Penal Flashcards

(45 cards)

1
Q

A norma penal se divide em duas partes; Quais são elas?

A

O preceito primário, que descreve
a conduta e o preceito secundário, que apresenta a sanção penal.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

O que é um crime comum?

A

Não exige condição ou qualidade específica do sujeito ativo. Qualquer pessoa pode praticar o crime. Exemplos.: furto, homicídio, lesão corporal

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Crime próprio?

A

Para ser sujeito ativo deste delito, é necessário uma qualidade ou condição especial ao agente. Quem não detém tal qualidade estará incapacitado de cometer o referido crime. Exemplos.: infanticídio, peculato, corrupção passiva, prevaricação.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Crime de mão-própria?

A

Além de exigir uma qualidade ou condição especial ao agente, a prática do crime não pode ser delegada a outrem. É uma infração penal de conduta infungível. Exemplo.: autoaborto, falso testemunho.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Pj pode ser sujeito ativo em crimes?

A

Sim em crimes ambientais. Não se faz obrigatória a imputação do crime a uma pessoa física para que a pessoa jurídica seja penalmente responsabilizada. Obviamente, porém, se for possível identificar a
pessoa física responsável, esta também deverá ser responsabilizada.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Crimes vagos

A

São crimes cujo sujeito passivo é indeterminado, destituído de personalidade jurídica. Nos crimes vagos o sujeito passivo é a coletividade. Poluição de um rio, tráfico de drogas.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Crime formal

A

ou de consumação antecipada é aquele cujo tipo penal descreve uma conduta que possibilita a produção de um resultado naturalístico, mas não exige, necessariamente, a realização deste.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

Crimes de mera conduta

A

são aqueles em que a simples realização da ação prevista na lei já caracteriza a infração penal, independentemente de haver resultado concreto ou dano efetivo. Ou seja, não é necessário que o ato gere consequências negativas para que o crime esteja configurado. ex: port ilegal de arma de fogo.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

O que é crime?

A

infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa;

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

O que é contravenção?

A

a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas. alternativa ou cumulativamente.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

O que é o princípio da legalidade?

A

CF, Art. 5º, XXXIX – “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
cominação legal;”
* CP, Art. 1º – “Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.”

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Princípio da reserva legal ou da estrita legalidade

A

É possível haver a incriminação de condutas somente por meio de Lei Ordinária e Lei
Complementar

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Princípio da anterioridade

A

A lei deve ser anterior à conduta criminosa.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

consoante a jurisprudência do STF e do STJ, o princípio da insignificância qual a aplicabilidade em relação a tributos federais, estaduais e municipais?

A

é aplicável aos tributos de todos os entes federativos, desde que haja norma estadual ou municipal estabelecendo os parâmetros de aferição, desconsiderados os juros e a multa.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Princípio da taxatividade

A

Os tipos penais e o preceito primário das leis penais devem ser claros e objetivos em
relação ao seu texto

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Nas situações de conflito aparente de leis penais, havendo a incidência de dois tipos penais no mesmo fato, ambos com violação ao mesmo bem jurídico, mas em graus distintos (relação de menor e maior gravidade), deve-se resolver o conflito a partir da aplicação do princípio da

A

O princípio da subsidiariedade é o que se aplica ao caso descrito na questão. Este princípio estabelece que a lei penal só deve ser aplicada quando os outros ramos do Direito não forem suficientes para proteger o bem jurídico.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Aplica-se o princípio da insignificância no caso de furto qualificado com utilização de escalada?

A

O crime de furto é qualificado quando o crime é cometido com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa; com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza; com emprego de chave falsa; bem como mediante concurso de duas ou mais pessoas.
Assim, o STJ (AgRg no REsp 1432283/MG) tem entendimento no sentido de que a prática do delito de furto qualificado por escalada, destreza, rompimento de obstáculo ou concurso de agentes indica a reprovabilidade do comportamento do réu, sendo inaplicável o princípio da insignificância.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

O princípio penal da alteridade expressa

A

Vejamos a explicação do Professor Cleber Masson (Direito Penal - Parte Geral - Vol. 1) acerca do PRINCÍPIO DA ALTERIDADE:
“Esse princípio proíbe a incriminação de atitude meramente interna do agente, bem como do pensamento ou de condutas moralmente censuráveis, incapazes de invadir o patrimônio jurídico alheio. Em síntese, ninguém pode ser punido por causar mal apenas a si próprio, pois uma das características inerentes ao Direito Penal moderno repousa na necessidade de intersubjetividade nas relações penalmente relevantes.”.
Assim, é correto afirmar que o princípio penal da alteridade expressa a proibição da intervenção penal à conduta puramente subjetiva do agente, sem a efetiva lesão ao bem jurídico.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

quais crimes são Inafiançável, Imprescritível

A

Racismo e Ação de grupos armados.
IMPINA = RAÇÃO (IMPrescritíveis / INAfiançáveis = Racismo + AÇÃO de grupos armados)

19
Q

Quais crimes são inafiançável, insuscetível de graça e anistia.

A

Crimes Hediondos, terrorismo, tráfico e tortura.
INSINA = 3TH (INSuscetíveis de graça ou anistia / INAfiançáveis = (3TH) Terrorismo, Tráfico e Tortura + Hediondos)

20
Q

Princípio da personalidade ou da intranscendência

A

CF, Art. 5º, XLV – nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido.

21
Q

Princípio da ofensividade ou lesividade

A

Não há que se falar em infração penal se a conduta não causar uma lesão ao bem jurídico tutelado ou, ao menos, o perigo de lesão.

22
Q

O que descreve corretamente o princípio do ne bis in idem

A

O princípio do ne bis in idem é um princípio geral do Direito Penal que proíbe a dupla punição pelo mesmo fato. Está implícito no artigo 5º, inciso XXXIX, da Constituição Federal, que estabelece que ‘não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal’.

23
Q

Caso o funcionário público cometa o delito de Peculato, será perfeitamente cabível o princípio da insignificância caso o mesmo tenha se apropriado de um valor ínfimo.

A

Errado.

A Súmula n. 599 do STJ versa que é inaplicável o princípio da insignificância aos crimes cometidos contra a Administração Pública. Contudo, admite-se a aplicação do referido princípio ao crime de Descaminho, quando o valor do tributo não recolhido for igual ou inferior a 20 mil reais.

Súmula n. 599-STJ:

O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a Administração Pública.

24
O Supremo Tribunal Federal, ao apreciar recurso cuja repercussão geral foi reconhecida, proferiu importante decisão que fixou o termo inicial do prazo da prescrição da pretensão executória. A decisão tem ensejado relevantes debates sobre violações a princípios constitucionais explícitos e implícitos que limitam o poder de punir do Estado. O termo a quo do prazo da prescrição da pretensão executória, segundo o Pretório Excelso, e o princípio cuja densidade normativa foi reduzida pela decisão é:
o dia em que transita em julgado a sentença condenatória para ambas as partes; princípio pro homine;
24
O que é O Princípio da insignificância também é conhecido por “criminalidade de bagatela” ou “infração bagatelar própria”
ocorre quando determinadas condutas praticadas configuram tipos penais, mas geram lesões ínfimas ao bem jurídico protegido pela norma penal.
25
Quais os requisitos para que ocorra o princípio da insignificância
a) mínima ofensividade da conduta; b) nenhuma periculosidade social da ação; c) reduzido grau de reprovabilidade(se o valor subtraído for inferior a 10% do salário mínimo) do comportamento; e d) inexpressividade da lesão jurídica provocada.
26
Aplica-se o princípio da insignificância ao furto?
Aplica-se a insignificância. Entretanto, é importante observar: * Não se leva em consideração somente o valor da res furtiva (coisa furtada). Deve ser analisado o caso concreto. * O STJ tem negado a aplicação do Princípio da insignificância quando o valor do bem subtraído é superior a 10% do salário mínimo vigente à época dos fatos. Se for abaixo desse valor, analisa-se o caso concreto (STJ, AgRg no Resp 1.558.547/MG, 19/11/2015). * Furto com ingresso na residência da vítima: não é aplicado, em razão da violação da intimidade (STF, HC 106.045, 19/06/2012).
27
Aplica-se o princípio da insignificância no caso de furto noturno?
Em regra, não se aplica o Princípio da insignificância – STJ, AgRG no AREsp 463.487/ MT, 01/04/2014. Entretanto: “O reconhecimento da majorante em razão do cometimento do furto em período noturno não impede, por si só, que o juiz da causa reconheça a insignificância penal da conduta, à luz dos elementos do caso concreto. Precedentes (STF: RHC 153.694 AgR, DJe 27/08/2018; STF: HC 136.896, DJe 20/02/2017; e STF: HC 181.389, julgado em 14/04/2020).
28
cite cituações que n se aplicam o principio da insignificancia
Roubo, extorsão e demais crimes cometidos com violência ou grave ameaça. * Crimes previstos na Lei de drogas (Lei n. 11.343/06) – STJ, HC 240.258/SP, 06/08/2013 É firme a jurisprudência do STJ de que afigura-se inaplicável o princípio da insignificância ao delito de: a) tráfico ilícito de drogas, porquanto trata-se de crime de perigo presumido ou abstrato, sendo irrelevante a quantidade de droga apreendida em poder do agente.” (AgRg no HC 709941, julgado em 19/04/2022). b) posse de drogas para consumo pessoal, pois a pequena quantidade de droga faz parte da própria essência do delito em questão (AgRh-RHC, julgado em 25/05/2021) – há divergência no âmbito do STF (HC 202883 AgR, julgado em 15/09/2021). Crimes contra a fé pública (ex.: moeda falsa independente do valor e falsidade documental) – STJ, AgRG no AREsp 558.790 e STF, HC 117638 Crimes relacionados a violência doméstica contra a mulher
29
Aplica-se o princípio da insignificância no Crimes contra a ordem tributária (Lei 8.137/90) e descaminho?
– Sim se o valor pacífico no STJ e STF: até R$20.000,00. Obs.: Ressalvas: 1) A habitualidade na prática do crime do art. 334 do CP denota o elevado grau de reprovabilidade da conduta, obstando à aplicação do princípio da insignificância. Precedentes. (AgRg no Resp 1.867.820/PR, relator Ministro Nefi Cordeiro, sexta turma, julgado em 19/05/2020, DJe 25/5/2020). 2) Entendimento isolado da 1ª Turma do STF: Não é possível a aplicação do princípio da insignificância aos crimes tributários de acordo com o montante definido em parâmetro estabelecido para a propositura judicial de execução fiscal. (STF. 1ª Turma. HC-AgR 144.193-SP, julgado em 15/04/2020)
30
Aplica-se o Principio da insignificância no caso de porte e posse de arma de fogo?
Não se aplica o princípio da insignificância à posse ou porte de arma de fogo, seja de calibre permitido, restrito ou proibido e ainda que não acompanhado de munição – Pacífico no STJ e STF. No que concerne à posse ou porte de munições, desacompanhadas de arma de fogo, tanto o STF quanto o STJ tem entendido que, a depender do caso concreto e da quantidade de munições, é possível aplicar o Princípio da insignificância.
31
É o que se cooperação dolosamente distinta
"Na cooperação dolosamente distinta percebe-se o desvio subjetivo de condutas entre os agentes, em que um dos concorrentes do crime pretendia integrar ação criminosa menos grave do que aquela efetivamente praticada." Art. 29, §2º, do CP: “Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. § 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave".
32
O que é consunção
Esse princípio trata, em síntese, que quando o autor do delito pratica dois ou mais crimes e um deles é meio necessário para a prática de outro, o primeiro delito é absorvido pelo segundo e, consequentemente, responderá criminalmente somente pelo último delito praticado. A consunção envolve ações ou omissões necessárias para a execução de outra infração penal. (TALON, 2017). Ou seja, não importa a comparação entre as penas; o que importa é que um dos crimes seja meio necessário para a prática do outro.
33
continuidade normativa típica
impede a combinação de leis penais para criar uma terceira norma mais benéfica ao réu. A lei penal deve ser aplicada em sua integralidade, seja a anterior, seja a posterior, não sendo possível mesclar disposições de diferentes leis para obter o resultado mais favorável ao acusado.
34
O que diz a teoria da atividade no tempo do crime?
, considera-se o momento da ação ou omissão, ainda que o resultado ocorra posteriormente. Isso reflete o princípio do tempus regit actum, que estabelece que a lei vigente no momento do fato criminoso é a que deve ser aplicada.
35
O que é a a ultra-atividade ds leis temporárias e excepcionais
alcançam fatos praticados durante a sua vigência, ainda que circunstâncias de prazo (lei temporária) e de emergência (lei excepcional) tenham se esvaído, uma vez que essas condições são elementos temporais do próprio fato típico."
36
O que é a normal penal em branco?
A norma penal em branco é uma norma que, por si só, não contém a descrição completa da conduta punível, necessitando ser complementada por outra norma legal. Ou seja, é uma norma que deixa lacunas na descrição do crime, exigindo que outro dispositivo legal especifique, por exemplo, o que constitui a conduta punível, o tipo de bem jurídico protegido ou até mesmo a sanção aplicável.
37
Em termos de interpretação da lei penal, quando se encontram na legislação expressões como “qualquer outro meio”, “qualquer outra vantagem”, “outro recurso” ou “qualquer outro meio fraudulento”, por exemplo, tais preceitos serão supridos por
Interpretação Analógica
38
O que são normas penais não incriminadoras?
Normas penais não incriminadoras, também conhecidas como normas penais não típicas, são regras que não definem crimes e não cominam penas, mas que regulamentam a aplicação das normas penais incriminadoras. Elas podem ter como objetivo definir conceitos, afastar a culpabilidade do agente ou tornar lícita determinada conduta.
39
Norma penal em branco heterogênea (em sentido estrito ou própria)
O complemento da norma penal possui natureza jurídica diversa e não emana do legislador, mas de fonte de produção distinta (atos administrativos). Exemplo.: Substâncias que são proibidas para fins de aplicação da Lei de Drogas
40
Norma penal em branco homogênea (em sentido amplo ou imprópria)
O complemento da norma penal possui a mesma natureza jurídica e emana da mesma fonte de produção (do mesmo órgão legislativo).
41
Norma penal em branco ao avesso (às avessas, inversa, ao revés, invertida)
A complementação é exigida pelo preceito secundário da norma penal e não pelo preceito primário. O preceito secundário remete a outro tipo penal.
42
Norma penal em branco ao quadrado
A norma penal exige complementação e esta, por sua vez, também requer complementação. Exemplo: Art. 38 da Lei n. 9.605/1998 (crimes ambientais):
43
Norma penal em branco de fundo constitucional
O complemento da norma penal encontra-se na Constituição Federal