, pois existem tumores hipofisários que secreta apenas parte do hormônio (apenas a subunidade alfa do hormônio). Além disso, dosamos testosterona no homem e progesterona e estradiol nas mulheres.
  2. Avaliar células tireotróficas vou dosar o próprio TSH e o hormônio da glândula alvo - t4 livre.

(Investigação laboratorial irá analisar se o tumor aumentou a quantidade de algum hormônio por hipersecreção ou se diminuiu devido alguma compressão).

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16
Q

Quais são os exames laboratoriais que devem ser solicitados para identificação se um tumor é hipersecretor de algum hormônio (hiperfunção) ou se esse tumor está crescendo e comprimindo o restante da hipófise levando a um quadro de HIPOPITUITARISMO (hipofunção)?

A

PROLACTINA BASAL; IGF-1; CORTISOL ÀS 8H (avalia falta de cortisol); CORTISOL SALIVAR
ÀS 23H, CORTISOL LIVRE NA URINA DE 24H E/OU TESTE DE SUPRESSÃO COM
DEXAMETASONA (avalia excesso de cortisol); FSH, LH E SUBUNIDADES α; TESTOSTERONA
(homem) e ESTRADIOL/PROGESTERONA (mulher); PROVAS DE FUNÇÃO TIREOIDIANA – T4
LIVRE E TSH.

17
Q

Como é a investigação histológica e como é feito o tratamento?

A
  1. Tumor que foi ressecado durante uma cirurgia transefenoidal, retira-se esse tumor, que será avaliado do ponto de vista imuno-histoquímica para ter certeza de qual linhagem celular pertence aquele tumor e qual linhagem feenoptica em termos de produção hormonal.
  2. Tratamento: a maioria dos tumores são benignos e de crescimento lento, a clínica pode resultar de efeitos de massas e de síndromes de hipo ou hiper produção hormonal. Sendo assim, o objetivo do tratamento é normalizar níveis hormonais e aliviar compressões das estruturas adjacentes.

Clínico: altamente específico e depende do tipo do tumor.

Cirúrgico: Ressecção transesfenoidal com microscopia intraoperatória. (Somente tumores muito grandes que requerem intervenção por craniotomia).

Radiação: adjunto para tratamento clínico ou cirúrgico.