Penal Flashcards
(45 cards)
A norma penal se divide em duas partes; Quais são elas?
O preceito primário, que descreve
a conduta e o preceito secundário, que apresenta a sanção penal.
O que é um crime comum?
Não exige condição ou qualidade específica do sujeito ativo. Qualquer pessoa pode praticar o crime. Exemplos.: furto, homicídio, lesão corporal
Crime próprio?
Para ser sujeito ativo deste delito, é necessário uma qualidade ou condição especial ao agente. Quem não detém tal qualidade estará incapacitado de cometer o referido crime. Exemplos.: infanticídio, peculato, corrupção passiva, prevaricação.
Crime de mão-própria?
Além de exigir uma qualidade ou condição especial ao agente, a prática do crime não pode ser delegada a outrem. É uma infração penal de conduta infungível. Exemplo.: autoaborto, falso testemunho.
Pj pode ser sujeito ativo em crimes?
Sim em crimes ambientais. Não se faz obrigatória a imputação do crime a uma pessoa física para que a pessoa jurídica seja penalmente responsabilizada. Obviamente, porém, se for possível identificar a
pessoa física responsável, esta também deverá ser responsabilizada.
Crimes vagos
São crimes cujo sujeito passivo é indeterminado, destituído de personalidade jurídica. Nos crimes vagos o sujeito passivo é a coletividade. Poluição de um rio, tráfico de drogas.
Crime formal
ou de consumação antecipada é aquele cujo tipo penal descreve uma conduta que possibilita a produção de um resultado naturalístico, mas não exige, necessariamente, a realização deste.
Crimes de mera conduta
são aqueles em que a simples realização da ação prevista na lei já caracteriza a infração penal, independentemente de haver resultado concreto ou dano efetivo. Ou seja, não é necessário que o ato gere consequências negativas para que o crime esteja configurado. ex: port ilegal de arma de fogo.
O que é crime?
infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa;
O que é contravenção?
a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas. alternativa ou cumulativamente.
O que é o princípio da legalidade?
CF, Art. 5º, XXXIX – “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal;”
* CP, Art. 1º – “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.”
Princípio da reserva legal ou da estrita legalidade
É possível haver a incriminação de condutas somente por meio de Lei Ordinária e Lei
Complementar
Princípio da anterioridade
A lei deve ser anterior à conduta criminosa.
consoante a jurisprudência do STF e do STJ, o princípio da insignificância qual a aplicabilidade em relação a tributos federais, estaduais e municipais?
é aplicável aos tributos de todos os entes federativos, desde que haja norma estadual ou municipal estabelecendo os parâmetros de aferição, desconsiderados os juros e a multa.
Princípio da taxatividade
Os tipos penais e o preceito primário das leis penais devem ser claros e objetivos em
relação ao seu texto
Nas situações de conflito aparente de leis penais, havendo a incidência de dois tipos penais no mesmo fato, ambos com violação ao mesmo bem jurídico, mas em graus distintos (relação de menor e maior gravidade), deve-se resolver o conflito a partir da aplicação do princípio da
O princípio da subsidiariedade é o que se aplica ao caso descrito na questão. Este princípio estabelece que a lei penal só deve ser aplicada quando os outros ramos do Direito não forem suficientes para proteger o bem jurídico.
Aplica-se o princípio da insignificância no caso de furto qualificado com utilização de escalada?
O crime de furto é qualificado quando o crime é cometido com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza; com emprego de chave falsa; bem como mediante concurso de duas ou mais pessoas.
Assim, o STJ (AgRg no REsp 1432283/MG) tem entendimento no sentido de que a prática do delito de furto qualificado por escalada, destreza, rompimento de obstáculo ou concurso de agentes indica a reprovabilidade do comportamento do réu, sendo inaplicável o princípio da insignificância.
O princípio penal da alteridade expressa
Vejamos a explicação do Professor Cleber Masson (Direito Penal - Parte Geral - Vol. 1) acerca do PRINCÍPIO DA ALTERIDADE:
“Esse princípio proíbe a incriminação de atitude meramente interna do agente, bem como do pensamento ou de condutas moralmente censuráveis, incapazes de invadir o patrimônio jurídico alheio. Em síntese, ninguém pode ser punido por causar mal apenas a si próprio, pois uma das características inerentes ao Direito Penal moderno repousa na necessidade de intersubjetividade nas relações penalmente relevantes.”.
Assim, é correto afirmar que o princípio penal da alteridade expressa a proibição da intervenção penal à conduta puramente subjetiva do agente, sem a efetiva lesão ao bem jurídico.
quais crimes são Inafiançável, Imprescritível
Racismo e Ação de grupos armados.
IMPINA = RAÇÃO (IMPrescritíveis / INAfiançáveis = Racismo + AÇÃO de grupos armados)
Quais crimes são inafiançável, insuscetível de graça e anistia.
Crimes Hediondos, terrorismo, tráfico e tortura.
INSINA = 3TH (INSuscetíveis de graça ou anistia / INAfiançáveis = (3TH) Terrorismo, Tráfico e Tortura + Hediondos)
Princípio da personalidade ou da intranscendência
CF, Art. 5º, XLV – nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido.
Princípio da ofensividade ou lesividade
Não há que se falar em infração penal se a conduta não causar uma lesão ao bem jurídico tutelado ou, ao menos, o perigo de lesão.
O que descreve corretamente o princípio do ne bis in idem
O princípio do ne bis in idem é um princípio geral do Direito Penal que proíbe a dupla punição pelo mesmo fato. Está implícito no artigo 5º, inciso XXXIX, da Constituição Federal, que estabelece que ‘não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal’.
Caso o funcionário público cometa o delito de Peculato, será perfeitamente cabível o princípio da insignificância caso o mesmo tenha se apropriado de um valor ínfimo.
Errado.
A Súmula n. 599 do STJ versa que é inaplicável o princípio da insignificância aos crimes cometidos contra a Administração Pública. Contudo, admite-se a aplicação do referido princípio ao crime de Descaminho, quando o valor do tributo não recolhido for igual ou inferior a 20 mil reais.
Súmula n. 599-STJ:
O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a Administração Pública.