Oriente Médio: Palestina Flashcards
3º TEMA MAIS COBRADO em ORIENTE MÉDIO. Palestina: conflito israelo-palestino; Hamas e situação na Faixa de Gaza; posição brasileira e reconhecimento do Estado da Palestina (37 cards)
Comente o fortalecimento do SIONISMO no final do século XIX.
o sionismo político é um movimento político-filosófico que prega a autodeterminação do povo judeu e defende a criação de um Estado nacional judaico.
- POGROMS - motins relacionados à perseguição e ao massacre de grupos étnicos ou religiosos – levaram ao assassinato de judeus no fim do século XIX (principalmente após o assassinato do czar Alexandre II, em 1881, atribuído por alguns a judeus) e no início
do XX, no Império Russo. - CASO DREYFUS - escândalo político ocorrido na França (1894), que condenou injustamente Alfred Dreyfus, envolvendo antissemitismo e preconceito.
- CONGRESSO SIONISTA DA BASILEIA (1897) - Theodor Herzi propôs o retorno dos judeus à região histórica da Palestina, longe do antissemitismo europeu.
DECLARAÇÃO DE BALFOUR (1917)
Reino Unido enviou comunicado ao banqueiro judeu Lord Rothschild, comprometendo-se com a CRIAÇÃO DE UM ESTADO JUDAICO NA PALESTINA.
ACORDO SYKES-PICOT (1916)
TRATADO SECRETO firmado por FRANÇA e REINO UNIDO, para definir esferas de influência e controle em eventual partição do Império Otomano.
REINO UNIDO - receberia os territórios atuais de Israel, Palestina, Jordânia e sul do Iraque.
FRANÇA - receberia o controle dos atuais sudeste da Turquia, Síria, Líbano e norte do Iraque.
*** PALESTINA ficaria sob administração internacional.
CONFERÊNCIA DE SAN REMO (1920)
PARTICIPANTES: França, Itália, Japão e Reino Unido
ACORDO: a criação de mandatos sobre três territórios
pertencentes ao Império Otomano: “Palestina”, “Síria” e “Mesopotâmia”.
***Ao REINO UNIDO foi confiada a administração da região da PALESTINA (correspondente aos atuais territórios de Israel e Palestina).
COMENTE o processo de INDEPENDÊNCIA DO IRAQUE e sua admissão na Liga das Nações, em 1932.
- TRATADO DE SÈVRES (1920): Dividiu o Império Otomano e no mesmo ano a Liga das Nações demarcou as fronteiras modernas do Iraque.
- O Iraque ficou sob mandato britânico.
- 1921: Foi estabelecida a monarquia iraquiana.
- 1932: rei Faisal solicitou a independência ao governo britânico.
COMENTE a situação política do IRAQUE no pós-independência até a queda de Saddam Hussein, em 2003.
1941: “GOLPE DO QUADRADO DOURADO”
1941: GUERRA ANGLO-IRAQUIANA
1958: “REVOLUÇÃO DE 14 DE JULHO” - depôs monarquia e instaurou uma república.
1968: Após golpe novo golpe de Estado, PARTIDO SOCIALISTA BAATH assumiu a presidência, mantendo-se até 2003, quando Hussein foi capturado pelos EUA.
COMENTE sobre a LIGA ÁRABE
- Também chamada de Liga dos Estados Árabes.
- Criação: 1945
- OBJETIVO: reforçar e coordenar laços sociais, econômicos, culturais e políticos
Atualmente, possui 22 membros.
CARACTERIZE o PLANO DE PARTIÇÃO DA PALESTINA (1947)
- Aprovado por resolução 181 da AGNU
- baseado na construção de dois Estados, um árabe e um judeu, e um regime internacional especial para a cidade de Jerusalém (corpus separatum), administrado pela ONU (a proposta da ONU para Jerusalém nunca se materializou)
- Árabes rejeitaram, defendendo que violaria o princípio da autodeterminação.
- BRASIL: votou A FAVOR.
PRIMEIRA GUERRA ÁRABE-ISRAELENSE (1948-49)
1948-1949: PRIMEIRA GUERRA ÁRABE-ISRAELENSE (ou Guerra de Independência da Israel)
INTEGRANTES: Egito, Jordânia, Líbano, Síria e Iraque X Israel
RESULTADO:
- ISRAEL: ampliou domínio na Palestina
- JORDÂNIA: anexou a Cisjordânia
- EGITO: ocupou militarmente a Faixa de Gaza
CRISE DO SUEZ (1956)
1956: CRISE DO SUEZ (2ª Guerra Árabe-Israelense)
- Israel X Egito
- ANTECEDENTES: Nasser nacionalizou o Canal de Suez para obter recursos para a construção da hidrelétrica de Assuã.
- CONFLITO: Após a nacionalização, em 1956, Israel invadiu o Sinai, e logo o Reino Unido e a França enviaram tropas para a região.
- DESFECHO: Após o cessar-fogo, foram asseguradas a soberania e a propriedade do canal aos egípcios.
- RESOLUÇÃO Unidos pela Paz da AGNU (1950)
Aprovou criação da UNEF I para assegurar a linha de armistício.
BRASIL:
- votou A FAVOR da resolução 95 do CSNU que CONDENOU a atitude do Egito de restringir a passagem inocente de navios israelenses pelo Canal
de Suez
- Participou da UNEF I com o BATALHÃO SUEZ (1957-1967)
GUERRA DOS SEIS DIAS (1967)
1967: Guerra dos Seis Dias (Terceira Guerra Árabe-Israelense).
Israel X Egito, Síria e Jordânia
MOTIVO: A disputa pelas águas do Rio Jordão e incidentes de fronteira geraram tensões. Israel realiza ataque surpresa
DESFECHO:
ISRAEL conquistou
- FAIXA DE GAZA e PENÍNSULA DO SINAI (Egito)
- COLINAS DE GOLÃ (Síria)
- CISJORDÂNIA e JERUSALÉM ORIENTAL (Jordânia)
** Israel devolveu Península do Sinai, em 1979.
GUERRA DO YOM KIPPUR (1973)
1973: Guerra do Yom Kippur (Quarta Guerra Árabe-
Israelense)
Egito e Síria X Israel
CONFLITO: Egito e Síria atacaram Israel durante o feriado religioso judaico do Yom Kippur, cruzando as linhas do cessar-fogo no Sinai e nas Colinas de Golã. Israel revidou rapidamente e teve vitória tática.
DESFECHO:
Os países da OPEP, em resposta à ajuda norte-americana a Israel na guerra, aumentaram o preço
do petróleo e anunciaram seu embargo, reduzindo a produção de combustível e aumentando seu preço, o que levou ao primeiro choque do petróleo.
POSIÇÃO BRASILEIRA:
1974: Admissão da OLP como observadora na ONU (A/RES/3237)
O Brasil votou a favor.
POSIÇÃO BRASILEIRA:
1975: o sionismo foi considerado uma forma de racismo e de discriminação racial pela AGNU (A/RES/3379).
O Brasil votou a favor.
POSIÇÃO BRASILEIRA:
1991: Revogação pela AGNU da resolução que considerava o sionismo como forma de racismo (A/RES/46/86)
O Brasil votou a favor.
ACORDOS DE CAMP DAVID (1978)
presenciados pelo presidente dos EUA, JIMMY CARTER.
ISRAEL (primeiro-ministro Menachem Begin) e EGITO (presidente Anwar Sadat) COMPROMETERAM-se com a assinatura de um TRATADO DE PAZ.
Begin e Sadat receberam o Prêmio Nobel da Paz em 1978.
***O tratado de paz entre os dois países foi assinado em 1979. Nele, a Península do Sinai foi devolvida ao Egito.
INDEPENDÊNCIA UNILATERAL DO ESTADO ÁRABE DA PALESTINA (1988)
o Conselho Nacional Palestino (CNP) declarou a independência unilateral do Estado Árabe da Palestina.
O CNP aceitou resolução 181 da ONU, que prevê a
criação de dois Estados, renunciou ao terrorismo e propôs uma saída negociada.
**O CNP é o corpo legislativo da OLP, que elege seu comitê executivo. Yasser Arafat foi líder da OLP de 1969 a 2004.
CONFERÊNCIA DE MADRI (1991)
patrocinada por EUA e URSS
OBJETIVO: reavivar o processo de paz entre Israel e
Palestina e seus vizinhos, Jordânia, Líbano e Síria.
- O governo israelense exigiu a revogação da resolução 3379 (1975) da AGNU, que determinava que o sionismo é uma forma de racismo e discriminação racial, como condição para sua participação na conferência.
Essa resolução foi revogada pela AGNU em 1991, com voto afirmativo brasileiro.
ACORDO DE PAZ DE OSLO I (1993)
1993: Acordo de Paz de Oslo I ou Declaração de Princípios
- assinado por Isaac Rabin (primeiro-ministro de Israel) e Yasser Arafat (presidente da OLP), sob mediação do presidente Bill Clinton.
PREVIU-SE
- a RETIRADA das forças armadas ISRAELENSES da FAIXA DE GAZA e da CISJORDÂNIA
- criação de um AUTOGOVERNO INTERINO PALESTINO na Faixa de Gaza e na Cisjordânia por CINCO ANOS.
- a criação da AUTORIDADE PALESTINA como órgão de AUTOGOVERNO PROVISÓRIO. Ao final, o status do autogoverno seria renegociado
NÃO PREVIU-SE a condição de Estado para a Palestina.
As negociações do acordo, RESULTADO DA CONFERÊNCIA DE MADRID (1991), foram conduzidas secretamente, na Noruega. Acordou-se que o arranjo estabelecido pelo acordo duraria um período interino de cinco anos, durante o qual um acordo permanente seria negociado.
ACORDOS DE OSLO II (1995)
assinado em Taba (Egito)
tratou de diversos temas, como a estrutura e o funcionamento do Conselho Palestino e o papel da polícia e das forças armadas para garantia da segurança.
** após violências de lado a lado, o primeiro-ministro
Rabin foi assassinado por um judeu ortodoxo que se opunha às negociações com os palestinos.
MAPA DO CAMINHO PARA A PAZ (2002)
PROPUSENTES: o Quarteto (grupo formado por EUA, Rússia, União Europeia e ONU, no contexto das negociações entre israelenses e palestinos)
OBJETIVO: resolver o conflito baseado na existência
de um Estado palestino independente, convivendo lado a lado com Israel.
DESFECHO: O processo, entretanto, chegou a um impasse logo no início, e o plano não foi implementado.
POSICIONAMENTO DA CIJ (2004) sobre construção MURO DA CISJORDÂNIA por ISRAEL (2002)
2002: início da construção do muro da Cisjordânia por Israel, com o objetivo de isolar a fronteira entre algumas regiões da Cisjordânia e Israel, por alegados motivos de segurança.
Em 2004, a Corte Internacional de Justiça emitiu opinião consultiva sobre a construção do muro nos territórios palestinos ocupados, defendendo que
1. se tratava de ato contrário ao direito internacional humanitário e aos instrumentos de direitos
humanos
2. conclamando Israel a derrubá-lo
3. compensar os palestinos prejudicados por sua construção.
CONFERÊNCIA DE ANNAPOLIS (2007)
representou uma tentativa de relançar negociações sobre plano de paz.
Reiterou-se o compromisso com o Mapa do Caminho para a Paz (2002), com a previsão de um tratado de paz a ser concluído até fim de 2008, o que não ocorreu.
As principais questões em torno das quais há DIVERGÊNCIAS entre israelenses e palestinos e que se mantêm na agenda das negociações de paz são:
- a forma de um futuro Estado palestino
- a divisão de Jerusalém
- o destino dos refugiados palestinos exilados.
A conferência reuniu representantes de Israel, da Palestina e de mais de 40 países, incluindo o BRASIL
STATUS DA PALESTINA e POSICIONAMENTO BRASILEIRO
2010: o Brasil reconheceu o Estado da Palestina nas fronteiras de 1967 (situação anterior à Guerra dos Seis Dias).
2011: a Palestina foi aceita como Estado membro da
UNESCO, com apoio do Brasil.
2012: a Palestina tornou-se Estado observador não membro na ONU, em votação na AGNU que contou com apoio do Brasil.