ORT Flashcards

(87 cards)

1
Q

Qual o espectro da traumato-ortopedia?

A

.Fraturas: perda da continuidade óssea
.Luxações: perda da congruência articular
.Entorses: perda momentânea da congruência articular

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2
Q

Defina:

a) Fratura em galho verde
b) Tórus
c) Fratura por estresse/fadiga
d) Fratura patológica

A

a) Fratura em galho verde: fratura incompleta em crianças (um lado quebra, o outro entorta)
b) Tórus: fratura em crianças, o osso amassa ao invés de quebrar
c) Fratura por estresse/fadiga: trauma crônico/repetitivo (atletas, bailarinas, etc.)
d) Fratura patológica: osso frágil por doença prévia (ex: osteoporose, tumor ósseo, cisto ósseo)

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3
Q

Como é o tratamento da fratura óssea, em termos gerais?

A
  1. Redução: realinhar anatomicamente
    - fechada/incruenta
    - aberto/cruento/cirúrgico
  2. Estabilização
    - gesso
    - cirúrgico: fio, placa, parafuso, fixador externo, haste
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4
Q

Quais as complicações da fratura óssea, em termos gerais? E quais as complicações do tratamento das fraturas ósseas?

A

Fraturas:
.Lesão arterial (raro, mais comum nas luxações)
.Síndrome compartimental (lesão e inflamação muscular)
.Contratura de Volkmann (evolução crônica da sd compartimental não tratada)
.Embolia gordurosa
.Osteomielite (fraturas expostas)

Tratamento:
.Consolidação viciosa (deformidade)
.Pseudoartrose (não consolidou em >9 meses)

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5
Q

Quais as fraturas ósseas mais comuns em provas?

A

.Fratura exposta
.Fratura fisária (fise: placa de crescimento)
.Fratura de fêmur proximal

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6
Q

Qual a conduta diante a fratura exposta?

A
.ATLS
.Curativo estéril
.rX
.ATB em até 1h!
.Profilaxia antitetânica
.Tratamento cirúrgico em até 24h: lavagem abundante (3-9L de SF) + desbridamento + redução/estabilização
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7
Q

Quais os parâmetros da classificação de Gustillo-Anderson da fratura exposta?

A

.Tamanho da exposição óssea
.Grau de contaminação
.Lesão de partes moles

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8
Q

Qual a utilidade da classificação de Gustillo-Anderson da fratura exposta?

A

Guia o ATB

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9
Q

Como é a classificação de Gustillo-Anderson da fratura exposta?

A

I: <1cm, contaminação pequena

II: 1-10cm, contaminação moderada

III: >10cm, contaminação grande OU PAF
IIIA: cobertura cutânea possível
IIIB: exige retalho
IIIC: lesão arterial

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10
Q

Qual o ATB na fratura exposta Gustillo-Anderson I e II?

A

Cefalosporina de 1a geração (Cefazolina)

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11
Q

Qual o ATB na fratura exposta Gustillo-Anderson III?

A

Cefalosporina de 1a geração (Cefazolina)
+
Aminoglicosídeo (Gentamicina)

*Se meio rural ou água parada: + Penicilina
ou Pipetazo

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12
Q

Como é a classificaçcão de Salter-Harris da fratura fisária? Qual a + comum?

A

.I: fratura na própria fise (separa a epífise da metáfise)

.II (+ comum): fratura na fise e metáfise (sinal de Thurston-Holland)

.III: fratura na fise e epífise

.IV: fratura na fise, metáfise e epífise

.V: compressão da fise (em geral não observada em rX)

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13
Q

Como é o tratamento da fratura fisária Salter-Harris I e II?

A

Conservador:
.Redução fechada
.Estabilização com gesso

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14
Q

Como é o tratamento da fratura fisária Salter-Harris III e IV?

A

Problema: acometimento da epífise, exige boa consolidação para manter articulação funcionante

Cirúrgico:
.Redução cruenta
.Estabilização com fixador interno

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15
Q

Como é o tratamento da fratura fisária Salter-Harris V?

A

Cirurgia se deformidade óssea

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16
Q

Quais as fraturas de fêmur proximal? Qual a de maior urgência? Por quê?

A

.Colo femoral

.Trans/intertrocanteriana

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17
Q

Qual sinal sugestivo de fratura de fêmur proximal?

A

.Encurtamento e rotação externa do membro acometido

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18
Q

Qual o tratamento da fratura de fêmur proximal? Qual tipo é de maior urgência?

A

Cirúrgico

  • Colo femural: maior urgência (cirurgia até 12h), por risco maior de osteonecrose avascular da cabeça de fêmur
  • Transtrocantérica: cirurgia até 48h
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19
Q

Qual é de maior urgência: fratura fechada ou luxação?

A

Luxação, pelo risco de comprometimento de vasos e nervos

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20
Q

Quais as principais complicações de luxação:

a) Cotovelo
b) Joelho
c) Quadril

A

a) Cotovelo: n ulnar
b) Joelho: a poplítea, n fibular
c) Quadril: n ciático

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21
Q

Quais as principais luxações da prova?

A

.Subluxação da cabeça do rádio

.Luxação posterior do quadril

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22
Q

Qual a causa da subluxação da cabeça do rádio?

A

Elevar crianças pela mão

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23
Q

Qual o desvio da subluxação da cabeça do rádio?

A

Desvio lateral da extremidade proximal do rádio

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24
Q

Qual a clínica da subluxação da cabeça do rádio?

A

Membro em pronação fixa

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25
Como é a manobra de redução da subluxação da cabeça do rádio?
Extensão > supinação > flexão
26
Qual a causa típica da luxação posterior do quadril?
Batida de carro
27
Qual o sinal sugestivo de luxação posterior do quadril?
Adução e rotação interna
28
Como é a manobra de redução da luxação posterior do quadril?
.Manobra de Allis | .Manobra de Stimson
29
Qual a entorse do tornozelo mais comum? Qual o ligamento mais lesado?
Lateral (inversão) | Ligamento talofibular anterior
30
Qual a conduta no entorse do tornozelo?
.rX se digitopressão dolorosa em topografia óssea ou incapacidade de locomoção .Repouso .Gelo Compressão .Elevação
31
Quais as vias de infecção da osteomielite? Qual a via + comum em adultos? E nas crianças?
.Contiguidade (+ comum nos adultos): pé diabético, fratura exposta, cirurgias, celulite .Hematogênica (+ comum nas crianças)
32
O que é o sequestro ósseo da osteomielite?
Principal marca de cronificação da osteomielite
33
Qual a clínica da osteomielite?
.Dor intensa à digitopressão .Febre .Elevação de PCR e VHS (principalmente VHS)
34
Como é feito o diagnóstico da osteomielite?
.1o exame: rX simples - problema: altera apenas após 10-14 dias - elevação e espessamento do periósteo - lesão lítica (cavidade hipertransparente) .Se rX normal mas alta suspeita: RNM
35
Qual o tratamento da osteomielite?
.ATB .Desbridamento cirúrgico ou por punção na maioria dos casos .Se cronificado = sequestrectomia
36
Qual a epidemio da osteomielite hematogênica aguda?
Crianças do sexo masculino
37
Qual o local mais comum da osteomielite hematogênica aguda?
Metáfise de ossos longos (circulação óssea maior na metáfise)
38
Qual o ATB de escolha na osteomielite hematogênica aguda? E nos RN?
.Oxacilina (S aureus) .RN: Oxacilina + Gentamicina ou Cefalosporina de 3a/4a (S aureus, GBS, Gram neagtivos) .Anemia falciforme: Ceftriaxona (Salmonella) .Lesão penetrante no pé: anti-pseudomonas
39
Quais os tumores ósseos primários? Qual o tumor ósseo + comum?
+ comum: metástases e mieloma múltiplo .Osteossarcoma .Sarcoma de Ewing .Condrossarcoma
40
Quando surge a suspeita de tumores ósseos primários?
Dor e proeminência óssea de duração prolongada (semanas a meses)
41
Qual a faixa etária de cada um dos tumores ósseos primários?
.Em geral: adolescência e adultos jovens .Osteossarcoma e sarcoma de Ewing: crianças, adolescentes e adultos jovens .Condrossarcoma: adultos mais velhos
42
Qual o local mais comum do osteossarcoma?
.Metáfises de ossos longos: fêmur distal, tíbia proximal, úmero proximal
43
Qual marcador laboratorial aumentado no osteossarcoma?
Fosfatase alcalina
44
Qual o achado radiográfico do osteossarcoma?
.Triângulo de Codman | .Raios de sol
45
Qual o tratamento do osteossarcoma?
.Cirurgia conservadora + QT neo e adjuvante | .Má resposta à RT (ao contrário do sarcoma de Ewing)
46
Qual a localização do sarcoma de Ewing?
.Pelve | .Diáfise de ossos longos
47
Qual o achado radiográfico do sarcoma de Ewing?
.Reação periosteal em ''casca de cebola'' | .Lesão permeativa ou ''roído de traças''
48
Como é o tratamento do sarcoma de Ewing?
Cirurgia + QT neo e adjuvante + RT se margem cirúrgica comprometida
49
O que é a displasia do desenvolvimento do quadril?
Malformação da articulação acetabular, culminando em uma articulação INSTÁVEL com alto risco de luxação
50
Quais os FR da displasia do desenvolvimento do quadril?
``` .HF .Sexo feminino .Apresentação pélvica .Oligodramnia .Gemelaridade ```
51
Como é o screening da displasia do desenvolvimento do quadril em RN?
.Manobra de Barlow: luxação do quadril -adução do quadril + pressão posterior .Manobra de Ortolani (''ORTOpedista''): redução do quadril -abdução do quadril
52
Como é o screening da displasia do desenvolvimento do quadril em crianças >2 meses?
.Limitação da abdução do quadril (+ confiável!!!!!!!!!!!!!!!!) .Sinal de Galeazzi (joelho mais baixo)
53
Como é confirmado o diagnóstico de displasia do desenvolvimento do quadril?
.USG (ideal para crianças <6 meses) | .rX para crianças maiores
54
Como é o tratamento da displasia do desenvolvimento do quadril?
.Suspensório de Pavlik por 6 semanas | -quadril em abdução e flexão
55
Quando devo iniciar o suspensório de Pavlik para displasia do desenvolvimento do quadril?
Iniciar logo após a suspeita pela manobra de Ortolani e Barlow, antes do encaminhamento para ortopedista.
56
O que é a doença de Legg-Calvé-Perthes?
Necrose avascular (isquêmica) da cabeça femoral idiopática
57
Qual a fisiopatologia da doença de Legg-Calvé-Perthes?
Isquemia transitória idiopática da cabeça femoral > necrose + revascularização > remodelação defeituosa da cabeça femoral > desgaste rápido da articulação > artrose do quadril na vida adulta
58
Qual a epidemio da doença de Legg-Calvé-Perthes?
.2-12 anos | .Sexo masculino
59
Qual a clínica da doença de Legg-Calvé-Perthes?
.Menino de 5-7 anos .Claudicação (andar manco) .Dor em virilha, face interna da coxa e joelho .Dificuldade de rotação interna e abdução do quadril
60
Como é o diagnóstico da doença de Legg-Calvé-Perthes?
.Rx de quadril em AP e Lauenstein (posição de rã) - assimetria entre as cabeças femorais - colapso da epífise femoral - aumento do espaço articular acetabular
61
Qual o tratamento do doença de Legg-Calvé-Perthes?
.Objetivo: não é revascularizar, é promover o bom remodelamento após revascularização espontânea .Contenção da cabeça femoral junto ao acetábulo por imobilização ou cirurgia
62
O que é a sinovite transitória do quadril?
Artrite reativa após infecção
63
Qual a clínica da sinovite transitória do quadril?
.Criança + claudicação + dor no quadril com irradiação para coxa e joelho (igual doença de Legg-Calvé-Perthes) mas com história de infecção respiratória viral a cerca de 1-2 semanas
64
Como é o diagnóstico da sinovite transitória do quadril?
Clínico
65
Qual a conduta na sinovite transitória do quadril?
.Analgesia + AINEs | .Autolimitado
66
O que é a epifisiólise/epifisiolistese?
Deslizamento da epífise através da fise na cabeça femoral
67
Qual a clínica na epifisiólise/epifisiolistese?
.Criança + claudicação + dor + limitação da rotação interna, flexão e abdução do quadril (igual doença de Legg-Calvé-Perthes) mas em crianças mais velhas 10-16 anos sinal de Drehman: rotação externa durante flexão do quadril
68
Qual a clínica comum e como diferenciar: a) Doença de Legg-Calvé-Perthes b) Sinovite transitória do quadril c) Epifisiólise
Comum: claudicação + dor a) Doença de Legg-Calvé-Perthes: 5-7 anos b) Sinovite transitória do quadril: infecção viral c) Epifisiólise: 10-16 anos, sinal de Drehman, linha de Klein
69
Como é o diagnóstico da epifisiólise/epifisiolistese?
.rX | -linha de Klein (linha reta na borda superior do colo femoral passa tangente à cabeça femoral)
70
Como é o tratamento da epifisiólise/epifisiolistese?
.Fixação através de parafuso (epifisodese)
71
O que é doença de Osgood-Schlatter?
Epifisite (inflamação) proximal da tíbia, principalmente na tuberosidade da tíbea
72
Qual a epidemio da doença de Osgood-Schlatter?
Crianças que praticam esportes que forçam o joelho
73
Qual a clínica da doença de Osgood-Schlatter?
.Menino 8-15 anos praticante de esporte .Dor .Tumoração tibial anterior
74
Como é o diagnóstico da doença de Osgood-Schlatter?
.Clínico | .rX pode ajudar, em alguns observa-se fragmentação da tuberosidade tibial
75
Como é o tratamento da doença de Osgood-Schlatter?
.Conservador .Repouso .Analgésicos + AINEs .Uso de joelheira no esporte
76
Criança já com 2 anos persiste com pé plano (sem arco plantar). Não apresenta dor ou dificuldade de deambulação. Qual a conduta?
.Pé plano: o arco plantar se forma a partir dos 1-2 anos de idade conforme a deambulação da criança. Tende a evoluir naturalmente até os 6 anos .Conduta: reavaliação em 6 anos se ainda não formar o arco plantar
77
O que é a dor noturna benigna (dor de crescimento)?
.Criança com dor muscular de intensidade variável, podendo ser muito intensa, mas de caráter benigno, melhora com calor, massagem e analgésicos
78
Qual o mecanismo da fratura de escafoide e de Colles (rádio distal)?
Queda com mão espalmada
79
Mulher 25a acidente de moto com fratura exposta em tíbia e fíbula, pulso pedioso ausente, sangramento ativo. Qual a conduta para corrigir pulso ausente e sangramento ativo?
.Pulso ausente: alinhamento ósseo e imobilização e reavaliar pulso, cirurgia s/n .Sangramento ativo: curativo compressivo
80
Menino 16a percebeu que uma perna é maior que a outra. Assimetria de triângulo de Talhe, desnivelamento do quadril, teste de Adams +. Qual o dx?
Escoliose juvenil
81
Mulher 55a com queda sobre ombro, queixa-se de dor e incapacidade de rotação lateral. Qual o ddx? Teste de Patté positivo: qual o dx?
.Lesão de tendão supra vs infraespinal .Teste de Patté: infraespinal
82
Quais os testes para avaliar lesão do ligamento cruzado anterior?
.Teste de Lanchman (+ sensível) | .Teste da gaveta
83
Como fica a mão na lesão de nervo: a) Radial b) Ulnar c) Mediano
a) Radial: incapacidade de extensão (mão caída) b) Ulnar: incapacidade de flexão (mão em garra) c) Mediano: incapacidade de flexão do polegar
84
Qual a conduta na paralisa de Erb-Duchenne?
.Fisioterapia motora é a medida mais importante | .Imobilização é uma opção a mais
85
Homem 55a pintor com dor em região lateral do ombro que piora ao elevá-lo. Qual a suspeita dx? Como confirmar? Qual o tratamento?
.Sd do manguito rotador .RNM ou USG + rX .Repouso, AINEs, fortalecimento de trapézio!!!!
86
Menina 3a com quadro de sinovite transitória. Qual exame solicitar: rX ou USG?
USG!!!
87
Mulher 58a com fratura de fêmur subtrocantérica. Qual a conduta?
.Fratura patológica (local raro) > investigar doenças ósseas - exame das mamas - PTH - eletroforese de proteínas