PNE 2 Flashcards

(79 cards)

1
Q

Como é a transmissão da tuberculose?

A

Aerossol

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Q

Descreva a fisiopatologia da tuberculose

A

Primoinfecção
Até 3 semanas: sem resposta específica.
Bacilo no alvéolo > fagocitado > incapaz de eliminar o bacilo > multiplicação > corrente sanguínea > diversas formas (pulmonar, miliar, meníngea, óssea, etc.)

Após 3-8 semanas: imunidade celular
Formação do granuloma caseoso (resposta intensa que controla a infecção, mas incapaz de eliminar o bacilo -estado de latência) > nódulo de Gohn > tendência à calcificação

> Forma latente - 90%
Doença (tuberculose) - 10%
-TB primária (1o contato)
-TB pós-primária (reativação do granuloma ou reinfecção)

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3
Q

Quais doenças fazem granuloma caseoso?

A

Apenas TB!

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4
Q

O que é o nódulo de Gohn?

A

Granuloma caseoso após formação da imunidade celular contra o bacilo de Koch

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5
Q

Qual a clínica da tuberculose primária pulmonar?

A

.Crianças
.Quadro de pneumonia arrastada não responsiva ao ATB
.Geralmente leve e autolimitado
.rX: adenopatia hilar unilateral (linfáticos drenando os bacilos para linfonodos hilares)
.Complicação: TB miliar

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6
Q

Qual o achado radiográfico da tuberculose primária pulmonar?

A

Adenopatia hilar unilateral

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7
Q

Qual a importância do dx da TB primária em criança?

A

ACHAR O CASO ORIGINAL que transmitiu a tuberculose à criança (crianças são paucibacilíferas)

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8
Q

Quais os FR para TB miliar?

A

.<2a
.Imunodeprimidos
.Sem BCG

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9
Q

O que é a TB miliar?

A

Forma SISTÊMICA da TB, não só restrita ao pulmão

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10
Q

Qual a clínica da TB pós-primária pulmonar?

A

.Adultos
.Tosse >3 semanas seca ou produtiva
.Febre vespertina
.Inapetência e perda ponderal
.Sudorese noturna
.rX: consolidação no início, cavitação após expectoração do pulmão necrosado

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11
Q

Qual o achado radiográfico da tuberculose pós-primária pulmonar?

A

Consolidação (fase inicial)
Cavitação

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12
Q

Qual a forma de TB bacilífera (transmissível)?

A

TB pós-primária

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13
Q

Qual a complicação da TB pós-primária?

A

Aspergillus.

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14
Q

Qual a fisiopatologia da infecção por Aspergillus complicando uma tuberculose?

A

Infecção em área cavitada pela infecção do bacilo.

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15
Q

Qual a clínica da infecção por Aspergillus complicando uma tuberculose?

A

Hemoptise

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16
Q

Quais os achados em rX e TC da infecção por Aspergillus complicando uma tuberculose?

A

rX: cavitação com opacidade no interior

TC: sinal da lua crescente

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17
Q

Como é feito o dx da TB em >10a, em termos gerais?

A

Clínica + rX + escarro

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18
Q

Quais os exames de escarro para dx de TB? Qual a vantagem e desvantagem de cada? Quando é utilizado cada um?

A

.TRM-TB: resultado rápido, maior sensibilidade, indica resistência à rifampicina
-baixa disponibilidade

.baciloscopia (BAAR): maior disponibilidade
-resultado demorado, menor sensibilidade, não indica resistência

.cultura de escarro

TRM > exame de escolha
BAAR > se TRM indisponível
Cultura de escarro > dúvida diagnóstica OU qualquer caso positivo (avalia resistência aos ATBs)

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19
Q

Qual a conduta se clínica + rX altamente sugestivo, mas BAAR negativo (considerando TRM indisponível)?

A

TB escarro negativo. É permitido iniciar o tratamento!!

-Iniciar tratamento
-Cultura de escarro

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20
Q

Como é feito o dx da TB em <10a, em termos gerais? Quando tratar?

A

.Pontuação em 5 parâmetros:
-clínica
-rX
-contato com TB (adultos)
-prova tuberculínica (PPD)
-desnutrição

.Cultura de lavado gástrico

Tratar se >40pts

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21
Q

Quais as 2 principais formas de TB extra-pulmonar?

A

.Pleural
.Meníngea

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22
Q

Qual a forma de TB extra-pulmonar + comum? Qual a exceção?

A

TB pleural

*HIV e crianças: ganglionar

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23
Q

Qual a clínica da TB pleural?

A

Na verdade semelhante à TB pulmonar

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24
Q

Como diagnosticar a TB pleural?

A

.Toracocentese: não confirma, mas já autoriza o tto
-exsudato
-glicose baixa
-ADA >40
-celularidade: polimorfos (inicial) ou linfomononuclear

.Biópsia pleural confrima o dX
.Baciloscopia e cultura é possível, mas baixo rendimento

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25
Quais os critérios de Light para exsudato?
Qualquer um dos 3: .Proteína pleural / sérica >0,5 .DHL pleural / sérico >0,6 .DHL pleural maior que 2/3 sérico
26
Qual a clínica da TB meníngea?
.Meningite arrastada .Acometimento frequente de par craniano .Sequelas
27
Como é o diagnóstico da TB meníngea?
.Punção lombar: permite o tto -aumento de proteínas -glicose baixa -celularidade: polimorfos (inicial) ou linfomononuclear (predomínio linfomononuclear não necessariamente é >50%, mas chegando perto desse valor já sugere o diagnóstico!) .Baciloscopia e cultura
28
Quais os fármacos no tratamento da TB?
COXCIP-4 .Rifampicina .Isoniazida .Pirazinamida .Etambutol
29
Qual o esquema de tratamento para TB pulmonar?
.RIPE 2 meses .RI 4 meses
30
Qual a ressalva quanto ao Etambutol?
<10 anos não devem usar Risco de neurite óptica (na criança pode atrasar o diagnóstico!)
31
Qual o esquema de tratamento para TB meníngea?
.RIPE 2 meses .RI 10 meses + corticoide por 1-3 meses
32
Qual o esquema de tratamento para TB resistente (R + I) ou falência terapêutica?
CLEPT 18 meses .Capreomicina .Levofloxacino .Etambutol .Pirazinamida .Terizidona
33
Como funciona o tratamento diretamente observado da TB?
Solicitar ao paciente vir à unidade ou ACS ir à casa do paciente para tomar o remédio
34
Como é o acompanhamento do tratamento da TB?
.Acompanhamento clínico mensal: adesão, sintomas, peso, efeitos adversos .Baciloscopia mensal (a maioria negativa em 14 dias) .Controle radiológico pode ser útil, especialmente naqueles que não expectoram (maioria das crianças) ou BAAR-, a critério clínico *TRM identifica DNA, sendo o bacilo vivo ou morto, portanto não serve para acompanhamento
35
Quais os critérios de falência terapêutica?
.BAAR + no final do tto .BAAR 2 ou 3+ em 4 meses .BAAR negativo mas volta a positivar por 2 meses consecutivos *Ao final da fase de ataque (RHZE 2m), se manter BAAR+ solicitar TRM e cultura para avaliar resistência aos antibióticos e prolongar RHZE por mais 30 dias até ter os resultados de sensibilidade, que deverão guiar a conduta a partir de então
36
Qual a conduta na falência terapêutica?
Cultura + baciloscopia Considerar prolongar fase de ataque RHZE por mais 30 dias Considerar CLEPT 18m
37
Quais os efeitos adversos comum a todas as drogas da TB?
Intolerância gástrica
38
Quais os efeitos adversos da Rifampicina?
.Gripe .Alergia, inclusive NIA .Suor laranja
39
Quais os efeitos adversos da Isoniazida?
.Neuropatia periférica (depleta estoques de piridoxina B6)
40
Quais os efeitos adversos da Pirazinamida?
.Hiperuricemia (cuidado em pacientes com gota)
41
Quais os efeitos adversos do Etambutol?
.Neurite óptica
42
Quais os efeitos adversos do Levofloxacino?
.Lesão aórtica .Ruptura tendínea
43
Quais as drogas contra TB hepatotóxicas? Qual a + tóxica?
Rifampicina Isoniazida Pirazinamida (+ tóxica)
44
Quando suspender tto da TB por hepatotoxicidade?
.Icterícia .TGO/TGP >3x + sintomas .TGO/TGP >5x
45
Como é a reintrodução do tratamento da TB após melhora da hepatotoxicidade?
Reintrodução gradual: Rifampicina + Etambutol, depois Isoniazida, depois Pirazinamida
46
Como fica o tto da TB em cirróticos, TB grave ou hepatotoxicidade sem melhora?
CEL 12 meses .Capreomicina .Etambutol .Levofloxacino
47
Como fica o tto da TB em gestantes?
RIPE + piridoxina 50mg/dia (repor B6 que é consumida pela Isoniazida - evitar neuropatia)
48
Qual tratar primeiro: HIV ou TB?
RIPE, depois de 2 semanas iniciar TARV Se iniciar tto do HIV, vai melhorar imunidade, piorando o quadro de TB
49
Qual a principal causa de morte da PVHIV?
TB
50
O que fazer com os contactantes dos bacilíferos?
.Clínica + rX para todos .Se clínica ou rX alterado: TRM ou BAAR (tem doença?) .Se assintomático e rX normal: PPD (tem infecção latente?)
51
Qual a utilidade da PPD?
Diagnóstico da TB latente
52
Como avaliar o resultado da PPD?
Injetar PPD e avaliar após 48h: medir área ENDURADA (não hiperemiada) <5mm: não reator - não infectado OU infecção inicial >5mm: reator - infecção latente *Se vacina há menos de 2 anos: >10mm
53
Qual a conduta no contactante de bacilífero com PPD <5mm?
Repetir em 8 semanas (pode ser infecção inicial)
54
Qual a conduta no contactante de bacilífero com PPD >5mm?
Tratamento da infecção latente.
55
Qual a alternativa ao PPD no diagnóstico da infecção latente?
IGRA (interferon) positivo
56
Como é o tratamento da infecção latente?
.Isoniazida 270 doses (1 por dia) - 9 a 12 meses OU .Rifampicina 120 doses (1 por dia) - 4 a 6 meses >Hepatopatas >Menor de 10 anos >Maior de 50 anos *Pode ser Isoniazida para eles, mas de preferência Rifampicina OU .Isoniazida + Rifapentina 12 doses (1 por semana) - 3 meses
57
Quando investigar infecção latente?
.Contactantes de TB sem clínica ou rX .Profissionais de saúde .RN contactante
58
Como investigar TB latente em profissionais de saúde?
PPD anual, resultado positivo se aumento do PPD em >10mm em 1 ano
59
Qual a conduta no RN contactante de bacilífero?
.Não vacinar BCG ao nascer (porque a profilaxia torna a vacina ineficaz) .Profilaxia com I ou R por 3 meses .PPD em 3 meses: <5mm: BCG >5mm: não vacinar e manter profilaxia (I 3 meses ou R 1 mês)
60
Qual a clínica da paracoccidioidomicose aguda?
.Mononucleose-like .<30a .Febre .Adenomegalia .Hepatoesplenomegalia
61
Qual a clínica da paracoccidioidomicose crônica?
.TB-like .>30a .Tosse crônica .Lesão cutâneo-mucosa .rX: infiltrado pulmonar em asa de morcego
62
Como é o diagnóstico da paracoccidioidomicose?
.Escarro .Raspado de lesão cutânea .Biópsia
63
Qual o achado patognomônico da biópsia da paracoccidioidomicose?
Célula em roda de leme
64
Qual o tratamento da paracoccidioidomicose leve? E grave?
Leve: Itraconazol ou SMX-TMP Grave: Anfotericina B
65
Qual a epidemio da paracoccidioidomicose?
Zona rural
66
Qual a clínica da histoplasmose aguda?
.Síndrome gripal
67
Qual a clínica da histoplasmose crônica?
.Igual à TB .Pacientes com DPOC ou pneumopatias de base .rX igual TB: infiltrado em ápices -pode fazer forma disseminada (igual miliar)
68
Como é o diagnóstico da histoplasmose?
.Escarro .Biópsia .Sorológico (pouco disponível)
69
Como é o tratamento da histoplasmose leve? E grave?
.Leve: Itraconazol, Voriconazol .Grave: Anfotericina B
70
Qual a epidemio da histoplasmose?
.Cavernas .Fezes de aves
71
Qual o tratamento da aspergilose?
.Depende da forma: -aspergilose invasiva (imunocompetentes): antifúngicos -aspergilose em bola fúngica: depende da gravidade >branda: acompanhamento >sintomas importantes: ressecção cirúrgica ou embolização (antifúngicos não alcançam a bola fúngica)
72
O que é o teste de Mantoux?
PPD
73
Criança com adenopatia cervical 3cm com USG revelando calcificação. Qual a suspeita dx? Qual a conduta?
.Todos os dados sugerem TB ganglionar .Solicitar PPD e investigar contactantes
74
Qual a infecção pulmonar oportunista mais comum nos imunocomprometidos?
Aspergilose
75
Paciente com HIV+ e contactante de bacilífero. Qual a conduta?
.Excluir TB doença: clínica e rX .Iniciar quimioprofilaxia, independente do PPD!
76
Qual o agende da paracoccidioidomicose?
Paracoccidioides brasiliensis
77
Como fica a quimioprofilaxia do RN exposto à TB se ele recebeu a BCG?
Fazer profilaxia completa para estes casos, sem solicitar PPD com 3 meses -Isoniazida 6m -Rifampicina 4m
78
Quais as precauções de transmissão na internação de paciente bacilífero?
.EPI: PFF2/N95 .Ar condicionado com pressão negativa e filtração do ar
79
Uma criança não vacinada com BCG possui pai bacilífero. A criança não apresenta sintomas e rX apresenta nódulo calcificado. PPD 11mm. Qual a conduta, quanto à profilaxia e vacinação?
.Não apresenta critérios suficientes para confirmar o diagnóstico de TB (rX com nódulo é apenas sinal de infecção latente) .Iniciar profilaxia (Rifampicina de preferência, mas pode ser Isoniazida) .Como há infecção latente, não está mais indicada a vacinação da criança