Obstetrícia Flashcards

(58 cards)

1
Q

Sintomas de presunção de gravidez

A

Náuseas e vômitos (5-6 sem)
Polaciúria (6 sem)
Sonolência, fadiga
Percepção materna de movimentos fetais (16-20 sem)

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2
Q

Sinais de presunção

A

Atraso menstrual (10-14 dias)
Alterações cutâneas: estrias, melasma gravídico (cloasma), linha nigra
Congestão de mastalgia (5 sem)
Alterações mamárias: tubérculos de Montgomery (8 sem), rede de Haller (16 sem), sinal de Hunter (20 sem)

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3
Q

Sinais de probabilidade de gravidez

A

Sinal de Hegar (ao toque bimanual)
Sinal de Osiander (pulsação da a. Vaginal)
Sinal de Piskacek (assimetria uterina)
Sinal de Hozapfel
Sinal de Nobile-Budin (preenchimento do fundo de saco)
Sinal de Jacquemier ou Chadwick (vulva e meato violáceos)
Sinal de Kluge (vagina violácea)
Regra de Goodel (mudança de consistência do colo)
(6 sem)
Aumento do volume uterino/ultrapassa limite intra-pélvico (12 sem)

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4
Q

Sinais de certeza

A

Ausculta de BCF: pinard (20 sem) / sonar (10-12 sem)
Percepção de movimento e partes fetais (18-20 sem)
Sinal de Puzos = rechaço fetal (14 sem)

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5
Q

Achados do US obstétrico e a correspondência nas semanas

A

Saco gestacional = 4 sem
Vesicular vitelina = 5 sem
Embrião ou BCF = 6-7 sem

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6
Q

Qual o parâmetro utilizado para definir IG no US do primeiro trimestre?

A

Comprimento cabeça-nádega (CCN)

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7
Q

Qual o limite discriminatório do valor de beta-hCG para identificação do saco gestacional ao US? E qual o diagnóstico deve ser levantado?

A

1500 mUI/mL
Gestação ectópica

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8
Q

Modificações osteomusculares da gravidez

A

Lordose lombar
Marcha asserira
Frouxidão articular, principalmente pélvica (efeito progesterona)

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9
Q

Modificações respiratórias na gestação

A

Aumento da ventilação minuto, da PaO2 arterial, do consumo de O2
Diminuição da capacidade residual funcional, da PaCO2, do bicarbonato sérico (mesmo com pouca alcalose resp compensada)
Dispneia fisiológica (progesterona e hiperventilação)
Alcalose respiratória compensada

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10
Q

Modificações cardiovasculares na gestação

A

Aumento do débito cardíaco (40-50%) e da FC (10-15 bpm)
Diminuição da resistência vascular e da PA (10-15 mmHg, principalmente na PAS), do retorno venoso, da pressão capilar coloidosmótica/oncotica (causa edema)
Síndrome hipercinética
Síndrome da hipotensão supina
Sopros cardíacos
Risco de congestão pulmonar

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11
Q

Modificações hematológicas da gestação

A

Aumento do DC, do volume plasmático (40-50%), do volume eritrocitário (20-30%)
Diminuição da viscosidade e do hematócrito (anemia dilucional)
Leucocitose (sem desvio à esquerda)
Quimiotaxia
Tendência à hipercoagubioidade: aumento do fibrinogênio e dos fatores VII, VIII, IX e vW + diminuição do sistema fibrinolítico
Aumento de infecções
Melhora de doenças autoimunes

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12
Q

Modificações metabólicas na gestação

A

Estado diabetogênico:
- aumento da resistência à insulina -> hormônios contrainsulínicos (hPL e cortisol)
- lipólise e aumento de ácidos graxos livres -> garantir que a glicose vá para feto
- diminuição da resposta insulínica + uso periferico de glicose
- hiperinsulinismo compensatório (depende da resposta pancreática)

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13
Q

Modificações gastrointestinais da gestação

A

Progesterona -> diminui peristáltico (constipação) e tônus do esfíncter gastroesofágico, lentifica esvaziamento gástrico e diminui da contração da vesícula biliar (complicações da vesícula aumenta na gestação)
Aumento da FA, saturação do colesterol, vascularização gengival (sangramentos)
Pirose
Constipação
Aumento da litíase biliar
Varizes hemorroidárias
Sangramento gengival

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14
Q

Modificações renais na gestação

A

Aumento da TFG (50%)
Diminuição de ureia e creatinina
Aumento da reabsorção de sódio (SRAA = hipersldosteronismo compensatório) - compensação do aumento de volume
Diminuição da reabsorção de glicose -> glicosúria fisiológica
Aumento do diâmetro do ureter e da pelve renal (pielocalicial principalmente à direito) -> hidronefrose
Diminuição do tônus vesical -> mais ITU, incontinência urinária e aumento da frequência urinária

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15
Q

Exames de 1º trimestre pelo MS

A

Hemograma
GS e Rh
Coombs indireto para Rh negativo
Glicemia jejum
Urocultura e EAS
TR sífilis ou VDRL
HIV (TR e anti-HIV)
Hep B (HbsAg ou TR)
IgM e IgG para toxoplasmose
Eletroforese de Hb?

ADICIONAIS:
Colpocitologia oncótica
EPF

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16
Q

Exames de 2º trimestre (MS)

A

TOTG (24 a 28 sem)
IgM e IgG para toxoplasmose (se suscetível - repetir a cada 2 a 3 meses)

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17
Q

Exames do 3º trimestre (MS)

A

Hemograma
Glicemia jejum
Urocultura e EAS
VDRL
anti-HIV
HbsAg
IgM e IgG para toxoplasmose (para pacientes previamente suscetíveis)
GBS - Swab vaginal e retal 35-37 semanas (não está no MS) (validade de 5 sem)
-> não pedir para sepse neonatal por GBS na gestação anterior/bacteriuria por GBS na gestação atual (vai tratar intraparto)

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18
Q

Quando pedir Coombs indireto

A

Coombs indireto para pacientes Rh negativo (primeira consulta, 28, 32, 36 e 40 semanas)

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19
Q

Risco de transmissão e gravidade do acometimento da toxoplasmose congênitas de acordo com IG

A

Risco de transmissão diretamente proporcional com IG
Gravidade da doença inversamente proporcional à IG

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20
Q

Quando se preocupar com IgM e IgG positivos para toxo?

A

-> infecção aguda ou crônica?
Menor ou igual a 16 sem = teste de avidez (infecção há mais ou menos de 4 sem) + iniciar espiramicina
Maior que 16 sem = tratamento (espiramicina)

-> teste de avidez: baixa (<30%) = <4m | alta (>60%) = >4m

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21
Q

Investigação fetal de toxoplasmose e conduta

A

PCR líquido amniótico (>16 sem)
Cordocentese
US mensal

-> conduta em caso de confirmação de infecção fetal = mudar tratamento - sulfadiazina + pirimetacina + ácido folínico

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22
Q

Profilaxia de GBS

A

Penicilina ou Ampicilina
- Swab positivo = ATB início do trabalho de parto / amnioreexe
- pacientes sem swab ou > 5 sem = ATB em casos de: trabalho de parto prematuro, febre intraparto (>38), aminiorrexe >18h

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23
Q

Sulfato ferroso na gestação

A

(Ideal = Hb >11)
- profilaxia: 200mg sulfato ferroso/dia a partir de 20 sem/2 semestre (40mg de Fe elementar)
- anemia (Hb 8-11): 120 a 240 mg de Fe elementar/dia -> repetir Hb em 30 a 60 dias
- anemia (Hb<8): pré-natal de alto risco + tratamento

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24
Q

Ácido fólico na gestação: previne o que e qual a profilaxia?

A

Deficiência = defeitos do fechamento do tubo neural (espinha bífida, anencefalia e encefalocele)

Profilaxia
- baixo risco: 0,4 mg/dia três meses antes da concepção até fim de 1 tri
- alto risco: 4 mg/dia três meses antes da concepção até fim de 1 tri
- uso até fim da gravidez = prevenção de anemia megaloblástica

25
Vacinação na gestação
dT - completar esquema + reforço de última dose > 5a (pode ser dTpa) - dar reforço com > 20 sem (dTpa) em toda gestação H1N1 Hepatite B (completar esquema - após 1 trimestre?) Vacinas permitidas: raiva, meningite, hepatite A / febre amarela SÓ se área endêmica (para outras não pode)
26
Quando o BCF é visualizado ao US?
6 semanas
27
O que é período premonitório e quais suas características
Não é um período clínico da gestação, é uma fase anterior ao início do trabalho de parto Caracterizado por: - início das contrações - perda do tampão mucoso - sem dilatação progressiva e rápida do colo
28
Caracterize o período de dilatação
É o primeiro período clínico, caracterizado por: - contrações uterinas regulares (2-3/min) - dilatação cervical (4cm - MS) - duração 10-12h em nulíparas e 6-8h e, multíparas
29
Caracterize o período expulsivo
- segundo período clínico - dilatação total até expulsão total do feto - contrações uterinas máximas (5-10 min) - duração (MS): nulíparas até 2,5h / 3h com analgesia | multíparas até 1h / 2h com analgesia (Maior que isso é tempo expulsivo prolongado)
30
Caracterize o secundamento
- terceiro período clínico do trabalho de parto - descolamento e expulsão da placenta - se > 30 min = prolongado
31
Caracterize o período de Greenberg
- quarto período clínico do trabalho de parto - do sinal do secundamento (da expulsão placentária) até 1 hora após parto - hemostasia do sítio de inserção placentário (intercorrência das hemorragias puerperais)
32
Mecanismos fisiológicos de prevenção de hemorragia pós-parto (4)
- miotamponagem (ligaduras vivas de Pnar) - trombotamponagem - indiferença miouterina - contração uterina fixa
33
Quais os períodos clínicos do parto?
1. Dilatação 2. Expulsão 3. Secundamento 4. De Greenberg
34
O que é a manobra de Ritgen
Manobra de proteção do períneo posterior de lacerações e evitar deflexão rápida da cabeça fetal
35
Fatores de risco para parto prematuro
História de parto prematuro anterior Rotura prematura de membranas ovulares (RPMO) Infecções (principalmente sistêmicas e vaginais) Gestação múltipla Polidramnia
36
Como premeditar prematuridade
- US colo uterino (normalmente morfológico - 18 a 22 sem) - colo curto < 20 a 25 mm - Fibronectina fetal (se está presente na vagina, significa que houve ruptura da interface uteroplacentária)
37
Qual o tratamento para colo curto e/ou história de parto prematuro
Colo curto = progesterona História de parto prematuro = progesterona Colo curto + história de parto prematuro = progesterona + cerclagem
38
O que é TOCÓLISE, suas indicações e como é feito
- Salbutamol, terbutalina (taquicardia, tremores, náuseas -> pouco tolerado) - Indometacina (risco de fechamento do canal arterial -> somente <32 sem) - Nifedipina (primeira escolha! - evitar em cardiopatas) - Sulfato de magnésio para 24 a 32 semanas -> neuroproteção fetal - Antagonistas de ocitocina (caro, pouco efeito colateral) + PARA DAD TEMPO DE FAZER CORTICOTERAPIA
39
Quando e como fazer a corticoterapia na prematuridade
24 a 34 semanas Betametasona (MID) ou dexametasona (BID) - pelo menos 48h para haver benefício / pode ser repetido uma vez após uma semana
40
O que é RPMO?
Ruptura de membranas após 20 sem e antes do início do trabalho de parto
41
Qual os benefícios da corticoterapia na prematuridade?
Redução de: - doença da membrana hualina - hemorragia intraventricular - enterocolite necrotizante - mortalidade neonatal
42
Conduta RPMO
Infecção (febre + leucocitose/FC>100/BCF>160/sensibilidade ou dor uterina/LA fétido)? = Antibióticoterapia (ampi + genta por ex) e parto vaginal Sem infecção - > 34 sem = parto + profilaxia para GBS - 24-34 sem = conduta conservadora (internação hospitalar + corticoterapia + antibioticoterapia de latência?)
43
Fatores de risco para Pré-eclâmpsia (9)
Primiparidade Gestação múltipla HAS DM Doença renal Doença autoimune (LES, síndrome anti-fosfolipide) PE em gestação anterior HF Gestação molar
44
Conceito de pré-eclâmpsia e eclâmpsia
Pré-eclâmpsia: hipertensão + proteinúria em > 20 semanas Eclâmpsia: pré-eclampsia + convulsões
45
Repercussões da pré-eclampsia
Cardiovascular: vasoconstrição, aumento da permeabilidade vascular, redução do volume plasmático, hemoconcentração Hematológico: plaquetopemia, hemólise microangiopática Renal: endoteliose capilar glomerular, redução da TFG, elevação de ácido úrico e proteinúria Endócrino-metabólicas: redução de renina, maior resposta a vasopressores Cerebrais: trombos plaquetários, vaso espasmo, convulsão tonicoclônica, hemorragia cerebral Hepática: hemorragia periportal e lesões isquêmicas Uteroplacentária: aumento da resistência vascular no leito placentária, infartos placentários, crescimento intrauterino restrito, mortalidade perinatal
46
Diagnóstico de pré-eclâmpsia
PA maior ou igual a 140x90 (ao menos 2 medidas com algumas horas de diferença) Proteinúria maior ou igual a 300mg/24h ou relação proteinúria/creatininúria maior ou igual a 0,3 Após 20 semanas SEM PROTEINÚRIA: trombocitopenia, elevação de enzimas hepáticas, creatinina >1,2, edema agudo de pulmão e sintomas visuais ou cerebrais
47
Hipertensão gestacional X hipertensão crônica
Gestacional é a partir de 20 semanas e melhora gradativamente no puerpério Sem proteinúria PA > 140x90
48
Classificação pré-eclâmpsia
LEVE: PA 140x90 a 160x110 + sem lesões de órgão alvo GRAVE: presença de um dos critérios de gravidade
49
Critérios de gravidade da pré-eclâmpsia (5)
PA > 160x110 (urgência hipertensiva) Creatinina > 1,2 Edema agudo de pulmão ou cianose Síndrome HELLP Iminência de eclâmpsia (sinais de lesão de órgão-alvo)
50
Sinais de iminência de eclâmpsia
Cerebrais: cefaleia, torpor, obinubilação Visuais: escotomas, turvação visual, diplopia Dor epigástrica
51
Diagnóstico da síndrome HELLP
H (hemólise): esquizócitos, bilirrubina total >1,2 (predomínio de indireta), LDH > 600 EL (enzimas hepáticas): TGO/AST >70 LP (trombocitopenia): plaquetas <100000 NÃO é obrigatório ter pré-eclâmpsia (elevação de PA e proteinúria) para ter HELLP
52
Conduta pré-eclâmpsia leve e hipertensão gestacional
Conservadora até termo Observar sinais de gravidade materno e fetal NÃO fazer anti-hipertensivo
53
Tratamento pré-eclâmpsia grave
Manter IH Sulfato de magnésio Anti-hipertensivo (PAS 140-155 / PAD 90-105) - Agudo: hidralazina EV / nifedipina VO / labetalol - Crônico: metildopa / hidralazina / nifedipina Parto (preferencialmente vaginal, após estabilização) -> tentar conduta conservadora até 34 semanas, em caso de gestante e feto estáveis
54
Sinais de intoxicação de sulfato de magnésio e tratamento
Perda dos reflexos profundos Depressão respiratória (FR <12) Parada cardíaca Acompanhar diurese! -> risco (diminuir dose?) ANTÍDOTO: gluconato de cálcio
55
Tratamento eclâmpsia
Parto, independente da IG Estabilizar paciente
56
Tratamento síndrome HELLP
Parto independente de IG X conservadora -> maturação pulmonar (corticoide) e parto
57
Quando fazer prevenção de pré-eclâmpsia
História PE Gestação múltipla HAS DM LES SAF …
58
Qual a prevenção de pré-eclâmpsia?
AAS 60-150mg/dia (iniciar até 16 semanas) Cálcio 1,5-2g/dia (apenas para pacientes de baixa ingesta)