Nefro Drc Flashcards
(20 cards)
Conceito
◦ Doença Renal Crônica (DRC
lesão renal e perda progressiva e irreversível da
função renal (avaliada pela Taxa de Filtração Glomerular). “Qualquer indivíduo, que
independente da causa base, tenha TFG < 60ml/min/1.73m² com ou sem lesão renal,
ou TFG > 60ml/min/1,73m² + lesão renal, que persista por mais de 3 meses
Estadiamento com base na TFG
1) lesão renal com TFG normal ou aumentada > ou igual a 90
2)lesão renal com TFG levemente diminuída 60-89
3) lesão renal com TFG moderadamente diminuída subdivisão 3a e 3b 30-59 (3a= 30-59);3b 30-44)
4) lesão renal com TFG gravemente diminuída 15-29
5) insuficiência renal necessidade de diálise ou tx, estando ou não em terapia renal substitutiva <15
Estágios albuminuria
A1 < 30 normal a levemente aumentada
A2 30 a 300moderadamente aumentada
>300 acentuadamente aumentada
Quadro clínico sintomas gerais
Fadiga extrema devido à anemia e acúmulo de toxinas no sangue (uremia).
• Perda de apetite, náusea e vômitos causados pelo aumento de toxinas no organismo.
• Perda de peso ou dificuldade em manter o peso.
• Prurido, resultado do acúmulo de substâncias tóxicas, como o fósforo.
• Edema, principalmente nas pernas, tornozelos e face, causado pela retenção de líquidos.
Sintomas urinários
Oligúria ou, em alguns casos, anúria.
• Alterações na cor ou no aspecto da urina, que pode ficar espumosa.
Sintomas cardiovasculares
Hipertensão arterial de difícil controle, devido à retenção de líquidos e ao aumento da
resistência vascular.
• Dispneia, que pode ser causada tanto pelo edema pulmonar quanto pela anemia.
Sintomas neurológicos
Confusão mental, sonolência, dificuldade de concentração ou até letargia.
• Cãibras musculares, que ocorrem principalmente à noite.
• Tremores, convulsões ou movimentos descoordenados em casos mais graves de
encefalopatia urêmica.
Sintomas TGI
Sabor metálico na boca e mau hálito (halitose urêmica), resultantes do acúmulo de toxinas no
sangue.
• Sangramentos gastrointestinais ou manchas roxas (púrpuras) devido à disfunção plaquetária
induzida pela uremia.
Distúrbios eletrolíticos e ácido básicos envolvidos
Hipercalemia, que pode levar a arritmias cardíacas perigosas.
• Hipocalcemia e hiperfosfatemia, que podem resultar em doenças ósseas, como osteodistrofia
renal.
• Acidose metabólica, resultante da incapacidade dos rins em eliminar ácidos, causando
respiração rápida e profunda (respiração de Kussmaul) para compensar.
Alterações pele
Palidez pela anemia.
• Coloração amarelada da pele.
• Uremia frost (acúmulo de cristais de ureia
na pele em casos muito avançados e
graves).
◦ 8.
Como avaliar comorbidades na DRC
HAS: pacientes com DRC e com albuminúria < 30mg/g– meta PA ≤ 140x90
mmHg; DRC e albuminúria > 30mg/g– meta PA ≤ 130x80 mmHg.
◦ DM: Valor de HbA1c– individualizado (6.5% a 8%); metformina contraindicado
com TFG < 30ml/min/1.73m² (risco de acidose lática).
◦ Dieta hipossódica (sódio < 2g/dia)
◦ Manter dieta normoproteica. Evitar ingestão proteica > 1.3g/kg de peso/dia.
Abordagem terapêutica tratamento conservador em estágios 4 e 5
Controle dos sintomas associados: anemia, distúrbio mineral e ósseo, acidose
metabólica.
◦ Dieta hipoprotéica (< 0.8g/kg/dia em adultos), sempre acompanhada de
nutricionista; avaliação individualizada, evitando-se a desnutrição energético-
proteica.
◦ Equipe multidisciplinar
◦ Esclarecimento sobre modalidades de terapia renal substitutiva (TFG <
20ml/min/1.73m²)
Hemodiálise
Sessões 3 a 4 horas, 3x por semana
◦ Prescrição de diálise individualizada
◦ Diálise incremental: pacientes com acesso definitivo (FAV), com bom débito urinário e
pouco ganho interdialítico (função renal residual), bom controle metabólico;
hemodiálises 1 ou 2x por semana ou redução de tempo.
◦ Peso seco: é o peso pós-diálise em que todo o excesso de fluido corporal foi removido
◦ Ganho interdialítico (GID): é o peso que o paciente “ganha”. Diferença entre o peso
pré-HD e o peso seco definido. Servirá como base para definir o valor da UF naquela
sessão.
◦ GID elevado: maior risco de complicações como edema agudo de pulmão, maior
mortalidade cardiovascular e risco de óbito.
◦ Complicações da HD: infecção de acesso, hipotensão, hipoglicemia.
Diálise peritoneal manual
3 a 5 trocas ao longo do dia, com
tempo de permanência entre uma
bolsa e outra variável (geralmente 3
a 4 horas).
◦ Prescrição individualizada
Diálise peritoneal automatizada
Em um período de 8 a 9
horas, várias trocas são
realizadas (infusão e
drenagem) pela própria
máquina.
◦ Pode ocorrer combinação
dos métodos manual e
automatizada.
◦ Principal complicação da
DP: peritonite (dor
abdominal, líquido turvo,
febre).
Transplante renal indicação
pacientes com Doença Renal Crônica (DRC) estágio 5 em tratamento
dialítico ou com previsão de necessidade dialítica em breve (transplante preemptivo).
Contraindicação absoluta tx renal
infecções ativas, neoplasia, uso contínuo de drogas
ilícitas ou alcoolismo, doenças psiquiátricas ou neurológicas graves.
Contraindicação relativa tx renal
idade avançada, obesidade, doenças cardiovasculares
severas.
Anemia
Hb menor que 13 g/dL para homens e menor que 12 g/dL em mulheres.
◦ É uma complicação da doença renal crônica, mais observada nos estágios mais
avançados
◦ Piora da qualidade de vida, da capacidade física e aumento da morbimortalidade
◦ O alvo terapêutico preconizado pelo KDIGO é manter hemoglobina entre 10 a 12
g/dL. Corrigir a anemia para valores de normalidade aumenta o risco de mortalidade
cardiovascular.
◦ Causas de anemia: diminuição da produção de eritropoetina, deficiência de ferro
(diminuição da absorção intestinal devido deficiência de hepcidina), sangramentos,
estado inflamatório crônico, etc.
Osteodistrofia renal
DRC -> aumento de FGF-23 => aumento
do fósforo sérico e diminuição de 1.25 vit
D => hipocalcemia => estimula a
produção de paratormônio (PTH).
◦ O PTH elevado promove a reabsorção
óssea, pra devolver cálcio para o sangue
e corrigir a hipocalcemia. DRC -> aumento de FGF-23 => aumento
do fósforo sérico e diminuição de 1.25 vit
D => hipocalcemia => estimula a
produção de paratormônio (PTH).
◦ O PTH elevado promove a reabsorção
óssea, pra devolver cálcio para o sangue
e corrigir a hipocalcemia.