obstetricia- parto Flashcards
(82 cards)
Primigesta, com idade gestacional de 35 semanas, calculada por DUM e por ultrassonografia realizada com 9 semanas, procurou o HUJM com queixa de perda transvaginal de líquido há 24 horas. Ao exame físico, apresentava colo com 50% de apagamento, pérvio a uma polpa digital, apresentação cefálica insinuada e semdinâmica uterina. Foi realizada uma cardiotocografia que mostrou feto ativo e reativo. Nesse caso, a melhor conduta é:
Saber sobre a conduta de Rotura Prematura das Membranas Ovulares( RPMO)
Temos uma gestante de 35 semanas com queixa de perda de líquido, sem sinais de infecção ou sofrimento fetal e IG > 34 semanas. Nessa IG, não está indicado o uso de tocolíticos ou corticoides e é mandatória a adoção de uma conduta ativa.
A escolha da via de parto deve seguir os critérios obstétricos, sendo a via vaginal preferencial. Na ausência de cultura retovaginal negativa, está indicada a antibioticoprofilaxia para GBS ( bacilos gram negativos) e indução de trabalho de parto- ocitocina
Gestante, com idade gestacional de 37 semanas e 5 dias, confirmada por ultrassonografia de primeiro trimestre, chega à maternidade em trabalho de parto inicial com colo dilatado para 4 cm, bolsa íntegra e com 2 contrações em 10 minutos durando 40 segundos. Já se sabia que era uma gestação gemelar, dicoriônica e diamniótica. A ultrassonografia realizada na internação revelou o primeiro feto pélvico e o segundo cefálico. Nesse caso a conduta mais adequada é
Nas gestações gemelares diamnióticas, quando o primeiro feto é cefálico, independente do segundo ser cefálico também ou pélvico, o parto vaginal é seguro. Entretanto, quando estamos diante de gestações diamnióticas onde o primeiro feto é pélvico, gestações monoamnióticas ou trigemelares, a cesariana tem apresentado melhores resultados perinatais, sendo, portanto, indicada. Assim, no nosso caso em questão, como o primeiro feto é pélvico, a melhor conduta é realizar cesariana
Na assistência ao parto, a monitorização do bem-estar fetal é imperiosa. Com relação a esse cuidado, é correto afirmar que
Durante o trabalho de parto algumas condições como hiperatividade uterina, hipotensão materna e parto prolongado, podem prejudicar trocas metabólicas materno-fetais, gerando hipoxemia e acidose no feto.
m gestações de baixo risco essa avaliação pode ser feita através da checagem de movimentos fetais e ausculta intermitente com sonar Doppler ou estetoscópio de Pinard a cada 30 minutos na fase ativa e de 15 em 15 minutos na fase expulsiva.
assistencia clinica do parto
deve incluir a avaliação do bem-estar fetal. Em gestações de baixo risco essa avaliação pode ser feita através da checagem de movimentos fetais e ausculta intermitente com sonar Doppler ou estetoscópio de Pinard a cada 30 minutos na fase ativa e de 15 em 15 minutos na fase expulsiva.
partograma
uma ferramenta de representação gráfica do trabalho de parto que visa acompanhar sua evolução, diagnosticando alterações e, principalmente, indicar intervenções apropriadas. É um instrumento importante no acompanhamento do parto, porém não é usado para avaliação do bem-estar fetal pois nele, o BCF seria aferido a cada 1 ou 2 horas.
cardiotocografia
deve ser solicitada apenas em gestações de alto risco, podendo ser realizada anteparto ou intraparto. Em relação a esse exame devemos estar atentos às acelerações, variabilidade e desacelerações (DIP), tendo em mente que o primeiro parâmetro a ser alterado é a supressão das acelerações. O traçado normal da FC fetal é bastante irregular, com amplitude de 6 a 25bpm, que representa a variabilidade. Algumas condições como sono ou uso de drogas depressoras do SNC podem provocar a diminuição da variabilidade, sem que isso represente um pior prognóstico. Porém, caso a oscilação seja mínima ou ausente (perda da variabilidade) traduz sinais importantes de hipoxemia.
DIP I (precoce)- desaceleração intraparto
é um reflexo da compressão cefálica fetal pela contração uterina. NÃO é uma alteração patológica. Geralmente se relaciona com a amniorrexe. No traçado observamos desaceleração dos batimentos cardíacos fetais (BCF) coincidente com a contração uterina.
DIP II (tardia)- desaceleração intraparto
sinal importantíssimo de hipoxemia fetal grave que indica, quase sempre, interrupção da gestação. Aqui o início da desaceleração da FC fetal ocorre após o início da contração uterina.
DIP III (umbilical ou variável)-
não tem um padrão fixo na CTG (Cardiotocografia), originam-se da compressão do cordão umbilical e podem ser favoráveis ou desfavoráveis. Como dito, o excesso de contratilidade uterina (taquissistolia, hipertonia), espontânea ou iatrogênica, pode desencadear sofrimento fetal agudo com alteração do BCF. caso esteja em uso de drogas uterotônicas, como ocitocina, deve-se interromper. Outras condutas que podem ser tomadas visando reverter o sofrimento fetal e normalidade da frequência cardíaca fetal incluem mudança de decúbito para melhorar o retorno venoso e, assim, diminuir a hipóxia fetal, além de drogas tocolíticas para controle da hiperatividade uterina.
Em relação à conduta no trabalho de parto pré-termo
acerca de parto pré-termo, vamos partir de dois pressupostos: 1) Caso haja sinais de corioamnionite, sofrimento fetal agudo (SFA) ou risco materno, a gestação deverá ser interrompida independente da IG.
2) Caso não haja, deverá ser avaliada profilaxia para GBS e a conduta irá variar conforme a IG. Se > 34 semanas, deverá prosseguir com o parto; Se < 34 semanas, deve-se utilizar corticoterapia para acelerar a maturidade fetal, tocolíticos para tentar aumentar o período de latência até o parto para que haja tempo hábil para o corticóide ter efeito e realizar neuroproteção com sulfato de magnésio caso IG < 32 semanas.
IG< 34 semanas com rastreio infeccioso negativo
Adotar uma conduta expectante e administrar corticóide para acelerar a maturidade fetal (betametasona/dexametasona), devendo aguardar pelo menos 24 horas após a última dose objetivando melhor efetividade da droga; tocolítico (nifedipina) para prolongar a gestação para permitir o uso do corticóide; e iniciar profilaxia para GBS (penicilina cristalina) uma vez que nesta IG ainda não foi colhido swab vaginal e retal para descartar esta colonização.
interrupção de Ig < 34 semanas, quando é indicado
caso o feto prematuro estivesse em apresentação pélvica ou com peso estimado entre 750 a 2000g
As contraindicações absolutas para uso de uterolíticos são:
corioamnionite, SFA( sofriemnto fetal agudo), óbito fetal, afecções maternas de difícil controle, maturidade pulmonar fetal comprovada e malformações fetais incompatíveis com a vida. Assim, corioamnionite ou anomalia fetal grave incompatível com a vida são contraindicações à inibição medicamentosa do trabalho de parto
A repetição do parto cesáreo aumenta a probabilidade de ocorrer:
a cesárea é um fator de risco importantíssimo para rotura uterina em gestações futuras, placenta prévia e acretismo placentário.
Luci é grande multípara, teve um segundo período do parto prolongado. Considerando os riscos, e de acordo com a diretriz nacional de assistência ao parto do Ministério da Saúde do Brasil, qual a primeira conduta para evitar a hemorragia pós-parto em Luci?
O manejo ativo da terceira fase do trabalho de parto é fundamental nesta prevenção. O uso de uterotônicos, tração controlada do cordão umbilical com massagem uterina são a base do tratamento
definição de hemorragia pós parto (HPP)
perda sanguínea de mais de 500 mL no parto vaginal e acima de 1000mL na cesariana. São fatores de risco para a HPP: pré-eclâmpsia, historia de hemorragia em partos anteriores, gestações múltiplas, cicatriz uterina alterior, multiparidade, terceiro período prolongado e macrossomia fetal.
4 T’s de HPP- hemorragia pos parto
Tônus (atonia uterina, bexiga distendida), trauma/trajeto (lacerações de vagina, colo ou útero, incluindo a inversão uterina), tecido (retenção placentária) e trombina(distúrbios da coagulação). a principal causa de hemorragia pós parto é a atonia uterina, o uso de uterotônicos (como a ocitocina), torna-se uma das estratégias mais importantes na prevenção e tratamento
Mariana, 16 anos, chega a maternidade e em menos de 30 minutos completou o segundo período do seu trabalho de parto. De acordo com a recomendação atual da OMS, qual o primeiro passo para evitar a hemorragia pós-parto em Mariana?
Durante o terceiro período (secundamento), onde ocorre o descolamento e saída da placenta e das membranas ovulares, a OMS recomenda algumas medidas que se associam a um menor risco de hemorragias puerperais. O uso de ocitocina profilática (10 UI IM) deve ser realizada de forma rotineira, imediatamente após a expulsão fetal. Depois, é feito o clampeamento tardio do cordão umbilical, tração controlada do cordão, seguido de massagem uterina, logo após a saída da placenta.
O parto vaginal pode ser realizado rotineiramente nos casos de
circular de cordão
Contraindicações de trabalho de parto vaginal
desproporção céfalopélvica; - obstrução do canal de parto, como placenta prévia centro-total, apresentação córmica, anormalidade na pelve materna, tumores prévios; - risco de morbidade perinatal grave, como vasa prévia (lembre-se que aqui há sangramento fetal!), prolapso de cordão umbilical e herpes genital ativo (via vaginal não deve ser realizada).
riscos maternos, como ruptura uterina em pacientes com cicatrizes uterinas prévias. Porém, atenção a pacientes com cesariana prévia: a grande questão é que a presença de cicatriz uterina aumenta o risco de ruptura uterina com o parto vaginal. Este risco é, a princípio, baixo, porém aumenta à medida que aumenta o número de operações cesarianas, sendo que, na prática, uma nova cesariana é recomendada caso a paciente tenha realizado três partos cesáreos prévios.
cicatriz uterina prévia
pode ser contraindicação absoluta ou relativa a depender da incisão cirúrgica apresentada pela paciente: se longitudinal é absoluta e se transversal, é relativa.
contraindicações relativas do parto vaginal
BCF alterado, macrossomia, gemelaridade independente da zigotia
apresentação pélvica, doença cardíaca materna, polidrâmnio e oligodrâminio ( ILA<5cm). Segundo o Ministério da Saúde, em gestantes HIV+ com carga viral for inferior a 1.000 cópias/ml, a via de parto será definida por critérios exclusivamente obstétricos. Assim, a cesariana eletiva deve ser indicada que não realizaram profilaxia antirretroviral combinada durante a gestação, que usaram apenas monoterapia com AZT ou que tenham sua carga viral, com 34 semanas ou mais de gestação, desconhecida ou superior a 1.000 cópias/ml
circular de cordão
não configura fator de risco, nem indicação de cesariana eletiva, independente da quantidade de alças, até porque a acurácia da ultrassonografia para predição de circular é baixa. Assim, nesses casos, a orientação é seguir o planejamento habitual
um uso de misoprostol
em casos de colo desfavoravel