Osteomielite e Artrites Infecciosas Flashcards

(103 cards)

1
Q

Qual o conceito de osteomielite?

A

Inflamação óssea causada por microorganismo infectante.

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2
Q

Quantos agentes infecciosos costumam estar presentes na osteomielite?

A

Um agente

Exceção: pé diabético = polimicrobiano

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3
Q

Como se classifica a osteomielite hematogênica aguda quanto à duração dos sintomas?

A

Aguda 1 semana
Subaguda 2-3 semanas
Crônica >3 semanas

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4
Q

Como se classifica a osteomielite hematogênica aguda quanto ao mecanismo de infecção?

A

Hematogênica

Contiguidade (exógeno)

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5
Q

Como se classifica a osteomielite hematogênica aguda quanto ao tipo de resposta do hospedeiro?

A

Piogênico

Não piogênico

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6
Q

Quanto ao biofilme, qual seu conceito?

A

Comunidade de bactérias sésseis com um glicocálix.

Formação de uma membrana na região superficial da região infectada (cápsula de proteção bacteriana).

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7
Q

Quando é formado o biofilme?

A

Origem com início em 5h e formado com 72 horas (3º dia)

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8
Q

Qual a epidemiologia da Osteomielite Hematogênica Aguda?

A
Infecção óssea mais comum
Crianças
Bimodal: <2 anos e 8-12 anos
Metade das crianças com menos de 5 anos
Homens > Mulheres
Metáfise de ossos longos
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9
Q

Quais os principais patógenos na Osteomielite Hematogênica Aguda?

A
S. aureus = mais comum 85%
Pseudomonas = Drogas EV
Salmonella = Anemia falciforme
- Mais diafisária
Gram negativo = pre maturo grave (uti)
- Multifocal
- Pós osteossíntese precoce
H. Influenzae = 6 meses a 4 anos
Fungos = doença crônica, parenteral
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10
Q

Com qual idade é mais provável ocorrer disseminação epifisária?

Descreva características da difusão até essa idade e nos maiores dela.

A

Nos < 2 anos (devido vasos cruzarem a fise)

  • Ocorre disseminação para a epífise
  • Risco de artrite séptica
  • Qualquer articulação
  • Discrepância de comprimento e deformidade angular

Nos > 2 anos a fise age como barreira (risco na diáfise)
- Risco na fise intra-articular (Fêmur proximal, Fíbula distal, Rádio proximal, Úmero proximal)

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11
Q

Quais as articulações com fise intra-articular (mais acometidas nas osteomielites)?

A

Fêmur proximal (principal)
Fíbula distal
Rádio proximal
Úmero proximal

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12
Q

Descreva a fisiopatologia da osteomielite hematogênica aguda.

A

Bactéria na metáfise causa proliferação, inflamação, necrose e abscesso, levando a isquemia cortical que evolui com saída do material até espaço subperiosteal

Se o abscesso não é tratado ocorre sequestro e Osteomielite Crônica.

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13
Q

Como é o quadro clínico e exame físico do paciente com osteomielite hematogênica aguda?

A

Dor, Edema, Hiperemia e Febre

OBS: Crianças e idosos podem não apresentar estes sintomas e podem ter comprometimento do estado geral.

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14
Q

Cite como deve ser encontrado os exames laboratoriais no paciente com osteomielite hematogênica aguda.

A

PCR aumentado: estimulado pela IL-6
- Aumenta após 6 horas e diminui após 1 semana da melhora

VHS aumentado
- Aumenta 3-5 dias e cai com 3 semanas

Leucócitos: pode estar normal ou aumentado

Hemocultura: positivo em 50% dos casos

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15
Q

Cite alterações radiográficas que podem estar presentes na osteomielite hematogênica aguda.

A

Reação periosteal com 10-12 dias de infecção

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16
Q

Qual melhor exame para visualização de reação periosteal e estoque ósseo na osteomielite hematogênica aguda?

A

Tomografia

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17
Q

Cite as alterações visualizadas na RNM de um paciente com quadro de osteomielite hematogênica aguda.

A

Hipossinal T1 e hiperssinal T2
- S98% e E75%

Abscessos intra-ósseos e subperiósteais

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18
Q

Quais diagnósticos diferenciais da osteomielite hematogênica aguda podemos diferenciar ao exame de USG?

A

Celulite, artrite séptica, abscesso de partes moles, tumor…

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19
Q

Como encontra-se o aspirado ósseo na osteomielites hematogênica aguda?

A

Área metafisáiria de maior dor e edema

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20
Q

Na osteomielite hematogênica aguda, quando a cintilografia com Tecnécio-99 encontra-se positiva?

A

Positiva após 24-48 horas.

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21
Q

Cite as fases da cintilografia e suas correlações.

A

Fases de Fluxo, Equilíbrio e Tardia

Osteomielite: aumentada 3 fases
Celulite: equilibrio fase tardia
osteoartrite equilibrio fase fluxo e equilibrio

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22
Q

Sobre o tratamento da osteomielite hematogênica aguda:

1) Quando deve ser iniciado?
2) Quando deve ser indicado e como devem ser feitos os tratamentos conservador e cirúrgico?
3) Por quanto tempo deve-se manter o tratamento?

A

Deve ser iniciado o mais precoce possível!

Sem coleção:

  • ATB empírico
  • PCR a cada 2-3 dias
  • Sem resposta = cirurgia

Coleção (abscesso e sequestro):
- DRENAR e ATB pós op

Cirurgia na falha do tratamento empírico (ATB)

  • Remover pus e tecido não viável
  • Pus intramedular = fazer janela óssea
  • Osteomielite subperiosteal = fazer microperfurações
  • Fechamento frouxo da pela + dreno + tala
  • Proteger membro por algumas semanas (risco fratura)

ATB

  • 4 a 6 semanas
  • 10 a 14 dias EV, Restante oral
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23
Q

Cite aspectos epidemiológicos e características da Osteomielite Hematogênica Subaguda.

A
Inicio insidioso - 2 semanas em média
Relativamente comum
1/3 (35%) das infecções ósseas primarias evoluem para osteomielite hematogênica subaguda
Ossos longos dos MMII
Tipo mais comum IA e IB, seguido por V
Decorrente de baixa virulência e boa defesa do hospedeiro
Sem quadro clinico exuberante
Difícil diagnóstico
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24
Q

Como é esperado o exame físico na osteomielite hematogênica subaguda?

A

Dor leve a moderada

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25
Quais os principais achados nos exames laboratoriais na osteomielite hematogênica subaguda?
``` Hemocultura negativa VHS aumentado 50% casos PCR normal Leucócitos geralmente normal Cultura positiva em 60% ```
26
Cite alterações radiográficas encontradas na osteomielite hematogênica subaguda.
Reação periosteal Abaulamento partes moles
27
Cite alterações na cintilografia que são encontradas na osteomielite hematogênica subaguda.
Aumento da capitação
28
Descreva a classificação de Gledhill modificada por ROBERTS
IA: Radioluscência METAFISÁRIA excêntrica SEM esclerose IB: Radioluscência METAFISÁRIA excêntrica COM esclerose II: METAFISÁRIA excêntrica (com EROSÃO cortical) III: DIAFISÁRIA IV: Reação PERIOSTEAL (casca de cebola) V: EPIFISÁRIA VI: Lesão no corpo VERTEBRAL
29
Cite os possíveis diagnósticos diferenciais da Osteomielite Hematogênica Subaguda segundo a classificação de Roberts.
``` IA: Histiocitose das células de Langerhans IB: Abscesso de Brodie II: Granuloma eosinofílico III: Osteoma osteóide IV: Sarcoma de Ewing V: Condroblastoma VI: Tuberculosa ou Sarcoma osteogênico ```
30
Descreva as características do Abscesso de Brodie.
Lesão lítica com halo esclerótico (Roberts IB) - Tibia distal Infecção óssea ciscunscrita S. aureus 50% Evolução lenta Abscesso intra-ósseo inativo por longa data 20% cultura negativa Geralmente necessita de tratamento com biópsia + curatagem com dreno
31
Descreva o tratamento da osteomielite hematogênica subaguda.
Abscesso simples na epífise ou metáfise (benignas) - Biopsia não recomendada - ATB EV 2 a 7 dias + Oral 4 a 6 semanas (cura 87%) Lesões agressivas (casca de cebola, destruição cortical) ou que não respondem ao tratamento conservador: - Biopsia e Cultura - Se cultura positiva = curetagem agressiva
32
Descreva a definicação de Osteomielite Crônica e cite características quanto sua duração.
É a manutenção do foco infeccioso de forma crônica. Pode ocorrer exacerbações agudas por anos (alta recorrência) Infecções secundárias são comuns
33
Descreva como é o quadro clíncio e quais alterações laboratoriais podem estar presentes na osteomielite crônica.
Quadro clinico + exame fisico - inespecífico Laboratório: VHS e PCR aumentado Leuco aumentado 35% casos
34
Cite alterações radiográficas que podem estar presentes na osteomielite crônica.
SEQUESTRO - GRANDE MARCO (PATOGNOMÕNICO) Destruição cortical Reação periosteal
35
Quais marcadores devem ser utilizados na cintilografia em pacientes com suspeita de osteomielite crônica?
GÁLIO (principal marcador) Leucócitos marcados Índio 111
36
Quais os benefícios da fistulografia na avaliação da osteomielite crônica?
Avaliar extensão e planejamento cirúrgico
37
Descreva a classificação Cierny e Mader para Osteomielite Crônica
Tipo anatômico I: Medular: reação endosteal II: Superficial: problema da superfície III: Localizada: - Sequestrectomia NÃO AFESTA ESTABILIDADE - Pode retirar o local. IV: Difusa (mais grave): INSTABILIDADE mecânica importante Classe fisiológica: A: Normal B: Comprometido (fator local ou sistêmico) C: Proibitivo (pior prognóstico)
38
Descreva como deve ser feito o tratamento para osteomielite crônica.
Cirúrgico! - Azul de metileno 24h antes da cirurgia - Ressecção agressiva - Tala até melhora - Fixador externo se instabilidade - ATB prolongado - Técnicas para preencher espaço morto - SEQUESTRECTOMIA E CURETAGEM
39
Descreva a Técnica de Papineu e a Técnica de Masquelet no tratamento cirúrgico das osteomielites crônicas.
Papineu: - Enxerto osseo aberto - Debridamento e estabilização com material (fixador, haste), depois enxertia, depois cobertura. Masquelet: - Perda ossea grande 4-25cm - Sequestrectomia - Espaçador polimetilmetacrilato (PMMA) 4-6 semanas para induzir formação de membrana osteogênica sinovial - Abre membrana com cuidado, remoção do cimento após 4-6 semanas e coloca enxerto esponjoso - Haste ou placa bloqueada para fixação - Tempo médio de 3 a 6 meses para consolidação
40
O que é a Osteomielite Esclerosante de Garré? Qual o provável causador?
Forma crônica da doença com osso ESPESSO e DISTENDIDO, SEM ABSCESSO OU SEQUESTROS Idiopática - Possível infecção por anaeróbio pouco virulento
41
Cite a epidemiologia da Osteomielite Crônica Recorrente Multifocal
Autoimune Causa genética Pico aos 10 anos Feminino 5:1 Metáfise de ossos longos, clavícula e coluna (vértebra plana) Apresenta sintomas intermitentes (exacerbam e regridem durante anos)
42
Qual a epidemiologia das artrites infecciosas?
``` Qualquer idade - Mais em adultos - Crianças 70% entre 1 mês e 5 anos - Metade com <2 anos - Sequelas mais graves em crianças Homens > Mulheres Monoarticular 94% Articulações MMII 61-79% Morbidade e mortalidade significativa quando não tratada (principalmente nos extremos de idade) ```
43
Quais locais que mais ocorrem artrite séptica?
Quadril 41% Joelho 23 Em seguida: Tornozelo, cotovelo, punho, ombro (normalmente por contiguidade - osteomielite)
44
Quais os principais agentes causadoras da artrite séptica?
``` S. Aureus Estreptococco Grupo A Enterobacter Pseudomonas - drogas ev Salmonella - anemia falciforme, lues Neisseria gonorrhoea - 75% jovens adultos saudáveis e sexualmente ativos - Poliarticular ASSIMÉTRICO ( menos de 4 articulações) - Associada com pápulas - Drenagem desnecessária - TTO ATB ```
45
Como se caracteriza a Síndrome de Reiter?
Conjuntivite Uretrite Sinovite
46
Cite fatores de risco artrite séptica (9)
``` Artrite reumatóide Artrose Prótese articular Baixo nível socioeconômico Abuso fármaco injetável Alcoolismo DM Infiltração prévia com corticoide intra-articular Úlceras cutâneas ```
47
Quais os tipos de disseminação possível nos casos de artrite séptica?
Hematogênica Direta: trauma ou cirurgia Contiguidade: osteomielite e celulite
48
Descreva como é esperado encontrar o quadro clínico e exame físico do paciente com artrite séptica.
Quadro clinico - posição antálgica de BONNET (quadril em flexão, abdução e rotação externa) - alivia a capsula, alivia pressao Recem nascido - resposta inflamatoria frusta, pode chegar séptico - 50% multifocais
49
Descreva os achados do líquido sinovial da punção articular nos casos de artrite séptica. Como deve ser feita a coleta?
Leucócitos > 50.000 (ou > 28.000 em imunocomprometido) = DIAGNÓSTICO Neutrófilos >90% Glicose 1 baixa Proteína alta Culturas negativas em ate 75% Tubo com EDTA: 2ml líquido sinovial + anticoagulante EDTA (1mg para cada ml de liquido sinovial)
50
Quais os critérios de Kocher para diagnóstico de artrite séptica
``` Temperatura Oral > 38,5ºC Incapacidade de APOIAR o membro VHS >40mm Leucocitose >12.000 PCR > 2mg/dL (ou 20mg/L) ```
51
Qual a chance de estarmos diante de um quadro de artrite séptica segundo os critérios de Kocher?
``` Nenhum critério: 0,2% Um critério: 3% Dois critérios: 40% Três critérios: 93% Quadro critérios: 99% ``` OBS: Se INCAPACIDADE APOIAR + PCR >2 = 74% chance de artrite séptica
52
Cite alterações radiográficas possíveis de serem encontradas na artrite séptica.
Inicial: - Alargamento do espaço articular Tardio: - Diminuição do espaço articular por destruição (sequela) - Colágeno destruído após 10-12 dias
53
Em relação aos exames de imagem na artrite séptica, cite indicações para: 1) USG 2) RNM 3) Cintilografia (Gálio)
1) Detectar pequenas poças de fluidos, derrames ecogênicos de coleções hemáticas coaguladas 2) Casos de difícil abordagem 3) Detectar áreas localizadas de inflamação
54
Cite a classificação dos Estágios de infecção de Gachter para artrite séptica. (raro cair)
Estádio I - Opacidade do líquido - Rubor da membrana sinovial - Possibilidade de sangramento Estádio II: - Inflamação grave - Pus - Deposição fibrinosa Estádio III: - Espessamento da membrana sinovial - Sem alteração radiográfica Estádio IV: - PANNUS AGRESSIVO - Alteração RX (osteólise subcondral) - Comprometimento da cartilagem - Erosões e cisto ósseo (possível)
55
Cite os 3 princípios do tratamento da artrite séptica.
DRENAGEM da articulação = PRINCIPAL - Abrir e lavar bem - Artroscopia se: joelho, cotovelo, ombro ou tornozelo ATB - Empírico até resultado da cultura REPOUSO DA ARTICULAÇÃO - Em uma posição estável - Fisioterapia para restaurar função articular (principalmente em destruição articular)
56
Quais as principais complicações da artrite séptica?
``` Sepse Artrose precoce Osteonecrose da cabeça do fêmur Fechamento fisário precoce Distúrbio de crescimento Rigidez articular Artrofibrose ```
57
Qual a epidemiologia da sinovite transitória do quadril?
``` Homens > mulheres 3-8 anos (media 5 a 6 anos) Brancos Unilateral 95% Causa mais comum de dor no quadril e da claudicação não traumatológica da infância Autolimitada (1 a 10 dias) Taxa anual de recorrencia 4-10% Causa desconhecida ```
58
Qual a causa mais comum de dor no quadril e da claudicação não traumatológica na infância?
SINOVITE TRANSITÓRIA DO QUADRIL
59
Como é feito o diagnóstico da sinovite transitória do quadril?
Quadro clinico e exame fisico - semelhante a artrite séptica, porém mais brando DIAGNÓSTICO DE EXCLUSÃO
60
Cite 2 achados radiográficos na sinovite transitória do quadril.
Sombra muscular | Edema capsular
61
Cite 1 achado na USG da sinovite transitória do quadril.
Efusão articular
62
Como é esperado encontrar os exames laboratoriais na sinovite transitória do quadril?
Inespecífico ou NORMAL
63
Quais os principais diagnósticos diferenciais da sinovite transitória do quadril?
Febre reumática aguda Artrite tuberculosa TUMOR Artrite piogênica
64
Descreva o tratamento para a sinovite transitória do quadril.
``` Repouso e AINEs Quadro autolimitado (dura 1 a 10 dias) ```
65
Cite 3 fatores nutricionais em que a cirurgia eletiva deve ser evitada.
Perda de peso >5kg Albumina <3,4 g/dl Linfócito <1500
66
Cite fatores dependentes do cirurgião para prevenção de infecção pós operatória.
Assepsia e antissepsia (antissepsia não esteriliza completamente folículo piloso e glândula sebácea) Lavar mãos de 2 a 5 minutos Clorexidina e Álcool: sem superioridade Fluxo ar laminar reduz 80% infecção Duas luvas diminui exposição mão cirurgião em 87% Não fazer tricotomia no dia anterior (lesão e reprodução bactérias)
67
Em relação à ATB profilaxia operatória, cite: 1) Qual ATB usar? 2) Quanto tempo antes do início? 3) Quando repicar? 4) Por quanto tempo?
Cefalosporina 1ª geração 30 minutos antes da incisão A cada 4 horas e/ou se sangramento >1000ml Manter por 24 horas
68
Descreva o Período de Ouro após bacteremia.
6 horas iniciais pós bacteremia. 2 horas iniciais: defesa > bactérias 2 a 6 horas: equilíbrio defesa x bactérias
69
Quais os germes mais prevalentes na Osteomielite Hematogênica Aguda nas crianças?
S. Aureus (principal) Streptococcus grupo B: 2 a 4 semanas de idade H. Influenzae: 6 meses a 4 anos de idade
70
Como se realiza o diagnóstico de osteomielite hematogênica aguda segundo Morrey e Petensen? (Definitiva, provável, possível)
Definitiva: isolada bactérica tecido ósseo Provável: Hemocultura positiva, clínica e RX Possível: Clínica e RX, resposta ao ATB
71
Como se realiza o diagnóstico de osteomielite hematogênica aguda segundo Peltola e Vahvanen?
2 dos 4 critérios: - Pus aspirado do osso - Cultura positiva (hemo ou osso) - Clínica - RX
72
Quais os principais germes responsáveis pela osteomielite hematogênica subaguda?
S. Aureus | S. Epidermidis
73
Cite 2 alterações encontradas na RNM da osteomielite hematogênica subaguda.
Sinal da penumbra em T1 (diferencia neoplasia de osteomielite) Halo hipervascular ao redor da lesão com sinal elevado em T1
74
Descreva a classificação de JONES para osteomielite crônica nas crianças.
Tipo A: Abscesso de Brodie Tipo B: Sequestro com involocrum Tipo C: Lesão esclerótica DANO À FISE: - P: proximal - D: distal
75
Qual o exame padrão ouro para diagnóstico da osteomielite crônica?
Biópsia!
76
Deve ser feita cultura do trajeto da fístula nas osteomielites crônicas?
NÃO! | Não há correlação com infecção óssea
77
Cite métodos de manejo do espaço morto na osteomielite crônica.
``` Enxerto com fechamento 1º ou 2º Pérolas de cimento com ATB Retalhos locais (muscular e pele) Retalhos livres Transporte ósseo (Ilizarov) - Casos graves com ressecção grande até 13 cm (relacionado com PSA infecciosa) ```
78
Qual o método de Lautenbach no tratamento das osteomielites crônicas?
Drenos de sucção fechados - Taxa de sucesso 85% - Entrada e saída de ATB de sucção fechada
79
Qual a quantidade de ATB local deve ser usado no tratamento cirúrgico das osteomielites crônicas?
Gentamicina 500mg a cada 40g pacote do monômero Vancomicina 2 a 4g Tobramicina 1g para cada pacote
80
Qual a diferença entre corticotomia, osteotomia e caloclasia?
Corticotomia: corte no osso proximal e distal à área de uma doença Osteotomia: corte em um local Caloclasia: retirada de calo (sem tecido ósseo formado)
81
Sobre a Osteomielite Esclerosante de Garré, cite: 1) A faixa etária acometida 2) Aspectos do quadro clínico 3) Diagnósticos diferenciais 4) Tratamento
Criança e adulto jovem Quadro clinico discreto Osteoma osteóide e Paget Se tratamento definido - Fenestração óssea + ATB
82
Como é feito o diagnóstico da Osteomielite Crônica Recorrente Multifocal?
Radiográfico: - RX: lesões líticas bilaterais simétricas com esclerose variável Critérios: - +2 lesões ósseas compatíveis com osteomielite - 6 meses de dor crônica ou recorrente - Falta de resposta com 1 mês de terapia - Sem outro fator causador OBS: Cultura geralmente negativa
83
Qual o tratamento da Osteomielite Crônica Recorrente Multifocal?
Sem tto específico Sintomáticos: AINEs, Bifosfonados, Interferon Gama Cultura negativo: não usar ATB Autolimitada: geralmente após 2 anos Possui bom prognóstico
84
Sobre a osteomielite do calcâneo, cite como deve ser feito o tratamento cirúrgico e o que é a técnica de Gaenslen e qual sua grande complicação.
Drenagem de abscessos localizados - Normalmente medial e lateral são satisfatórias Gaenslen - Incisão do calcanhar dividido (abre o calcanhar com osteótomo) - Retração da cicatriz (dor ao deambular)
85
Qual o meio mais confiável para tratar osteomielite associada com transformação maligna (carcinoma de células escamosas)?
Amputação (pouco frequente).
86
Em relação à destruição articular na artrite séptica, cite: 1) Tempo para iniciar a destruição 2) Tempo para destruição ser aparente no RX 3) Tempo de destruição total
Destruição real se inicia com 8 horas Destruição aparente no RX com 4-6 dias após início do quadro Destruição articular completa 4 semanas
87
Quando deve ser feita punção articular para diagnóstico de artrite séptica? Quando iniciar o tratamento com ATB?
SEMPRE QUE SUSPEITAR! APÓS A PUNÇÃO!
88
Descreva de maneira breve como é a fisiopatologia da artrite séptica.
Falta de membrana basal nos capilares da sinóvia | causa inibição da fagocitose pelos fibroblastos sinoviais (estimula proliferação bacteriana).
89
Quanto à ATBterapia nos casos de artrite séptica. Cite o tempo de uso de acordo com os patógenos.
H. Influenzae Tipo B, Neisseria ou Streptococcus - <2 semanas Estafilococos e Bacilos Gram Negativos - 4 a 6 semanas OBS: Quadril ou Ombro possuem um período mais longo de tratamento
90
Quais as características da Artrite gonocócica? | Agente, local mais comum, quadro clínico, tratamento...
``` Neisseria Gonorrae Disseminação do trato genitourinário Tempo para artrite: dias a semanas 80% poliarticular Joelho é mais comum Tratamento apenas com ATB! - Cefalosporina 3ª geração ```
91
Quais as características da Doença de Lyme? | Agente, local mais comum, quadro clínico, tratamento...
``` Borrelia burgdorferi (espiroqueta) Transmitido por carrapato Artrite reativa -> Joelho Dor leve, edema, rigidez Joelho é mais comum Semelhante a ARJ Sobe IgG e cai IgM Tratamento com Amoxicilina ```
92
Quais as características da Sífilis óssea? | Agente, local mais comum, quadro clínico, tratamento...
Treponema pallidum (via placentária, contato sexual ou transfusão) Congênita: espessamento cortical da região proximal da tíbia ("lâmina de sabre") Artralgia crônica (articulação de Charcot) Diagnóstico: VDRL, microscopia Tratamento: Penicilina Benzatina. Cirurgia geralmente não é necessária
93
Quais as características da Brucelose? | Agente, local mais comum, quadro clínico, tratamento...
Zoonose: Cocobacilo Gram Negativo Brucella melitensis - cabra - mais comum Transmissão: leite animais ou contato direto Fazendeiros, veterinários, manipuladores carne Adultos 76% acomete músculo esquelético Placa terminal da VÉRTEBRA e ossos chatos Abscesso epidural - pode simular hérnia Disco costuma ser preservado (avascular) Abscesso psoas
94
Quais as características da Artrite Tuberculosa? | Agente, local mais comum, quadro clínico, tratamento...
``` TB extrapulmonar mais comum em criança (<5 anos) 1 ano entre infecção e diagnóstico Afebril, dor leve, laboratório negativo Edema local, RX normal no início Lesão lítica, preferencialmente na metáfise Mal definido, sem reação periósteo COLUNA (50%), joelho e quadril GERALMENTE MONOARTICULAR ```
95
Cite as características inerentes à tuberculose óssea na coluna. (Localização, Prognóstico, Evolução...)
``` 50% dos casos de tuberculose óssea 1/3 anterior Torácica baixa ou lombar alta L1 é a mais frequente T10 é a de pior prognóstico (mais déficit) Abscesso paravertebral Evolui com cifose ```
96
Como é feito o diagnóstico de Artrite Tuberculosa?
Hemocultura e Biópsia.
97
Como é feito o tratamento da Artrite Tuberculosa?
Clínico (ATB), drenagem de abscesso
98
Quando está indicado o tratamento cirúrgico na artrite tuberculosa da coluna vertebral?
Déficit neurológico Instabilidade Ausência de melhora com ATB
99
Qual o agente responsável pela Febre Reumática? | Qual idade costuma ocorrer?
Strepto Beta Hemolítico do Grupo A 5 a 17 anos
100
Cite os critérios de Jones para diagnóstico de febre reumática e como é sua interpretação.
Diagnóstico positivo se: - 2 critérios maiores - 1 critério maior e 2 menores Critérios Maiores ("CANCE"): - Cardite (eleva mortalidade) - Artrite (POLIartrite migratória - sinal mais precoce) - Nódulos subcutâneos - Coréia (normalmente unilateral) - Eritema marginal (último a desaparecer) Critérios Menores: - Febre - Artralgia - Prolongamento intervalo P-R - Aumento PCR e VHS
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Cite os Critérios de Choi relacionados ao mau prognóstico na febre reumática.
Infecção antes das 22 semanas de idade Prematuridade Sintomas que duram mais de 4 dias
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Qual a classificação de Choi para sequela de artrite séptica no quadril?
1 - Quadril aparentemente normal 1A - Sinais de necrose avascular 1B - Coxa magna: talvez precise melhorar contenção cabeça 2 - Acometimento epífise, físe, metáfise - cirurgia para prevenir luxação 2A - Coxa brevis 2B - Coxa vara ou valga 3 - Colo acometido 3A - Varo ou Valgo com anteversão ou retroversão - precisa de osteotomia 3B - PSEUDOARTROSE COLO - precisa de osteotomia valgizante com enxerto 4 - Perda da cabeça femoral
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Qual o principal causador de artrite piogênica no adulto jovem?
Neisseria gonorrohoeae