Pensão por morte Flashcards
Assimilar principais pontos sobre pensão por morte. (98 cards)
Em regra, é devida a pensão por morte quando o segurado falece após a perda da qualidade de segurado?
a) Sim, sempre
b) Não, em nenhuma hipótese
c) Sim, se o óbito ocorrer durante o período de graça
d) Não, salvo se preenchidos os requisitos para obtenção de aposentadoria
d) Não, salvo se preenchidos os requisitos para obtenção de aposentadoria
Não será concedida pensão por morte aos dependentes do segurado que falecer após a perda desta qualidade, salvo se preenchidos os requisitos para obtenção da aposentadoria. - Carlos Alberto Pereira de Castro e João Batista Lazzari, Manual de Direito Previdenciário
No caso de união estável homoafetiva não formalizada, para fins de pensão por morte:
a) Não há direito ao benefício
b) O direito é reconhecido, mas com valor reduzido
c) O direito é reconhecido, desde que comprovada a união estável
d) O direito só é reconhecido se houver testamento
c) O direito é reconhecido, desde que comprovada a união estável
Comprovada a convivência more uxorio, ou mesmo a prestação de alimentos após a separação judicial, o ex-cônjuge tem direito à pensão por morte. - Carlos Alberto Pereira de Castro e João Batista Lazzari, Manual de Direito Previdenciário
Em caso de habilitação de dependente posterior à concessão da pensão:
a) O benefício é cancelado e redistribuído
b) O novo dependente só terá direito a partir de sua habilitação
c) Os valores anteriores devem ser devolvidos ao INSS
d) O dependente anterior perde o direito ao benefício
b) O novo dependente só terá direito a partir de sua habilitação
A concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de habilitação de outro possível dependente, e qualquer inscrição ou habilitação posterior que importe em exclusão ou inclusão de dependente só produzirá efeito a contar da data da inscrição ou habilitação. - Wagner Balera e Cristiane Miziara Mussi, Direito Previdenciário
Em regra, para a concessão (i.e., com reflexo no prazo, sem constituir carência ou requisito para deferimento) da pensão por morte ao cônjuge ou companheiro, a Lei 13.135/2015 passou a exigir:
a) Carência de 24 meses
b) Prova de união estável de 5 anos
c) 18 contribuições mensais e 2 anos de casamento/união estável
d) Idade mínima de 44 anos do dependente
c) 18 contribuições mensais e 2 anos de casamento/união estável
Para os óbitos ocorridos a partir de 15.1.2015, o cônjuge, companheiro ou companheira terá que comprovar que a morte ocorreu depois de vertidas 18 contribuições mensais e pelo menos dois anos após o início do casamento ou da união estável - Carlos Alberto Pereira de Castro e João Batista Lazzari, Manual de Direito Previdenciário
Para o cônjuge separado de fato que comprova dependência econômica, qual é a DIB da pensão por morte?
a) Data do óbito, sempre
b) Data do requerimento, sempre
c) Data da habilitação, provada a dependência econômica
d) 12 meses antes do requerimento
c) Data da habilitação, provada a dependência econômica
O cônjuge ausente não exclui do direito à pensão por morte o companheiro ou a companheira, que somente fará jus ao benefício a partir da data de sua habilitação e mediante prova de dependência econômica - Wagner Balera e Cristiane Miziara Mussi, Direito Previdenciário
No caso de pensão por morte decorrente de acidente de trabalho após a EC 103/2019, qual é o percentual da renda mensal inicial?
a) 50% + 10% por dependente
b) 100% do valor da aposentadoria
c) 80% do valor da aposentadoria
d) 60% + 2% por ano que exceder 15/20 anos de contribuição
b) 100% do valor da aposentadoria
Na hipótese de existir dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave, o valor da pensão por morte será equivalente a 100% da aposentadoria recebida pelo segurado ou daquela a que teria direito se fosse aposentado por incapacidade permanente na data do óbito, até o limite máximo de benefícios do RGPS. - Carlos Alberto Pereira de Castro e João Batista Lazzari, Manual de Direito Previdenciário
O que prevê a Súmula 416 do STJ em relação à perda da qualidade de segurado e a pensão por morte?
a) A pensão é devida mesmo sem a qualidade de segurado
b) A pensão é devida se preenchidos os requisitos para aposentadoria
c) A pensão nunca é devida após a perda da qualidade de segurado
d) A pensão é devida se o óbito ocorrer no período de graça
b) A pensão é devida se preenchidos os requisitos para aposentadoria
Súmula n. 416 do STJ: É devida a pensão por morte aos dependentes do segurado que, apesar de ter perdido essa qualidade, preencheu os requisitos legais para a obtenção de aposentadoria até a data do seu óbito. - Carlos Alberto Pereira de Castro e João Batista Lazzari, Manual de Direito Previdenciário
Em qual situação a pensão por morte cessa em definitivo?
a) Quando o último dependente completa 21 anos
b) 20 anos após o início do benefício
c) Com a morte do último pensionista
d) Quando o segurado falecido completaria 75 anos
c) Com a morte do último pensionista
Com a extinção da cota do último pensionista, a pensão por morte será encerrada. - Carlos Alberto Pereira de Castro e João Batista Lazzari, Manual de Direito Previdenciário
Para a concessão da pensão por morte, é necessário que o segurado falecido tenha cumprido período de carência?
a) Sim, carência de 12 meses
b) Sim, carência de 24 meses
c) Sim, carência de 180 contribuições
d) Não, independe de carência
d) Não, independe de carência
A concessão da pensão por morte independe de carência (art. 26, I da Lei n. 8.213/1991). - Hugo Goes, Manual de Direito Previdenciário
Em qual situação a pensão por morte cessa para o cônjuge ou companheiro(a) inválido?
a) Após 3 anos do início do benefício
b) Ao completar 60 anos de idade
c) Pela cessação da invalidez
d) Pelo novo casamento
c) Pela cessação da invalidez
Para o pensionista inválido, pela cessação da invalidez, verificada em exame médico-pericial a cargo da previdência social - Wagner Balera e Cristiane Miziara Mussi, Direito Previdenciário
Em relação à duração do benefício, a pensão por morte concedida ao companheiro do mesmo sexo:
a) É sempre vitalícia
b) Segue as mesmas regras aplicáveis aos casais heterossexuais
c) Tem duração máxima de 15 anos
d) Depende de decisão judicial para definir a duração
b) Segue as mesmas regras aplicáveis aos casais heterossexuais
A pensão do cônjuge ou companheiro é vitalícia se sua idade na data de óbito do segurado for de 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade, desde que o óbito ocorra depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união estável. - Carlos Alberto Pereira de Castro e João Batista Lazzari, Manual de Direito Previdenciário
Para óbitos ocorridos a partir de 18.01.2019, qual é a data de início do benefício (DIB) da pensão por morte quando requerida por filho menor de 16 anos?
a) Data do óbito, se requerida em até 90 dias
b) Data do requerimento, sempre
c) Data do óbito, se requerida em até 180 dias
d) 30 dias antes da data do requerimento
c) Data do óbito, se requerida em até 180 dias
para os óbitos ocorridos a partir de 18.1.2019 (MP n. 871/2019, convertida na Lei n. 13.846/2019): do óbito, quando requerida em até cento e oitenta dias após o óbito, para os filhos menores de dezesseis anos, ou em até noventa dias após o óbito, para os demais dependentes - Carlos Alberto Pereira de Castro e João Batista Lazzari, Manual de Direito Previdenciário
Como é calculada a renda mensal inicial da pensão por morte quando há mais de um dependente?
a) O valor é dividido igualmente entre os dependentes
b) Cada dependente recebe 100% do valor
c) O valor é proporcional à idade de cada dependente
d) O cônjuge recebe 50% e os filhos dividem o restante
a) O valor é dividido igualmente entre os dependentes
A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos em parte iguais - Wagner Balera e Cristiane Miziara Mussi, Direito Previdenciário
Qual é a posição dos autores Carlos Alberto Pereira de Castro e João Batista Lazzari sobre a exclusão do menor sob guarda pela EC 103/2019?
a) Consideram constitucional
b) Consideram inconstitucional
c) Entendem que depende de regulamentação
d) Não se posicionam sobre o tema
b) Consideram inconstitucional
No nosso entendimento, a vedação introduzida pela EC n. 103/2019 (com status de norma ordinária) é inconstitucional por afrontar o art. 227, caput, da Constituição Federal que determina que É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. - Carlos Alberto Pereira de Castro e João Batista Lazzari, Manual de Direito Previdenciário
Em caso de reaparecimento do segurado após a concessão da pensão por morte presumida, o que acontece com o benefício?
a) Continua sendo pago normalmente
b) É suspenso por 6 meses
c) Cessa imediatamente
d) É transformado em auxílio-reclusão
c) Cessa imediatamente
Verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento da pensão cessa imediatamente, ficando os dependentes desobrigados da reposição dos valores recebidos, salvo má-fé. - Hugo Goes, Manual de Direito Previdenciário
Qual é o entendimento do STJ sobre a concessão de pensão por morte ao menor sob guarda no RGPS?
a) Não há direito à pensão
b) Há direito, com base no ECA
c) Há direito apenas se houver dependência econômica
d) Há direito somente para guardas concedidas antes de 1997
b) Há direito, com base no ECA
No cálculo da renda mensal inicial da pensão por morte, o adicional de 25% da aposentadoria por invalidez é considerado?
a) Sim, sempre
b) Sim, se houver dependente inválido
c) Não, em nenhuma hipótese
d) Sim, se o segurado recebia há mais de 5 anos
c) Não, em nenhuma hipótese
Não será incorporado ao valor da aposentadoria, para fins de cálculo da renda mensal da pensão, o acréscimo de 25% pago ao aposentado por invalidez que necessitasse de assistência permanente de outra pessoa. - Carlos Alberto Pereira de Castro e João Batista Lazzari, Manual de Direito Previdenciário
Qual é a carência exigida para a concessão da pensão por morte?
a) 12 contribuições mensais
b) 24 contribuições mensais
c) 180 contribuições mensais
d) Não há carência
d) Não há carência
A concessão de pensão por morte independe de carência (art. 26, I da Lei n. 8.213/1991). - Hugo Goes, Manual de Direito Previdenciário
Para comprovar a união estável homoafetiva para fins de pensão por morte, é necessário:
a) Apenas declaração de duas testemunhas
b) Escritura pública lavrada em cartório
c) Prova da união estável, como nos casos de união heterossexual
d) Decisão judicial reconhecendo a união
c) Prova da união estável, como nos casos de união heterossexual
A partir de que data é reconhecido o direito à pensão por morte para companheiros do mesmo sexo?
a) A partir da Constituição Federal de 1988
b) A partir de 5 de abril de 1991
c) A partir do julgamento da ADI 4277 pelo STF em 2011
d) A partir da Lei 13.146/2015
b) A partir de 5 de abril de 1991
Por força de decisão judicial da 3ª Vara Federal Previdenciária de Porto Alegre/RS (Ação Civil Pública n° 2000.71.00.009347-0), fica garantido o direito à pensão por morte ao companheiro ou companheira homossexual, para óbitos ocorridos a partir de 5 de abril de 1991, desde que atendidas todas as condições exigidas para o reconhecimento do direito a esse benefício - Carlos Alberto Pereira de Castro e João Batista Lazzari, Manual de Direito Previdenciário
Qual é o entendimento atual sobre a concessão de pensão por morte para companheiros do mesmo sexo?
a) Não é permitida em nenhuma hipótese
b) É permitida apenas se houver união estável registrada em cartório
c) É permitida, desde que comprovada a união estável
d) É permitida apenas para uniões formalizadas após 2013
c) É permitida, desde que comprovada a união estável
Por força de decisão judicial, ACP 2000.71.00.009347-0, foi garantido o direito ao companheiro ou companheira do mesmo sexo, para óbitos ocorridos a partir de 5.4.1991, desde que atendidas todas as condições exigidas para o reconhecimento do direito a esse benefício. - Carlos Alberto Pereira de Castro e João Batista Lazzari, Manual de Direito Previdenciário
A exigência de 18 contribuições mensais introduzida pela Lei 13.135/2015 se aplica a quais dependentes?
a) Apenas ao cônjuge
b) Ao cônjuge e aos filhos
c) A todos os dependentes
d) Ao cônjuge e ao companheiro(a)
d) Ao cônjuge e ao companheiro(a)
Para os óbitos ocorridos a partir de 15.1.2015, o cônjuge, companheiro ou companheira terá que comprovar que a morte ocorreu depois de vertidas 18 contribuições mensais e pelo menos dois anos após o início do casamento ou da união estável - Carlos Alberto Pereira de Castro e João Batista Lazzari, Manual de Direito Previdenciário
A exigência de 18 contribuições mensais para a pensão por morte:
a) É considerada carência
b) Não é considerada carência, mas condição para duração do benefício
c) É considerada tempo de contribuição
d) É exigida apenas para segurados facultativos
b) Não é considerada carência, mas condição para duração do benefício
Considerando-se que a exigência de 18 contribuições não tem o caráter de carência, havendo a perda da qualidade de segurado não será necessário cumprir a metade desse período na refiliação. - Carlos Alberto Pereira de Castro e João Batista Lazzari, Manual de Direito Previdenciário
Qual é a competência para julgar e processar a ação de morte presumida para fins previdenciários?
a) Justiça Estadual
b) Justiça Federal
c) Justiça do Trabalho
d) Juizado Especial Federal
b) Justiça Federal
Trata-se de ponto polêmico. Inicialmente, o STJ decidia que a competência era da Justiça Comum Estadual. Posteriormente, o STJ reviu o seu posicionamento, fundamentando que o reconhecimento da morte presumida do segurado, com vistas a percepção de benefício previdenciário, não se confunde com a declaração de ausência prevista nos Códigos Civil e de Processo Civil, razão pela qual compete a Justiça Federal processar e julgar a ação. (…)
Chamado a manifestar-se novamente, no Conflito de Competência n° 130296, o Superior Tribunal de Justiça assentou com clareza que, nas ações em que o único objetivo do reconhecimento da morte presumida é a obtenção da pensão por morte em face do INSS, a competência é da Justiça Federal. (Comentários à Lei de Benefícios da Previdência Social. Daniel Machado e José Baltazar)