Pele e anexos Flashcards
(112 cards)
1
Q
Quais são as funções da pele?
A
A pele tem função protetora contra agressões mecânicas, agressões químicas ou microbiológicas, radiações, variações hídricas e variações térmicas.
2
Q
Que estruturas da pele estão envolvidas na proteção contra agressões mecânicas?
A
Aderência intercelular, filamentos de queratina, invólucro submemembranar e camada de células queratinizadas.
3
Q
Quais são as estruturas da pele envolvidas na proteção contra agressões químicas?
A
Linfócitos T e células de Langerhans e substância lipídicas intercelulares.
4
Q
Quais são as estruturas da pele envolvidas na proteção contra radiações?
A
Melanina.
5
Q
Quais são as estruturas da pele envolvidas na proteção contra variações hídricas?
A
Camada de células queratinizadas, substância lipídica intercelular e revestimento de sebo.
6
Q
Quais são as estruturas da pele envolvidas na proteção contra variações térmicas?
A
Glândulas sudoríparas (produção de suor), controlo do fluxo sanguíneo e pelo e tecido adiposo.
7
Q
Quais são os tipos de pele?
A
Pele espessa e pele fina.
8
Q
O que são papilas dérmicas?
A
Projeções da derme que se acomodam em reentrâncias da epiderme, aumentando a coesão entre ambas.
9
Q
A distribuição da pele em 5 estratos é típica de que tipo de pele?
A
Pele espessa.
10
Q
O que é a epiderme?
A
Epitélio pavimentoso estratificado queratinizados onde se identificam 5 estratos.
11
Q
O que é a derme?
A
Camada espessa de tecido conjuntivo que suporta a epiderme e que a une è hipoderme, sendo formada por uma camada papilar e uma camada reticular.
12
Q
O que é a hipoderme?
A
Camada localizada profundamente à camada reticular da derme, sendo formada por tecido conjuntivo laxo e uma quantidade variável de tecido adiposo.
13
Q
O que é que forma a impressão digital?
A
Cristas epidérmicas primárias - cristas superficiais visíveis na pele, contendo ductos das glândulas sudoríparas (relacionadas com a organização das camadas basais da epiderme)
Cristas epidérmicas secundárias - estruturas internas da epiderme que se projetam em direção à derme, correspondendo a sulcos à superfície da pele (contribuem para a adesão entre a epiderme e a derme)
Papilas dérmicas
14
Q
Características da epiderme
A
Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado
Identificam-se 5 estratos distintos (basal, espinhoso, granuloso, lúcido e córneo) - na pele fina não se observa o estrato lúcido e os estratos granuloso e córneo são muito finos
15
Q
O que são queratinócitos?
A
Células mais abundantes da epiderme
Sintetizam os principais componentes estruturas da barreira epidérmica através de um processo de diferenciação
16
Q
Como ocorre o processo de diferenciação dos queratinócitos?
A
1) Surgem como células basais na camada mais interna da epiderme
2) Após divisão celular, algumas células-filha migram para camada epidérmicas superiores
3) Estas células que migram sofrem diferenciação, tornando-se corniócitos-queratinócitos do estrato córneo
17
Q
Características do estrato basal
A
Estrato mais interno
Constituído por uma camada de células progenitoras ligadas à membrana basal por hemidesmossomas
Divide a epiderme da derme
Células cúbicas/cilíndricas baixas, basófilas e com elevada atividade mitótica
Quantidade moderada de filamentos de queratina (5 e 14), gânulos de mielina, melanócitos e células de Merckel
Responsáveis pela constante renovação da epiderme
18
Q
Características do estrato espinhoso
A
Queranócitos de grandes dimensões, de forma poliédrica
Núcleo central com nucléolo evidente
Citoplasma com expansões ricas em tonofilamentos
As células estabelecem conexões entre si através de desmossomas nas zonas de contacto dos prolongamentos citoplasmáticos (pontes de Schultze)
Corpos lamelares e células de Langerhans
19
Q
O que são tonofilamentos?
A
Filamentos de queratina de maior peso molecular.
20
Q
A que se deve o aspeto espinhoso do estrato espinhoso?
A
Pontes de Schultze.
21
Q
Qual a função das pontes de Schultze?
A
Coesão dos queratinócitos.
22
Q
Características do estrato granuloso
A
3 a 5 camadas de queratinócitos, poligonais, achatados e com núcleo central
Grânulos de querato-hialina
Corpos lamelares (de Odland) ou queratinossomas (mistura de fosfolípidos, glicosilceramidas, colesterol e enzimas hidrolíticas)
Grânulos de filagrina
23
Q
Características do estrato lúcido
A
Exclusivo da pele espessa
Camada delgada translúcida
Formada por queratinócitos achatados (sem núcleo ou organelos, digeridos por lissomas)
Citoplasma com filamentos intermediários de queratina, organizados com a proteína filagrina - complexo de queratina-filagrina
O citoplasma contém proteínas como a involucrina, a loicrina e proteínas ricas em prolina de baixo peso molecular - invólucro celular submembranar
24
Q
O que é o invólucro celular submembranar?
A
Constituído por proteínas como a involucrina, a loicrina e proteínas ricas em prolina de baixo peso molecular.
As suas principais funções estão relacionadas com a resistência mecânica (permite que as células suportem o atrito e a pressão), com a barreira da pele e com a proteção química.
25
Características do estrato córneo
Constituído por células mortas (corneócitos) - sem núcleo ou organelos e com citoplasma com filamnentos de queratina
Os corneócitos encontram-se interligados por desmossomas modificados
As células deste estrato apresentam um invólucro celular submembranar e um invólucro celular composto (essencial para formar a barreira lipofílica impermeável)
Pode ser removido por stripping/fita adesiva
26
Qual é o estrato menos corado?
Estrato lúcido.
27
Qual é a camada mais impermeável da pele?
Estrato córneo.
28
O que são queratinas?
30 a 80% da proteína total nos queratinócitos. Formam o principal citoesqueleto de filamentos intermediários do queratinócitos. A expressão de queratinas específicas modula o crescimento, adesão, regulação da migração e invasão de células epiteliais.
29
Qual é a principal função das queratinas?
Fornecer às células resistência estrutural contra trauma mecânico.
30
O que é a epidermólise bolhosa simples?
Queratinas 5 e 14. (queratinócitos em contacto direto com a membrana basal). Após trauma, existe morte celular epidérmica basal, levando à formação de bolhas na pele por defeito na formação de queratina nos queratinócitos basais.
31
O que é a hiperqueratose epidermolítica?
Queratinas 1 e 10 (estrato espinhoso, nos estados iniciais de diferenciação dos queratinócitos). Áreas de descolamento cutâneo e lesões de hiperquerartrose (o compartimento basal não é afetado, só o compartimento espinhoso). A epiderme fica composta por células frágeis, sendo altamente suscetível a infeções recorrentes.
32
O que é a ictiose bolhosa da Siemens (ictiose epidermolítica)?
Queratina 2e (camadas superiores do estrato espinhoso e estrato granuloso). Distúrbio autossómico dominante ligado a mutações das queratinas 2, sendo caracterizado por fragilidade e descamação epidérmica superficial.
33
O que é a queratodermia palmoplantar epidermolítica?
Queratina 9 (camadas suprabasais - estratos espinhoso superior e granuloso). Alterações na diferenciação terminal dos queratinócitos. Manifesta-se como uma hiperqueratose difusa das palmas das mãos e plantas dos pés que mostra demarcações nítidas com uma margem eritematosa.
34
Corpos lamelares e substância lipídica intercelular
1) Produção de lípidos (produzidos no aparelho de Golgi dos queratinócitos, principalmente no estrato espinhoso)
2) Armazenamento dos lípidos nos corpos lamelares (dentro dos queratinócitos)
3) Exocitose do conteúdo lipídico dos corpos lamelares para os espaços intercelulares
4) No estrato córneo, os lípidos atuam como "cimento", mantendo as células coesas e formando o invólucro celular composto
35
Qual a função dos corpos lamelares?
Os corpos lamelares são importantes para a hidratação cutânea, para a manutenção de água na pele e na formação de uma barreira lipídica que repele químicos hidrossolúveis. Participa também na formação do invólucro celular composto.
36
O que é a queratinização?
Processo final de diferenciação dos queratinócitos, no qual as células se transformam em células mortas e fortemente compactadas, formando uma camada protetora da pele (estrato córneo).
37
Como ocorre a formação do complexo queratina-filagrina?
1) Formação de pro-filagrina (forma inativa)
2) Fosforilação e clivagem da pro-filagrina, formando filagrina (forma ativa)
3) A filagrina liga-se aos filamentos intermédios de queratina - complexo queratina-filagrina
38
Qual o efeito da filagrina sobre os filamentos de queratina?
Agregação dos filamentos de queratina em macrofibrilas, alinhando-os paralelamente e compactandoos (essencial para a formação da barreira protetora da pele).
Este processo contribui para a compactação celular e permite o cross-link de filamentos de queratina pelas transglutaminases na matriz de queratina.
39
Como ocorre o processo de queratinização?
1) Formação dos corpos lamelares
2) Libertação dos lípidos
3) Formação do complexo queratina-filagrina
4) Compactação e cross-linking (ação das transglutaminases)
5) Proteólise da filagrina e formação do fator emuliante
40
Como ocorre a formação do invólucro celular submembranar?
1) Formação do complexo queratina-filagrina
2) Conjugação da involucrina e da locrina (ligam-se ao CQF, formando feixes resistentes)
3) Formação do invólucro submembranar
4) Libertação dos lípidos dos corpos lamelares
5) Formação do invólucro celular composto
6) Formação da queratina do estrato córneo
41
Para além dos queratinócitos, que células existem na epiderme?
Melanócitos, células de Langerhans e células de Merkel.
42
Características dos melanócitos
Origem na crista neural, diferenciando-se a partir de melanoblastos. Células independentes, localizadas no estrato basal e na derme subjacente, mas com extensos prolongamentos citoplasmáticos que atingem o estrato espinhoso.
Responsáveis pela produção de grânulos de melanina (transportados para os queratinócitos).
42
O que é a melanina?
Um dos principais componentes que dá cor à pele. Pode ser feomelanina (peles mais claras) ou eumelanina (peles mais escuras).
43
O que é uma unidade de melanogénese?
Os grânulos de melanina de um melanócitos são transportados para cerca de 36 queratinócitos, formando uma unidade de melanogénese. Os melanócitos contêm grânulos escuros (pré-melanossomas e melanossomas) - estruturas onde ocorre a produção de melanina.
44
Como ocorre a síntese de melanina?
1) Oxidação da tirosina (convertida em DOPA pela tirosinase)
2) Formação de DOA-quinona (pela tirsinase)
3) Formação de melanina (dentro dos melanossomas)
4) Migração dos melanossomas para os prolongamentos citoplasmáticos dos melanócitos
5) Transferências aos queratócitos (a melanina distribui-se ao redor do núcleo)
6) Regulação pelo MIFT (controla a diferenciação dos melanócitos e regula a produção de melanina)
45
Como ocorre o albinismo?
Disfunção do MIFT - sem melanina a pele destas pessoas é branca e não tem proteção contra a radiação solar, havendo mais propensão a ocorrerem neoplasias da pele.
46
Como é determinada a cor da pele?
Através de dois fatores fundamentais: a cor constitucional e a cor facultativa.
47
O que é a cor constitucional da pele?
Aquela determinada geneticamente - cor natural da pele de uma pessoa, dependente da quantidade e do tipo de melanina presente na pele.
48
O que é a cor facultativa da pele?
Alteração temporária da cor da pele que ocorre em resposta à exposição à radiação UV (bronzeamento).
49
Qual é o mecanismo por trás do bronzeamento?
1) Pele sujeita a radiação UV
2) Produção da hormona MSH pelos queratinócitos
3) Atuação da hormona MSH nos MC1R
4) Estimulação da produção de melanina
50
Em que pessoas é comum uma mutação no recetor MC1R?
Pessoas ruivas.
51
O que é a secreção citócrina?
Processo pelo qual os melanossomas são transferidos dos melanócitos para os queratinócitos.
52
Como ocorre o processo de secreção citócrina?
Os melanossomas migram através dos prolongamentos citoplasmáticos extensos do melanócitos, atingindo o estrato espinhoso, sendo transferidos para os queratinócitos por secreção citócrina.
53
O que é a Síndrome de Griscelli?
Doença rara que resulta na hipopigmentação da pele e do cabelo, resultante de mutações nos genes da miosina Va, Rab27a ou melanofilina. Ocorre a acumulação de melanossomas maduros nos melanócitos e alteração das vias de transporte.
54
O que são grânulos de melanina?
São internalizados pelos queratinócitos por endocitose e dispõem-se na zona perinuclear formando uma barreira contra a incidência dos raios UV, protegendo o DNA.
55
Características das células de Langerhans
Dispersas em todas as camadas supra-basais, apresentando predomínio à superfície do estrato espinhoso e ao nível da derme (especialmente próximas de vasos sanguíneos de pequeno calibre)
Têm origem na medula óssea a partir da diferenciação dos monócitos da epiderme
Células envolvidas nas respostas imunológicas, em particular, na apresentação de antigénios aos linfócitos T, fazendo parte do grupo de células dendríticas apresentadoras de antigénios
Associadas aos queratinócitos por E-cadrinas
Com grânulos de Birbek no citoplasma
Recetores de superfície dos linfócitos T
Marcador de superfície CD1a
56
Características dos grânulos de Birbeck?
Estão associados à proteína langerina (lectina do tipo c transmembrana) responsável pela facilitação da captação de fragmentos microbianos que contêm manose e a sua libertação no compartimento endossomal.
57
Características das células de Merkel
Células redondas de citoplasma e núcleos claros
Localizadas no estrato basal da epiderme
Predomínio em zonas com importante papel na receção sensorial
Citoplasma com grânulos densos e com filamentos intermediários de queratinas 8, 18 e 20
58
O que são células de Merkel?
Células mecanorrecetoras ligadas aos queratinócitos, estabelecendo contacto sinápticos com fibras nervosas aferentes mielínicas que projetam da derme para a epiderme. Estas fibras tornam-se amielínicas quando entram no estrato basal da epiderme e formam uma estrutura sensorial em forma de placa ou disco (de Merkel), em contacto com a zona basal da célula de Merkel
59
O que é a junção dermo-epidérmica?
Estrutura muito importante para a coesão da derme com a epiderme. As células do estrato basal da epiderme assentam numa membrana basal que delimita a epiderme da derme (que se ligam através de hemidesmossomas).
Esta membrana é composta por 3 lâminas: lâmina lúcida (proteínas e filamentos de ancoragem que se vão ligar às fibras de colagénio VII presentes nas outras lâminas) , lâmina densa e lâmina fibrorreticular (fibrilas de colagénio VII e microfilamentos de fibrilina).
60
O que é a epidermólise bolhosa juncional?
Ocorre com a separação da epiderme da derme pelos queratinócitos basais da lâmina lúcida, ocorrendo a formação de bolhas ao mínimo traumatismo.
61
Características da derme
Camada espessa de tecido conjuntivo que suporta a epiderme e a une à hipoderme, com origem embriológica na mesoderme
Apresenta uma camada papilar (superficial) e uma camada reticular (profunda)
Alberga a maioria das estruturas anexas da pele (pelo, glândulas sebáceas e sudoríparas e a maior parte do aporte vascular e nervoso).
62
Características da camada papilar da derme
Camada de tecido conjuntivo laxo formada por fibroblastos com fibrilhas de colagénio VII que se inserem na membrana basal, fibras elásticas de pequeno diâmetro (fibras oxisilânicas e elanínicas) e colagénio III.
Responsável pela ancoragem e nutrição da epiderme e forma papilas dérmicas na pele espessa.
63
Características da camada reticular da derme
Camada de tecido conjuntivo denso com colagénio I e fibras elásticas (espessas e abundantes). É possível identificar células do sistema imune (como macrófagos, linfócitos e mastócitos).
64
Que tipo de fibras elásticas é possível encontrar na derme papilar?
Fibras elásticas finas (oxisilânicas e elanínicas).
65
Que tipo de fibras elásticas é possível encontrar na derme reticular?
Fibras elásticas espessas.
66
O que é a elastose?
Alteração conformacional das fibras elásticas por exposição excessiva ao sol.
67
Características da hipoderme
Tecido conjuntivo laxo
Tecido adiposo (quantidade variável)
Reservatório de energia
Isolante térmico
Proteção contra o choque
Faz a interface da derme com os órgãos subjacentes
Facilita a mobilidade e deslizamento sobre as estruturas nas quais se apoia
68
Como se designa o tecido adiposo da hipoderme localizado ao nível da barriga e das nádegas?
Panículo adiposo (responsável pela forma corporal).
69
Qual o maior órgão sensorial do corpo humano?
Pele.
70
Qual a função das terminações livres que terminam ao nível dos corpos de Merkel?
Função tátil.
71
Qual a função das terminações peritriquiais?
Envolvem os bolbos pilosos e são sensíveis aos movimentos do pelo.
72
Características dos corpúsculos de Meissner?
Encontram-se nas papilas dérmicas e são recetores táteis.
73
Características do órgão de Ruffini?
Encontram-se na pele e em cápsulas articulares e respondem a estímulos mecânicos (como o estiramento).
74
Características dos corpúsculos de Vater-Pacini
Localizam-se na hipoderme ou numa região profunda da derme e são sensíveis à vibração e à pressão.
75
Qual a função da circulação sanguínea da pele?
Nutrição da pele e anexos e regulação da temperatura corporal.
76
Quais os dois plexos localizados na derme?
Plexo cutâneo e plexo subpapilar.
77
Características do plexo cutâneo
Localizado na junção da derme com a hipoderme. Irriga o tecido adiposo da hipoderme, a camada reticular da derme e forma uma rede capilar que envolve os folículos pilosos e as glândulas sebáceas e sudoríparas.
78
Características do plexo subpapilar
Localizado na junção da derme papilar com a derme reticular, suprindo a derme papilar e as porções superficiais dos anexos da pele. Forma redes capilares que se alojam nas papilas dérmicas (com um ramo arteriolar ascendente e um ramo venoso descendente).
79
Como é feita a drenagem venosa da pele?
A drenagem venosa forma plexos de localização semelhante aos plexos arteriais. A circulação da pele caracteriza-se por numerosas anastomoses arteriovenosas importantes na termorregulação.
80
Quando as temperaturas são baixas, o que é que ocorre à drenagem venosa?
Diminui, de modo a diminuir a perda de calor, mantendo constante o aporte nutricional.
81
Como funciona o sistema linfático da pele?
Inicia-se como capilar de fundo cego na zona das papilas dérmicas, convergindo para formar plexos localizados nas mesmas regiões dos plexos vasculares sanguíneos.
82
O que é que transporte e para onde transporta o sistema linfático da pele?
Transporta as células de Langerhans para os gânglios linfáticos regionais.
83
O que são folículos pilosos?
Estruturas tubulares resultantes da invaginação e responsáveis pelo crescimento do pelo, estando em constante renovação e alternando fases de crescimento (anagénese), com fases de regressão (catagénese) e de repouso (telogénese).
84
O que é o bolbo piloso?
Dilatação terminal dos folículos pilosos na fase ativa, em cujo o centro se encontra a papila dérmica (onde estão os vasos responsáveis pela chegada de nutrientes ao folículo piloso).
85
Como se encontra o bolbo piloso durante as fases de repouso e de regressão?
Muito pequeno e não apresenta papila dérmica. A recobrir a papila dérmica encontram-se células epiteliais germinativas a partir das quais se formam diferentes camadas do pele (raiz do pelo).
86
Quais os elementos constituintes do pelo?
Medula (interna), córtex e cutícula (revestimento externo).
87
Quais as bainhas que acompanham o pelo no seu trajeto interior?
Epitelial interna, epitelial externa e de tecido conjuntivo.
88
Em que subcamadas é possível dividir o epitélio germinativo do bolbo piloso?
Epitélio pré-medular (células centrais da raiz do pelo, originando células que constituem a medula do pelo)
Epitélio pré-cortical (origina células que dão origem ao córtex do pelo, contendo melanócitos)
Epitélio pré-cuticular (origina as células da cutícula do pelo)
89
Características dos músculos eretores do pelo
Inserem-se na bainha de tecido conjuntivo do pelo, imediatamente abaixo das glândulas sebáceas e na camada papilar da derme. A contração destes músculos é controlada pelo SNA.
90
Em camadas se divide a bainha epitelial interna?
Camada de Henle (externa) e camada de Huxley (interna).
91
Que bainhas envolvem o folículo piloso?
Bainhas epiteliais e bainhas conjuntivas.
92
Características da bainha epitelial intera
Estende-se desde o bolbo piloso até à zona onde vão desembocar as glândulas sebáceas no folículo, deixando a partir daí um espaço vazio para a passagem e expulsão do produto de secreção das glândulas sebáceas.
93
Que bainha se estende externamente à bainha epitelial interna?
Bainha epitelial externa (que se continua com o epitélio da epiderme).
94
O que é a membrana vítrea?
Membrana basal espessa translúcida que separa o folículo piloso do tecido conjuntivo circundante.
95
Porque é que nas áreas queimadas não há pelos?
A papila dérmica do folículo piloso tem uma importante ação indutora da atividade das células da raiz do pelo, sendo que a sua destruição resulta na ausência total de pelo na zona afetada.
96
O que é o bolbo folicular?
Região com células estaminais (queratinócitos clonogénicos) capazes de se diferenciar em queratinócitos epidérmicos, células da raiz do pelo ou células da glândula sebácea.
97
Características das glândulas sebáceas
Glândulas acinosas e sem lúmen
O ducto excretor é formado por um epitélio pavimentoso estratificado contínuo com a bainha epitelial externa e com a epiderme
98
Como funciona a secreção das glândulas sebáceas?
As glândulas sebáceas drenam por um pequeno ducto que se desemboca nos folículos pilosos - em certas regiões abre-se diretamente na superfície
Perto do ducto o conteúdo das células aumenta drasticamente, as células distendidas degeneram e o seu conteúdo é libertado (secreção holócrina).
99
Qual a importância do sebo?
Manutenção da textura do pelo e flexibilidade do pelo.
99
Qual é a constituição do sebo?
TAG, colesterol e restos celulares.
100
O que é o acne?
Problema de pele que ocorre com o aumento da produção da secreção sebácea induzido pelos níveis aumentados de androgénios circulantes.
101
Qual é o tipo de secreção das glândulas sebáceas?
Secreção holócrina.
102
Características das glândulas sudoríparas merócrinas (écrina)
Muito numerosas, existindo em toda a pele (com exceção da glande)
Importantes para o controlo da temperatura corporal, recebendo inervação colinérgica
Glândulas tubulosas simples enoveladas
Contêm ductos que se abrem diretamente na superfície da pele
103
Características da porção secretora das glândulas sudoríparas merócrinas
A porção secretora localiza-se na derme reticular ou na hipoderme (constituída por células piramidais ou cilíndricas e por células mioepiteliais).
Células claras - apresentam dobras/invaginações da porção basal da sua membrana plasmática (onde se acumulam mitocôndrias)
Células escuras - com glicoproteínas
104
Características da porção excretora das glândulas sudoríparas merócrinas
Ductos delimitados por epitélio cúbico biestratificado - as células mais basais realizam reabsorção de Cl- e secreção de água e Na+, enquanto as células mais apicais apresentam microvilosidades e tonofilamentos citoplasmáticos
Abre na superfície da pele através de um poro sudoríparo
Na epiderme perde a parede epitelial, delimitado por queratinócitos
105
Características das glândulas sudoríparas apócrinas
Ativação na puberdade
Encontram-se nas axilas, região perineal, púbis, aréolas mamárias, mamilas, meato acústico externo (glândulas ceruminosas) e pálpebras (glândulas de Moll)
Inervadas por fibras adrenérgicas
Ducto excretor a desembocar no folículo piloso
Estruturalmente semelhantes às glândulas merócrinas
106
O que é a unha?
Placas de células queratinizadas localizadas na superfície dorsal das falanges distais dos dedos, formadas por proliferação e queratinização de células epiteliais de matriz ungeal.
107
O que é a placa ungeal?
Unha propriamente dita. Cobre o leito ungeal sendo este constituído por pele com epiderme que contém apenas os estratos basal e espinhoso.
A porção distal da placa ungeal denomina-se raiz da unha (coberta pelo eponíqueo) e está em contacto com a matriz ungeal.
108
Como se designa a porção visível através da placa ungeal?
Lúnula.
109
Que consequências tem a perda do eponíqueo?
Facilita processos inflamatórios ou infeciosos da matriz da unha.
110
O que é o hiponíqueo?
Estrutura robusta responsável pela produção do leito ungeal contra a invasão por bactérias e fungos.
